Gabriella Marques

O seriado começou me chocando com sua engenhosidade e inovação. Fiquei rapidamente envolvida com Ryan (ganhei um novo respeito por Kevin Bacon) e vamos ser sinceros aqui, Joe está certo, quem não gosta de um herói torturado pela vida?
James Purefoy está ridiculamente cativante em seu papel e isso traz uma certa contradição ao telespectador. Admiração e ódio ao mesmo tempo.
A trama e os personagens secundários são muito envolventes e ativam essa curiosidade mórbida que temos ao lidar com a morte, curiosidade que é elevada a mil com a forma que tais personagens a enxergam.

Acho que minha crítica pode ser um pouco falha por ainda não ter terminado a temporada (me encontro no momento no episódio 6), mas estou sentido um leve desandar na trama.

Acho que forçaram um pouco a barra do poder que Joe tem ali quando mostraram tantos policiais e pessoas importantes entrando inesperadamente na trama, dando uma solução fácil para um problema sem saída.

Outra falha, ao meu ver, é a personagem Debra Parker, que é uma boa personagem secundária, mas deveria continuar assim. As tentativas que vi de trazerem empatia para com ela foram desnecessárias e não fizeram um real sentido na trama, MAS, como eu disse ali em cima, ainda estou no meio da temporada e ainda tenho fé de que tudo isso que não compreendo e estou acho estranho e deslocado irá fazer sentido em breve.

Se for para colocar na balança até onde eu vi, o seriado é impressionante e vale a pena assistir. Me impressionei tanto com a engenhosidade da trama que me comprometo a continuar assistindo o seriado em sua segunda temporada mesmo que desande deste meio para frente.

Depois volto e digo o que achei do meio para o final da temporada...

Este primeiro episódio foi promissor e até a metade conseguiu atender as expectativas, mas devo confessar que me desapontou levemente na parte investigativa. Aparentemente (e digo aparentemente porque estou julgando apenas pelo primeiro episódio) eles pretendem utilizar uma linha um tanto quanto mágica para a resolução dos problemas, mostrando o resultado sem muito se explicar como chegaram até esse e usando de justificativa para isso as "habilidades especiais" de Will.

Isso me desapontou um pouco, levando em conta que tantos os livros quanto os filmes tem forte presença da psicologia e seu estudo. Acredito que esperava algumas explicações mais equivalentes ao nível de Sherlock (que mostra o raciocínio da investigação) ou até mesmo Criminal Minds (que tem um amplo embasamento na área da psicologia).

MAS são fatores que não vão me impedir de continuar a acompanhar o seriado. Acho que com o passar dos episódios o personagem do Dr. Lecter ganhará mais profundidade e seu relacionamento com Will compensará qualquer falha que a trama possa oferecer.

Ainda tenho isso em fita...GRAVADO DIRETAMENTE DA GLOBO, com comercial e tudo..rs