Fabio

Com essa série, a Marvel mostra que tem muito mais em um universo de seres superpoderosos do que apenas "heróis" e "vilões".

Claro que a série tem seus defeitos. Os efeitos especiais e as cenas de ação são bem inferiores à Demolidor, por exemplo e é muito estranho ver todos os personagens se referindo à Jéssica sempre como Jéssica Jones... digo... quem é que chama os amigos pelo nome e sobrenome o tempo inteiro? Também não fiquei muito convencido com Mike Colter como Luke Cage. O ator até tem alguns momentos, mas não convenceu totalmente.

Mas ao mesmo tempo nos é entregue um excelente triller psicológico sobre abuso (considerando todas as campanhas em relação à violência sofrida pelas mulheres que tem pipocado na internet, a série não poderia ter chegado em melhor hora). Jéssica é alguém atormentada pelo passado tanto por si mesmo quanto pela figura de Kilgrave (David Tennant, que rouba a cena quando aparece). A construção do vilão é um dos pontos fortes do seriado.

Agora é esperar pela terceira série Marvel, além de uma provável segunda temporada para Jéssica.

Sinceramente, esperava bem mais.
Os números pares não foram gentis para a série Bond desde que Daniel Craig assumiu o Martini. Tanto este quanto Quantum of Solace representam os pontos fracos da série, enquanto Cassino Royale e principalmente Skyfall, o ponto alto.

Monica Bellucci, tão comentada por ser a primeira “Bondgirl” com mais de 50 anos, tem uma participação minúscula e totalmente desnecessaária. Está lá unicamente para ter uma cena de sexo, já que sua personagem em nada acrescenta a trama.
Totalmente desnecessário e que nada acrescenta à trama é a “ligação” entre o vilão e Bond. Vilão esse, mais uma vez interpretado por um ator de renome, não chega aos pés de Silva, do filme anterior. E considerando que se trata do maior vilão da franquia, ele precisava de um roteiro melhor.
Roteiro alias ligado no automático. Inventam que tudo que aconteceu desde Cassino Royale foi por culpa da organização Spectre e não colocam uma única evidência disso. Como se só por que o vilão falou então deve ser verdade.

No final, acho que o grande problema do filme para mim é que Skyfall me surpreendeu tão positivamente que quando anunciaram que Sam Mendes dirigiria a continuação eu achei que teríamos um filme tão bom quanto. Agora é torcer para que o próximo filme, com ou sem Daniel Craig, consiga fazer melhor.

Pelo jeito Spielberg não é mais aquele diretor cujo filme todo mundo quer ver. Ouvi muito pouco sobre esse filme durante sua produção, e quando estréia, não parece chamar tanta atenção.

De fato, não é um típico blockbuster Sielbergiano. Não é um Tubarão ou E.T. e sim está voltado ao outro aspecto da carreira do diretor: sua paixão pela história. Paixão essa que ele mostrou nos bons "Munique" e "Lincoln" e no chatíssimo "Cavalo de Guerra".

O diretor retrata a guerra fria com sobriedade e quase sem mostrar sua óbvia predileção por um dos lados, já que ambos EUA e URSS são mostrados falhos, embora as falhas da URSS sejam mais explícitas. É um trabalho competente, mas sem grande brilho.

Tom Hanks também faz um trabalho competente mas também longe de seus melhores trabalhos.

No fim das contas, é um filme interessante, mas que não chama tanta atenção. Vale a pena principalmente para quem se interessa pela Guerra Fria.