Aos simpatizantes da misantropia, eis um convite a sua crua reflexão.
Se esse filme se acomodou em mim da maneira que o fez por mera identificação ou por revelar o que, de modo vago, eu pensava sobre a vida, eu não sei; eu só o senti em demasia.
Dentre inúmeras reflexões e insights, considerei que a solitude talvez seja uma opção daqueles que possuem formas de ter comunicação humana, mas se bastam por escolha. No entanto, nesse filme, a solidão é o pano de fundo da reflexão acerca do sentido da vida, junto a nossa necessidade intrínseca ao amor. Esse que nos impulsiona ao zelo e, para que possamos vencer nossos períodos de vulnerabilidades, nos ensina a importância de sermos responsáveis por algo, alguma coisa ou alguém.
Por fim, revelo ter compreendido o filme pela perspectiva budista, porém, isso é particular. Logo, sugiro o filme acima de sua filosofia de vida. Ah! Claro, desde que você goste de filmes calmos, lentos e silenciosos (e se iluda com esses adjetivos).
Enigmático a cada minuto. Não é um filme para todo mundo, e no final fiquei pensando se era para mim. Lógico! Lógico que era. Nenhum puzzle se iguala a confusão que esse filme me causou. A partir dele notei que além do lado "dark" característico do cinema koreano, a sensibilidade é um de seus nobres "ingredientes" na produção dessas joias cinematográficas.
Ah! Necessito reforçar o que alguém já comentou aqui: Toda cena que nos conduz àquele por do sol é indescritível! Uau! Em especial ao som de Miles Davis, mas também sem desvalorizar o silêncio do restante da cena, que tanto fala, mas nada se traduz.
A prepotência da juíza é irritante. Dona de conhecimentos teoréticos feito um robô desalmado. Cega a respeito da engrenagem que propulsiona as vidas marginalizadas. Eis lacunas admitidas ao Poder Judiciário..
OBS.: É plausível se pensar em uma performance midiática da juíza, visto que os menores julgados foram substituídos por atores e, sendo assim, é caracterizada uma atuação.
A cabeça explode em reflexões a busca de culpados, como a justiça determina. Recai a política nacional? A religião (que pode ter seu espaço, mas que não deveria se sobrepor a educação)? A psicologia de pais frutos de criações violentas em suas propagações?
Eu não sei o que justifica os porquês de quem furta, de quem engravida em meio a miséria, de quem não tem familiar para receber ou de quem ganha a liberdade e não tem nem para onde ir. Eu só reflito na minúscula bolha que sou capaz: Daqui, eu só enxergo os degraus abaixo e me debruço aos (estúpidos) julgamentos. Não sei se estudar ou refletir me posiciona em um patamar de melhor visualização porque a vida é imensa ao mesmo tempo que limitada a uma bolha (de limites familiares, sociais, religiosos etc.).
A justiça faz o possível sobre as impossibilidades. Já o sistema penitenciário é desumano e ilógico. Para que servem os presídios? Diplomação de criminosos?
“O primeiro princípio da termodinâmica diz que tudo é energia e que esta não pode ser destruída. Ela é interminável. Ela pode apenas mudar de uma forma para outra. Então, isso significa que você é energia, eu sou energia e que sua energia, e a minha energia não podem desaparecer jamais. Elas apenas se tornam algo novo. Então, em teoria, nossas energias podem se encontrar novamente daqui a milhões de anos. E então, você poderá ser uma batata... ou um tomate.”
Esse filme parece o primeiro gole em uma bebida muito ruim... Depois de 2/3 da garrafa você já está pensando que foi trollado em julga-la intragável e já está oferecendo aos amigos com aquele papo "faça uso inteiro do filme, que na hora que bater, você me agradece". kkkk
Caricato, estigmatizado... mas NÃO é só isso! Quando você pensa em se desagradar com tais características, você já caiu em si sobre questões comportamentais humanas, e nessa altura já está refletindo o outro de forma empática.
“We don’t need another hero” é a cena genial em minha interpretação.
E, Maria, vamos dançar forró, meu bem. A gente se sustenta e se equilibra no ritmo do triângulo e riremos, e choraremos, pisando em um pé, curando o outro em loop infinito, como é a vida rotineira que a gente baila e sai farta e manca.
Possível indicação ao Melhor Estrangeiro do Oscar 2021.
A vida é uma constante busca de equilíbrio, em contraversão a nossa intrinsecabilidade caótica. Os dilemas dos indivíduos quando pluralizados em sociedade, constituem uma beleza imunda... Um banquete com moscas pairando...
“A Casa de Alice” não tem fim, só meios... e eles nos são bastantes íntimos.
Tem algo no nosso cinema que é tipo um toque de arruda ou alecrim numa bebida prescrita pela avó benzedeira... Alguns paladares se curam e privilegiam, outros perdem tempo tentando compara-lo as xícaras feitas de cristal de saturno, à arte rupestre ou aos ingredientes que dizem que 2+2 são 4...
Mulheres, em sororidade, produziram esse filme, e o elenco é feminino:
Assim como a história e sua essência; do bordado à bruxaria, da força a opressão.
Esse filme deve ter sido escrito a "batom vermelho-sangue"... Não se explica, assim com a música (e o amor), o sentido que tomamos (e que a vida nos impõe tomar), o tempo que existe (e consiste) mas escorrega-se pelas datas, e amarela como as pétalas e só resta recordar...Viram memórias.
Existem (inúmeras) cenas que se encaixam, feito o entrelaçar de um espartilho. Ponto cruz de costura, e dedos de mãos finas, macias e cúmplices (de uma ode em brasa que aquece ao fogo que queima).
A esplêndida "As Quatros Estações" de Vivaldi, toca em dois momentos; e eu os chamariam de "Primavera" (porque se flore), e "Inverno" (porque se recorda das flores).
Baseado no "Mito do Orfeu" da filosofia grega, metaforicamente, em sorrisos e olhares eternizados em pinturas (ou não), com uma das cenas mais eróticas de corpos a metros de distância, porém, de almas em transe, conclui-se uma obra LGBT, diferente de todas outras vagas, existentes.
Esse filme foi uma das injustiças do Oscar, e por essa informação (como mensagem na garrafa), ele me alcançou... E que delírio doloroso e bom. Quanta arte, quanta poesia, quanta calmaria comprimida genialmente numa película.
Talvez, homens sensíveis possam senti-lo, como pessoas do sexo feminino (ou do gênero).
Eu amei! Viva o Cinema Francês!
(Acho que não dei spoiler, porque comento sentimentos, e eles não se explicam...)
Sai do cinema com a certeza que “tristeza é viciante”.
Que eu me permita patrocinar essas dores dilacerantes, outras vezes, ainda esse ano.
Aí o sublime não é fotografia, cenografia, muito menos atuações (que algumas são até medíocres), é uma observação fundamental para tentar compreender a "bola de neve" que nossas vidas se torna, algumas vezes por culpa nossa, outras vezes não.
Foi emocionante ler o livro e também, ver o filme. Em ambos, desidratei um pouco e finalizei com um turbilhão de reflexões. Tecnicamente, o filme é um monumento bem construído. A base desse arranha-céu é um roteiro harmonioso com um livro fantástico.
Orgulho do nosso cinema, de nossa poesia, da riqueza que existe em tudo que falta é dói. Orgulho de sofrer assim, artisticamente. Sai direto do cinema para a livraria e presentiei-me com o livro físico para reler (eu já havia lindo em formato digital).
The House
3.6 151Desgraçamento mental. Estou apaixonada!
Filhos do Paraíso
4.4 344 Assista AgoraRefleti acerca das perspectivas dos problemas, a doçura da inocência infantil e o amor genuíno sem as interferências dúbias da vida adulta.
"salom" </3
A Parede
4.0 43Aos simpatizantes da misantropia, eis um convite a sua crua reflexão.
Se esse filme se acomodou em mim da maneira que o fez por mera identificação ou por revelar o que, de modo vago, eu pensava sobre a vida, eu não sei; eu só o senti em demasia.
Dentre inúmeras reflexões e insights, considerei que a solitude talvez seja uma opção daqueles que possuem formas de ter comunicação humana, mas se bastam por escolha. No entanto, nesse filme, a solidão é o pano de fundo da reflexão acerca do sentido da vida, junto a nossa necessidade intrínseca ao amor. Esse que nos impulsiona ao zelo e, para que possamos vencer nossos períodos de vulnerabilidades, nos ensina a importância de sermos responsáveis por algo, alguma coisa ou alguém.
Por fim, revelo ter compreendido o filme pela perspectiva budista, porém, isso é particular. Logo, sugiro o filme acima de sua filosofia de vida. Ah! Claro, desde que você goste de filmes calmos, lentos e silenciosos (e se iluda com esses adjetivos).
Que achado! Que achado!
Favorito da vida!
A arte salva, significa e válida a vida.
Em Chamas
3.9 378 Assista AgoraEnigmático a cada minuto. Não é um filme para todo mundo, e no final fiquei pensando se era para mim. Lógico! Lógico que era. Nenhum puzzle se iguala a confusão que esse filme me causou. A partir dele notei que além do lado "dark" característico do cinema koreano, a sensibilidade é um de seus nobres "ingredientes" na produção dessas joias cinematográficas.
Ah! Necessito reforçar o que alguém já comentou aqui: Toda cena que nos conduz àquele por do sol é indescritível! Uau! Em especial ao som de Miles Davis, mas também sem desvalorizar o silêncio do restante da cena, que tanto fala, mas nada se traduz.
O Piano
4.0 442Tem umas preciosidades nesse filme.
Juízo
4.0 118A prepotência da juíza é irritante. Dona de conhecimentos teoréticos feito um robô desalmado. Cega a respeito da engrenagem que propulsiona as vidas marginalizadas.
Eis lacunas admitidas ao Poder Judiciário..
OBS.: É plausível se pensar em uma performance midiática da juíza, visto que os menores julgados foram substituídos por atores e, sendo assim, é caracterizada uma atuação.
Justiça
3.9 52A cabeça explode em reflexões a busca de culpados, como a justiça determina.
Recai a política nacional?
A religião (que pode ter seu espaço, mas que não deveria se sobrepor a educação)?
A psicologia de pais frutos de criações violentas em suas propagações?
Eu não sei o que justifica os porquês de quem furta, de quem engravida em meio a miséria, de quem não tem familiar para receber ou de quem ganha a liberdade e não tem nem para onde ir. Eu só reflito na minúscula bolha que sou capaz: Daqui, eu só enxergo os degraus abaixo e me debruço aos (estúpidos) julgamentos. Não sei se estudar ou refletir me posiciona em um patamar de melhor visualização porque a vida é imensa ao mesmo tempo que limitada a uma bolha (de limites familiares, sociais, religiosos etc.).
A justiça faz o possível sobre as impossibilidades. Já o sistema penitenciário é desumano e ilógico. Para que servem os presídios? Diplomação de criminosos?
Estação das Chuvas
3.3 7A vida é uma tragédia, né?
Esse filme tem sua identidade. É válido de existir.
Aposta de Singapura para o Oscar 2021
Filmow, especifique essas notas. 0,5 ou 1,0 é radical demais para avaliação de filmes como esse, que pontuam fora de padrões.
Sobre a Eternidade
3.6 22Insano!
Fotografia que fala. Quem falou que o caos é barulhento? E que excesso de branco enloquece?
Estático, até o caminhar das pessoas, dos automóveis, das inflexibilidades de nossa natureza mutável e da estagnação da mente a mercê da moralidade.
Já falei que amei essa fotografia?
E que nunca achei “it’s now or never” de Elvis tão melancólica?
Que diabos passa na cabeça desse diretor?
Não me poupe!
Casualidades em semiótica cinematográfica.
“O primeiro princípio da termodinâmica diz que tudo é energia e que esta não pode ser destruída. Ela é interminável. Ela pode apenas mudar de uma forma para outra. Então, isso significa que você é energia, eu sou energia e que sua energia, e a minha energia não podem desaparecer jamais. Elas apenas se tornam algo novo. Então, em teoria, nossas energias podem se encontrar novamente daqui a milhões de anos. E então, você poderá ser uma batata... ou um tomate.”
Nomadland
3.9 895 Assista AgoraNão rolou... Mas, não aceitei que abandonei entediada. Atriz maravilhosa, estilo de filme que adoro...
Você que adorou, me dá um empurrãozinho aqui para eu tentar de novo, por favor, obrigada.
Nós Duas
4.0 43 Assista AgoraUma história de amor com todas suas problemáticas, conscientes - ou não.
O cinema francês, sendo O-Cinema-Francês: Sensível, minucioso e cheio de entrelinhas.
Foi a aposta francesa ao Oscar 2021.
O Homem Que Vendeu Sua Pele
3.5 99 Assista AgoraLegenda em PT, peloamordedeus!
Druk: Mais Uma Rodada
3.9 797 Assista AgoraOnde vocês conseguiram torrent?
Pinóquio
3.1 226 Assista AgoraPaguei algum pecado vendo essa bomba. Sem dúvidas!
Bela Vingança
3.8 1,3K Assista AgoraEsse filme parece o primeiro gole em uma bebida muito ruim... Depois de 2/3 da garrafa você já está pensando que foi trollado em julga-la intragável e já está oferecendo aos amigos com aquele papo "faça uso inteiro do filme, que na hora que bater, você me agradece". kkkk
Adorei!
Pacarrete
4.1 105 Assista AgoraCaricato, estigmatizado... mas NÃO é só isso! Quando você pensa em se desagradar com tais características, você já caiu em si sobre questões comportamentais humanas, e nessa altura já está refletindo o outro de forma empática.
“We don’t need another hero” é a cena genial em minha interpretação.
E, Maria, vamos dançar forró, meu bem. A gente se sustenta e se equilibra no ritmo do triângulo e riremos, e choraremos, pisando em um pé, curando o outro em loop infinito, como é a vida rotineira que a gente baila e sai farta e manca.
Possível indicação ao Melhor Estrangeiro do Oscar 2021.
Estou Pensando em Acabar com Tudo
3.1 1,0K Assista AgoraA objetivação da loucura!
A Casa de Alice
3.7 139 Assista AgoraA vida é uma constante busca de equilíbrio, em contraversão a nossa intrinsecabilidade caótica. Os dilemas dos indivíduos quando pluralizados em sociedade, constituem uma beleza imunda...
Um banquete com moscas pairando...
“A Casa de Alice” não tem fim, só meios... e eles nos são bastantes íntimos.
Como Nossos Pais
3.8 444Tem algo no nosso cinema que é tipo um toque de arruda ou alecrim numa bebida prescrita pela avó benzedeira... Alguns paladares se curam e privilegiam, outros perdem tempo tentando compara-lo as xícaras feitas de cristal de saturno, à arte rupestre ou aos ingredientes que dizem que 2+2 são 4...
Retrato de uma Jovem em Chamas
4.4 899 Assista AgoraMulheres, em sororidade, produziram esse filme, e o elenco é feminino:
Assim como a história e sua essência; do bordado à bruxaria, da força a opressão.
Esse filme deve ter sido escrito a "batom vermelho-sangue"...
Não se explica, assim com a música (e o amor), o sentido que tomamos (e que a vida nos impõe tomar), o tempo que existe (e consiste) mas escorrega-se pelas datas, e amarela como as pétalas e só resta recordar...Viram memórias.
Existem (inúmeras) cenas que se encaixam, feito o entrelaçar de um espartilho. Ponto cruz de costura, e dedos de mãos finas, macias e cúmplices (de uma ode em brasa que aquece ao fogo que queima).
A esplêndida "As Quatros Estações" de Vivaldi, toca em dois momentos; e eu os chamariam de "Primavera" (porque se flore), e "Inverno" (porque se recorda das flores).
Baseado no "Mito do Orfeu" da filosofia grega, metaforicamente, em sorrisos e olhares eternizados em pinturas (ou não), com uma das cenas mais eróticas de corpos a metros de distância, porém, de almas em transe, conclui-se uma obra LGBT, diferente de todas outras vagas, existentes.
Esse filme foi uma das injustiças do Oscar, e por essa informação (como mensagem na garrafa), ele me alcançou... E que delírio doloroso e bom. Quanta arte, quanta poesia, quanta calmaria comprimida genialmente numa película.
Talvez, homens sensíveis possam senti-lo, como pessoas do sexo feminino (ou do gênero).
Eu amei!
Viva o Cinema Francês!
(Acho que não dei spoiler, porque comento sentimentos, e eles não se explicam...)
O Poço
3.7 2,1K Assista AgoraTão bom que nem sei como está na Netflix!
O capitalismo não presta. O comunismo não funciona.
As crianças sempre serão a esperança na grande merda que nos tornamos em massa.
Você Não Estava Aqui
4.1 242 Assista AgoraSai do cinema com a certeza que “tristeza é viciante”.
Que eu me permita patrocinar essas dores dilacerantes, outras vezes, ainda esse ano.
Aí o sublime não é fotografia, cenografia, muito menos atuações (que algumas são até medíocres), é uma observação fundamental para tentar compreender a "bola de neve" que nossas vidas se torna, algumas vezes por culpa nossa, outras vezes não.
Estou quebrada e não consta no raio-x.
A Vida Invisível
4.3 642Foi emocionante ler o livro e também, ver o filme. Em ambos, desidratei um pouco e finalizei com um turbilhão de reflexões. Tecnicamente, o filme é um monumento bem construído. A base desse arranha-céu é um roteiro harmonioso com um livro fantástico.
Orgulho do nosso cinema, de nossa poesia, da riqueza que existe em tudo que falta é dói. Orgulho de sofrer assim, artisticamente.
Sai direto do cinema para a livraria e presentiei-me com o livro físico para reler (eu já havia lindo em formato digital).
Praça Paris
3.7 66 Assista AgoraUma estrela pelo fado, porque o restante é horrível.