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Duna: Parte 2
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A Cor Púrpura
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Rustin
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NYAD
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Duna: Parte 2
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Produto do meio.
Épico grandioso de estrutura e jornadas tradicionais. Gosto muito de Paul e Chani, e também dos personagens que estão no núcleo de ambos, ao lado deles. O casal e o que os move são o coração do filme, acompanhar cada passo, questionamento e importante decisão dele e a obstinação dela para não desviar dos seus princípios são coisas fascinantes.
A semente já tinha sido plantada no filme anterior e aqui o tema do fanatismo religioso e crença num salvador ganham enorme destaque(Javier Bardem rouba a cena nesse sentido). Como o controle do povo e da força agem em alguém tão idolatrado? Cuidado com o que se pede.
As sequências que envolvem esse tema são poderosas, deveras marcantes.Gosto dos desdobramentos do filme, possuem inegável força e levantam temas ricos.
Ainda assim, preciso pontuar que considero que a grande virada do longa não flui tão bem assim. Os elementos que proporcionaram isso estão na tela, porém falta algo(talvez uma maior sensibilidade do filme - não do Chalamet, que está muito bem) para tornar essa mudança de chave em Paul Atreides mais crível. O protagonista é marcado por um furacão de sentimentos e questionamentos sobre o peso que carrega nas mãos desde a parte 1, ver algo nesse sentido num momento tão importante engrandeceria o mesmo.Não curto tanto também o lado rival, com o 'Elvis sem cabelo' e o Imperador. Não vejo muita graça nos personagens e boa parte das cenas que envolvem esse núcleo parecem ter vindo de uma obra bem pior. Dito isso, acho que para o funcionamento do conflito e do filme em si tal questão atrapalha pouco.
Os arcos fascinantes de Paul, Chani, Jessica e dos que os cercam é o que importa de fato, são os mesmos que dão peso a história, e eles sem dúvida funcionam, impactam o espectador."Duna: Parte 2" é um sci-fi de respeito. Um blockbuster com ótimas cenas de ação, protagonistas em grandes jornadas e dono de temas universais super relevantes muito bem desenvolvidos.
Quando a vingança e o desejo de guerra assumem o controle não há mais volta.
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O escolhido.
Visões e medos do futuro.
Se encontrar e entender o que precisa ser feito durante o caminho.Acho que conhecer mais Arrakis e seu povo daria mais peso ao filme, mas ainda assim é uma construção de universo muito boa, cheia de elementos bem particulares que tornam esse mundo atraente e muito especial.
Discordo muito das pessoas que dizem que quase nada acontece no longa, vejo muita força nos acontecimentos e consequências impactantes. Sentimos como tudo afeta os personagens. Sentimos inclusive esses grandes temores antes do pior acontecer.Traição e ganância movem o tabuleiro, dizimando povos e relações. Comandos cruéis. Realidade devastadora.
Sendo ou não o escolhido que tanta gente observa, põe fé e venera e tendo ou não as ferramentas necessárias, apenas enfrentando o caos interno e sobrevivendo ao externo que o jovem Paul parece finalmente ter uma noção de seu destino.
Ótimo filme. Esse é apenas o começo.
Últimos recados
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Edkalume
Tudo certo Edson?
Achei muito bom seu comentário sobre Fanny e Alexander.
Aproveitando pra saber se você teria interesse de participar de um grupo de whatsapp sobre cinema.
Se sim, me dá um toque e a gente conversa.
Os bad guys.
Após a grande tragédia em sua vida, Jesse conseguiu se recompor e seguir em frente apenas quando entendeu e admitiu a si mesmo que é uma pessoa ruim.
Walter até tentou largar o mundo do crime e produção de drogas. No início da temporada, conversando com Gus, disse que deixaria de vez, mas a grande ambição e posto alcançado já fazem parte de quem ele se tornou.
Nas duas primeiras temporadas os dois protagonistas mergulharam, agiram e reagiram ao universo que escolheram, fizeram o necessário para crescer e sobreviver. Ainda assim, sempre houve algo dentro dos dois que os balançavam a ponto de pensar que eles não pertencem a esse lugar.
A reta final da temporada mostrou a ambos que eles pertencem a esse mundo. E mais do que isso: eles querem continuar pertencendo.
Isso vale para os dois e, agora, numa escala menor, claro, vale para Skyler. A escolha de sujar as mãos foi dela - por mais que também exista o fator família aí no meio.
Quando se tem tanto nas mãos, infinitamente mais do que já se teve, é difícil abrir mão.
Quando se mexe com mortes, perigos e poderes grandes demais se sabe que os mesmos irão atrás de você novamente.
Hank, Walter e Jesse são protagonistas de excelentes momentos de ação e imensa tensão.
A terceira temporada é a mais violenta até aqui. 'One Minute', 'Half Measures' e 'Full Measure' são episódios de tirar o fôlego.
Trabalho de direção espetacular. "Breaking Bad" esbanja excelência nesse sentido, pouquíssimas séries na história fazem frente.
O universo é violento e cruel, não há escapatória. Quem vive e mexe com ele sente na pele isso.
Não há volta. Nem para viver como antes, nem para ser alguém diferente de quem se tornou.
Como esquecer o olhar de Jesse na cena final? A escuridão que encerra o ano diz tudo.
Excelente temporada.