Uma documentação da continuidade histórica da cultura e da comunidade ballroom. Me conquistou nos primeiros segundos quando as manas trans falam que a cultura ballroom foi protagonizada por muitas mulheres trans e negras. O tipo de reconhecimento que nossa comunidade, principalmente em veículos midiáticos e programas de TV mainstream deixa muito, mas muito a desejar. Legendary pra mim é uma representação muito bonita dessa luta e desse legado que foi passado.
Beyoncé sendo a primeira mulher negra a ser atração principal no Coachella, levou junto vários outros artistas negros e negras. O documentário é acima de tudo sincero, e apresenta não só as pessoas envolvidas na construção dessa apresentação, como uma série de outras pessoas negras que foram marcantes na luta por direitos dos negros nos EUA, Nina Simone, Audre Lorde, W. E. B. Du Bois e tantos outros. A escolha do formato ser uma ode as celebrações em universidades para negros e a própria valorização dessa cultura, e apresentação dela para o mundo, é uma homenagem à cultura negra estadunidense de maneira geral. Muito, muito poderoso!
Muito massa que estejam falando e produzindo sobre o Blaxplotation, um movimento cinematográfico importantíssimo dos anos 70 feito por negros e para negros. Spike Lee fala sobre Blaxplotation em Infiltrados na Klan (o filme inclusive reproduz vários aspectos do gênero), os filmes de terror do Jordan Peele fizeram as pessoas encontrarem "Blacula" e "Blacknstein", ao pesquisar sobre representação negra no terror; e agora reviveram um clássico do cinema negro estadunidense que é Dolemite. E por que será que estamos fazendo essa busca em um movimento cinematográfico e cultural dos anos 70? Quando negros resolveram por si só produzir seus próprios filmes, estavam também contestando um predomínio de filmes onde os negros eram no máximo coadjuvantes, nunca protagonista. Como um filme muitas vezes fala mais sobre a época em que está sendo produzido, do que a época que ele retrata, o filme também acende o debate a respeito da falta de representatividade e principalmente falta de reconhecimento de filmes e atores negros atualmente, vide o fato de "Us" ter sido ignorado no Óscar.
O filme é praticamente uma propaganda anti-homofobia (sendo bem anacrônico com esse termo). Ele tem um valor histórico gigante e a forma que aborda a temática é impressionante para a época. Por exemplo: o entendimento da homossexualidade enquanto orientação; a desmistificação da ideia de doença; o entendimento de que feminilidade e masculinidade são fluidos, a desmistificação de uma série de estereótipos. E creio que uma questão crucial, pelo menos para mim, a noção de que a verdadeira violência é o preconceito, e as consequências que esse preconceito produz nesses corpos. Fico pensando como seria se esses filmes não tivessem sido interrompidos pelo regime totalitário alemão.
Essa cena é reconstruída da série clássica, nela é o Michael que discute com os outros a respeito da invisibilidade das lésbicas, drag queens e gays afeminados, do meio privilegiado de gays ricos filantropos, e o boy que tá com o Michael que não defende ele na hora. Na atual é justamente o Michael que se omite de defender o Ben, e tem toda uma discussão sobre racismo e transfobia dentro do meio.
Quem puder assista a primeira versão da série da década de 90, a Netflix disponibilizou todas as versões originais no catalogo. Eu parei a atual pra ver a antiga, e meio que amplifica a narrativa, porque a série atual faz várias menções ao passado de Barbary Lane. A série clássica é um marco, ela vai antes de séries famosas como Queer as Folk, e toca em muitas lutas como sexismo (assistir a clássica ajuda muito a entender a Mary Ann), e a vida mesmo da comunidade LGBT. Assim como, a versão atual trabalha com o fruto das lutas históricas da comunidade e com questões muito atuais: modernidade, meios digitais, a destruição dos patrimônios materiais do povo LGBT, a discussão sobre famílias queer (que já existia, mas que era ainda mais tabu), as vivências fluidas, a discussão sobre racismo no meio, a pauta dos homens trans (Jake mozão), os conflitos conceituais/ideológicos entre gerações queer. A versão atual é um presente.
Um dos meus arcos preferidos, impressionante como o Shikamaru se tornou um personagem tão caro para a narrativa, numa crescente enorme desde o clássico.
Lindo e uma celebração da cultura negra. Uma química incrível entre Rihanna e Donald, e essa coisa da cultura narrada e da música como meio de viver a liberdade, muito bonito.
Esse final só me lembrou os ritos fúnebres afro-brasileiros que geraram a cemiterada, estudada por João José Reis em "A Morte é uma festa", ritos trazidos de África e incorporados de diferentes formas nas nossas experiências diaspóricas.
É uma série extremamente memorável, interessante que a Estelar que foi a que mais recebeu bomba (por que será né?), na minha opinião pelo menos é a melhor personagem da série, a atuação da Anna Diop é ótima. Mas não fica só nela, acho que o rolê de destrinchar a história de cada um, foi muito bom, e alguns episódios surpreendem bastante como o ep do Hawk e da Dawn.
Me senti extremamente contemplado, como se tivesse dando um presente à criança negra que eu fui e que não teve tanto referencial quanto eu tenho hoje. Já acompanhava o aranha do Miles das HQ's, mas ver no cinema foi incrível, sou fã do Homem Aranha desde pequeno, daquelas crianças que tinha tudo do homem aranha, de sandália à lençol e fiquei muito feliz com esse filme, muito mesmo.
Eu amo as referências a Orgulho e Preconceito kkkkkkkkkkkk e o fato do Collin ter feito um Mark Darcy que é igualzinho ao Mr. Darcy que ele fez na série de Orgulho e Preconceito da década de 90. A Bridget nem se fala, é uma personagem que cativa demais, carrega vários clichês dos filmes e livros do gênero mas ao mesmo tempo ela própria não é o padrão das protagonistas desses filmes. É um filme que eu sempre reassisto e amo <3
"como que um de vocês é morto e vocês continuam com a caça?"
, o diálogo resume bem algumas críticas que o filme propõe, mas no meu ponto de vista o filme tá longe de ser um retrato do meio gay, acho que essa é uma visão genérica, creio que o que o filme pauta muito forte é justamente aquele perfil dos "discretos e fora do meio" kkkkkkkkk O outro ponto forte pra mim do filme é o personagem do Henri, que é um outsider no universo que o filme retrata e justamente por isso enriquece o enredo com umas tiradas tipo
Trabalho de pesquisa, ambientação e trilha sonora excelentes. Do visual dos personagens à ambientação, as influências musicais do grunge/underground, o sci-fi no cinema, o cenário de uma escola mais diversa e tal. E muito além de um visual forte e MUITO FIEL AOS ANOS 90 (estadunidenses), a série conseguiu pautar temas muito importantes como a lesbianidade e como essas questões sexuais tinham de forma mais geral ainda um rolê muito forte de desinformação, mas ao mesmo tempo de um discurso inicial de visibilidade.
Tipo o diálogo das meninas no banheiro sobre a Kate provavelmente ter HIV por ser lésbica, que é um puta estereotipo que foi taxado muito fortemente na comunidade LGBT, sobretudo nas décadas de 80 e 90
Gostei muito da Tempest e da Bob. E até gostei do filme, mas dá um incomodo o filme ter um monte de drag queen fodona e ser narrado e centrado num hétero cis extremamente sem graça. Fora a cena...
que ele agride a drag, que é um rolê bem violento e eles dão uma romantizada na agressão, foi bem indigesto de ver
Além dos rolês de piada misógina, elementos racistas/machistas, reprodução de transfobia. Sinceramente, dá pra fazer coisa escrachada/engraçada sem ficar um negócio vergonhoso de ver sabe...
Orange
4.3 41Aborda depressão de forma muito sensível.
Chico Rei
3.5 4Orgulho de ser um homem negro sergipano, assim como Severo D'Acelino! Gigantesco!
Legendary (1ª Temporada)
4.5 103Uma documentação da continuidade histórica da cultura e da comunidade ballroom. Me conquistou nos primeiros segundos quando as manas trans falam que a cultura ballroom foi protagonizada por muitas mulheres trans e negras. O tipo de reconhecimento que nossa comunidade, principalmente em veículos midiáticos e programas de TV mainstream deixa muito, mas muito a desejar. Legendary pra mim é uma representação muito bonita dessa luta e desse legado que foi passado.
HOMECOMING: A Film by Beyoncé
4.5 311Beyoncé sendo a primeira mulher negra a ser atração principal no Coachella, levou junto vários outros artistas negros e negras. O documentário é acima de tudo sincero, e apresenta não só as pessoas envolvidas na construção dessa apresentação, como uma série de outras pessoas negras que foram marcantes na luta por direitos dos negros nos EUA, Nina Simone, Audre Lorde, W. E. B. Du Bois e tantos outros. A escolha do formato ser uma ode as celebrações em universidades para negros e a própria valorização dessa cultura, e apresentação dela para o mundo, é uma homenagem à cultura negra estadunidense de maneira geral.
Muito, muito poderoso!
Meu Nome é Dolemite
3.8 361 Assista AgoraMuito massa que estejam falando e produzindo sobre o Blaxplotation, um movimento cinematográfico importantíssimo dos anos 70 feito por negros e para negros. Spike Lee fala sobre Blaxplotation em Infiltrados na Klan (o filme inclusive reproduz vários aspectos do gênero), os filmes de terror do Jordan Peele fizeram as pessoas encontrarem "Blacula" e "Blacknstein", ao pesquisar sobre representação negra no terror; e agora reviveram um clássico do cinema negro estadunidense que é Dolemite. E por que será que estamos fazendo essa busca em um movimento cinematográfico e cultural dos anos 70? Quando negros resolveram por si só produzir seus próprios filmes, estavam também contestando um predomínio de filmes onde os negros eram no máximo coadjuvantes, nunca protagonista. Como um filme muitas vezes fala mais sobre a época em que está sendo produzido, do que a época que ele retrata, o filme também acende o debate a respeito da falta de representatividade e principalmente falta de reconhecimento de filmes e atores negros atualmente, vide o fato de "Us" ter sido ignorado no Óscar.
Carol & Tuesday
4.2 28 Assista AgoraDaqueles animes que aquecem o coração. Aí que coisa linda gente <3 E com representatividade negra <3
Diferente dos Outros
4.0 28O filme é praticamente uma propaganda anti-homofobia (sendo bem anacrônico com esse termo). Ele tem um valor histórico gigante e a forma que aborda a temática é impressionante para a época. Por exemplo: o entendimento da homossexualidade enquanto orientação; a desmistificação da ideia de doença; o entendimento de que feminilidade e masculinidade são fluidos, a desmistificação de uma série de estereótipos. E creio que uma questão crucial, pelo menos para mim, a noção de que a verdadeira violência é o preconceito, e as consequências que esse preconceito produz nesses corpos.
Fico pensando como seria se esses filmes não tivessem sido interrompidos pelo regime totalitário alemão.
Central do Brasil
4.1 1,8K Assista AgoraE essas imagens riquíssimas do Nordeste? Tô apaixonado. E que atuações!
Crônicas de San Francisco (1ª Temporada)
3.9 75Algo interessante sobre a cena de discussão do Ben com os gays mais velhos (esse comentário vem com um spoiler da série clássica):
Essa cena é reconstruída da série clássica, nela é o Michael que discute com os outros a respeito da invisibilidade das lésbicas, drag queens e gays afeminados, do meio privilegiado de gays ricos filantropos, e o boy que tá com o Michael que não defende ele na hora.
Na atual é justamente o Michael que se omite de defender o Ben, e tem toda uma discussão sobre racismo e transfobia dentro do meio.
Crônicas de San Francisco (1ª Temporada)
3.9 75Quem puder assista a primeira versão da série da década de 90, a Netflix disponibilizou todas as versões originais no catalogo. Eu parei a atual pra ver a antiga, e meio que amplifica a narrativa, porque a série atual faz várias menções ao passado de Barbary Lane. A série clássica é um marco, ela vai antes de séries famosas como Queer as Folk, e toca em muitas lutas como sexismo (assistir a clássica ajuda muito a entender a Mary Ann), e a vida mesmo da comunidade LGBT. Assim como, a versão atual trabalha com o fruto das lutas históricas da comunidade e com questões muito atuais: modernidade, meios digitais, a destruição dos patrimônios materiais do povo LGBT, a discussão sobre famílias queer (que já existia, mas que era ainda mais tabu), as vivências fluidas, a discussão sobre racismo no meio, a pauta dos homens trans (Jake mozão), os conflitos conceituais/ideológicos entre gerações queer. A versão atual é um presente.
Naruto Shippuden (4ª Temporada)
4.4 72 Assista AgoraUm dos meus arcos preferidos, impressionante como o Shikamaru se tornou um personagem tão caro para a narrativa, numa crescente enorme desde o clássico.
Guava Island
4.0 248Lindo e uma celebração da cultura negra. Uma química incrível entre Rihanna e Donald, e essa coisa da cultura narrada e da música como meio de viver a liberdade, muito bonito.
Impressionante como Donald Glover expande a ideia do "This Is América" e contesta a centralidade dos EUA
Esse final só me lembrou os ritos fúnebres afro-brasileiros que geraram a cemiterada, estudada por João José Reis em "A Morte é uma festa", ritos trazidos de África e incorporados de diferentes formas nas nossas experiências diaspóricas.
Capitã Marvel
3.7 1,9K Assista Agora"EU NÃO TENHO QUE TE PROVAR NADA!" <3
Titãs (1ª Temporada)
3.8 443 Assista AgoraÉ uma série extremamente memorável, interessante que a Estelar que foi a que mais recebeu bomba (por que será né?), na minha opinião pelo menos é a melhor personagem da série, a atuação da Anna Diop é ótima. Mas não fica só nela, acho que o rolê de destrinchar a história de cada um, foi muito bom, e alguns episódios surpreendem bastante como o ep do Hawk e da Dawn.
Homem-Aranha: No Aranhaverso
4.4 1,5K Assista AgoraMe senti extremamente contemplado, como se tivesse dando um presente à criança negra que eu fui e que não teve tanto referencial quanto eu tenho hoje. Já acompanhava o aranha do Miles das HQ's, mas ver no cinema foi incrível, sou fã do Homem Aranha desde pequeno, daquelas crianças que tinha tudo do homem aranha, de sandália à lençol e fiquei muito feliz com esse filme, muito mesmo.
O Diário de Bridget Jones
3.5 856 Assista AgoraEu amo as referências a Orgulho e Preconceito kkkkkkkkkkkk e o fato do Collin ter feito um Mark Darcy que é igualzinho ao Mr. Darcy que ele fez na série de Orgulho e Preconceito da década de 90. A Bridget nem se fala, é uma personagem que cativa demais, carrega vários clichês dos filmes e livros do gênero mas ao mesmo tempo ela própria não é o padrão das protagonistas desses filmes. É um filme que eu sempre reassisto e amo <3
Um Estranho no Lago
3.3 465 Assista AgoraO dialogo entre o detetive e o Franck vale pelo filme todo
"como que um de vocês é morto e vocês continuam com a caça?"
"temos de procurar por algo?"
Everything Sucks! (1ª Temporada)
3.9 353 Assista AgoraTrabalho de pesquisa, ambientação e trilha sonora excelentes. Do visual dos personagens à ambientação, as influências musicais do grunge/underground, o sci-fi no cinema, o cenário de uma escola mais diversa e tal. E muito além de um visual forte e MUITO FIEL AOS ANOS 90 (estadunidenses), a série conseguiu pautar temas muito importantes como a lesbianidade e como essas questões sexuais tinham de forma mais geral ainda um rolê muito forte de desinformação, mas ao mesmo tempo de um discurso inicial de visibilidade.
Tipo o diálogo das meninas no banheiro sobre a Kate provavelmente ter HIV por ser lésbica, que é um puta estereotipo que foi taxado muito fortemente na comunidade LGBT, sobretudo nas décadas de 80 e 90
A cena da Kate vendo as duas garotas se beijando no show, que fala por si só
Sem falar no Luke que é um excelente personagem, feliz em ver um protagonista negro nesse gênero que eu gosto tanto.
Quem é Essa Garota?
3.0 194 Assista AgoraPutz, essa nota é séria? Esse filme é maravilhoso. Mermão se tu não gosta de clichê pra quê assiste?
Como Superar um Fora
3.6 219 Assista AgoraAs produções latinas da Netflix vêm sendo uma grata surpresa pra mim.
Cherry Pop
2.0 47E poderiam ter botado uma musica melhorzinha pra cena final com a Tempest né, pra fazer just ao fato da Zaza ser uma lenda e tal
Cherry Pop
2.0 47Gostei muito da Tempest e da Bob. E até gostei do filme, mas dá um incomodo o filme ter um monte de drag queen fodona e ser narrado e centrado num hétero cis extremamente sem graça. Fora a cena...
que ele agride a drag, que é um rolê bem violento e eles dão uma romantizada na agressão, foi bem indigesto de ver
Além dos rolês de piada misógina, elementos racistas/machistas, reprodução de transfobia. Sinceramente, dá pra fazer coisa escrachada/engraçada sem ficar um negócio vergonhoso de ver sabe...
Nasce Uma Estrela
3.4 87 Assista AgoraAtuação monstruosa da Barbra, incrível.
Naruto Shippuden 5: A Prisão de Sangue
3.8 35"Aquela coisa faz as pessoas acreditarem que a guerra é algo bom, desde que traga a paz. Algo desse tipo não deveria existir nesse mundo!"