Robert Eggers nos traz uma trama repleta de entrelinhas, difícil de digerir até mesmo para fãs do gênero de terror. Um filme que não nos dá a sua receita pronta ao fim, temos que ir por partes, montando o quebra-cabeças. É um convite a entrar despido pela floresta, deixando de lado os tradicionais e clichês filmes do gênero, que só se preocupam em dar sustos. De um lado, a família cristã, do outro, a floresta tomada pelo mal, será? Essa é a indagação que nos vem à mente a medida em que a estória se desenrola. Com um brilhante uso da fotografia e a trilha sonora, inspiradas aqui evidentemente em Stanley Kubrick, uma tensão vem sendo construída ao longo do filme, os dilemas familiares e questões de caráter vem à tona. O que é certo e errado transitam de um lado a outro, fazendo com que reflitamos sobre tudo. Eggrs é ousado, logo em seu filme de estreia como diretor e roteirista, lança a mãos uma discussão polêmica sobre religião, fanatismo e como isso influencia nossa vida, levantando questões perturbadoras e deixando a margem para interpretação o final dessa estória. Uma direção impecável, no que diz respeito aos atores, todos atuando de forma crua, visceral, principalmente em se tratando das crianças, pois se utiliza um inglês arcaico, ainda assim, não sentimos nenhum estranhamento ao vê-las falando. Destaque absoluto para Anya Taylor-Joy (Thomasin) e Harvey Scrimshaw (Caleb), com atuações de tirar o folego. Há muito tempo não via um filme de terror usar de sua premissa para, além de aterrorizar, também nos pôr para analisar o que é de fato o verdadeiro terror.
Gostei bastante, o roteiro foi bem amarrado, com ações acontecendo logo no início do filme dando continuidade a forma de apresentação do "Invocação do Mal", explora bem a forma de utilizar as superstições e crenças para fazer o suspense ocorrer. Não possui uma atmosfera de medo, porém possui momentos de tensão e consegue produzir algumas surpresas. Creio que o final sugere uma continuação por isso foi meio "fraco". Em suma, a fotografia está impecável, há tempos não via um filme deste gênero com planos lindos e muito bem elaborados. Há referências a "O Bebê de Rosemary" e também sugere referências a "Poltergeist" e "O Iluminado". Vale a pena assistir, o único cometário negativo foi a atuação da Annabelle Wallis (Mia) que deixou um pouco a desejar.
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A Bruxa
3.6 3,4K Assista AgoraRobert Eggers nos traz uma trama repleta de entrelinhas, difícil de digerir até mesmo para fãs do gênero de terror. Um filme que não nos dá a sua receita pronta ao fim, temos que ir por partes, montando o quebra-cabeças. É um convite a entrar despido pela floresta, deixando de lado os tradicionais e clichês filmes do gênero, que só se preocupam em dar sustos.
De um lado, a família cristã, do outro, a floresta tomada pelo mal, será? Essa é a indagação que nos vem à mente a medida em que a estória se desenrola.
Com um brilhante uso da fotografia e a trilha sonora, inspiradas aqui evidentemente em Stanley Kubrick, uma tensão vem sendo construída ao longo do filme, os dilemas familiares e questões de caráter vem à tona. O que é certo e errado transitam de um lado a outro, fazendo com que reflitamos sobre tudo.
Eggrs é ousado, logo em seu filme de estreia como diretor e roteirista, lança a mãos uma discussão polêmica sobre religião, fanatismo e como isso influencia nossa vida, levantando questões perturbadoras e deixando a margem para interpretação o final dessa estória.
Uma direção impecável, no que diz respeito aos atores, todos atuando de forma crua, visceral, principalmente em se tratando das crianças, pois se utiliza um inglês arcaico, ainda assim, não sentimos nenhum estranhamento ao vê-las falando. Destaque absoluto para Anya Taylor-Joy (Thomasin) e Harvey Scrimshaw (Caleb), com atuações de tirar o folego.
Há muito tempo não via um filme de terror usar de sua premissa para, além de aterrorizar, também nos pôr para analisar o que é de fato o verdadeiro terror.
Annabelle
2.7 2,7K Assista AgoraGostei bastante, o roteiro foi bem amarrado, com ações acontecendo logo no início do filme dando continuidade a forma de apresentação do "Invocação do Mal", explora bem a forma de utilizar as superstições e crenças para fazer o suspense ocorrer. Não possui uma atmosfera de medo, porém possui momentos de tensão e consegue produzir algumas surpresas. Creio que o final sugere uma continuação por isso foi meio "fraco". Em suma, a fotografia está impecável, há tempos não via um filme deste gênero com planos lindos e muito bem elaborados. Há referências a "O Bebê de Rosemary" e também sugere referências a "Poltergeist" e "O Iluminado". Vale a pena assistir, o único cometário negativo foi a atuação da Annabelle Wallis (Mia) que deixou um pouco a desejar.