"The Sound of a Flower" conta a belíssima história de Jin Chae-seon, a primeira mulher a desafiar a norma vigente na Coréia do século XIX, ao se tornar a cantora de ópera pansori, de que às mulheres era vetada a arte da atuação e do canto. Além disso, nos apresenta uma bela história de amor entre o mestre e sua discípula. Terminei o filme apaixonado pelo canto pansori. A fotografia, a trilha sonora e as atuações estão muito boas. O único pecado são alguns clichês de roteiro, mas a direção soube trabalhá-los bem. As mulheres precisam conhecer essa história poderosa.
A ideia que norteia o roteiro é boa, a construção do clima de suspense é fantástica, e o amor de Ivy pelo Lucius é tocante (o diálogo antes do beijo dos dois é lindo e inteligente). Mas o roteiro tem muitos furos, que a meu ver, são inadmissíveis e que teriam sido fáceis de remendar. A impressão que dá é que o roteiro não passou por uma revisão. Teria sido uma obra-prima não fosse essas falhas tolas. Vale pela bela fotografia, direção de arte e pelo constante clima de medo. Odeio ver filmes com potencial desperdiçado!
Acabei de assistir a um dos mais belos musicais de todos os tempos! O filme é todo cantado, mas os diálogos são cotidianos e naturais, sem lirismos desnecessários. A direção de arte desse filme é uma coisa fantásticas (as cores claramente são fonte de inspiração para La La Land). Começa como uma história de amor boba, mas... vendo meu coração se destroçar com o final bruto desse filme, percebo o quanto ele é um filme verdadeiramente realista fantasiado com cores românticas. Se o coração de vocês ficou arrasado com o final de La La Land, não assistam a esse filme!
Fui assistir à animação francesa/canadense A Bailarina no Plaza Shopping. Não esperava nada do filme, e só o assisti porque já sou apaixonado por dança, apesar de só ser um espectador. A sessão estava cheia de crianças, como era de se esperar. As crianças pequenas faziam barulho como sempre antes da sessão e durante os trailers. Mas quando o filme começou e a partir de então, desde a primeira cena, todas as crianças se calaram. Um dos mestres do teatro dizia que a missão de um ator, o que demonstrava que sua arte surtia efeito, era atrair a atenção das crianças. E fiquei impressionado como aquele filme atraiu incondicionalmente a atenção de todos, dos mais novos aos mais velhos. Quando a sessão terminou, palmas. As crianças extremamente empolgadas e com vontade de dançar: no corredor, vários meninos tentando imitar os movimentos que presenciáramos no filme coreografados pela genial Aurelie Dupont, bailarina do Ballet da Ópera de Paris. Fiquei muito feliz pelo que presenciei, e posso dizer, saí do cinema com um sorriso enorme no rosto e eu também estava com vontade de Dançar. Que animaçãozinha gostosa. Já quero ver de novo.
Um absurdo esse filme mal ter sido divulgado e distribuído. Claro que não dá pra comparar com a obra-prima literária de William Faulkner, mas, dentro das limitações do cinema, o que foi feito aqui é um esforço válido e pungente, muito melhor do que muitos filmes que chegaram a ser distribuídos baseados em livros muito mais fáceis de serem adaptados. Eu sinceramente não entendo. A fotografia, a sonoplastia e a direção de arte se complementam de maneira orgânica, os atores são bons, o James Franco interpretando Benjy conseguiu a proesa de não soar caricato. O drama de Benjy, de Quentin e de Jason são não lineares como no livro, e a montagem contribui com a fluidez na narrativa de maneira impecável, fazendo transições nos momentos certos. Apenas não gostei da parte de Perla, para quem não leu o livro não vai entender as motivações para Quentin sair andando com ela em busca da família da criança perdida. Sinceramente, espero que esse filme sejam mais visto, é uma bela adaptação de Faulkner. Espero que James Franco adapte mais livros de Faulkner para o cinema. Enquanto Agonizo também é muito bom.
O que eu mais gosto nessa obra-prima do mestre polonês Kieslowszki é a sutileza com que ele trabalha as cenas. É uma fábula de coincidências conduzido de modo a fugir de um clímax óbvio (o encontro de Veronika e Véronique, mas não da maneira que se imagina após ler a sinópse). O roteiro é excelente em subverter nossas expectativas. A fotografia e a iluminação juntamente com a música de Zigbniew Presner criam uma magia toda especial que ecoa no universo das marionetes. Os melhores aspectos simbólicos, por sinal, estão nas marionetes ("resolvi chama-la de Dupla Vida de..."). As lágrimas de Véronique traduzem seu nome sem precisar de uma voz particular. Lindo filme.
Esse é o filme de guerra mais devastador de todos os tempos. Foi o filme que mais me impactou emocionalmente até hoje. O desgaste psicológico progressivo do protagonista ao longo do filme é marcante e comovente. Um soco no estômago. Antes desse filme você é um, depois dele, já é alguém minimamente diferente. Mas assistam, nem que seja uma vez na vida.
O cinema soviético precisa ser mais apreciado. Esse filme, feito no fim da URSS, ainda no período comunista, é um belíssimo manifesto contra a censura da liberdade de pensamento e uma ode à força questionadora da qual a juventude é capaz. Não concordar com alguns dos aspectos de uma determinada ideologia não significa ser contra a ideologia. O filme é tocante nesse aspecto. A escolha de só pôr cores nos momentos de descoberta intelectual dos jovens foi um acerto. É um filme bastante simples, mas tocante, mostrando os abusos da era stalinista.
OÁSIS é um filme lindo, profundamente tocante, mas não da maneira nós -- público educado (em muitos aspectos, deseducado! fica a provocação) em questões cinematográficas sob as tradições norte americanas de se fazer cinema, ou seja, por puro entretenimento -- poderíamos esperar. Pelo contrário, as trilhas que esse filme segue são imprevisíveis e por vezes estarrecedoras. Ainda assim, tem muitos elementos de filmes populares que são intensamente subvertidos, e por isso mesmo possivelmente nunca virá a ter o reconhecimento que merece. Primeiramente, o gênero do filme: podería-se dizer que se trata de um filme de comédia romântica dramática. Drama por conta da natureza do casal protagonista (ele, com problemas psiquiátricos, ela, com problemas neurológicos) e da realidade familiar e social em que vivem (ele, um desajustado social, preso já pela terceira vez, e que claramente percebemos ser impossível para ele se enquadrar em alguma funcão útil para a sociedade, de modo que se isso fosse uma distopia, provavelmente seria descartado pela sociedade de maneiras brutais. No caso, ele é desprezado pela família; ela, uma moça com paralisia cerebral que vive sozinha em situações precárias, abandonada pelos irmãos, que pagam a uma vizinha para que esta tome conta dela, e que usufruem do conforto ofertado a ela pela assistência social, cuidando de mascarar a falcatrua quando lhes convém). Romance, por conta de que o relacionamento dos dois é incrivelmente tocante e profundo: o cuidado, a paciência e a dedicação que ele tem para com ela é uma das coisas mais lindas do mundo, da mesma maneira que os sonhos dela (que trazem um quê de magia e de encantamento contrapondo os elementos realistas presentes na maior parte do filme; e uma das coisas que eu mais gostei foi o fato de que a primeira vez que temos contato com ela é através de um de seus sonhos com um pombo voando por seu recinto). Comédia, por conta de que o protagonista é estranhamente engraçado, mas de uma maneira incômoda. No entanto, o filme revela sua subversão quando constatamos a natureza politicamente incorreta do primeiro contato entre os dois, e talvez esse seja o motivo principal que torna o filme genial, pois a partir dela cada espectador vai reagir de maneiras diferentes em relação ao relacionamento deles. Alguns vão se sentir incomodados ou até mesmo revoltados; outros vão saber perdoar e aceitar de bom grado o amor dos dois. Para os primeiros, o desfecho do filme será feliz, e a tragédia lhes soará grosseiramente tragicômica; para os segundos, um final triste e genuinamente trágico e o elemento de humor lhes será surpreendente. O diretor Lee Chang-dong trouxe a seu público um filme peculiar, romântico sem ser escapista mas ao mesmo tempo realista sem ser árido. Adorei imensamente esse filme.
A primeira cena do filme me fez acreditar que se tratava de um besteirol americano e já ia desistir de assití-lo. Qual não foi a minha surpresa ao ver que o filme é centrado em dois personagens adoráveis e inteligentes? As ideias de Aubrey são encantadoras e super me identifiquei. É um tanto clichê, não tem nada de original, mas tem uma sensibilidade toda especial. Vale a pena assistir. Valeu amor, por ter feito eu assistir esse filme fofo.
Muito triste a realidade explorada por esse documentário. O drama dos Vigilantes da Guarda Florestal do Parque Nacional de Virunga, no Congo, tendo que enfrentar risco de assassinato e outras adversidades (guerra civil, caçadores ilegais, interesse de exploradores de petróleo, desmatamento), tudo isso em prol da luta pela manutenção da biodiversidade do parque. É realmente muito triste. Por outro lado, impossível não se encantar com esses bravos homens e com os gorilas. Apaixonado por esse filme.
Que filme incrível foi esse? Tô muito feliz pelo resultado dessa nova etapa da franquia. A Rey é muito foda, e o Kylo Ren é o melhor vilão da trilogia pela sua complexidade e pela atuação instigante de Adam Driver. Além disso nunca imaginei que Han Solo me emocionaria como me emocionou. As cenas de guerra são intensas. E o que dizer da cena final? A imagem mais linda e cativante de toda a série. Enfim. Esse filme pra mim é o melhor de todos os sete. Espero que o oitavo mantenha o nível alto.
Adorei tanto "De Naermeste" que fiquei curioso para conhecer os outros dois trabalhos de Anne Sewitsky. Nossa, fiquei pasmo com esse filme de 2011, "Jorgen + Anne = Sant". São dois trabalhos muito diferentes na questão temática, mas a sensibilidade de Sewitsky me apaixonou em ambos os trabalhos. Esse aqui me tirou um sorriso delicioso do rosto, enquando "De Naermeste", lágrimas. Aposto que Sewitsky se permitiu reviver parcialmente sua visão de mundo aos dez anos, Espero que "Happy, Happy!" seja tão bom quanto esses dois. "Não se deixem enganar pelo o que os adultos falam. Crianças de 10 anos podem muito bem se apaixonar e descobrir o amor".
Um filme com uma temática bastante delicada. Mais fácil e chamativo seria adjetivar como "polêmico". Mas a opção de Anne Sewitsky de tratar a paixão entre os irmãos da maneira mais discreta e natural possível é acertada, e ainda mais importante é a falta de moralismo. Esse filme me fez lembrar da história de Patrick Stuebing e Susan Karolewsky. Ine Marie Wilmann está tão humana, assim como Simon J. Berger. É um filme encantador. A última cena: soberba. Enfim, recomendo.
Com certeza porei uma dedicatória in memorian no meu TCC a esse bravo que foi Aaron Swartz, como alguns já fizeram, não por modismo, mas por consciência. Entrou na minha lista de "heróis". Descanse em paz.
Eu senti certo tédio ao assistir esse filme pela primeira vez em DVD em 2007. Havia achado as músicas irritantes e os personagens sem graça. Mas depois de assistir Mad Max e ter adorado a energia que o filme transmite, resolvi rever a esse filme com um fone de ouvido poderoso e a melhor tela que poderia usufruir. E realmente, é um filme incrível, simples na maneira como aborda as questões ecológicas, mas verdadeiro. O roteiro e direção conseguem dar um ritmo apropriado ao filme, intercalando na medida certa drama e ação (inclusive, eu reconheci o dedo do diretor de Mad Max nessas cenas mais que em qualquer outra, pela coordenação perfeita dos enquadramentos e pelo preciosismo técnico). A fotografia é brilhante (a edição quadrada do DVD brasileiro tirou um pouco do brilho dos enquadramentos, o que é uma pena), as músicas são incríveis (percebi que o problema era a dublagem em português que não me cativou nem um pouco, o que foi resolvido com as vozes do original em inglês). E o que falar das coreografias? Fico imaginando o trabalho que deve ter sido montar essas cenas. Um filme dessa dimensão não é pra qualquer um não. Infelizmente percebo que é bem subestimado, mas com o tempo isso mudará.
The Age of Adaline é um filme agradabilíssimo, apesar de não brilhar em nenhum aspecto técnico em especial. Mas eu realmente me comovi com a história de Adaline, e convenci-me de seu drama. Blake Lively realmente amadureceu desde Gossip Girl, e conseguiu transmitir a melancolia necessária à personagem, além da sofisticação de sua época original. A calma com que o roteiro explora o relacionamento amoroso dela foi acertada (apesar de ter detestado os artificialismo da cena do antigo cinema), e achei os diálogos muito bem escritos.
Os únicos pontos que tenho contra o filme é a questão da narração em off, para mim desnecessária e inconstante. E não era preciso explicar de maneira pseudocientífica o porque de Adeline não conseguir envelhecer. Era só usar esse fato como um elemento de realismo fantástico que tudo seria até mais bonito.
Mas apesar desses pontos, o filme muito bom. Recomendo.
Esse filme é tão doce, puro e intenso. A atuação de Elle Fanning está soberba, acho que sua melhor atuação até hoje (embora tenha chegado quase no mesmo nível em Ginger e Rosa, outra pérola de filme). Um estudo de personagem mais complexo do que se aparenta em sua superfície. Recomendo muito essa obra-prima.
Filmaço de primeira! Sangue e suor brotando dos poros da verdadeira arte. Miles Teller está soberbo: perdi a conta de quantas vezes tive vontade de pular de excitação quando o via enérgico naquela bateria eletrizada! J. K. Simmons mais que mereceu o Oscar. Direção impecável de Damien Chazelle. Estou empolgado até agora.
Esse filme é uma pequena jóia. Em uma hora, trás uma história arrebatadora de crime, castigo e redenção. Apesar de por vezes soar didático, não é piegas. O ritmo e o estilo narrativo são impecáveis. A fotografia é digna de nota. E o que falar da jovem Maisie William? Ela vai longe. Uma das grandes interpretações desse ano, digna de muitos prêmios.
The Hymn
3.8 4"The Sound of a Flower" conta a belíssima história de Jin Chae-seon, a primeira mulher a desafiar a norma vigente na Coréia do século XIX, ao se tornar a cantora de ópera pansori, de que às mulheres era vetada a arte da atuação e do canto. Além disso, nos apresenta uma bela história de amor entre o mestre e sua discípula. Terminei o filme apaixonado pelo canto pansori. A fotografia, a trilha sonora e as atuações estão muito boas. O único pecado são alguns clichês de roteiro, mas a direção soube trabalhá-los bem. As mulheres precisam conhecer essa história poderosa.
A Vila
3.3 1,6KA ideia que norteia o roteiro é boa, a construção do clima de suspense é fantástica, e o amor de Ivy pelo Lucius é tocante (o diálogo antes do beijo dos dois é lindo e inteligente). Mas o roteiro tem muitos furos, que a meu ver, são inadmissíveis e que teriam sido fáceis de remendar. A impressão que dá é que o roteiro não passou por uma revisão. Teria sido uma obra-prima não fosse essas falhas tolas. Vale pela bela fotografia, direção de arte e pelo constante clima de medo. Odeio ver filmes com potencial desperdiçado!
Os Guarda-Chuvas do Amor
3.9 158 Assista AgoraAcabei de assistir a um dos mais belos musicais de todos os tempos! O filme é todo cantado, mas os diálogos são cotidianos e naturais, sem lirismos desnecessários. A direção de arte desse filme é uma coisa fantásticas (as cores claramente são fonte de inspiração para La La Land). Começa como uma história de amor boba, mas... vendo meu coração se destroçar com o final bruto desse filme, percebo o quanto ele é um filme verdadeiramente realista fantasiado com cores românticas. Se o coração de vocês ficou arrasado com o final de La La Land, não assistam a esse filme!
A Bailarina
3.6 196 Assista AgoraFui assistir à animação francesa/canadense A Bailarina no Plaza Shopping. Não esperava nada do filme, e só o assisti porque já sou apaixonado por dança, apesar de só ser um espectador. A sessão estava cheia de crianças, como era de se esperar. As crianças pequenas faziam barulho como sempre antes da sessão e durante os trailers. Mas quando o filme começou e a partir de então, desde a primeira cena, todas as crianças se calaram. Um dos mestres do teatro dizia que a missão de um ator, o que demonstrava que sua arte surtia efeito, era atrair a atenção das crianças. E fiquei impressionado como aquele filme atraiu incondicionalmente a atenção de todos, dos mais novos aos mais velhos. Quando a sessão terminou, palmas. As crianças extremamente empolgadas e com vontade de dançar: no corredor, vários meninos tentando imitar os movimentos que presenciáramos no filme coreografados pela genial Aurelie Dupont, bailarina do Ballet da Ópera de Paris. Fiquei muito feliz pelo que presenciei, e posso dizer, saí do cinema com um sorriso enorme no rosto e eu também estava com vontade de Dançar. Que animaçãozinha gostosa. Já quero ver de novo.
O Som e a Fúria
3.3 23 Assista AgoraUm absurdo esse filme mal ter sido divulgado e distribuído. Claro que não dá pra comparar com a obra-prima literária de William Faulkner, mas, dentro das limitações do cinema, o que foi feito aqui é um esforço válido e pungente, muito melhor do que muitos filmes que chegaram a ser distribuídos baseados em livros muito mais fáceis de serem adaptados. Eu sinceramente não entendo. A fotografia, a sonoplastia e a direção de arte se complementam de maneira orgânica, os atores são bons, o James Franco interpretando Benjy conseguiu a proesa de não soar caricato. O drama de Benjy, de Quentin e de Jason são não lineares como no livro, e a montagem contribui com a fluidez na narrativa de maneira impecável, fazendo transições nos momentos certos. Apenas não gostei da parte de Perla, para quem não leu o livro não vai entender as motivações para Quentin sair andando com ela em busca da família da criança perdida. Sinceramente, espero que esse filme sejam mais visto, é uma bela adaptação de Faulkner. Espero que James Franco adapte mais livros de Faulkner para o cinema. Enquanto Agonizo também é muito bom.
A Dupla Vida de Véronique
4.1 275 Assista AgoraO que eu mais gosto nessa obra-prima do mestre polonês Kieslowszki é a sutileza com que ele trabalha as cenas. É uma fábula de coincidências conduzido de modo a fugir de um clímax óbvio (o encontro de Veronika e Véronique, mas não da maneira que se imagina após ler a sinópse). O roteiro é excelente em subverter nossas expectativas. A fotografia e a iluminação juntamente com a música de Zigbniew Presner criam uma magia toda especial que ecoa no universo das marionetes. Os melhores aspectos simbólicos, por sinal, estão nas marionetes ("resolvi chama-la de Dupla Vida de..."). As lágrimas de Véronique traduzem seu nome sem precisar de uma voz particular. Lindo filme.
Vá e Veja
4.5 754 Assista AgoraEsse é o filme de guerra mais devastador de todos os tempos. Foi o filme que mais me impactou emocionalmente até hoje. O desgaste psicológico progressivo do protagonista ao longo do filme é marcante e comovente. Um soco no estômago. Antes desse filme você é um, depois dele, já é alguém minimamente diferente. Mas assistam, nem que seja uma vez na vida.
Amanhã Era Guerra
3.6 2O cinema soviético precisa ser mais apreciado. Esse filme, feito no fim da URSS, ainda no período comunista, é um belíssimo manifesto contra a censura da liberdade de pensamento e uma ode à força questionadora da qual a juventude é capaz. Não concordar com alguns dos aspectos de uma determinada ideologia não significa ser contra a ideologia. O filme é tocante nesse aspecto. A escolha de só pôr cores nos momentos de descoberta intelectual dos jovens foi um acerto. É um filme bastante simples, mas tocante, mostrando os abusos da era stalinista.
Oasis
4.2 34OÁSIS é um filme lindo, profundamente tocante, mas não da maneira nós -- público educado (em muitos aspectos, deseducado! fica a provocação) em questões cinematográficas sob as tradições norte americanas de se fazer cinema, ou seja, por puro entretenimento -- poderíamos esperar. Pelo contrário, as trilhas que esse filme segue são imprevisíveis e por vezes estarrecedoras. Ainda assim, tem muitos elementos de filmes populares que são intensamente subvertidos, e por isso mesmo possivelmente nunca virá a ter o reconhecimento que merece. Primeiramente, o gênero do filme: podería-se dizer que se trata de um filme de comédia romântica dramática. Drama por conta da natureza do casal protagonista (ele, com problemas psiquiátricos, ela, com problemas neurológicos) e da realidade familiar e social em que vivem (ele, um desajustado social, preso já pela terceira vez, e que claramente percebemos ser impossível para ele se enquadrar em alguma funcão útil para a sociedade, de modo que se isso fosse uma distopia, provavelmente seria descartado pela sociedade de maneiras brutais. No caso, ele é desprezado pela família; ela, uma moça com paralisia cerebral que vive sozinha em situações precárias, abandonada pelos irmãos, que pagam a uma vizinha para que esta tome conta dela, e que usufruem do conforto ofertado a ela pela assistência social, cuidando de mascarar a falcatrua quando lhes convém). Romance, por conta de que o relacionamento dos dois é incrivelmente tocante e profundo: o cuidado, a paciência e a dedicação que ele tem para com ela é uma das coisas mais lindas do mundo, da mesma maneira que os sonhos dela (que trazem um quê de magia e de encantamento contrapondo os elementos realistas presentes na maior parte do filme; e uma das coisas que eu mais gostei foi o fato de que a primeira vez que temos contato com ela é através de um de seus sonhos com um pombo voando por seu recinto). Comédia, por conta de que o protagonista é estranhamente engraçado, mas de uma maneira incômoda. No entanto, o filme revela sua subversão quando constatamos a natureza politicamente incorreta do primeiro contato entre os dois, e talvez esse seja o motivo principal que torna o filme genial, pois a partir dela cada espectador vai reagir de maneiras diferentes em relação ao relacionamento deles. Alguns vão se sentir incomodados ou até mesmo revoltados; outros vão saber perdoar e aceitar de bom grado o amor dos dois. Para os primeiros, o desfecho do filme será feliz, e a tragédia lhes soará grosseiramente tragicômica; para os segundos, um final triste e genuinamente trágico e o elemento de humor lhes será surpreendente. O diretor Lee Chang-dong trouxe a seu público um filme peculiar, romântico sem ser escapista mas ao mesmo tempo realista sem ser árido. Adorei imensamente esse filme.
A Primeira Vez
3.4 591A primeira cena do filme me fez acreditar que se tratava de um besteirol americano e já ia desistir de assití-lo. Qual não foi a minha surpresa ao ver que o filme é centrado em dois personagens adoráveis e inteligentes? As ideias de Aubrey são encantadoras e super me identifiquei. É um tanto clichê, não tem nada de original, mas tem uma sensibilidade toda especial. Vale a pena assistir. Valeu amor, por ter feito eu assistir esse filme fofo.
Virunga
4.5 71 Assista AgoraMuito triste a realidade explorada por esse documentário. O drama dos Vigilantes da Guarda Florestal do Parque Nacional de Virunga, no Congo, tendo que enfrentar risco de assassinato e outras adversidades (guerra civil, caçadores ilegais, interesse de exploradores de petróleo, desmatamento), tudo isso em prol da luta pela manutenção da biodiversidade do parque. É realmente muito triste. Por outro lado, impossível não se encantar com esses bravos homens e com os gorilas. Apaixonado por esse filme.
Star Wars, Episódio VII: O Despertar da Força
4.3 3,1K Assista AgoraQue filme incrível foi esse? Tô muito feliz pelo resultado dessa nova etapa da franquia. A Rey é muito foda, e o Kylo Ren é o melhor vilão da trilogia pela sua complexidade e pela atuação instigante de Adam Driver. Além disso nunca imaginei que Han Solo me emocionaria como me emocionou. As cenas de guerra são intensas. E o que dizer da cena final? A imagem mais linda e cativante de toda a série. Enfim. Esse filme pra mim é o melhor de todos os sete. Espero que o oitavo mantenha o nível alto.
Amor Verdadeiro
4.1 41Adorei tanto "De Naermeste" que fiquei curioso para conhecer os outros dois trabalhos de Anne Sewitsky. Nossa, fiquei pasmo com esse filme de 2011, "Jorgen + Anne = Sant". São dois trabalhos muito diferentes na questão temática, mas a sensibilidade de Sewitsky me apaixonou em ambos os trabalhos. Esse aqui me tirou um sorriso delicioso do rosto, enquando "De Naermeste", lágrimas. Aposto que Sewitsky se permitiu reviver parcialmente sua visão de mundo aos dez anos, Espero que "Happy, Happy!" seja tão bom quanto esses dois. "Não se deixem enganar pelo o que os adultos falam. Crianças de 10 anos podem muito bem se apaixonar e descobrir o amor".
Homesick
3.2 15Um filme com uma temática bastante delicada. Mais fácil e chamativo seria adjetivar como "polêmico". Mas a opção de Anne Sewitsky de tratar a paixão entre os irmãos da maneira mais discreta e natural possível é acertada, e ainda mais importante é a falta de moralismo. Esse filme me fez lembrar da história de Patrick Stuebing e Susan Karolewsky. Ine Marie Wilmann está tão humana, assim como Simon J. Berger. É um filme encantador. A última cena: soberba. Enfim, recomendo.
As Memórias de Marnie
4.3 668 Assista AgoraO último filme da Ghibli é uma obra-prima. Aquele final... emocionante. Até saíram lágrimas. Espero que não seja o último filme do estúdio.
O Menino da Internet: A História de Aaron Swartz
4.4 66 Assista AgoraCom certeza porei uma dedicatória in memorian no meu TCC a esse bravo que foi Aaron Swartz, como alguns já fizeram, não por modismo, mas por consciência. Entrou na minha lista de "heróis". Descanse em paz.
Spieltrieb
2.6 4Chega nem aos pés da minissérie brasileira A Menina Sem Qualidades, ambas adaptados do livro Spieltrieb da escritora alemã Juli Zeh.
Happy Feet: O Pingüim
3.2 549 Assista AgoraEu senti certo tédio ao assistir esse filme pela primeira vez em DVD em 2007. Havia achado as músicas irritantes e os personagens sem graça. Mas depois de assistir Mad Max e ter adorado a energia que o filme transmite, resolvi rever a esse filme com um fone de ouvido poderoso e a melhor tela que poderia usufruir. E realmente, é um filme incrível, simples na maneira como aborda as questões ecológicas, mas verdadeiro. O roteiro e direção conseguem dar um ritmo apropriado ao filme, intercalando na medida certa drama e ação (inclusive, eu reconheci o dedo do diretor de Mad Max nessas cenas mais que em qualquer outra, pela coordenação perfeita dos enquadramentos e pelo preciosismo técnico). A fotografia é brilhante (a edição quadrada do DVD brasileiro tirou um pouco do brilho dos enquadramentos, o que é uma pena), as músicas são incríveis (percebi que o problema era a dublagem em português que não me cativou nem um pouco, o que foi resolvido com as vozes do original em inglês). E o que falar das coreografias? Fico imaginando o trabalho que deve ter sido montar essas cenas. Um filme dessa dimensão não é pra qualquer um não. Infelizmente percebo que é bem subestimado, mas com o tempo isso mudará.
As Praias de Agnès
4.4 64 Assista AgoraAmo Agnès Varda. Esse documentário é uma delícia.
A Incrível História de Adaline
3.7 1,5K Assista AgoraThe Age of Adaline é um filme agradabilíssimo, apesar de não brilhar em nenhum aspecto técnico em especial. Mas eu realmente me comovi com a história de Adaline, e convenci-me de seu drama. Blake Lively realmente amadureceu desde Gossip Girl, e conseguiu transmitir a melancolia necessária à personagem, além da sofisticação de sua época original. A calma com que o roteiro explora o relacionamento amoroso dela foi acertada (apesar de ter detestado os artificialismo da cena do antigo cinema), e achei os diálogos muito bem escritos.
Os únicos pontos que tenho contra o filme é a questão da narração em off, para mim desnecessária e inconstante. E não era preciso explicar de maneira pseudocientífica o porque de Adeline não conseguir envelhecer. Era só usar esse fato como um elemento de realismo fantástico que tudo seria até mais bonito.
Mas apesar desses pontos, o filme muito bom. Recomendo.
A Menina no País das Maravilhas
4.1 405Esse filme é tão doce, puro e intenso. A atuação de Elle Fanning está soberba, acho que sua melhor atuação até hoje (embora tenha chegado quase no mesmo nível em Ginger e Rosa, outra pérola de filme). Um estudo de personagem mais complexo do que se aparenta em sua superfície. Recomendo muito essa obra-prima.
Whiplash: Em Busca da Perfeição
4.4 4,1K Assista AgoraFilmaço de primeira! Sangue e suor brotando dos poros da verdadeira arte. Miles Teller está soberbo: perdi a conta de quantas vezes tive vontade de pular de excitação quando o via enérgico naquela bateria eletrizada! J. K. Simmons mais que mereceu o Oscar. Direção impecável de Damien Chazelle. Estou empolgado até agora.
Cyberbully
3.4 73Esse filme é uma pequena jóia. Em uma hora, trás uma história arrebatadora de crime, castigo e redenção. Apesar de por vezes soar didático, não é piegas. O ritmo e o estilo narrativo são impecáveis. A fotografia é digna de nota. E o que falar da jovem Maisie William? Ela vai longe. Uma das grandes interpretações desse ano, digna de muitos prêmios.
Contos de Terramar
3.5 172 Assista AgoraAté agora, o único do Estúdio Ghibili que não gostei nem um pouquinho.