Erica Azevedo

Que série foda!
Cada episódio é um convite a reflexão.

Sai do cinema satisfeita com o que me foi apresentado. Para um filme introdutório, Batman vs Superman conseguiu várias saídas satisfatórias para a apresentação dos personagens que irão compor a liga.

Não vi os cortes do primeiro ato como algo incômodo. Eles apenas me fizeram preencher as lacunas e dialogar instintivamente com o filme com base nas cenas subsequentes.
O Batman de Affleck pode não ser o Batman definitivo, mas é uma excelente caracterização do personagem e combina com o universo no qual está inserido. Cavill retorna com o seu Superman permeado por dúvidas e que tem que lidar com os questionamentos de um mundo que ao mesmo tempo que o endeusa, julga-o. Afinal, podemos mesmo confiar em alguém com tantos poderes? Achei muito boa a maneira como ele conseguiu dosar entre Clark e Superman.
O Lex de Jesse pode não ser aquele que as pessoas esperavam, mas seu contraste com os outros personagem traz um brilho a mais a trama. Um dos erros do roteiro é não apresentá-lo de maneira clara, mas eu espero um crescimento gradual nos próximos filmes.
Apesar dos efeitos visuais serem incríveis, não recomendo assistir o filme em 3D. Talvez seja por uma preferência pessoal (sempre evito filmes nesse formato), mas acho que em alguns momentos atrapalhou a compreensão da cena. Irei novamente assistir em 2D para tirar novas conclusões.
Por fim, e extremamente importante, a apresentação da Mulher Maravilha. Fui completamente arrebatada pela presença de Gal Gadot em cena. Seu tempo de tela é infelizmente pequeno, mas pelo pouco que vi pude considerá-la confortável e segura com o papel. A cena de luta da trindade é de encher os olhos. Por mais que eu não seja uma grande leitora dos quadrinhos, cresci assistindo ao desenho da Liga da Justiça e ver os meus personagens tão queridos na telona é de levar lágrimas aos olhos.
O que fica de Batman vs Superman é um filme que mesmo com todos os possíveis erros deve ser conferido. Ele enche os olhos pela ousadia e por colocar frente a frente personagens tão cultuados. Se foi feito de maneira correta ou não vai da opinião de cada um. Cada pessoa se relaciona com o filme de maneira distinta e felizmente opiniões não são verdades absolutas. Respeitar o que o outro diz é importante. Denegrir ou atacar alguém por ela discordar da sua opinião é infantil e desnecessário.

Outros pontos:
- Levei a minha sobrinha de 7 anos para assistir e ela adorou. Havia outras tantas crianças na sala e a reação delas foi de empolgação total. No final do filme eu perguntei para a minha sobrinha se ela tinha achado o filme cansativo e ela disse que não. Ela ficou falando da mulher maravilha sem parar e quer assistir o filme de novo assim que possível.

- Por mais que eu seja fã desses personagens é impossível não admitir que o filme possui erros, mas eu não considero isso de todo ruim. Espero que Zack olhe para o que foi apontado pela crítica dos fãs e dos meios especializados (há pontos em que elas convergem) e traga ainda mais surpresas nos próximos filmes. Esse é o segundo filme da DC dentro desse novo universo e erros serão cometidos no processo. Isso não tira o brilho da trama ou o ótimo trabalho dos atores.

- Que trilha FODA do Hans Zimmer. Sou suspeita para falar porque eu amo o trabalho dele, mas parece que ele sempre melhora. O tema da Mulher Maravilha é de deixar qualquer um arrepiado.

- Acho muito, muito, muito lindo trazer os elementos dos quadrinhos. É algo que impressiona e faz o fã se aproximar do filme. A cena da capa de O cavaleiro das trevas é linda demais!

Como fã emocionada eu dou 5 estrelas e um abraço nos atores e na produção, principalmente na Gal e no Ben.

Como fã que espera um crescimento progressivo daqui para frente eu dou 3,5 estrelas e desejo boa sorte para eles nesse processo que se inicia com os próximos filmes.

A história é legal, porém os atores não me convenceram. Não consegui sentir empatia por nenhum deles nem pelo relacionamento e isso, em filme de romance, acaba com a trama.