Lorenzo Ferraz

Lily Gladstone extraordinária correndo perigo por todos os lados fornece o contrapeso comovente à amoralidade daqueles que a vêem e daqueles que gostam dela menos como seres humanos do que como recursos a serem explorados e descartados quando esgotados.
Scorsese fez uma adaptação sombria e poética do relato de David Grann sobre como um grupo de homens brancos gananciosos assassinou sistematicamente membros da nação Osage no início da década de 1920, em Oklahoma.
Filmaço do grande mestre Scorsese.

Cada vez mais acho que os bons filmes se revelam quando revelam pequenos detalhes sobre o comportamento dos personagens. Dentro da casa de Madame Rosa, tem uma imensa, genial galeria de tipos apaixonantes. O filme é um obra singela, dolorida e bela.
Sem falar que Sophia Loren, tem uma interpretação extraordinária, um tour-de-force da diva.

Não há perigo maior do que quando o Estado é efetivamente o inimigo de seu próprio povo - seja pela ditadura, seja por pura ignorância e negligência, como no fracasso burocrático. Esta história baseada em fatos do sistema penal americano de meados dos anos 50 é um lembrete sério e dramático de quantos estados trataram pacientes mentais, criminosos ou outros. A ignorância que gerou abuso é indesculpável por motivos humanitários.
Gary Oldman, em um papel apenas, três anos depois de fazer Syd & Nancy (sobre os Sex Pistols), está fantástico como Emmet, o protagonista estranho, mas certamente não insano. Dennis Hoppe, faz um companheiro de prisão surpreendentemente equilibrado, Walker, considerando que este é um filme dos anos 80, quando Hopper, estava no auge de seu período imprevisível e nervoso. Pamela Reed, como sua irmã e Frances McDormand, como sua esposa completam esse drama tenso e emocionante dentro do gênero da prisão - um grande campo.
Para aqueles de nós que acreditam que um homem às vezes pode fazer a diferença - mesmo que a um custo enorme - esse é um filme que afirma a vida (se confrontando).