Hoje vou falar sobre um filme que se tornou um fenômeno entre os críticos de cinema no mundo, vide que tem 92% de aprovação no site Rotten Tomatoes com mais de 190 críticas sobre ele.
Vou, nesse post, tentar entender porque The Vast of Night foi tão bem aceito pelos especialistas em cinema. Primeiramente, eu preciso confessar que eu me encantei por esse filme, acho que é o melhor filme estreado nesse ano de 2020 – um ano, diga-se de passagem, em que o cinema está sendo muito afetado devido a situação em que vivemos, assim, é claro, como diversos outros setores.
O filme tem alguns ingredientes que a crítica em geral venera, exemplos: filme com baixíssimo orçamento; roteiro muito bem desenvolvido; diálogos afiadíssimos; protagonistas inteligentes e ativos na narrativa; ritmo cadenciado – o que significa que os acontecimentos levam um certo tempo para acontecerem e serem digeridos, o que é totalmente diferente de dizermos que o filme é “parado”; planos sequências longos; takes inventivos; entre outros. Leia mais em: followtech. com. br/ the-vast-of-night-a-vastidao-da-noite/
Um filme único. Uma especie de conto de fadas contada de uma forma singular. Um filme com uma mensagem poderosa passada a nós da maneira mais inocente e simples possível. É um flerte do singelo com a genialidade.
A ideia de nós nunca escutarmos a música é genial porque vamos pensar, quê letra escreveríamos para ter tamanho impacto? Essa letra não existe e não tem como ser escrita, então qualquer coisa que escrevessem ali não ficaria bom. E também tem a ideia de que não importa a musica, o filme, o livro, a viagem, o momento e etc, o que importa é como isso irá nos tocar.
A cena do artista "modernizando" sua obra dentro da galeria foi uma das coisas mais engraçadas que vi em um filme nos últimos anos. O filme em si surpreende por sempre tomar rumos inesperados, após um primeiro ato muito irônico e sarcástico, temos um segundo ato totalmente dramático, com um tom quase fúnebre. Já o terceiro ato temos um pouco de suspense, destaque para a cena do café onde o diretor alonga ela um pouco mais que o comum e isso nos dá uma sensação de anseio, de inquietação sem saber como aquilo vai terminar. E novamente temos uns pitacos de ironia e o humor negro que tivemos no primeiro ato. Destaque para as atuações de Francella e Brandoni, como sempre os filmes argentinos de qualidade nunca peca nesse detalhe. Outro detalhe técnico impressionante é a fotografia que pinta Buenos Aires como uma cidade pomposa e chique. E ao final por explorar de forma bela a linda paisagem do norte argentino pouco conhecido do público em geral. Um filme que tem algumas partes que beira o genial e outras nem tão boas assim, por isso no balanço final saímos com a sensação de ter visto um bom filme.
O filme, como muitos na atual temporada - e a maioria deles bons por sinal, aborda o tema do racismo. Mas aqui o que este faz diferente é mostrar que racismo ou qualquer tipo de preconceito é nos ensinado em vida por N situações. Antes de julgarmos os outros por eles pensarem como pensam, temos que entendermos o ambiente que esta pessoa cresceu e como ela chegou onde está hoje. No filme há uma cena espetacular que mostra onde ele aprendeu a ser racista
quando ele acorda e está todos seus parentes ítalo-americanos na sala porque tem negros consertando a pia da sua cozinha e não é seguro deixar a mulher e os filhos dele com este tipo de pessoa
, é uma cena que certamente merecia um pouco mais de sutileza e menos obviedade, mas não tira o brilho da mesma. Não quero justificar porque uma pessoa é preconceituosa (até porque acredito que todos nós seres humanos temos algum tipo de preconceito dentro de nós, uns com quem tem religião, outros com quem não tem, uns porque alguns fazem sexo de forma diferente dele, outros porque não gostam do estilo de roupa do outro e por aí vai), mas aqui vemos que ele aprendeu isso pela convivência e pelo meio que cresceu. E o filme mostra que essa foi provavelmente a primeira vez que Tony teve realmente contato com negros, pode presenciar e entender como essas pessoas sofriam e muitos o sofrem ainda hoje.
E no final vemos que ele aprendeu a respeitar a cor do próximo (assim como, novamente cito, aprendeu a ser racista) pois ela não define em nada o caráter de alguém. O que para mim este filme tem de melhor é que ambos os personagens aprendeu algo um com o outro, e que ambos, apesaram de ser completamente diferentes, podem serem amigos e respeitarem-se mutuamente.
Filme extremamente tocante, de uma sensibilidade profunda. Nos mostra que não precisa de vilões com frases de efeito para que um filme tenha um grande antagonista, aqui a vida faz esse papel de forma sublime.
"Se qualquer animal aqui fosse ferido como eu fui, eles teriam que ser abatidos."
ela ir a reunião usando o presente que ele lhe deu, mesmo depois de tanto tempo e mesmo depois de ter revivido mentalmente na sua recuperação tudo o que eles viveram e o tanto que ela foi refém de um relacionamento absolutamente abusivo, aqueles olhares, aquele desejo que sem falar nenhuma palavra fica evidente nas pequenas reações dela - ótima atuação da Bercot por sinal - fica evidente o título do filme, pois a protagonista está falando assim "Você é MEU REI, portanto, pode fazer comigo o que quiser".
Um filme onde tudo é frio. O clima é frio. A paisagem é fria. As cores são frias. Os personagens são frios, porém há um pouco de calor em tela e ele geralmente é usado quando algum personagem quer colocar a culpa no outro. Acontece isso de marido para mulher e vice-versa, de pais para filhos/as e etc, porém eles não enxergam o óbvio que o final justamente esfrega em nossas caras: mudam as pessoas, mudam as casas, pode até mudar os maridos, esposas e filhos, mas o problema sempre continua o mesmo porque o problema não é, ao contrário do que a maioria pensa, exterior, mas sim interior.
Um thriller de espionagem politica muito eficiente, que a tensão cresce a cada ato. E a forma que a narrativa é contada, nos mostrando apenas o que o Duval sabe, constroem uma ambiguidade a ponto de nós ficarmos perdidos como o protagonista e não sabermos em quem confiar ou até se as coisas que estão sendo ditas sejam verdades. Muito bom!
Um drama que em nenhum momento se torna apelativo, muito pelo contrário ele é leve e divertido, e é ancorado pela excelente química entre Frank (Evans) e Mary (Grace). Jenny Slate - tem um time-cômico perfeito, dom esse já mostrado em "Obvious Child" por exemplo.
Mostra que mesmo as pessoas tendo pontos de vistas diferentes, Frank e a avó, elas não precisam odiarem-se mutualmente, pois ideologias diferentes nos levam a caminhos desiguais e não ao enfrentamento bélico. E mesmo que há o enfrentamento aqui, mas ele se deu pelo meio legal, em um tribunal de justiça, e a parte mais legal é notar que fora do juri eles conversam normal. Frank, em certo ponto, pede carona depois de uma sessão e ainda a convida para entrar em casa. E toca em uma questão muito importante: a de que tentamos passar (quase que por obrigação) nossos sonhos (ou seria nossas frustrações?) aos nossos filhos, no caso do filme a avó faz esse papel, sem notar que assim estamos colocando um fardo muito grande nas costas de quem mereceria mesmo sendo tão nova e mesmo sendo uma prodígio (porque não?) o dom da escolha.
Se pegarmos a fala do policial para o Chad, "vocês mexeram com a pessoa que manda nos juízes, policias e outras autoridades. Ninguém vai sossegar enquanto vocês não forem pegos", então o último ato de Chad pode passar de estúpido, já que ele não tinha nada que o incriminasse até então, para genial pois ao cometer aqueles delitos as autoridades iriam se dar por satisfeitas por ter ele preso e sua família (pai e os demais) não seria mais perturbada, e sua mulher e filhos não correriam o risco de serem acordados novamente com uma arma apontada na cara deles.
A academia poderia criar uma categoria a mais para esse ano, essa categoria se chamaria "Melhor ator/atriz coadjuvante que evolui a ponto de virar o protagonista e roubar o filme para ele/a". And the Oscar goes to... Mr. Church! Also called by Eddie Murphy. "Can you cook, play the piano or reading a book for us in this stage, Mr. Church?" Diria o comediante que iria apresentar a premiação.
Primeiro filme do ano, ou seja, comecei com o pé direito. Filme espetacular!!! Ao término da cena inicial do filme já me surgiu esse pensamento "em menos de 3 minutos o filme já me conquistou". E tem uma cena em plano sequência no posto de gasolina que vai ficar marcada na memoria, com certeza!
É um ótimo filme, mas o problema é que ele é uma adaptação de um livro homônimo. E no livro as situações são muito mais engraçadas, mais sensíveis, mais tocantes, ou seja, a narrativa é muito melhor desenvolvida no papel. Lá o autor consegue, por exemplo, transformar até a gatinha em um personagem divertidíssimo.
É curioso notar, por exemplo, que no mesmo filme existam duas cenas extremamente opostas, uma simplesmente brilhante por ser totalmente inesperada e por tantos simbolismos nela, e a outra absolutamente clichê e por ter tanta pieguice, as duas citadas são:
A cena do jantar entre Jessica e Maya. Tem ares de um encontro marcado, ok, ele realmente é, mas digo no sentido de ser algo pensado, como quando uma pessoa está afim amorosamente da outra e marca um jantar romântico, ou, nesse caso, como uma forma de se aproximar da outra. E isso fica evidenciado porque na cena anterior temos o rompimento do relacionamento, da parceria de trabalho entre Maya e Dan, ou seja, a carga emocional da protagonista está negativa porque acabara de ser abandonada. Já no jantar, o roteiro nos dá pistas do que está por acontecer, pois Maya, ao chegar na mesa, está conversando ao telefone (Com quem? Não sabemos, mas pode ser que seja com quem acabou de abandona-la), e a primeira coisa que Maya houve é seu nome e a frase “Estamos nos socializando, então seja sociável” e uma segunda taça está sendo cheia de vinho, atualmente o álcool talvez seja o maior fator socializador da humanidade, ambas brindam e bebem um pouco, e outra pista de que esse é um encontro para unir pessoas é que no início da cena o plano aberto nos mostra ao menos sete casais jantando juntos naquele mesmo local. Depois elas começam a conversar, Jessica diz que Maya está visivelmente abatida, pergunta se ela já transou com Jack, colega de escritório, pergunta se tem namorados ou ao menos amigos, e que todos estão preocupados com ela, ou seja, Jessica está tentando criar um laço afetivo com Maya, mas falta alguma coisa para elas realmente se unirem. Maya também deixa claro de forma verbal que Jessica não acredita na pista dela, portanto Maya acredita que elas não podem serem unidas porque falta confiança de uma para com a outra. E o roteiro usa uma virada de cena espetacular agora ao, segundos depois e inesperadamente, explodirem uma bomba no local, outro fato curioso é que naquele cenário haviam vários casais e garçons, mas as únicas que conseguem se levantar são elas, ou seja, o relacionamento está, após atritos e quedas, se levantando, mas ainda falta um pequeno detalha para essa relação criar um laço para sempre e isto vem logo a seguir, pois na luta pela sobrevivência uma não se separa da outra e ambas conseguem saírem do local de mãos dadas, agora elas possuem uma relação forte, criada em meio aos caos, destroços e gritos, elas conseguiram sair de lá com uma ajudando a outra.
Essa cena sensacional de pouco mais de três minutos de duração é o clímax que finaliza o primeiro ato do filme, constrói uma nova relação de forma tão bela que deixaria muito filmes de romances (que basicamente seu propósito é esse) com ciúmes, e altera o valor da protagonista de negativo depois de ser abandonada, para positivo ao criar novo laço afetivo. Porém a cena que abre o segundo ato reverte o valor da protagonista novamente de forma tão clichê que faz nós quase esquecermos a originalidade e genialidade na cena anterior.
Somos apresentados as duas, que agora atravessam uma nova fase, agora ambas são intimas, ambas são amigas e trabalham juntas, e agora Jessica defende Maya em uma discussão com seu superior imediato, e ambas marcam um encontro com uma fonte que futuramente poderia entregar Bin Landen, mas só Jessica vai, está aí o primeiro deslize do ato, se ambas são tão próximas agora que até uma briga pela outra, porque teriam que se separar nesse encontro? E porque não foi Maya que já tem mais experiência de campo? Ainda tem Jessica cozinhando um bolo para a fonte, mostrando estar muito ansiosa para esse encontro, e me diga o que acontece quando você cria expectativas gigantesca para algo? Sim, elas não são correspondidas. E ainda, em meio a uma guerra, eles deixam a fonte chegarem de carro até eles sem serem revistados. Tem trilha sonora melancólica. Tem até um gato preto atravessando à frente do carro na cena, rsrs, não é possível que ninguém da produção viu que tudo estava tão óbvio o que viria a seguir, que a cena tornou-se em um desastre. Ainda tentaram criar um pouco mais de tensão quando a fonte sai do carro com a mão no bolso, mas essa tensão adicional não funcionou porque tudo estava tão evidente. E nós acabamos de ver uma cena igual a essa, não foi? Essa segunda cena poderia funcionar se não estivesse exatamente em sequência a anterior. Mas a cena serviu para o propósito de alterar o valor da protagonista novamente, ir do positivo ao negativo e agora adicionar um aditivo a mais nessa sua busca implacável ao chefe daquela facção terrorista.
A pergunta que fica é: vocês dividiram o filme em duas equipes técnicas? Teve dois roteiristas diferentes? Porque não é possível que quem escreveu a cena anterior escreveu essa também. O filme é muito bom, mas tem, conforme a análise descritas das duas cenas, seus altos e baixos.
Se essa animação francesa tem algum defeito, se deve ao fato dela ser muito curta e, por isso, não consegue explorar melhor certos temas, como exemplo, a desigualdade social.
Vista apenas em uma pequena fala da Celestine quando está no tribunal, e diz o seguinte "Ele estava morrendo de fome. É isso que querem? Que os mais pobres morram de fome, enquanto ursos ricos e obesos tem tudo?"
Esse filme, ao meu ver, não é sobre um triangulo amoroso, a questão principal é sobre solidão e como isso é maléfico ao ser humano, temos um dos maiores exemplos disso na religião cristã, que é tanto falada na filme, no qual Deus criou Eva para que a mesma fosse a companheira (não objeto sexual, faxineira, cozinheira e afins) de Adão, então o trio quer apenas não viver uma vida solitária.
Holy Motors tem muitos aspectos positivos, talvez, porém, esse filme deve ser um dos maiores exemplos de interpretação do cinema, pois Denis Lavant interpreta 11 papeis diferentes, além da caracterização física (formidável diga-se de passagem), diferente em cada personagem, é interessante notar também outros detalhes como o timbre da voz, as expressões faciais, o modo de agir, os trejeitos e principalmente a expressão de cansaço que aumenta a cada novo compromisso do Sr. Oscar... Após esse filme se alguém me perguntar o que é interpretação e se isso realmente faz diferença para o filme ser bom ou ruim, eu irei responder apenas assim: "Assista Holy Motors porque o filme explica sem palavras a verdadeira definição do que é atuar".
A química entre Darín e Cámara é simplesmente fantástica, nós espectadores em momento algum duvidamos que ambos se conhecem há décadas. Eles conseguem nos fazer rir e se emocionar em questão de segundos de uma cena para outra, sem nunca soar artificial ou forçado.
É sensacional a forma como o estúdio Ghibli usa histórias aleatórias para mostrar o crescimento pessoal dos adolescentes, assim com em "As Memorias de Marnie", aqui a adolescente Haru teve que ter contato com animais, no caso do filme com gato, para literalmente se encontrar na vida, a prova disso é que no final do filme ela surpreende a mãe por estar acordada logo cedo ,ao contrário daquela garota do início do filme, e por já ter feito o café da manhã, ou seja, ela teve uma experiência de vida que a fez crescer como pessoa. Outro ótimo filme desse competentíssimo estúdio!
Me fez, assim como o próprio Salgado, me decepcionar com tudo e depois voltar a ter esperança. "Sou a natureza, tanto quanto uma tartaruga, uma árvore, ou uma pedra."
Spotlight é um filme que nos mostra que fazer a coisa certa, às vezes, é cansativo, que temos alguns temas que são tão delicados (como os próprios personagens dizem muitas vezes no filme) que a maioria pensa que é melhor não tocar nesses assuntos, é melhor deixar a sujeira embaixo do tapete, mas aquela sujeira vai acumulando, vai ficando cada vez maior, então, o filme mostra que mesmo trabalhoso, é melhor levantarmos o tapete e realizar a limpeza. No final do filme citam cidades no mundo inteiro que teve casos comprovados, meu pensamento na hora foi "e as cidades que não são citadas, e os casos que não foram/são descobertos". O filme chileno "O Clube" toca em assunto semelhante, na verdade mostra como é o dia-a-dia dessas casas de "recuperação" dessas pessoas sem escrúpulos que usam a igreja para realizarem seus atos deploráveis. Na minha opinião, o problema principal não é a igreja, não é a politica, não é o sistema que nos fazem agir de modo deplorável, o problema somos nós, os humanos!
Se deixarmos o patriotismo americano desse filme de lado, conseguimos ver uma ótima mensagem. Na minha opinião é um filme para falar de caráter, de ética na vida e no trabalho, porque se o advogado Jim tivesse falta de ambas características ditas anteriormente ou apenas má vontade, ele simplesmente deixaria o espião russo para morrer, mas ele brigou para mantê-lo vivo, pelo simples fato de que um ser humano vivo, não importa para qual fim, é muito mais valioso do que um sem vida, afinal para ele, e deveriam ser assim para todos nós, toda vida importa!
O Pior Vizinho do Mundo
4.0 495 Assista AgoraFazem 6 anos que li o livro e assisti a adaptação sueca. Esse ótimo remake me fez recordar o quão bom, engraçado e tocante é o livro.
A Vastidão da Noite
3.5 576 Assista AgoraHoje vou falar sobre um filme que se tornou um fenômeno entre os críticos de cinema no mundo, vide que tem 92% de aprovação no site Rotten Tomatoes com mais de 190 críticas sobre ele.
Vou, nesse post, tentar entender porque The Vast of Night foi tão bem aceito pelos especialistas em cinema. Primeiramente, eu preciso confessar que eu me encantei por esse filme, acho que é o melhor filme estreado nesse ano de 2020 – um ano, diga-se de passagem, em que o cinema está sendo muito afetado devido a situação em que vivemos, assim, é claro, como diversos outros setores.
O filme tem alguns ingredientes que a crítica em geral venera, exemplos: filme com baixíssimo orçamento; roteiro muito bem desenvolvido; diálogos afiadíssimos; protagonistas inteligentes e ativos na narrativa; ritmo cadenciado – o que significa que os acontecimentos levam um certo tempo para acontecerem e serem digeridos, o que é totalmente diferente de dizermos que o filme é “parado”; planos sequências longos; takes inventivos; entre outros.
Leia mais em: followtech. com. br/ the-vast-of-night-a-vastidao-da-noite/
A Boy Called Sailboat
3.2 1Um filme único. Uma especie de conto de fadas contada de uma forma singular. Um filme com uma mensagem poderosa passada a nós da maneira mais inocente e simples possível. É um flerte do singelo com a genialidade.
A ideia de nós nunca escutarmos a música é genial porque vamos pensar, quê letra escreveríamos para ter tamanho impacto? Essa letra não existe e não tem como ser escrita, então qualquer coisa que escrevessem ali não ficaria bom. E também tem a ideia de que não importa a musica, o filme, o livro, a viagem, o momento e etc, o que importa é como isso irá nos tocar.
Minha Obra-Prima
3.8 67 Assista AgoraA cena do artista "modernizando" sua obra dentro da galeria foi uma das coisas mais engraçadas que vi em um filme nos últimos anos.
O filme em si surpreende por sempre tomar rumos inesperados, após um primeiro ato muito irônico e sarcástico, temos um segundo ato totalmente dramático, com um tom quase fúnebre. Já o terceiro ato temos um pouco de suspense, destaque para a cena do café onde o diretor alonga ela um pouco mais que o comum e isso nos dá uma sensação de anseio, de inquietação sem saber como aquilo vai terminar. E novamente temos uns pitacos de ironia e o humor negro que tivemos no primeiro ato.
Destaque para as atuações de Francella e Brandoni, como sempre os filmes argentinos de qualidade nunca peca nesse detalhe. Outro detalhe técnico impressionante é a fotografia que pinta Buenos Aires como uma cidade pomposa e chique. E ao final por explorar de forma bela a linda paisagem do norte argentino pouco conhecido do público em geral.
Um filme que tem algumas partes que beira o genial e outras nem tão boas assim, por isso no balanço final saímos com a sensação de ter visto um bom filme.
Green Book: O Guia
4.1 1,5K Assista AgoraO filme, como muitos na atual temporada - e a maioria deles bons por sinal, aborda o tema do racismo. Mas aqui o que este faz diferente é mostrar que racismo ou qualquer tipo de preconceito é nos ensinado em vida por N situações. Antes de julgarmos os outros por eles pensarem como pensam, temos que entendermos o ambiente que esta pessoa cresceu e como ela chegou onde está hoje. No filme há uma cena espetacular que mostra onde ele aprendeu a ser racista
quando ele acorda e está todos seus parentes ítalo-americanos na sala porque tem negros consertando a pia da sua cozinha e não é seguro deixar a mulher e os filhos dele com este tipo de pessoa
Não quero justificar porque uma pessoa é preconceituosa (até porque acredito que todos nós seres humanos temos algum tipo de preconceito dentro de nós, uns com quem tem religião, outros com quem não tem, uns porque alguns fazem sexo de forma diferente dele, outros porque não gostam do estilo de roupa do outro e por aí vai), mas aqui vemos que ele aprendeu isso pela convivência e pelo meio que cresceu. E o filme mostra que essa foi provavelmente a primeira vez que Tony teve realmente contato com negros, pode presenciar e entender como essas pessoas sofriam e muitos o sofrem ainda hoje.
E no final vemos que ele aprendeu a respeitar a cor do próximo (assim como, novamente cito, aprendeu a ser racista) pois ela não define em nada o caráter de alguém. O que para mim este filme tem de melhor é que ambos os personagens aprendeu algo um com o outro, e que ambos, apesaram de ser completamente diferentes, podem serem amigos e respeitarem-se mutuamente.
Domando o Destino
3.8 78 Assista AgoraFilme extremamente tocante, de uma sensibilidade profunda. Nos mostra que não precisa de vilões com frases de efeito para que um filme tenha um grande antagonista, aqui a vida faz esse papel de forma sublime.
"Se qualquer animal aqui fosse ferido como eu fui, eles teriam que ser abatidos."
Meu Rei
3.9 137 Assista AgoraAquela cena final é para nos deixar extremamente tristes porque
ela ir a reunião usando o presente que ele lhe deu, mesmo depois de tanto tempo e mesmo depois de ter revivido mentalmente na sua recuperação tudo o que eles viveram e o tanto que ela foi refém de um relacionamento absolutamente abusivo, aqueles olhares, aquele desejo que sem falar nenhuma palavra fica evidente nas pequenas reações dela - ótima atuação da Bercot por sinal - fica evidente o título do filme, pois a protagonista está falando assim "Você é MEU REI, portanto, pode fazer comigo o que quiser".
Sem Amor
3.8 319 Assista AgoraUm filme onde tudo é frio. O clima é frio. A paisagem é fria. As cores são frias. Os personagens são frios, porém há um pouco de calor em tela e ele geralmente é usado quando algum personagem quer colocar a culpa no outro. Acontece isso de marido para mulher e vice-versa, de pais para filhos/as e etc, porém eles não enxergam o óbvio que o final justamente esfrega em nossas caras: mudam as pessoas, mudam as casas, pode até mudar os maridos, esposas e filhos, mas o problema sempre continua o mesmo porque o problema não é, ao contrário do que a maioria pensa, exterior, mas sim interior.
E o loop se inicia outra vez.... pois para mim o final não é inacabado, pelo contrário, é o reinicio da mesma história já contada no filme.
Terra Selvagem
3.8 594 Assista AgoraEsse final...
Com os dois personagens compartilhando a mesma dor e o mesmo silencio foi sensacional!
Mecânica das Sombras
2.9 28Um thriller de espionagem politica muito eficiente, que a tensão cresce a cada ato. E a forma que a narrativa é contada, nos mostrando apenas o que o Duval sabe, constroem uma ambiguidade a ponto de nós ficarmos perdidos como o protagonista e não sabermos em quem confiar ou até se as coisas que estão sendo ditas sejam verdades. Muito bom!
Um Laço de Amor
4.1 301 Assista AgoraUm drama que em nenhum momento se torna apelativo, muito pelo contrário ele é leve e divertido, e é ancorado pela excelente química entre Frank (Evans) e Mary (Grace).
Jenny Slate - tem um time-cômico perfeito, dom esse já mostrado em "Obvious Child" por exemplo.
Mostra que mesmo as pessoas tendo pontos de vistas diferentes, Frank e a avó, elas não precisam odiarem-se mutualmente, pois ideologias diferentes nos levam a caminhos desiguais e não ao enfrentamento bélico.
E mesmo que há o enfrentamento aqui, mas ele se deu pelo meio legal, em um tribunal de justiça, e a parte mais legal é notar que fora do juri eles conversam normal. Frank, em certo ponto, pede carona depois de uma sessão e ainda a convida para entrar em casa.
E toca em uma questão muito importante: a de que tentamos passar (quase que por obrigação) nossos sonhos (ou seria nossas frustrações?) aos nossos filhos, no caso do filme a avó faz esse papel, sem notar que assim estamos colocando um fardo muito grande nas costas de quem mereceria mesmo sendo tão nova e mesmo sendo uma prodígio (porque não?) o dom da escolha.
Filme, na minha opinião, bem acima da média.
Não Ultrapasse
2.5 30 Assista AgoraO final do filme é algo para se pensar:
Se pegarmos a fala do policial para o Chad, "vocês mexeram com a pessoa que manda nos juízes, policias e outras autoridades. Ninguém vai sossegar enquanto vocês não forem pegos", então o último ato de Chad pode passar de estúpido, já que ele não tinha nada que o incriminasse até então, para genial pois ao cometer aqueles delitos as autoridades iriam se dar por satisfeitas por ter ele preso e sua família (pai e os demais) não seria mais perturbada, e sua mulher e filhos não correriam o risco de serem acordados novamente com uma arma apontada na cara deles.
Mr. Church
4.0 62A academia poderia criar uma categoria a mais para esse ano, essa categoria se chamaria "Melhor ator/atriz coadjuvante que evolui a ponto de virar o protagonista e roubar o filme para ele/a".
And the Oscar goes to... Mr. Church! Also called by Eddie Murphy.
"Can you cook, play the piano or reading a book for us in this stage, Mr. Church?"
Diria o comediante que iria apresentar a premiação.
A Qualquer Custo
3.8 803 Assista AgoraPrimeiro filme do ano, ou seja, comecei com o pé direito. Filme espetacular!!!
Ao término da cena inicial do filme já me surgiu esse pensamento "em menos de 3 minutos o filme já me conquistou". E tem uma cena em plano sequência no posto de gasolina que vai ficar marcada na memoria, com certeza!
Um Homem Chamado Ove
4.2 383 Assista AgoraÉ um ótimo filme, mas o problema é que ele é uma adaptação de um livro homônimo. E no livro as situações são muito mais engraçadas, mais sensíveis, mais tocantes, ou seja, a narrativa é muito melhor desenvolvida no papel. Lá o autor consegue, por exemplo, transformar até a gatinha em um personagem divertidíssimo.
A Hora Mais Escura
3.6 1,1K Assista AgoraÉ curioso notar, por exemplo, que no mesmo filme existam duas cenas extremamente opostas, uma simplesmente brilhante por ser totalmente inesperada e por tantos simbolismos nela, e a outra absolutamente clichê e por ter tanta pieguice, as duas citadas são:
A cena do jantar entre Jessica e Maya. Tem ares de um encontro marcado, ok, ele realmente é, mas digo no sentido de ser algo pensado, como quando uma pessoa está afim amorosamente da outra e marca um jantar romântico, ou, nesse caso, como uma forma de se aproximar da outra. E isso fica evidenciado porque na cena anterior temos o rompimento do relacionamento, da parceria de trabalho entre Maya e Dan, ou seja, a carga emocional da protagonista está negativa porque acabara de ser abandonada. Já no jantar, o roteiro nos dá pistas do que está por acontecer, pois Maya, ao chegar na mesa, está conversando ao telefone (Com quem? Não sabemos, mas pode ser que seja com quem acabou de abandona-la), e a primeira coisa que Maya houve é seu nome e a frase “Estamos nos socializando, então seja sociável” e uma segunda taça está sendo cheia de vinho, atualmente o álcool talvez seja o maior fator socializador da humanidade, ambas brindam e bebem um pouco, e outra pista de que esse é um encontro para unir pessoas é que no início da cena o plano aberto nos mostra ao menos sete casais jantando juntos naquele mesmo local. Depois elas começam a conversar, Jessica diz que Maya está visivelmente abatida, pergunta se ela já transou com Jack, colega de escritório, pergunta se tem namorados ou ao menos amigos, e que todos estão preocupados com ela, ou seja, Jessica está tentando criar um laço afetivo com Maya, mas falta alguma coisa para elas realmente se unirem. Maya também deixa claro de forma verbal que Jessica não acredita na pista dela, portanto Maya acredita que elas não podem serem unidas porque falta confiança de uma para com a outra. E o roteiro usa uma virada de cena espetacular agora ao, segundos depois e inesperadamente, explodirem uma bomba no local, outro fato curioso é que naquele cenário haviam vários casais e garçons, mas as únicas que conseguem se levantar são elas, ou seja, o relacionamento está, após atritos e quedas, se levantando, mas ainda falta um pequeno detalha para essa relação criar um laço para sempre e isto vem logo a seguir, pois na luta pela sobrevivência uma não se separa da outra e ambas conseguem saírem do local de mãos dadas, agora elas possuem uma relação forte, criada em meio aos caos, destroços e gritos, elas conseguiram sair de lá com uma ajudando a outra.
Essa cena sensacional de pouco mais de três minutos de duração é o clímax que finaliza o primeiro ato do filme, constrói uma nova relação de forma tão bela que deixaria muito filmes de romances (que basicamente seu propósito é esse) com ciúmes, e altera o valor da protagonista de negativo depois de ser abandonada, para positivo ao criar novo laço afetivo.
Porém a cena que abre o segundo ato reverte o valor da protagonista novamente de forma tão clichê que faz nós quase esquecermos a originalidade e genialidade na cena anterior.
Somos apresentados as duas, que agora atravessam uma nova fase, agora ambas são intimas, ambas são amigas e trabalham juntas, e agora Jessica defende Maya em uma discussão com seu superior imediato, e ambas marcam um encontro com uma fonte que futuramente poderia entregar Bin Landen, mas só Jessica vai, está aí o primeiro deslize do ato, se ambas são tão próximas agora que até uma briga pela outra, porque teriam que se separar nesse encontro? E porque não foi Maya que já tem mais experiência de campo? Ainda tem Jessica cozinhando um bolo para a fonte, mostrando estar muito ansiosa para esse encontro, e me diga o que acontece quando você cria expectativas gigantesca para algo? Sim, elas não são correspondidas. E ainda, em meio a uma guerra, eles deixam a fonte chegarem de carro até eles sem serem revistados. Tem trilha sonora melancólica. Tem até um gato preto atravessando à frente do carro na cena, rsrs, não é possível que ninguém da produção viu que tudo estava tão óbvio o que viria a seguir, que a cena tornou-se em um desastre. Ainda tentaram criar um pouco mais de tensão quando a fonte sai do carro com a mão no bolso, mas essa tensão adicional não funcionou porque tudo estava tão evidente. E nós acabamos de ver uma cena igual a essa, não foi? Essa segunda cena poderia funcionar se não estivesse exatamente em sequência a anterior. Mas a cena serviu para o propósito de alterar o valor da protagonista novamente, ir do positivo ao negativo e agora adicionar um aditivo a mais nessa sua busca implacável ao chefe daquela facção terrorista.
A pergunta que fica é: vocês dividiram o filme em duas equipes técnicas? Teve dois roteiristas diferentes? Porque não é possível que quem escreveu a cena anterior escreveu essa também.
O filme é muito bom, mas tem, conforme a análise descritas das duas cenas, seus altos e baixos.
Ernest e Célestine
4.4 319Se essa animação francesa tem algum defeito, se deve ao fato dela ser muito curta e, por isso, não consegue explorar melhor certos temas, como exemplo, a desigualdade social.
Vista apenas em uma pequena fala da Celestine quando está no tribunal, e diz o seguinte "Ele estava morrendo de fome. É isso que querem? Que os mais pobres morram de fome, enquanto ursos ricos e obesos tem tudo?"
Os Últimos na Terra
2.7 192Esse filme, ao meu ver, não é sobre um triangulo amoroso, a questão principal é sobre solidão e como isso é maléfico ao ser humano, temos um dos maiores exemplos disso na religião cristã, que é tanto falada na filme, no qual Deus criou Eva para que a mesma fosse a companheira (não objeto sexual, faxineira, cozinheira e afins) de Adão, então o trio quer apenas não viver uma vida solitária.
Ann afirmou que tinha desistido por achar que era a única sobrevivente naquele universo.
Holy Motors
3.9 652Holy Motors tem muitos aspectos positivos, talvez, porém, esse filme deve ser um dos maiores exemplos de interpretação do cinema, pois Denis Lavant interpreta 11 papeis diferentes, além da caracterização física (formidável diga-se de passagem), diferente em cada personagem, é interessante notar também outros detalhes como o timbre da voz, as expressões faciais, o modo de agir, os trejeitos e principalmente a expressão de cansaço que aumenta a cada novo compromisso do Sr. Oscar...
Após esse filme se alguém me perguntar o que é interpretação e se isso realmente faz diferença para o filme ser bom ou ruim, eu irei responder apenas assim: "Assista Holy Motors porque o filme explica sem palavras a verdadeira definição do que é atuar".
Truman
3.9 151 Assista AgoraA química entre Darín e Cámara é simplesmente fantástica, nós espectadores em momento algum duvidamos que ambos se conhecem há décadas. Eles conseguem nos fazer rir e se emocionar em questão de segundos de uma cena para outra, sem nunca soar artificial ou forçado.
O Reino dos Gatos
3.9 403 Assista AgoraÉ sensacional a forma como o estúdio Ghibli usa histórias aleatórias para mostrar o crescimento pessoal dos adolescentes, assim com em "As Memorias de Marnie", aqui a adolescente Haru teve que ter contato com animais, no caso do filme com gato, para literalmente se encontrar na vida, a prova disso é que no final do filme ela surpreende a mãe por estar acordada logo cedo ,ao contrário daquela garota do início do filme, e por já ter feito o café da manhã, ou seja, ela teve uma experiência de vida que a fez crescer como pessoa. Outro ótimo filme desse competentíssimo estúdio!
O Sal da Terra
4.6 450 Assista AgoraMe fez, assim como o próprio Salgado, me decepcionar com tudo e depois voltar a ter esperança.
"Sou a natureza, tanto quanto uma tartaruga, uma árvore, ou uma pedra."
Spotlight - Segredos Revelados
4.1 1,7K Assista AgoraSpotlight é um filme que nos mostra que fazer a coisa certa, às vezes, é cansativo, que temos alguns temas que são tão delicados (como os próprios personagens dizem muitas vezes no filme) que a maioria pensa que é melhor não tocar nesses assuntos, é melhor deixar a sujeira embaixo do tapete, mas aquela sujeira vai acumulando, vai ficando cada vez maior, então, o filme mostra que mesmo trabalhoso, é melhor levantarmos o tapete e realizar a limpeza.
No final do filme citam cidades no mundo inteiro que teve casos comprovados, meu pensamento na hora foi "e as cidades que não são citadas, e os casos que não foram/são descobertos".
O filme chileno "O Clube" toca em assunto semelhante, na verdade mostra como é o dia-a-dia dessas casas de "recuperação" dessas pessoas sem escrúpulos que usam a igreja para realizarem seus atos deploráveis.
Na minha opinião, o problema principal não é a igreja, não é a politica, não é o sistema que nos fazem agir de modo deplorável, o problema somos nós, os humanos!
Ponte dos Espiões
3.7 694Se deixarmos o patriotismo americano desse filme de lado, conseguimos ver uma ótima mensagem.
Na minha opinião é um filme para falar de caráter, de ética na vida e no trabalho, porque se o advogado Jim tivesse falta de ambas características ditas anteriormente ou apenas má vontade, ele simplesmente deixaria o espião russo para morrer, mas ele brigou para mantê-lo vivo, pelo simples fato de que um ser humano vivo, não importa para qual fim, é muito mais valioso do que um sem vida, afinal para ele, e deveriam ser assim para todos nós, toda vida importa!