Antes de iniciar a critica, quero deixar aqui uma ou duas questões...Jeffrey Dahmer, era o diabo na terra? Ou talvez um homem que não conseguiu suportar o sofrimento da solidão, e que consequentemente, também não conseguiu controlar os seus instintos animalescos? Vai da interpretação de cada um, mas pessoalmente eu fico com a segunda hipótese.
O documentário da Netflix, mantem-se no mesmo padrão dos anteriores desta série (Ted Bundy, John Wayne Gacy), ótima fotografia, uma ótima contextualização de todos os assassinatos, obviamente eles aqui optam por focar mais no Jeffrey no que nas vitimas, no entanto eu gostei mais desta 3ª temporada, talvez pelo facto de Dahmer ser talvez o serial killer, mais complexo da história da criminologia, segundo os relatórios finais, que decretaram a prisão do assassino, ele não sofria de psicopatia, e isso é mostrado várias vezes ao longo do documentário, Jeffrey efetivamente se arrependeu da monstruosidade que fez com as suas 17 vitimas, ele controlou-se durante 9 anos, até que tudo começou de novo e só parou quando o mesmo foi detido.
Ao longo do doc, é impossível não ter um resquício de empatia por Dahmer, ele várias vezes alertou que algo não estava bem, mas os seus pais negligentes ignoraram os "pedidos de ajuda" do ainda jovem Dahmer, a própria advogada acreditava que ele era um doente mental.
Ao longo dos anos, leio algumas críticas que parabenizam Christopher Scarver, o assassino de Dahmer, isso é uma hipocrisia, Dahmer já estava preso, estava a cumprir a sua sentença, o facto de Scarver o ter assassinado, não é um ato heroico e não deve ser glorificado, tendo em conta que o assassino de um dos maiores Serial Killers dos EUA, também estava condenado por um homicídio que tinha cometido anos antes.
Outro ponto positivo foi o facto do documentário não se ter aprofundado na questão racial, sou um grande defensor da comunidade negra, mas o método de seleção de Dahmer, NUNCA foi racial, já a ineficácia da polícia foi.
Tal como foi dito no final, é uma pena não terem usado Dahmer para estudos, porque efetivamente uma mente tão complexa, poderia resultar em grandes revelações.
Só me resta lamentar por todas as vitimas, e também por Dahmer, que tantas vezes clamou por ajuda, e foi completamente ignorado.
“Considerá-lo são [...] foi algo que me incomodou. Se um homem está ocupado transando com cadáveres, se um homem faz buracos na cabeça de seres humanos para tentar mantê-los em um estado de zumbi não tem um distúrbio psiquiátrico, então eu não sei o que é uma doença psiquiátrica. Quantas pessoas alguém precisa comer para acharem que você tem uma doença mental?”
Dr. Fred Berlin, Psiquiatra Forense
Mais um excelente doc da Netflix, 10/10.
Comprar Ingressos
Este site usa cookies para oferecer a melhor experiência possível. Ao navegar em nosso site, você concorda com o uso de cookies.
Se você precisar de mais informações e / ou não quiser que os cookies sejam colocados ao usar o site, visite a página da Política de Privacidade.
Conversando Com Um Serial Killer: O Canibal de Milwaukee
4.0 64 Assista AgoraAntes de iniciar a critica, quero deixar aqui uma ou duas questões...Jeffrey Dahmer, era o diabo na terra? Ou talvez um homem que não conseguiu suportar o sofrimento da solidão, e que consequentemente, também não conseguiu controlar os seus instintos animalescos? Vai da interpretação de cada um, mas pessoalmente eu fico com a segunda hipótese.
O documentário da Netflix, mantem-se no mesmo padrão dos anteriores desta série (Ted Bundy, John Wayne Gacy), ótima fotografia, uma ótima contextualização de todos os assassinatos, obviamente eles aqui optam por focar mais no Jeffrey no que nas vitimas, no entanto eu gostei mais desta 3ª temporada, talvez pelo facto de Dahmer ser talvez o serial killer, mais complexo da história da criminologia, segundo os relatórios finais, que decretaram a prisão do assassino, ele não sofria de psicopatia, e isso é mostrado várias vezes ao longo do documentário, Jeffrey efetivamente se arrependeu da monstruosidade que fez com as suas 17 vitimas, ele controlou-se durante 9 anos, até que tudo começou de novo e só parou quando o mesmo foi detido.
Ao longo do doc, é impossível não ter um resquício de empatia por Dahmer, ele várias vezes alertou que algo não estava bem, mas os seus pais negligentes ignoraram os "pedidos de ajuda" do ainda jovem Dahmer, a própria advogada acreditava que ele era um doente mental.
Ao longo dos anos, leio algumas críticas que parabenizam Christopher Scarver, o assassino de Dahmer, isso é uma hipocrisia, Dahmer já estava preso, estava a cumprir a sua sentença, o facto de Scarver o ter assassinado, não é um ato heroico e não deve ser glorificado, tendo em conta que o assassino de um dos maiores Serial Killers dos EUA, também estava condenado por um homicídio que tinha cometido anos antes.
Outro ponto positivo foi o facto do documentário não se ter aprofundado na questão racial, sou um grande defensor da comunidade negra, mas o método de seleção de Dahmer, NUNCA foi racial, já a ineficácia da polícia foi.
Tal como foi dito no final, é uma pena não terem usado Dahmer para estudos, porque efetivamente uma mente tão complexa, poderia resultar em grandes revelações.
Só me resta lamentar por todas as vitimas, e também por Dahmer, que tantas vezes clamou por ajuda, e foi completamente ignorado.
“Considerá-lo são [...] foi algo que me incomodou. Se um homem está ocupado transando com cadáveres, se um homem faz buracos na cabeça de seres humanos para tentar mantê-los em um estado de zumbi não tem um distúrbio psiquiátrico, então eu não sei o que é uma doença psiquiátrica. Quantas pessoas alguém precisa comer para acharem que você tem uma doença mental?”
Dr. Fred Berlin, Psiquiatra Forense
Mais um excelente doc da Netflix, 10/10.