Grande produção que não deve em nada aos épicos do início dos anos 2000, funciona muito bem como entretenimento, com a Disney abrindo mão de bichinhos bonitinhos para vender pelúcia e humor bobinho desnecessário.
Um Chaplin relutante em aceitar o Cinema falado (ou então recusando a deixar o mudo), no seu ambiente predileto: uma grande cidade e o marginalizado as voltas com os poderosos e a polícia, resgatando a heroína e a si próprio. As gags já não funcionam tão bem, mas tem uma sequência antológica na luta de boxe.
Ao invés de Oscar de Animação, deveria concorrer ao Oscar da obviedade, tamanhos é o uso de todos os clichês possíveis do gênero; idem quem foi o responsável pelas partes cômicas, 5 minutos antes de contá-las, já se sabia o que falariam e qual a gag visual. Ponto positivo é o casal gay (mesmo para os anos 2020 é bastante corajoso) mostrado sem nenhum estereotipo homoafetivo.
Eu tenho que ler o livro, pois essa é a quinta versão de Pinocchio que assisto (6ª se contar Inteligência Artificial), cada uma diferente da outra. Essa, com um Benigni (ele próprio fez uma pavorosa versão em 2002) quase irreconhecível, numa visão bastante sombria do conto. Boa produção que lembra os teatros itinerantes da Europa Antiga, mas nada de espetacular.
Só o fato de um filme quase centenário ter criado vários estereótipos e fórmulas usadas até hoje (o monstro com parafusos, o cientista da eletricidade, a turba com armas e tochas) denota a sua importância no Cinema; claro, hoje nossos olhos acostumados nem de longe vão sentir medo, mas a figura tétrica de Boris Karloff, deve ter assustado muita gente.
O trunfo que a Pixar tem na mão é a espetacular qualidade gráfica de suas animações, o que ajuda a amenizar roteiros fracos, como o de "Elementos", que vem diretamente da ideia do excelente (e muito mais criativo) "Divertida Mente", com o padrão, "vc é assim, faz isso e não se dá bem com aquilo", juntando o clichê do amor proibido. No resumo, achei regular pra ruim.
Nolan misturou sua vontade de dirigir um filme do James Bond, com suas saudades de "Amnésia" e "A origem", nessa estória absurda que nem desenho animado iria a tanto. Boas sequencias de ação e só, em um dos piores filmes da carreira do Diretor, senão o pior.
O filme é inteiramente de Bela Lugosi, que muda a imagem animalesca do Nosferatu de Murnau para a do galante nobre (figura a qual Lugosi nunca mais conseguiu se livrar), enquanto o resto do elenco é de uma canastrice sem tamanho; idem a leitura da obra de Stocker é bastante rápida, deixando imensas lacunas. Mas, é um grande clássico.
Mais um grande atuação de Portman (Moore está apenas ok e o resto de elenco é fraco), com uma trama que beira a metalinguística (um dos alunos questiona Elizabeth sobre como são as cenas de sexo e não muito depois a personagem está em cena de sexo...quem está ali, Elizabeth ou a própria Portman?); trilha sonora estranha que lembra muito as de telefilmes, provavelmente a ideia de Haynes seria essa mesmo.
Greengrass com um estilo diferente do seu habitual, em um filme cuja primeiro terço é muito filme para pouca estória, mas então se encaminha para momentos de muita tensão (especialidade do diretor). O grande detalhe da estória é que Johanna, acostumada a muito sofrimento só vai derramar suas lágrimas
Filme de difícil assimilação, um gigantesco e pioneiro estudo de fotografia de Cinema, provavelmente o primeiro filme "arte" ou conceitual de toda a História, não só do Brasil como de todo o mundo (muitos declaram que é o mais importante filme já feito no país, e não seria exagero). Tem alguns planos de câmera que impressionam até hoje e seriam utilizados por diretores dali em diante. Detalhe: Mario Peixoto tinha 21 anos quando realizou o filme.
Suntuosa produção, mas absolutamente desnecessária essa nova versão, e ainda por cima musical, com canções tão cativantes quanto um livro sobre direito tributário.
Sabem quando você vai na casa de alguém e essa pessoa fica mostrando fotos e videos intermináveis que só são concernentes a mais ninguém a não ser ela mesma? Então, dessa maneira que esse documentário foi construído, alongando cenas até a eternidade buscando uma reflexão e profundidade que não são atingidos, com a protagonista atuando o tempo todo...há apenas uma cena autêntica, quando um dos filhos fala para o pai, "não acredito que estive com você para lá e para cá o dia todo", isso foi de uma emoção absolutamente genuína.
Rene Clair praticamente criou uma escola para os anos 30, a Comédia de erros com números musicais, que consistem na mesma fórmula: o sujeito fracassado, o submundo, os problemas com a polícia (verdadeira obsessão de Clair), a mocinha e a redenção.
Para uma pessoa igual a mim que não consegue nadar nem 165m, ver alguém fazer 165.000m é igual a ver um dos herois da Marvel caminhando sobre a Terra. Excelente história, com grandes atuações de Bening, Foster e um surpreendentemente comedido Rhys Ifans.
Mesmo que seja um assunto relacionado ao cotidiano dos EUA (o movimento), a luta é pertinente a todos, em um fato que me era completamente desconhecido. O documentário só poderia ter uma edição mais ágil e incisiva, e menor duração.
Curiosa comédia musical (deve ser uma das primeiras, senão a primeira mesmo), cuja sequência da linha de montagem é clara inspiração para "Tempos Modernos" do Chaplin, 5 anos mais tarde. Eu particularmente achei um filme maçante, com um roteiro que é uma bagunça completa e mesmo bobinho em muitas passagens. O final é absolutamente ridículo.
Aparentemente a Netflix tem um departamento específico para biografias, pois todas as suas produções do gênero são absolutamente iguais na direção de arte, figurinos, fotografia, roteirização, ficando algo bastante pasteurizado, sem chances de identidade para os Diretores. A história é muito interessante (Colman Domingo em boa atuação, mas as vezes bastante caricato), mas a execução fica devendo (tem cenas dignas de filmes rasteiros da Globoplay)
De cortar o coração, uma frase dita no filme me impactou muito, "moluscos não deviam ser inteligentes assim", pois vivem em um ambiente absolutamente selvagem, onde o dia é devorar ou ser devorado, e então nos apresenta um ser com sensibilidade (a cena do polvo brincando com os peixes é espetacular).
Bastante fiel ao livro (embora eu tenha lido há tanto tempo que até estava confundido a história com "Adeus às Armas" do Hemingway), uma produção impressionante para um filme de 1930, com sequências de batalha arrebatadoras (claro que não é possível comparar com a produção alemã de 2022, mas é um marco). Incomoda apenas as atuações caricatas (bem ao estilo da época) e soldados alemães falando inglês com um sotaque americano tão carregado que muitas vezes você acha que se tratam de soldados dos EUA e não da Alemanha.
A grande novidade do filme é ser uma obra essencialmente auditiva (bom é assisti-lo usando fones de ouvido), e perfeita em demonstrar o grau de excelência em maldade que o regime nazista conseguiu, porque destituiu o mal de sua carga espiritual para transformá-lo em um problema técnico, logístico, impessoal.
Grande crítica à exploração da miséria alheia (muitas vezes travestida de "Ajuda Humanitária"), à futilidade da arte, a perda da individualização em função do objeto. Muito boa direção, tem na sua conclusão
Praticamente uma receita passo a passo de como fazer um filme de gangsters, tanto é que é bastante abrupta em mostrar a ascensão e mais rápida ainda em mostrar a decadência de Rico (Edward G Robinson, excelente!). Ambientação perfeita.
Direção de Arte e Figurinos? Estupendos. Produção? Inquestionável. Trilha Sonora? Magnífica.
O Filme? Pior obra que assisti do diretor, uma grande pretensão/presunção, na sua ideia de demonstrar que a imagem feminina não passa de um monstro artificial criado pelos Drs Frankensteins, os homens, mas diferente das outras obras de Lanthimos, não há espontaneidade e tudo parece artificial demais, talvez mesmo em razão da competição do texto e ideias com a produção suntuosa. Só uma sequência digna do histórico do diretor: o diálogo a mesa de jantar entre os Blessingtons.
Mulan
3.2 1,0K Assista AgoraGrande produção que não deve em nada aos épicos do início dos anos 2000, funciona muito bem como entretenimento, com a Disney abrindo mão de bichinhos bonitinhos para vender pelúcia e humor bobinho desnecessário.
Luzes da Cidade
4.6 625 Assista AgoraUm Chaplin relutante em aceitar o Cinema falado (ou então recusando a deixar o mudo), no seu ambiente predileto: uma grande cidade e o marginalizado as voltas com os poderosos e a polícia, resgatando a heroína e a si próprio. As gags já não funcionam tão bem, mas tem uma sequência antológica na luta de boxe.
Nimona
4.1 234 Assista AgoraAo invés de Oscar de Animação, deveria concorrer ao Oscar da obviedade, tamanhos é o uso de todos os clichês possíveis do gênero; idem quem foi o responsável pelas partes cômicas, 5 minutos antes de contá-las, já se sabia o que falariam e qual a gag visual. Ponto positivo é o casal gay (mesmo para os anos 2020 é bastante corajoso) mostrado sem nenhum estereotipo homoafetivo.
Pinóquio
3.1 227 Assista AgoraEu tenho que ler o livro, pois essa é a quinta versão de Pinocchio que assisto (6ª se contar Inteligência Artificial), cada uma diferente da outra. Essa, com um Benigni (ele próprio fez uma pavorosa versão em 2002) quase irreconhecível, numa visão bastante sombria do conto. Boa produção que lembra os teatros itinerantes da Europa Antiga, mas nada de espetacular.
Frankenstein
4.0 285 Assista AgoraSó o fato de um filme quase centenário ter criado vários estereótipos e fórmulas usadas até hoje (o monstro com parafusos, o cientista da eletricidade, a turba com armas e tochas) denota a sua importância no Cinema; claro, hoje nossos olhos acostumados nem de longe vão sentir medo, mas a figura tétrica de Boris Karloff, deve ter assustado muita gente.
Elementos
3.7 469O trunfo que a Pixar tem na mão é a espetacular qualidade gráfica de suas animações, o que ajuda a amenizar roteiros fracos, como o de "Elementos", que vem diretamente da ideia do excelente (e muito mais criativo) "Divertida Mente", com o padrão, "vc é assim, faz isso e não se dá bem com aquilo", juntando o clichê do amor proibido. No resumo, achei regular pra ruim.
Tenet
3.4 1,3K Assista AgoraNolan misturou sua vontade de dirigir um filme do James Bond, com suas saudades de "Amnésia" e "A origem", nessa estória absurda que nem desenho animado iria a tanto. Boas sequencias de ação e só, em um dos piores filmes da carreira do Diretor, senão o pior.
Drácula
3.9 296 Assista AgoraO filme é inteiramente de Bela Lugosi, que muda a imagem animalesca do Nosferatu de Murnau para a do galante nobre (figura a qual Lugosi nunca mais conseguiu se livrar), enquanto o resto do elenco é de uma canastrice sem tamanho; idem a leitura da obra de Stocker é bastante rápida, deixando imensas lacunas. Mas, é um grande clássico.
Segredos de um Escândalo
3.5 302 Assista AgoraMais um grande atuação de Portman (Moore está apenas ok e o resto de elenco é fraco), com uma trama que beira a metalinguística (um dos alunos questiona Elizabeth sobre como são as cenas de sexo e não muito depois a personagem está em cena de sexo...quem está ali, Elizabeth ou a própria Portman?); trilha sonora estranha que lembra muito as de telefilmes, provavelmente a ideia de Haynes seria essa mesmo.
Relatos do Mundo
3.5 314 Assista AgoraGreengrass com um estilo diferente do seu habitual, em um filme cuja primeiro terço é muito filme para pouca estória, mas então se encaminha para momentos de muita tensão (especialidade do diretor). O grande detalhe da estória é que Johanna, acostumada a muito sofrimento só vai derramar suas lágrimas
quando finalmente deslumbra uma vida feliz
A produção do filme em todos os seus detalhes é impressionante.
Limite
4.0 168 Assista AgoraFilme de difícil assimilação, um gigantesco e pioneiro estudo de fotografia de Cinema, provavelmente o primeiro filme "arte" ou conceitual de toda a História, não só do Brasil como de todo o mundo (muitos declaram que é o mais importante filme já feito no país, e não seria exagero). Tem alguns planos de câmera que impressionam até hoje e seriam utilizados por diretores dali em diante.
Detalhe: Mario Peixoto tinha 21 anos quando realizou o filme.
A Cor Púrpura
3.5 102Suntuosa produção, mas absolutamente desnecessária essa nova versão, e ainda por cima musical, com canções tão cativantes quanto um livro sobre direito tributário.
Time
3.5 72 Assista AgoraSabem quando você vai na casa de alguém e essa pessoa fica mostrando fotos e videos intermináveis que só são concernentes a mais ninguém a não ser ela mesma? Então, dessa maneira que esse documentário foi construído, alongando cenas até a eternidade buscando uma reflexão e profundidade que não são atingidos, com a protagonista atuando o tempo todo...há apenas uma cena autêntica, quando um dos filhos fala para o pai, "não acredito que estive com você para lá e para cá o dia todo", isso foi de uma emoção absolutamente genuína.
O Milhão
3.8 17Rene Clair praticamente criou uma escola para os anos 30, a Comédia de erros com números musicais, que consistem na mesma fórmula: o sujeito fracassado, o submundo, os problemas com a polícia (verdadeira obsessão de Clair), a mocinha e a redenção.
NYAD
3.7 153Para uma pessoa igual a mim que não consegue nadar nem 165m, ver alguém fazer 165.000m é igual a ver um dos herois da Marvel caminhando sobre a Terra. Excelente história, com grandes atuações de Bening, Foster e um surpreendentemente comedido Rhys Ifans.
Crip Camp: Revolução pela Inclusão
4.1 91Mesmo que seja um assunto relacionado ao cotidiano dos EUA (o movimento), a luta é pertinente a todos, em um fato que me era completamente desconhecido. O documentário só poderia ter uma edição mais ágil e incisiva, e menor duração.
A Nós a Liberdade
4.1 39Curiosa comédia musical (deve ser uma das primeiras, senão a primeira mesmo), cuja sequência da linha de montagem é clara inspiração para "Tempos Modernos" do Chaplin, 5 anos mais tarde. Eu particularmente achei um filme maçante, com um roteiro que é uma bagunça completa e mesmo bobinho em muitas passagens. O final é absolutamente ridículo.
Rustin
3.3 81 Assista AgoraAparentemente a Netflix tem um departamento específico para biografias, pois todas as suas produções do gênero são absolutamente iguais na direção de arte, figurinos, fotografia, roteirização, ficando algo bastante pasteurizado, sem chances de identidade para os Diretores. A história é muito interessante (Colman Domingo em boa atuação, mas as vezes bastante caricato), mas a execução fica devendo (tem cenas dignas de filmes rasteiros da Globoplay)
Professor Polvo
4.2 387 Assista AgoraDe cortar o coração, uma frase dita no filme me impactou muito, "moluscos não deviam ser inteligentes assim", pois vivem em um ambiente absolutamente selvagem, onde o dia é devorar ou ser devorado, e então nos apresenta um ser com sensibilidade (a cena do polvo brincando com os peixes é espetacular).
Sem Novidade no Front
4.3 140 Assista AgoraBastante fiel ao livro (embora eu tenha lido há tanto tempo que até estava confundido a história com "Adeus às Armas" do Hemingway), uma produção impressionante para um filme de 1930, com sequências de batalha arrebatadoras (claro que não é possível comparar com a produção alemã de 2022, mas é um marco). Incomoda apenas as atuações caricatas (bem ao estilo da época) e soldados alemães falando inglês com um sotaque americano tão carregado que muitas vezes você acha que se tratam de soldados dos EUA e não da Alemanha.
Zona de Interesse
3.6 591 Assista AgoraA grande novidade do filme é ser uma obra essencialmente auditiva (bom é assisti-lo usando fones de ouvido), e perfeita em demonstrar o grau de excelência em maldade que o regime nazista conseguiu, porque destituiu o mal de sua carga espiritual para transformá-lo em um problema técnico, logístico, impessoal.
O Homem Que Vendeu Sua Pele
3.5 99 Assista AgoraGrande crítica à exploração da miséria alheia (muitas vezes travestida de "Ajuda Humanitária"), à futilidade da arte, a perda da individualização em função do objeto. Muito boa direção, tem na sua conclusão
o seu grande porém, uma solução absolutamente convencional, que vai completamente contra ao que o filme demonstrava até então
Alma no Lodo
3.6 39 Assista AgoraPraticamente uma receita passo a passo de como fazer um filme de gangsters, tanto é que é bastante abrupta em mostrar a ascensão e mais rápida ainda em mostrar a decadência de Rico (Edward G Robinson, excelente!). Ambientação perfeita.
Pobres Criaturas
4.1 1,1K Assista AgoraDireção de Arte e Figurinos? Estupendos.
Produção? Inquestionável.
Trilha Sonora? Magnífica.
O Filme? Pior obra que assisti do diretor, uma grande pretensão/presunção, na sua ideia de demonstrar que a imagem feminina não passa de um monstro artificial criado pelos Drs Frankensteins, os homens, mas diferente das outras obras de Lanthimos, não há espontaneidade e tudo parece artificial demais, talvez mesmo em razão da competição do texto e ideias com a produção suntuosa. Só uma sequência digna do histórico do diretor: o diálogo a mesa de jantar entre os Blessingtons.
Que decepção.