Começa bem arrastado, mas vai ganhado intensidade com a emoção a partir da segunda metade. Osmar Prado e Daniel Oliveira impecáveis. Terminei sem ter certeza de se a de Eder Jofre foi uma vida triste ou feliz. Isso de viver o sonho alheio nunca me pareceu uma boa decisão. Percepções.
Holocausto, a humanização da prostituição, o instinto maternal e a doçura da trans Lola... ela também imigrante, as tragédias anunciadas desde as colonizações exploratórias que resultam até hoje na massifica imigração de africanos para a Europa, o drama e a esperança que essas pessoas encontram lá, Sophia Loren e Ibrahima Gueye... não tem como ficar indiferente à “La vita davanti a sé”.
Curiosidade:
Sua primeira versão cinematográfica, “Madame Rosa”, dirigida pelo israelense Moshé Mizrahi, ganhou o Oscar de melhor filme estrangeiro de 1978.
Seu diretor, Eduardo Ponti, é filho da deusa Sophia Loren.
Bari, sul da Itália, na “vida real” “recebe”, há décadas, inúmeros imigrantes ilegais e refugiados africanos, líbios, sírios e albaneses.
Pra mim, um dos melhores filmes brasileiros. Seria mesmo se não contasse com um elenco espetacular. Lázaro Ramos, Gero Camilo, Wagner Moura, Caio Blat, Rodrigo Santoro e tantos mais. Uma verdadeira constelação. Puro brilho. Joia do cinema nacional, presente de Héctor Babenco 🖤
“Num país que não tem escola, não tem saúde, não tem nada, você não pode ficar dando R$ 8 milhões para burguesinho falar de suas crises existenciais e passear pelo Brasil. Se é dinheiro do povo tem que respeitar.", Cláudio Assis, que fez Amarelo Manga com 450 mil.
Se é que é verdade que o brasileiro precisa ser estudado, Amarelo Manga poderia considerar-se uma aula magna.
É uma das três possibilidades de indicação espanhola para concorrer ao Oscar de melhor filme estrangeiro, as outras duas são “La trinchera infinita” (também disponível na Netflix) e “O que Arde”.
A ideia é boa, a crítica social é válida e oportuna, mas... sei lá. Talvez justamente pelo dito, e pelo blá blá blá gerado em torno dele, acabei gostando menos do que esperava.
As pessoas que não votaram em nada... os jovens, as mulheres...
Aí eu penso: “Gente! As pessoas acham que é brincadeira!””
........ é isso. O mesmo lá que aqui.
Quem votou nessa “gente” se sabe quem são, se sabe o que são. Dá muito nojo e vergonha, mas se entende.
Não votar em nada e contribuir indiretamente para que o que existe de pior e mais asqueroso no mundo chegue ao cargo de máximo poder de uma nação? Não tem perdão.
“Os líderes deles foram assassinatos. Comunidades inundadas por drogas e armas. Eles são super controlados e encarceradas em todo o planeta. Por não ter armas pra lutar o nosso povo sofre demais.”
Pensei que seria um lance esperançoso e tal, mas não. É totalmente real. O próprio espelho da realidade que vivemos, a encenação do fato de que não há conciliação possível e o horizonte não se vislumbra azul. O melhor do doc é a ideia, a originalidade. O amargo sabor de boca fica por conta da Sarah Lessa. Morna, titubeante, covarde. A representação fidedigna desses seres medíocres, que ornam com as sombras e a mais absoluta falta de protagonismo, mas que decidiram as eleições passadas e ameaçam as próximas. Os “nem um, nem outro”. Os que com seus brancos e nulos entregaram o país à barbarie.
Sou bem mais Catherine Zeta-Jones e Sean Connery em Entrapment, mas essa constelação compensou qualquer exagero (e não foram poucos). Não assisti a nenhum outro filme do Gary Ross, não sei se é seu estilo, mas dessa vez ele abusou do excesso com vontade, glamourosa posta em cena. Queria tê-lo assistido em versão original. Esse com certeza é daqueles que perde muitíssimo com a dublagem. Não só pelas vozes de algumas dessas deusas, como pela ironia presente em todo o roteiro.
Draminhas cotidianos, todo meio óbvio, previsível e provavelmente por isso mesmo uma boa pedida se o que se busca é desanuviar um pouco a mente. É fofo.
Estão longe, muito longe, de serem meus gêneros preferidos, mas incluso se fossem... ação com argumento pouco interessante e humor pouco inteligente. Esclarecido isso pra justificar a nota, vale o elenco e a trilha.
Curioso ver seus primórdios. 1º passo da Céline Sciamma. Já tinha essa pegada das poucas palavras, de brincar com olhares, da simplicidade, da sutileza, do morde/assopra. Dois longas depois, dirigiu “Portrait de la jeune fille en feu”, uma obra de arte. Também foi o primeiro filme da Adèle Haene... quem diria que entre Florianne e Heloise há apenas 12 aninhos?
Há de ter-se em conta diversas questões tocadas no filme para entender que foi um triste final feliz.
Uma cidadezinha do interior da Escócia. Anos 50. Auge da valorização da mais hipócrita versão do politicamente correto, da “família tradicional”, das “pessoas de bem”, da “boa moral” e dos “bons costumes”, sem esquecer o onipresente machismo e a cara mais violenta do patriarcado vigente. Uma radiografia fidedigna da época.
Por outro lado, é lindo de ver a independência, a altivez, a força, e a amabilidade apesar de toda humilhação e opressão.
A pontinha de decepção com o final agridoce é inevitável, mas era o que cabia e, considerando o contexto, foi mais doce que ágrio. Não o critico.
Creio que, se algo há à criticar-se, é a forma meio “atropelada” com que a história central se desenvolveu. Imagino que isso se deva à intenção de não fazer um longa demasiado longo, provavelmente a novela homônima de Fiona Shaw, na qual Tell It to the Bees foi baseado, dedique ao enredo o tempo que ele merece. Quiçá a leia algum dia.
Edit: Spoiler da novela, caso alguém queira saber (by @keuaraujo... em comentários anteriores).
Jean nunca soube que era lésbica. A primeira mulher que ela sentiu atração foi a Lydia. Lydia não foi demitida. Vendo a Lydia em desespero por causa do despejo, Jean dá a ideia dela e Charlie morarrarem com ela sob o pretexto de ser uma governanta, mas elas já estavam juntas. Os boatos sobre elas na cidade se deram por que o Charlie acordou em uma noite de tempestade e foi procurar a mãe, mas não a encontrou na sua cama, ele começa a chorar e ela vem de uma porta que dá pro quarto da Jean, ele na inocência conta isso pra Annie mas a mãe dela escuta e espalha a história, mas nunca chegaram a ofender ou agredir elas, a clinica da Jean diminuiu as visitas. O primeiro beijo delas é em um bosque e é a Lydia que dá. A esposa do amigo da Jean, Sarah, é viva e ela percebe o relacionamento das duas depois que a Jean chama da Lydia de 'Meu Amor' sem querer. Ela dá todo o apoio as duas. A Annie é uma adolescente e entra em desespero quando fica grávida. Ela mesma resolve fazer o aborto e dá errado. Depois que a Jean salva a vida dela, a irmã do Robert devolve o Charlie e depois se une com as funcionarias da fabrica pra fazer uma vaquinha pra Lydia ir embora da cidade com a Jean. As duas vão para a Itália e ficam juntas pra sempre.
Pelos comentários no comentário a geral gostou mais do livro. Eu não tenho uma opinião formada sobre, gostei bastante do filme. O lerei.
O elenco todo tem muita química, mas assistir à Jane Fonda, Diane Keaton e Andy García é um deleite a parte. O filme é leve, divertido e diverso ... vai da apologia ao empoderamento à apologia ao amor romântico sem perder-se pelo caminho. Comédias não são meu gênero favorito, mas as vezes é bom não pensar em nada e simplesmente rir um pouco
Nasce Uma Estrela
4.0 2,4K Assista AgoraReleitura delicada e, não por conhecida, menos dolorida.
10 Segundos Para Vencer
3.4 59Começa bem arrastado, mas vai ganhado intensidade com a emoção a partir da segunda metade. Osmar Prado e Daniel Oliveira impecáveis. Terminei sem ter certeza de se a de Eder Jofre foi uma vida triste ou feliz. Isso de viver o sonho alheio nunca me pareceu uma boa decisão. Percepções.
Rosa e Momo
3.7 302 Assista AgoraHolocausto, a humanização da prostituição, o instinto maternal e a doçura da trans Lola... ela também imigrante, as tragédias anunciadas desde as colonizações exploratórias que resultam até hoje na massifica imigração de africanos para a Europa, o drama e a esperança que essas pessoas encontram lá, Sophia Loren e Ibrahima Gueye... não tem como ficar indiferente à “La vita davanti a sé”.
Curiosidade:
Sua primeira versão cinematográfica, “Madame Rosa”, dirigida pelo israelense Moshé Mizrahi, ganhou o Oscar de melhor filme estrangeiro de 1978.
Seu diretor, Eduardo Ponti, é filho da deusa Sophia Loren.
Bari, sul da Itália, na “vida real” “recebe”, há décadas, inúmeros imigrantes ilegais e refugiados africanos, líbios, sírios e albaneses.
No mais... 86 anos! ❤️❤️
O Céu de Suely
3.9 464 Assista AgoraKarim Aïnouz, nunca falha.
... e que elenco ❤️💔
Lindamente cru. Ternura e sensibilidade difíceis de explicar.
Música Para Morrer de Amor
3.0 48Do universo e da bagunça que é cada um... “História de amor cada um tem a sua e todo mundo fala sozinho.”
Confia em Mim
3.2 284 Assista AgoraPrevisível até no happy end, mas não é ruim.
Carandiru
3.7 748 Assista AgoraRevendo pela enésima vez... Canal Brasil ❤️
Pra mim, um dos melhores filmes brasileiros. Seria mesmo se não contasse com um elenco espetacular. Lázaro Ramos, Gero Camilo, Wagner Moura, Caio Blat, Rodrigo Santoro e tantos mais. Uma verdadeira constelação. Puro brilho. Joia do cinema nacional, presente de Héctor Babenco 🖤
Amarelo Manga
3.8 542 Assista Agora“Num país que não tem escola, não tem saúde, não tem nada, você não pode ficar dando R$ 8 milhões para burguesinho falar de suas crises existenciais e passear pelo Brasil. Se é dinheiro do povo tem que respeitar.", Cláudio Assis, que fez Amarelo Manga com 450 mil.
Se é que é verdade que o brasileiro precisa ser estudado, Amarelo Manga poderia considerar-se uma aula magna.
No mais, Matheus Nachtergaele ❤️ sempre.
Canal Brasil ❤️🎬
O Poço
3.7 2,1K Assista AgoraÉ uma das três possibilidades de indicação espanhola para concorrer ao Oscar de melhor filme estrangeiro, as outras duas são “La trinchera infinita” (também disponível na Netflix) e “O que Arde”.
A ideia é boa, a crítica social é válida e oportuna, mas... sei lá. Talvez justamente pelo dito, e pelo blá blá blá gerado em torno dele, acabei gostando menos do que esperava.
Becoming: A Minha História
4.2 52 Assista Agora“Eu entendo as pessoas que votaram no Trump.
As pessoas que não votaram em nada... os jovens, as mulheres...
Aí eu penso: “Gente! As pessoas acham que é brincadeira!””
........ é isso. O mesmo lá que aqui.
Quem votou nessa “gente” se sabe quem são, se sabe o que são.
Dá muito nojo e vergonha, mas se entende.
Não votar em nada e contribuir indiretamente para que o que existe de pior e mais asqueroso no mundo chegue ao cargo de máximo poder de uma nação? Não tem perdão.
A Cabana
3.6 828 Assista AgoraRevisto e confirmado. Livro ruim, filme pior.
A estrelinha solitária é pra Alice Braga ❤️
Viva: A Vida é Uma Festa
4.5 2,5K Assista AgoraRevendo. Que bonito! Que tradição linda 💀🖤
Pantera Negra
4.2 2,3K Assista Agora“Os líderes deles foram assassinatos. Comunidades inundadas por drogas e armas. Eles são super controlados e encarceradas em todo o planeta. Por não ter armas pra lutar o nosso povo sofre demais.”
... e ainda tem (temos) muito o que aprender.
Partida
3.6 10Pensei que seria um lance esperançoso e tal, mas não. É totalmente real. O próprio espelho da realidade que vivemos, a encenação do fato de que não há conciliação possível e o horizonte não se vislumbra azul.
O melhor do doc é a ideia, a originalidade.
O amargo sabor de boca fica por conta da Sarah Lessa. Morna, titubeante, covarde. A representação fidedigna desses seres medíocres, que ornam com as sombras e a mais absoluta falta de protagonismo, mas que decidiram as eleições passadas e ameaçam as próximas. Os “nem um, nem outro”. Os que com seus brancos e nulos entregaram o país à barbarie.
Oito Mulheres e um Segredo
3.6 1,1K Assista AgoraSou bem mais Catherine Zeta-Jones e Sean Connery em Entrapment, mas essa constelação compensou qualquer exagero (e não foram poucos). Não assisti a nenhum outro filme do Gary Ross, não sei se é seu estilo, mas dessa vez ele abusou do excesso com vontade, glamourosa posta em cena.
Queria tê-lo assistido em versão original. Esse com certeza é daqueles que perde muitíssimo com a dublagem. Não só pelas vozes de algumas dessas deusas, como pela ironia presente em todo o roteiro.
The Four-Faced Liar
3.3 43Draminhas cotidianos, todo meio óbvio, previsível e provavelmente por isso mesmo uma boa pedida se o que se busca é desanuviar um pouco a mente. É fofo.
Ex Machina: Instinto Artificial
3.9 2,0K Assista AgoraFilmão.
Tá na GloboPlay.
Pra listinha dos que rever.
Kingsman: Serviço Secreto
4.0 2,2K Assista AgoraEstão longe, muito longe, de serem meus gêneros preferidos, mas incluso se fossem... ação com argumento pouco interessante e humor pouco inteligente. Esclarecido isso pra justificar a nota, vale o elenco e a trilha.
A Múmia
2.5 1K Assista AgoraPéssimo
Lírios D'Água
3.1 159Curioso ver seus primórdios. 1º passo da Céline Sciamma.
Já tinha essa pegada das poucas palavras, de brincar com olhares, da simplicidade, da sutileza, do morde/assopra. Dois longas depois, dirigiu “Portrait de la jeune fille en feu”, uma obra de arte.
Também foi o primeiro filme da Adèle Haene... quem diria que entre Florianne e Heloise há apenas 12 aninhos?
Parceiras Eternas
3.2 1301/2 estrela já é uma avaliação beeeeem generosa.
Fale com as Abelhas
3.5 87 Assista AgoraÉ duro e terno.
Há de ter-se em conta diversas questões tocadas no filme para entender que foi um triste final feliz.
Uma cidadezinha do interior da Escócia. Anos 50. Auge da valorização da mais hipócrita versão do politicamente correto, da “família tradicional”, das “pessoas de bem”, da “boa moral” e dos “bons costumes”, sem esquecer o onipresente machismo e a cara mais violenta do patriarcado vigente.
Uma radiografia fidedigna da época.
Por outro lado, é lindo de ver a independência, a altivez, a força, e a amabilidade apesar de toda humilhação e opressão.
A pontinha de decepção com o final agridoce é inevitável, mas era o que cabia e, considerando o contexto, foi mais doce que ágrio. Não o critico.
Creio que, se algo há à criticar-se, é a forma meio “atropelada” com que a história central se desenvolveu. Imagino que isso se deva à intenção de não fazer um longa demasiado longo, provavelmente a novela homônima de Fiona Shaw, na qual Tell It to the Bees foi baseado, dedique ao enredo o tempo que ele merece. Quiçá a leia algum dia.
Edit: Spoiler da novela, caso alguém queira saber (by @keuaraujo... em comentários anteriores).
Jean nunca soube que era lésbica. A primeira mulher que ela sentiu atração foi a Lydia.
Lydia não foi demitida. Vendo a Lydia em desespero por causa do despejo, Jean dá a ideia dela e Charlie morarrarem com ela sob o pretexto de ser uma governanta, mas elas já estavam juntas. Os boatos sobre elas na cidade se deram por que o Charlie acordou em uma noite de tempestade e foi procurar a mãe, mas não a encontrou na sua cama, ele começa a chorar e ela vem de uma porta que dá pro quarto da Jean, ele na inocência conta isso pra Annie mas a mãe dela escuta e espalha a história, mas nunca chegaram a ofender ou agredir elas, a clinica da Jean diminuiu as visitas.
O primeiro beijo delas é em um bosque e é a Lydia que dá.
A esposa do amigo da Jean, Sarah, é viva e ela percebe o relacionamento das duas depois que a Jean chama da Lydia de 'Meu Amor' sem querer. Ela dá todo o apoio as duas.
A Annie é uma adolescente e entra em desespero quando fica grávida. Ela mesma resolve fazer o aborto e dá errado. Depois que a Jean salva a vida dela, a irmã do Robert devolve o Charlie e depois se une com as funcionarias da fabrica pra fazer uma vaquinha pra Lydia ir embora da cidade com a Jean.
As duas vão para a Itália e ficam juntas pra sempre.
Pelos comentários no comentário a geral gostou mais do livro. Eu não tenho uma opinião formada sobre, gostei bastante do filme. O lerei.
Do Jeito Que Elas Querem
3.4 121O elenco todo tem muita química, mas assistir à Jane Fonda, Diane Keaton e Andy García é um deleite a parte.
O filme é leve, divertido e diverso ... vai da apologia ao empoderamento à apologia ao amor romântico sem perder-se pelo caminho.
Comédias não são meu gênero favorito, mas as vezes é bom não pensar em nada e simplesmente rir um pouco
Uma Mulher no Limite
3.2 42 Assista AgoraGrotesco nivel Tarantino, um tanto exagerado, mas ainda assim um bom thriller.
Sarah Bolger está perfeita, não a conhecia.