Fui ao cinema crente que ia encontrar as sessões cheias, mas não tinha quase ninguém pra ver o filme. De início fiquei animado, porque uma sessão vazia é uma sessão silenciosa.
Mas depois fiquei bem desapontado, porque o filme é excelente! O cinema estava cheio, mas a maioria das pessoas nem sabia que esse filme estava em cartaz ou que existia.
Então fica minha pequena recomendação a esse que é um dos melhores filmes nacionais que já vi. Filme lindo, com uma atuação grandiosa e um alto valor técnico.
Amei o filme, amei a temática, amei qual o ponto de impacto e toda a construção do roteiro. Mas... não era o melhor. Mad Max e Grande Aposta poderiam ter levado no lugar. Pelo menos não foi o Iñárritu quem levou.
Poder Sem Limites tem um storytelling bem legal até o segundo ato, mas a queda do personagem e o recurso da câmera no ato 3 são fracos. Acho que faltou se dar tempo pra mostrar o impacto que as mudanças tinham nos personagens principais. O desenvolvimento é claro, mas o impacto não. Acredito que seja isso que faça as pessoas sempre se referirem à ele como "aquele filme legal", mas isso é só um chute meu, mesmo.
E esse elemento de mocumentary se prova mega limitador e inverossímil no decorrer do tempo. Cresce com certa credibilidade, mas se perde.
O que é bom é o que precisa ser, isso é fato. O desenvolvimento dos personagens principais dentro do próprio grupinho e o plot point do ato 2 no show de talentos são incríveis.
Curti o filme. Tem uns probleminhas sérios de coesão e uns atores meio merda, mas gosto da forma como eles desmontam as imagens arquetípicas dos personagens. E é interessante a dicotomia que cada um apresenta, deixando de ser esteriótipo sem deixar de ser esteriótipo. Bem maneirinho, mesmo.
Palmas!! Palmas!! Palmas!! Whiplash deveria ganhar o prêmio de "como fazer um filme original, competente e empolgante seguindo uma estrutura clara". E também o prêmio de melhor cena do ano!! Talvez da década!! Que clímax!! Que clímax!! Mas vamos por partes...
É curioso notar como o filme começa. Particularmente, em momento algum enquanto assistia ao filme lembrei que este era uma refilmagem de um curta do mesmo diretor, e ainda assim o ritmo rápido e dinâmico e a narrativa sem diálogos que expunham muito da situação me remeteram automaticamente à estrutura de um curta-metragem. Não que isso seja ruim, muito pelo contrário. Essa forma de levar o enredo combina muito com o tema do filme e com a personalidade do Andrew. Mas isso traz um ponto negativo, que são os momentos onde o desenvolvimento do personagem parece dar um salto sem muita razão, como se faltasse um pedaço. E falando em estrutura ainda, é curioso notar que Whiplash não aparenta ter 3 atos, mas sim 4. Posso estar enganado, mas foi a minha impressão assistindo.
No aspecto visual, o sangue, o suor e a tonalidade amarelada se destacam. São elementos recorrentes e reforçam perfeitamente bem a construção do clímax (algo que devo comentar melhor mais a frente). E com sangue e suor destacam-se os atores... e que elenco, hein!? Tá... J.k. Simmons todo mundo já sabe, ganhou o Oscar, mega merecido e tudo o mais. Mas olha... que surpresa foi Miles Teller. A comedida falta de atitude, a obsessão crescente, a prepotência... mds!!! Como esse garoto conduziu bem as emoções do personagem e como se mostrava apaixonado nas performances!!
Aqui vem a parte mais importante do filme, mas é spoiler, então se liga. Pode estragar a experiência se você ainda não viu.
E que personagens, e que performances!! É curioso porque o filme todo indica uma conclusão triste, mas ao mesmo tempo esta não conversaria com muitos dos elementos mostrados e nem mesmo com aspectos da construção dos personagens. Então fiquei o tempo todo me perguntando: "pra onde isso vai?". O Neiman perde o posto por ter ficado confiante de mais e ter abandonado tudo pelo jazz e o Fletcher é um fdp que quer que os alunos se sacrifiquem pela música. A tortura, a razão desta, a paixão pelo que faz, o isolamento e o estado psicológico insanos à que o personagem se submete... "everything settled up". Mas em momento algum dá-se a entender que nem Fletcher e nem Neiman seriam punidos e aprenderiam uma lição graças à todos esses comportamentos convencionalmente vistos como "errados". E aí que vem o toque muito perigosamente inteligente e original do filme: eles não só não são punidos pelo comportamento, como eles são recompensados!! Eu sinceramente não sei como as pessoas veem isso como uma cena "clichê" de superação, porque não é. O cara é atropelado, agredido, isolado de tudo e o tratamento que ele tem fez alguém se matar e foi passível de punição criminal!!! E em momento algum a narrativa faz panos quentes com esses fatos. Os dois protagonistas são sim vistos pelo próprio filme como pessoas "ruins". Mas por mais que sejam ruins, o caminho os recompensou em um lado da história. E não, não é Cisne Negro, porque o filme do Aronofsky tem sim uma conclusão punitiva para a personagem da Natalie Portman pelo comportamento obsessivo, por mais que ela alcance o objetivo.
E o mais incrível da cena final não é nem essa surpresa dramática, mas sim a incrível competência de se fazer um clímax seguir uma estrutura tão comum e ainda assim ser tão brilhante. Não é difícil você perceber que TODOS os conflitos levantados ao longo da trama, do plot ou dos subplots, são resolvidos ali. Mas eles são resolvidos sem precisar de uma cena de exposição sequer. É tudo ação e performance. E é justamente isso que caracteriza um bom clímax: convergir todos os plots no pico dramático. E em Whiplash nós vemos isso através da performance musical mais visceral e brilhantemente executada possível.
Todo mundo fala sobre a porra do plano sequência, mas isso não é nem de longe o mais interessante. Tecnicamente é incrível, mas toda a temática das críticas às críticas, da necessidade de admiração, temas que se expandem brilhantemente... man... ISSO é de chamar atenção. Os personagens, tirando alguns de não tanta importância são ótimos também. E o mais genial... ow sim... o mais genial de tudo isso é a seção de comentários do Filmow. É uma grande piada, quase metalinguística (e metalinguagem em Birdman não falta), para o filme que critica o exato posicionamento que algumas pessoas estão tomando aqui, principalmente graças à premiação do Oscar. Genial. Não vou nem marcar nada porque quero ver de novo. Eu percebi que deixei muito passar.
"Ui, que filme parado." "Ain, nem me identifiquei com o Steve Carrel."
Vocês podem ir ver Vingadores ou as adaptações dos livros do Nicolas Sparks, porque esses são sim filmes palatáveis. FoxCatcher não é fácil, de fato, mas não é pra ser.
O filme ilustra perfeitamente a razão da Liga da Justiça ser uma ideia horrível (na maioria dos casos, pelo menos). Não existe conflito em momento algum da porra do filme. O vilão tem planos porque ele tem, os inimigos lutam porque sim (mesmo que exista um apontamento de certa rivalidade, isso existe), o Cyborg aparece no meio do filme e entra na Liga no fim como se isso realmente fizesse qualquer diferença na porcaria do filme, o Hal passa por um pseudo-conflito muito ruim (ou melhor, que conflito, porra?), a traição da confiança do Batman é levantada só final, sem qualquer relevância dramática durante nenhuma parte do filme.
E principalmente: houveram zilhões de possibilidades de assassinato, mas os putos ficaram só na porra do plano. O filme não faz sentido e nem é coeso. É só um longa sobre panacas de fantasia de estapeando. Mas se for pra fazer isso, seja mais direto, mais dinâmico, mais sincero. E faça bem, também, porque as lutam eram tão ruins quanto o resto do filme, já que toda luta seguia uma curva dramática idêntica à outra e ainda era totalmente previsível. Superman apanhando -> míssil voando -> Superman cansa de apanhar e derrota o inimigo (sem razão alguma para o fato dele estar apanhando numa hora e fazer aquela reviravolta, já que ele nem conseguia se mexer contra o Metallo). Aí todos derrotam seus inimigos. É metódico, mal animado, mal dirigido, com storyboard ruim e sem peso com a ilustração flat.
O plot é bastante interessante e até bem desenvolvido. A animação é acima da média pra essas animações DC, mas sempre me parece que esses roteiristas não conhecem a palavra "coesão". Ainda assim, bom filme. Uma representação perfeitamente consistente do que o Super significa (e do Luthor as well, apesar de ele infelizmente soar às vezes sem propósito). A trilha sonora também é legal, primeira vez que vejo isso dentre essas animações. Só faltou a boa direção, agora, rsrs.
Na minha maratona "animações da DC", essa foi a melhor caracterização do Superman até então (compete de The New Frontier). Por outro lado, os vilões são mega genéricos, tanto nos conflitos quanto no design (principalmente no design). É a nova geração de heróis que veio depois do Magog matar o Coringa em Reino do Amanhã, só que sem esse contexto e pré-"quem manda nessa porra aqui sou eu". Não que haja algum problema com a semelhança em si, pra falar a verdade.
O conflito acaba sendo uma versão pobre da mesma questão de Reino do Amanhã, ou seria o quadrinho do Ross uma versão mais rica desse? E de qualquer forma, não é pecado algum não ser tão profundo e realista nas questões que aborda, principalmente se o objetivo, no fim, é a porrada. E o legal é que a porrada que ajuda a fechar direitinho o conflito. Apesar da discussão não ser tão profunda, ela nem tenta ser e ainda assim é bastante coerente. O ponto alto do filme, sem sombra de dúvida.
Meus reais problemas são com a Lois. Não entendo a função dela no filme, sinceramente. Ligação do Superman com a humanidade? Nada bem feita, devo dizer. Seria bem mais coerente focar no garoto que perdeu o pai, já que ele sim tem um papel interessante.
Ah! E o humor é uma merda. Timming óbvio e pastelão de mais. Culpa da direção, que também não consegue levar bem o conflito do Superman. O que seria a salvação dessa bagaça, conseguir mostrar através de uma boa forma as questões do Clark, ao invés de só ouvirmos ele repetir "não somos a justiça". Não precisava nem aprofundar, só mostrar ele mal de uma forma melhor da que foi.
Bem... é mais um filme "ok". Acho que não tem uma animação da DC que você realmente diga "OOOOH! Que foda!".
MAN!! Eu terminei de ver esse filme tão chapado quanto os personagens por todo pacing, as atuações, a trilha sonora, a direção. UOU!! Há quanto não via algo tão bom. A edição... mds... quanto dinamismo, quanta loucura. Volta no tempo com a imagem, permanece com o áudio, passa uns dias no tempo com o áudio, a cena permanece onde está. Jump cut. MAAAAAAAAN!! Que filme. Que filme. Obrigado, Scorcese.
Esse é fácil o melhor filme animado da DC entre os que vi até então (Ano Um, Inimigos Públicos e Apocalypse).
Mesmo apesar da direção deixar a desejar em alguns momentos, da trilha sonora genérica e mal utilizada, da animação mediana pra baixo e da caracterização super poligonal, sem textura e shanding flat -0 estilo-, o filme ainda consegue ter a melhor caracterização quando se trata dos heróis, retratando-os fiéis à era de ouro e a melhor paleta de cores dos filmes animados da DC até então. É como se a editora ainda não estivesse preparada para apostar alto e investir pesado, mas até então, está ok.
Bem... muito do longa se enfraquece pelo fato da relação governo e herói ser mostrada totalmente an passant, enquanto é o ponto mais relevante da trama. Ainda assim, a temática de união é forte, no fim, graças ao vilão que mostra ao mundo um verdadeiro conflito (inclusive através das pessoas que controla). Isso faz a conclusão ganhar certa força. E admito, me emocionei com todo aquele ideal de união que, em suma, faz parte do símbolo representado pelos heróis.
Os personagens têm seus méritos e deméritos. Pela quantidade, alguns conseguem ser o que têm que ser (como o Batman, que é só o Batman e pronto), enquanto outros pedem um desenvolvimento maior (como a Mulher Maravilha, que tem conflitos irrelevantes e inconcluídos dentro do filme). Existem personagens bem desenvolvidos (como o Hal Jordan, que é de fato o protagonista aqui), outros que apesar de bem desenvolvidos, deixam a desejar em parte (como o John, que desenvolve um sentimento um tanto abrupto pela raça humana). Ainda assim, é essa preocupação de mostrar um pouquinho de cada um que traz uma conclusão poderosa.
É um bom filme, no saldo geral. É um que vale a pena o tempo gasto.
É uma sequência direta de Inimigos Públicos, mas não tem de fato uma ligação com o mesmo. Além disso, apresenta uma melhora significativa em muitos dos elementos audio-visuais como lip synch, animação, contraste, luz e sombra, caracterização, 3DCG (não que isso esteja bom, mas pelo menos está melhor) e até na direção.
Por outro lado, se perde na estrutura, que toma pouquíssimo tempo pro desenvolvimento dos conflitos da personagem e de todos os outros personagem ao redor em relação à ela, enquanto dá muito tempo pra porrada. Porrada é legal, é óbvio (e esse filme faz muito bem, inclusive), mas em um longa sobre dúvida e aceitação, não dar tempo pra preparar a conclusão enfraquece todo o mote da coisa. Afinal, a maioria dos conflitos que foram resolvidos não tinham substância.
Sem contar a morte da Lyla, personagem que não serviu pra nada mais além de ser uma ferramenta de roteiro com menos de 2 minutos de tela, mas que ainda leva um dramazinho totalmente sem peso.
Ainda assim, esse filme consegue ser bastante coeso e ter mais coerência que seu antecessor. Aliás, falando no lado bom -e algo que já comentei-, as coreografias de luta são muito bem feitas. Mesmo pra mim, que estou acostumado a ver porrada com mais peso e densidade em animes e mangas (que o têm graças à texturas e shading mais pesados do que a ilustração sem textura e shading flat de animação de comic), os golpes, o dinamismo da direção durante as batalhas e a interação entre os combatentes fez eu me empolgar bastante em certos momentos. Mesmo com a trilha sonora mais genérica possível.
No mais, eu perdi um pouco também na experiência por nem conhecer o vilão direito, mas aí é problema meu, não é demérito do filme.
Assim... é genérico. Não sei se vale tanto a pena assim, não.
A produção é pobre, com lip synch mal feito, contraste ruim, character design esquisito, dublagem [original] também ruim (já viu dublador que fala pra dentro? pqp) e animação meio travada pra um longa-metragem (isso e o 3DCG que parece de Thomas e Seus Amigos). A direção também deixa a desejar, não sabendo conduzir bons momentos da maneira certa.
Por outro lado, a proposta é bem aproveitada pela trama. A relação entre o Super e o Batman não só é bem construída
-pra culminar naquele robô maneiro e no Supes salvando o Morcego-
como tem uma dinâmica interessante nas batalhas e na função deles em cada cena. A ideia do ego do Luthor inflar de mais quando ele está na presidência é uma boa forma de aproveitar o personagem, apesar de no fim ele só parecer um vilão bobo. Eu realmente acho que a ideia era tratá-lo como se estivesse gradualmente enlouquecendo, mas não ficou tão bem retratado nesse quesito. A conspiração envolvendo os heróis, que gira em torno das dinâmicas que acabei de citar, também são bem boladas, com uns elementos interessantes de coesão aqui e ali. O Hiro é simpático, as well.
Mas ainda assim algumas coisas ficam sem a atenção/repercussão necessária, como a morte e as motivações do Nuclear, a resolução do conflito com o Gavião e o Marvel ou o romance -até bem feito- do Lex com a assistente.
Enfim... acho que vale a pena ver, sim. Se tivesse o nível de produção de um Batman Ano Um (que inclusive em questão de roteiro e temática é relativamente pior que Inimigos Públicos, apesar de ser mais coerente), seria um filme bom pra muito bom, mas do jeito que é... ok.
Um filme com muitos subplots onde pouco de cada um é realmente desenvolvido. Afinal, quem é Selina Kyle, quem é Bruce Wayne e, principalmente, quem diabos é a mulher com quem o Gordon trai a esposa, dentro do contexto desse filme? O Batman mal um personagem é. Ele é só um super-humano que se veste de morcego e sai batendo em bandido.
É um nonsense pastelão lento pra cacete. Até chegar na parte interessante já leva muito tempo e o ritmo não acompanha a comédia e os elementos totalmente fora de contexto. E esses elementos que poderiam dar ótimas piadas (quebras da quarta parede, psicodelia, stop motions toscos, referências à MadMax, ao Guia dos Mochileiros da Galáxia e até à EpicRapBattlesOfHistory) se tornam maçantes. Sem contar que os personagens... blergh!! O vilão é um Jack Sparrow muito mal atuado e o desenvolvimento do Plankton é de chorar pelo personagem, de tão destoante que ele é de todo o resto.
Aqueles elementos que eu citei ali em cima ainda conseguem levar o filme, junto de algumas piadas com um bom timming. Mas no fim, como filme, Bob Esponja: Um Herói Fora D'Água é um ótimo trailer.
Sem palavras. É como estou para esse filme. Apesar do começo ser meio "an passant" e o epílogo meio brusco, as qualidades do longa são de fazer você deixar qualquer defeito de lado. E as duas coisas que mais me surpreenderam em "Frozen" foram os efeitos visuais e a subversão de alguns clichês de filmes infantis.
Pelo pouco que sei da produção desse projeto, ele seria feito em uma animação 2D. E apesar de eu ser muito fã dos filmes "cartoons" da Disney, a "escolha" por tornar esse projeto uma animação 3D não poderia ter sido mais feliz. Se texturizar água é difícil e renderizar espelhos é trabalhoso, juntar os dois em gelo deve dar ser ainda mais complicado. E a textura do gelo ficou de fazer brilhar os olhos e cair o queixo do espectador. E além da parte técnica, roteiro e direção trabalham de forma bem dinâmica com esse elemento, dando todo um tom mágico, que há muito não se via.
Além de conseguir surpreender nos efeitos visuais, Frozen também surpreende no roteiro, subvertendo muitos dos clichês criados pelas próprias histórias de "príncipe encantado" da Disney.
(COMEÇAM OS SPOILERS) Em qual filme da produtiora a "bruxa má" é uma personagem principal pela qual você torce, o amor verdadeiro é tratado como uma atitude infantil, o príncipe encantado é um vilão e o ato de amor verdadeiro, ao invés do beijo do príncipe apaixonado, é o abraço de uma irmã triste e preocupada? (TERMINAM OS SPOILERS)
Além disso, temos personagens construídos de forma exímia. E isso vai desde a dicotomia entre as irmãs princesas, passando pela personalidade simples do vendedor de gelo até às atitudes engraçadas e carinhosas do Olaf, que são muito bem justificadas, inclusive (sem spoilers dessa vez).
Dito isso, só falta dizer que o Fábio Porchat deveria ganhar um prêmio de dublagem, o Olaf é o melhor personagem alívio cômico EVER e Frozen é um filme magnificamente mágico, de fazer você voltar a ser criança.
Achei bem fraco e deu sono, no cinema. Não desgostei, mas esperava muito mais.
O enredo é quase como um pato, que por fazer coisas de mais, acaba não fazendo nenhuma delas bem. Ele tenta explicar sobre Krypton e força uma relação entre Zodd e Jor-El. Ele tenta mostrar o relacionamento do Super-Homem com a Lois Lane, mas pula partes importantes no desenvolvimento desse aspecto da trama. Ele tenta mostrar o herói entrando para o Planeta Diário mas nem sequer dedica um segundo da projeção para dizer o porquê.
Outro problema, ainda na parte do enredo, é a falta de preocupação com o que acontece ao redor do plot. Digo... ao que literalmente acontece ao redor do plot. E isso gera uma situação muito estranha. Durante toda a invasão do vilão, coisas são destruídas. Prédios caem, postos de combustível explodem, seres super poderosos surram pessoas normais... mas quando o vilão ameaça matar quatro pessoas, a reação do Homem de Aço faz parecer que aquelas foram as primeiras pessoas a morrer.
Na parte do visual, é elogiável o trabalho que fizeram com Krypton, desde os trajes, passando pelas tecnologias, até a ecologia do planeta. É particularmente bem feita a parte da tecnologia do planeta que consiste em um metal que pode mudar livremente sua forma. No entanto, as lutas animadas (que são basicamente todas), fazem parecer que você está assistindo a um jogo de video-game.
As atuações também deixaram a desejar. Incomodando particularmente no momento da morte do pai do Super (Sério, gente... isso não é spoiler para ninguém, neh? Sem contar que você já sabe disso no começo do filme, então não é spoiler, mesmo.), tornando o momento "piegas" e forçado, apesar da ideia ser boa.
O filme foi decepcionante... com muitas boas ideias, mas decepcionante. Sei que muita gente pode implicar porque só falei mal, mas em certos pontos eu gostei mesmo. Só que já tem tanta gente elogiando e estou com tanta preguiça de escrever, que falei só o que me incomodou, que é mais fácil e se difere um pouco do que os outros estão comentando ;)
Os Miseráveis se apresenta como uma obra intensa do início ao fim, aproveitando-se das atuações e até do estilo de direção de Tom Hooper. Mas esses fatos não necessariamente significam algo bom.
Desde o primeiro minuto de projeção, já ouve-se o elenco cantando alto, de pulmões cheios e com muita emoção na voz. Isso pode parecer bom, mas na verdade não é. Não há uma curva dramática na obra, a intensidade está nos níveis mais altos o filme inteiro, logo o espectador não é levado aos poucos a se emocionar, o que prejudica e muito a imersão e a compreensão do sofrimento dos personagens.
No entanto, o que usou-se para "quebrar" essa intensidade (entre aspas porque o objetivo não é alcançado), são personagens que não se encaixam na trama aparecem, não são desenvolvidos e fazem você pensar que poderia ser qualquer um ali e então tempo não seria perdido. Falo de mr. e mrs. Thénardier, interpretados por Sacha Baron Cohen e Helena Bonham Carter, respectivamente. Os dois são personagens que servem como o alívio cômico, mas fica claro que estão completamente deslocados da atmosfera que a trama cria e que não têm nenhum motivo essencial de estarem ali. Tão sem propósito quanto é a filha do casal, que sai da projeção sem ter importância
. Sei que o filme é uma adaptação da obra de Victor Hugo e que esses personagens estão nesta, mas aqui julgo o filme como filme e nada mais.
A obra é dividida em três plots que andam juntos: o romance entre Cosette e Mario, a vida de Jean Valjean e a revolução de junho de 1832. Os dois primeiros são construídos desde o início, com os personagens sendo desenvolvidos e com suas vidas passando diante dos olhos do espectador. Já o terceiro plot aparece só na segunda metade das mais de duas horas de filme. Na verdade, todo o elenco relacionado a ele só aparece no final do segundo ato. Ou seja, apresentam personagens tarde de mais para que nos identifiquemos com eles e fazem parecer com que o tema revolucionário esteja deslocado, por mais que complemente a ideia do filme.
O romance, por sua vez, apresenta outro problema. Não é desenvolvido em momento algum e parece só uma desculpa para fazer com que os outros plots se movam. O brilho deste se apaga em comparação ao som dos revolucionários e a vida de Jean Valjean, pois não é intenso, não é importante e acontece em um plano secundário.
Pelo que falei até agora, parece que odiei o filme. Mas longe disto, a única coisa que me incomodou muito foi a intensidade constante e amei o filme em muitos outros aspectos. Falemos deles.
Não tem como falar de Les Miserables de Tom Hooper sem falar dos atores. O elenco todo está sensacional! O rosto do Hugh Jackman combinou muito com as expressões faciais de seu personagem, como quando este estava no topo de um monastério e as linhas da face do ator sobressaltam-se, adicionando uma carga emocional na atuação. E Anne Hathaway dispensa comentários. Fez cair queixos interpretando "I Dreamed A Dream" com uma cena quase toda em primeiro plano.
As atuações praticamente valem o filme. No entanto, isso só pôde ser pois haviam personagens cuja personalidade permitia expressões complexas. Um destaque meu para o personagem de Russell Crowe. Sim, o ator apresentava sérias dificuldades em atingir as notas mais altas enquanto cantava, mas o personagem continua fantástico. Javert é um oficial de polícia que fica aficionado pela perseguição a Jean Valjean. De início, ele pode parecer um dos esteriótipos de vilão que trabalha pelo governo, ou um fanático, ou um corrupto. Mas com o tempo, o enredo nos mostra que o personagem realmente acredita, de forma racional e baseado nas suas experiências, nos seus ideias. E quando isso é contestado através das ações de Jean Valjean, Javert tem o fechamento mais incrível que a estória permitia, voltando para onde tudo começara.
Um dos grandes motivos do elenco d'Os Miseráveis ser tão elogiado, além dos personagens que comparados a este ficam em segundo plano, é a direção. Tom Hooper pode até ser criticado por fazer quase um filme só de câmera focada no rosto dos atores, mas não fosse por isto, o foco dos elogios e a grande diferença da obra, não seriam eles. É possível tirar quase todo frame da projeção e pintar um quadro em cima dele. É incrível como esse estilo de direção acentua as nuances faciais do elenco e passa todos os traços do estado de cada personagem quando em conjunto com figurinistas competentes. Outro mérito da direção, é conseguir passar a ideia de união quando vemos os revolucionários levantando a bandeira vermelha. É quase como se víssemos os quadros sendo pintados por cima da tela do cinema e sendo utilizados nos livros de história ou colocados em um museu, enquanto o guia do local nos explica o ideal dos estudantes da revolução de junho.
Todos esses plots e ideais trabalham juntos para levantar questões sobre um único tema: liberdade. Desde quando os prisioneiros cantam "...you'll always be a slave", passando pelos ideais revolucionários, pelo desfecho de cada um dos personagens, até o final do filme, tudo aponta para isso. Talvez até haja uma questão principal que reja a obra de forma bem mais específica do que o só o tema. Se há, pensando em tudo que disse, nas falas de Jean Valjean sobre o amor de sua filha, na sua perseguição, seu carma, a bandeira vermelha dos revolucionários que representa seu sangue, ela só pode ser: "A liberdade só pode ser alcançada na morte?"
Amazing Spider-Man chegou prometendo um reboot na história do aranha para um clima dark e no final o visual só serviu para vender em cima do sucesso dos Batmans do Nolan.
O filme tem um ritmo muito inconstante, chegando a ter uma sequência longa de várias cenas de menos de um minuto.
Também incomoda a falta de cuidado com detalhes, que ficam sem consequência. Por exemplo, o fato do Peter chegar na casa da Gewn Stacy, todo ensanguentado e coberto da de água de esgoto e ninguém sentir o cheiro, ou ver que tem roupa de cama fedendo a lixo e cheia de sangue, ou ninguém ver o Homem-Aranha na maior dificuldade para tentar alcançar uma janela de um prédio. Isso ainda se repete no filme inteiro. Na roupa que a Gwen vai para o trabalho em um laboratório de pesquisa ou na facilidade que o Peter invade uma sala super secreta.
As habilidades do personagem principal desafiam a suspensão de descrença. Não havia sido definido que o herói não só era um gênio, como tinha habilidades nas áreas de automação e têxtil que nem os maiores profissionais tem, até o momento em que ele mostra essas capacidades. Como ele sabia mexer com biotecnologia que ninguém mais sabia (as teias de aranha) ou como sabia trabalhar com tecidos high-tech usados só por profissionais de certos esportes? E mais, de onde ele tirou o dinheiro para isso?
O uso de um tom mais dark também não significa nada para a obra. Tanto que para aliviar a história, o herói precisa ser conhecido por todos para valer seu esforço. Ideia refletida na facilidade com que ele tira a máscara para todo mundo. A verdade é que por mais dark que seja visualmente, nada tem peso emocional em Amazing Spider-Man. O assassino do Tio Ben... (tratarei disso no parágrafo seguinte)... a ultima promessa do pai de Gwen... nada! O herói não passa por conflitos emocionais graças as suas duas identidades.
Um ultimo ponto é a irresponsabilidade do roteiro com o que ele mesmo propôs. Assim, o plot criado para o surgimento do aranha é abandonado no 2º ato sem ser resolvido. Ou seja, no meio do filme, Peter Parker já está cagando para o assassino do Tio Ben.
Bingo - O Rei das Manhãs
4.1 1,1K Assista AgoraFui ao cinema crente que ia encontrar as sessões cheias, mas não tinha quase ninguém pra ver o filme. De início fiquei animado, porque uma sessão vazia é uma sessão silenciosa.
Mas depois fiquei bem desapontado, porque o filme é excelente! O cinema estava cheio, mas a maioria das pessoas nem sabia que esse filme estava em cartaz ou que existia.
Então fica minha pequena recomendação a esse que é um dos melhores filmes nacionais que já vi. Filme lindo, com uma atuação grandiosa e um alto valor técnico.
VÃO VER! Vale muito o ingresso.
Spotlight - Segredos Revelados
4.1 1,7K Assista AgoraAmei o filme, amei a temática, amei qual o ponto de impacto e toda a construção do roteiro. Mas... não era o melhor. Mad Max e Grande Aposta poderiam ter levado no lugar. Pelo menos não foi o Iñárritu quem levou.
Poder Sem Limites
3.4 1,7K Assista AgoraPoder Sem Limites tem um storytelling bem legal até o segundo ato, mas a queda do personagem e o recurso da câmera no ato 3 são fracos. Acho que faltou se dar tempo pra mostrar o impacto que as mudanças tinham nos personagens principais. O desenvolvimento é claro, mas o impacto não. Acredito que seja isso que faça as pessoas sempre se referirem à ele como "aquele filme legal", mas isso é só um chute meu, mesmo.
E esse elemento de mocumentary se prova mega limitador e inverossímil no decorrer do tempo. Cresce com certa credibilidade, mas se perde.
O que é bom é o que precisa ser, isso é fato. O desenvolvimento dos personagens principais dentro do próprio grupinho e o plot point do ato 2 no show de talentos são incríveis.
Clube dos Cinco
4.2 2,6K Assista AgoraCurti o filme. Tem uns probleminhas sérios de coesão e uns atores meio merda, mas gosto da forma como eles desmontam as imagens arquetípicas dos personagens. E é interessante a dicotomia que cada um apresenta, deixando de ser esteriótipo sem deixar de ser esteriótipo. Bem maneirinho, mesmo.
Mad Max: Estrada da Fúria
4.2 4,7K Assista AgoraO filme tem mesmo uns probleminhas. Mas os problemas são completamente pisoteados pela estética fenomenal e a filmagem insana do George Miller.
Whiplash: Em Busca da Perfeição
4.4 4,1K Assista AgoraPalmas!! Palmas!! Palmas!! Whiplash deveria ganhar o prêmio de "como fazer um filme original, competente e empolgante seguindo uma estrutura clara". E também o prêmio de melhor cena do ano!! Talvez da década!! Que clímax!! Que clímax!! Mas vamos por partes...
É curioso notar como o filme começa. Particularmente, em momento algum enquanto assistia ao filme lembrei que este era uma refilmagem de um curta do mesmo diretor, e ainda assim o ritmo rápido e dinâmico e a narrativa sem diálogos que expunham muito da situação me remeteram automaticamente à estrutura de um curta-metragem. Não que isso seja ruim, muito pelo contrário. Essa forma de levar o enredo combina muito com o tema do filme e com a personalidade do Andrew. Mas isso traz um ponto negativo, que são os momentos onde o desenvolvimento do personagem parece dar um salto sem muita razão, como se faltasse um pedaço. E falando em estrutura ainda, é curioso notar que Whiplash não aparenta ter 3 atos, mas sim 4. Posso estar enganado, mas foi a minha impressão assistindo.
No aspecto visual, o sangue, o suor e a tonalidade amarelada se destacam. São elementos recorrentes e reforçam perfeitamente bem a construção do clímax (algo que devo comentar melhor mais a frente). E com sangue e suor destacam-se os atores... e que elenco, hein!? Tá... J.k. Simmons todo mundo já sabe, ganhou o Oscar, mega merecido e tudo o mais. Mas olha... que surpresa foi Miles Teller. A comedida falta de atitude, a obsessão crescente, a prepotência... mds!!! Como esse garoto conduziu bem as emoções do personagem e como se mostrava apaixonado nas performances!!
Aqui vem a parte mais importante do filme, mas é spoiler, então se liga. Pode estragar a experiência se você ainda não viu.
E que personagens, e que performances!! É curioso porque o filme todo indica uma conclusão triste, mas ao mesmo tempo esta não conversaria com muitos dos elementos mostrados e nem mesmo com aspectos da construção dos personagens. Então fiquei o tempo todo me perguntando: "pra onde isso vai?". O Neiman perde o posto por ter ficado confiante de mais e ter abandonado tudo pelo jazz e o Fletcher é um fdp que quer que os alunos se sacrifiquem pela música. A tortura, a razão desta, a paixão pelo que faz, o isolamento e o estado psicológico insanos à que o personagem se submete... "everything settled up". Mas em momento algum dá-se a entender que nem Fletcher e nem Neiman seriam punidos e aprenderiam uma lição graças à todos esses comportamentos convencionalmente vistos como "errados". E aí que vem o toque muito perigosamente inteligente e original do filme: eles não só não são punidos pelo comportamento, como eles são recompensados!! Eu sinceramente não sei como as pessoas veem isso como uma cena "clichê" de superação, porque não é. O cara é atropelado, agredido, isolado de tudo e o tratamento que ele tem fez alguém se matar e foi passível de punição criminal!!! E em momento algum a narrativa faz panos quentes com esses fatos. Os dois protagonistas são sim vistos pelo próprio filme como pessoas "ruins". Mas por mais que sejam ruins, o caminho os recompensou em um lado da história. E não, não é Cisne Negro, porque o filme do Aronofsky tem sim uma conclusão punitiva para a personagem da Natalie Portman pelo comportamento obsessivo, por mais que ela alcance o objetivo.
E o mais incrível da cena final não é nem essa surpresa dramática, mas sim a incrível competência de se fazer um clímax seguir uma estrutura tão comum e ainda assim ser tão brilhante. Não é difícil você perceber que TODOS os conflitos levantados ao longo da trama, do plot ou dos subplots, são resolvidos ali. Mas eles são resolvidos sem precisar de uma cena de exposição sequer. É tudo ação e performance. E é justamente isso que caracteriza um bom clímax: convergir todos os plots no pico dramático. E em Whiplash nós vemos isso através da performance musical mais visceral e brilhantemente executada possível.
O Vendedor de Passados
2.7 172 Assista AgoraNão é por nada não, mas as falas marcadas e os diálogos didáticos do trailer são broxantes.
Birdman ou (A Inesperada Virtude da Ignorância)
3.8 3,4K Assista AgoraTodo mundo fala sobre a porra do plano sequência, mas isso não é nem de longe o mais interessante. Tecnicamente é incrível, mas toda a temática das críticas às críticas, da necessidade de admiração, temas que se expandem brilhantemente... man... ISSO é de chamar atenção. Os personagens, tirando alguns de não tanta importância são ótimos também. E o mais genial... ow sim... o mais genial de tudo isso é a seção de comentários do Filmow. É uma grande piada, quase metalinguística (e metalinguagem em Birdman não falta), para o filme que critica o exato posicionamento que algumas pessoas estão tomando aqui, principalmente graças à premiação do Oscar. Genial. Não vou nem marcar nada porque quero ver de novo. Eu percebi que deixei muito passar.
Foxcatcher: Uma História que Chocou o Mundo
3.3 809 Assista Agora"Ui, que filme parado."
"Ain, nem me identifiquei com o Steve Carrel."
Vocês podem ir ver Vingadores ou as adaptações dos livros do Nicolas Sparks, porque esses são sim filmes palatáveis. FoxCatcher não é fácil, de fato, mas não é pra ser.
Liga da Justiça: A Legião do Mal
3.8 156 Assista AgoraO filme ilustra perfeitamente a razão da Liga da Justiça ser uma ideia horrível (na maioria dos casos, pelo menos). Não existe conflito em momento algum da porra do filme. O vilão tem planos porque ele tem, os inimigos lutam porque sim (mesmo que exista um apontamento de certa rivalidade, isso existe), o Cyborg aparece no meio do filme e entra na Liga no fim como se isso realmente fizesse qualquer diferença na porcaria do filme, o Hal passa por um pseudo-conflito muito ruim (ou melhor, que conflito, porra?), a traição da confiança do Batman é levantada só final, sem qualquer relevância dramática durante nenhuma parte do filme.
E principalmente: houveram zilhões de possibilidades de assassinato, mas os putos ficaram só na porra do plano. O filme não faz sentido e nem é coeso. É só um longa sobre panacas de fantasia de estapeando. Mas se for pra fazer isso, seja mais direto, mais dinâmico, mais sincero. E faça bem, também, porque as lutam eram tão ruins quanto o resto do filme, já que toda luta seguia uma curva dramática idêntica à outra e ainda era totalmente previsível. Superman apanhando -> míssil voando -> Superman cansa de apanhar e derrota o inimigo (sem razão alguma para o fato dele estar apanhando numa hora e fazer aquela reviravolta, já que ele nem conseguia se mexer contra o Metallo). Aí todos derrotam seus inimigos. É metódico, mal animado, mal dirigido, com storyboard ruim e sem peso com a ilustração flat.
Há muito tempo não via um filme tão medíocre.
Grandes Astros: Superman
3.7 154 Assista AgoraO plot é bastante interessante e até bem desenvolvido. A animação é acima da média pra essas animações DC, mas sempre me parece que esses roteiristas não conhecem a palavra "coesão". Ainda assim, bom filme. Uma representação perfeitamente consistente do que o Super significa (e do Luthor as well, apesar de ele infelizmente soar às vezes sem propósito). A trilha sonora também é legal, primeira vez que vejo isso dentre essas animações. Só faltou a boa direção, agora, rsrs.
Superman Contra a Elite
3.7 90 Assista AgoraNa minha maratona "animações da DC", essa foi a melhor caracterização do Superman até então (compete de The New Frontier). Por outro lado, os vilões são mega genéricos, tanto nos conflitos quanto no design (principalmente no design). É a nova geração de heróis que veio depois do Magog matar o Coringa em Reino do Amanhã, só que sem esse contexto e pré-"quem manda nessa porra aqui sou eu". Não que haja algum problema com a semelhança em si, pra falar a verdade.
O conflito acaba sendo uma versão pobre da mesma questão de Reino do Amanhã, ou seria o quadrinho do Ross uma versão mais rica desse? E de qualquer forma, não é pecado algum não ser tão profundo e realista nas questões que aborda, principalmente se o objetivo, no fim, é a porrada. E o legal é que a porrada que ajuda a fechar direitinho o conflito. Apesar da discussão não ser tão profunda, ela nem tenta ser e ainda assim é bastante coerente. O ponto alto do filme, sem sombra de dúvida.
Meus reais problemas são com a Lois. Não entendo a função dela no filme, sinceramente. Ligação do Superman com a humanidade? Nada bem feita, devo dizer. Seria bem mais coerente focar no garoto que perdeu o pai, já que ele sim tem um papel interessante.
Ah! E o humor é uma merda. Timming óbvio e pastelão de mais. Culpa da direção, que também não consegue levar bem o conflito do Superman. O que seria a salvação dessa bagaça, conseguir mostrar através de uma boa forma as questões do Clark, ao invés de só ouvirmos ele repetir "não somos a justiça". Não precisava nem aprofundar, só mostrar ele mal de uma forma melhor da que foi.
Bem... é mais um filme "ok". Acho que não tem uma animação da DC que você realmente diga "OOOOH! Que foda!".
O Lobo de Wall Street
4.1 3,4K Assista AgoraMAN!! Eu terminei de ver esse filme tão chapado quanto os personagens por todo pacing, as atuações, a trilha sonora, a direção. UOU!! Há quanto não via algo tão bom. A edição... mds... quanto dinamismo, quanta loucura. Volta no tempo com a imagem, permanece com o áudio, passa uns dias no tempo com o áudio, a cena permanece onde está. Jump cut. MAAAAAAAAN!! Que filme. Que filme. Obrigado, Scorcese.
Liga da Justiça - A Nova Fronteira
3.6 93 Assista AgoraEsse é fácil o melhor filme animado da DC entre os que vi até então (Ano Um, Inimigos Públicos e Apocalypse).
Mesmo apesar da direção deixar a desejar em alguns momentos, da trilha sonora genérica e mal utilizada, da animação mediana pra baixo e da caracterização super poligonal, sem textura e shanding flat -0 estilo-, o filme ainda consegue ter a melhor caracterização quando se trata dos heróis, retratando-os fiéis à era de ouro e a melhor paleta de cores dos filmes animados da DC até então. É como se a editora ainda não estivesse preparada para apostar alto e investir pesado, mas até então, está ok.
Bem... muito do longa se enfraquece pelo fato da relação governo e herói ser mostrada totalmente an passant, enquanto é o ponto mais relevante da trama. Ainda assim, a temática de união é forte, no fim, graças ao vilão que mostra ao mundo um verdadeiro conflito (inclusive através das pessoas que controla). Isso faz a conclusão ganhar certa força. E admito, me emocionei com todo aquele ideal de união que, em suma, faz parte do símbolo representado pelos heróis.
Os personagens têm seus méritos e deméritos. Pela quantidade, alguns conseguem ser o que têm que ser (como o Batman, que é só o Batman e pronto), enquanto outros pedem um desenvolvimento maior (como a Mulher Maravilha, que tem conflitos irrelevantes e inconcluídos dentro do filme). Existem personagens bem desenvolvidos (como o Hal Jordan, que é de fato o protagonista aqui), outros que apesar de bem desenvolvidos, deixam a desejar em parte (como o John, que desenvolve um sentimento um tanto abrupto pela raça humana). Ainda assim, é essa preocupação de mostrar um pouquinho de cada um que traz uma conclusão poderosa.
É um bom filme, no saldo geral. É um que vale a pena o tempo gasto.
Superman & Batman: Apocalipse
3.6 137 Assista AgoraÉ uma sequência direta de Inimigos Públicos, mas não tem de fato uma ligação com o mesmo. Além disso, apresenta uma melhora significativa em muitos dos elementos audio-visuais como lip synch, animação, contraste, luz e sombra, caracterização, 3DCG (não que isso esteja bom, mas pelo menos está melhor) e até na direção.
Por outro lado, se perde na estrutura, que toma pouquíssimo tempo pro desenvolvimento dos conflitos da personagem e de todos os outros personagem ao redor em relação à ela, enquanto dá muito tempo pra porrada. Porrada é legal, é óbvio (e esse filme faz muito bem, inclusive), mas em um longa sobre dúvida e aceitação, não dar tempo pra preparar a conclusão enfraquece todo o mote da coisa. Afinal, a maioria dos conflitos que foram resolvidos não tinham substância.
Sem contar a morte da Lyla, personagem que não serviu pra nada mais além de ser uma ferramenta de roteiro com menos de 2 minutos de tela, mas que ainda leva um dramazinho totalmente sem peso.
Ainda assim, esse filme consegue ser bastante coeso e ter mais coerência que seu antecessor. Aliás, falando no lado bom -e algo que já comentei-, as coreografias de luta são muito bem feitas. Mesmo pra mim, que estou acostumado a ver porrada com mais peso e densidade em animes e mangas (que o têm graças à texturas e shading mais pesados do que a ilustração sem textura e shading flat de animação de comic), os golpes, o dinamismo da direção durante as batalhas e a interação entre os combatentes fez eu me empolgar bastante em certos momentos. Mesmo com a trilha sonora mais genérica possível.
No mais, eu perdi um pouco também na experiência por nem conhecer o vilão direito, mas aí é problema meu, não é demérito do filme.
Assim... é genérico. Não sei se vale tanto a pena assim, não.
Superman & Batman: Inimigos Públicos
3.6 118 Assista AgoraA produção é pobre, com lip synch mal feito, contraste ruim, character design esquisito, dublagem [original] também ruim (já viu dublador que fala pra dentro? pqp) e animação meio travada pra um longa-metragem (isso e o 3DCG que parece de Thomas e Seus Amigos). A direção também deixa a desejar, não sabendo conduzir bons momentos da maneira certa.
Por outro lado, a proposta é bem aproveitada pela trama. A relação entre o Super e o Batman não só é bem construída
-pra culminar naquele robô maneiro e no Supes salvando o Morcego-
Mas ainda assim algumas coisas ficam sem a atenção/repercussão necessária, como a morte e as motivações do Nuclear, a resolução do conflito com o Gavião e o Marvel ou o romance -até bem feito- do Lex com a assistente.
Enfim... acho que vale a pena ver, sim. Se tivesse o nível de produção de um Batman Ano Um (que inclusive em questão de roteiro e temática é relativamente pior que Inimigos Públicos, apesar de ser mais coerente), seria um filme bom pra muito bom, mas do jeito que é... ok.
Batman: Ano Um
4.0 214 Assista AgoraUm filme com muitos subplots onde pouco de cada um é realmente desenvolvido. Afinal, quem é Selina Kyle, quem é Bruce Wayne e, principalmente, quem diabos é a mulher com quem o Gordon trai a esposa, dentro do contexto desse filme? O Batman mal um personagem é. Ele é só um super-humano que se veste de morcego e sai batendo em bandido.
Bob Esponja: Um Herói Fora D'Água
3.0 519 Assista AgoraÉ um nonsense pastelão lento pra cacete. Até chegar na parte interessante já leva muito tempo e o ritmo não acompanha a comédia e os elementos totalmente fora de contexto. E esses elementos que poderiam dar ótimas piadas (quebras da quarta parede, psicodelia, stop motions toscos, referências à MadMax, ao Guia dos Mochileiros da Galáxia e até à EpicRapBattlesOfHistory) se tornam maçantes. Sem contar que os personagens... blergh!! O vilão é um Jack Sparrow muito mal atuado e o desenvolvimento do Plankton é de chorar pelo personagem, de tão destoante que ele é de todo o resto.
Aqueles elementos que eu citei ali em cima ainda conseguem levar o filme, junto de algumas piadas com um bom timming. Mas no fim, como filme, Bob Esponja: Um Herói Fora D'Água é um ótimo trailer.
Lucy
3.3 3,3K Assista AgoraSério, não tem nada que se aproveita desse filme. Quer dizer, a não ser que você queira uma apreciação à Scarllet Johansson, aí vale.
Frozen: Uma Aventura Congelante
3.9 3,0K Assista AgoraSem palavras. É como estou para esse filme. Apesar do começo ser meio "an passant" e o epílogo meio brusco, as qualidades do longa são de fazer você deixar qualquer defeito de lado. E as duas coisas que mais me surpreenderam em "Frozen" foram os efeitos visuais e a subversão de alguns clichês de filmes infantis.
Pelo pouco que sei da produção desse projeto, ele seria feito em uma animação 2D. E apesar de eu ser muito fã dos filmes "cartoons" da Disney, a "escolha" por tornar esse projeto uma animação 3D não poderia ter sido mais feliz. Se texturizar água é difícil e renderizar espelhos é trabalhoso, juntar os dois em gelo deve dar ser ainda mais complicado. E a textura do gelo ficou de fazer brilhar os olhos e cair o queixo do espectador. E além da parte técnica, roteiro e direção trabalham de forma bem dinâmica com esse elemento, dando todo um tom mágico, que há muito não se via.
Além de conseguir surpreender nos efeitos visuais, Frozen também surpreende no roteiro, subvertendo muitos dos clichês criados pelas próprias histórias de "príncipe encantado" da Disney.
(COMEÇAM OS SPOILERS) Em qual filme da produtiora a "bruxa má" é uma personagem principal pela qual você torce, o amor verdadeiro é tratado como uma atitude infantil, o príncipe encantado é um vilão e o ato de amor verdadeiro, ao invés do beijo do príncipe apaixonado, é o abraço de uma irmã triste e preocupada? (TERMINAM OS SPOILERS)
Dito isso, só falta dizer que o Fábio Porchat deveria ganhar um prêmio de dublagem, o Olaf é o melhor personagem alívio cômico EVER e Frozen é um filme magnificamente mágico, de fazer você voltar a ser criança.
O Homem de Aço
3.6 3,9K Assista AgoraAchei bem fraco e deu sono, no cinema. Não desgostei, mas esperava muito mais.
O enredo é quase como um pato, que por fazer coisas de mais, acaba não fazendo nenhuma delas bem. Ele tenta explicar sobre Krypton e força uma relação entre Zodd e Jor-El. Ele tenta mostrar o relacionamento do Super-Homem com a Lois Lane, mas pula partes importantes no desenvolvimento desse aspecto da trama. Ele tenta mostrar o herói entrando para o Planeta Diário mas nem sequer dedica um segundo da projeção para dizer o porquê.
Outro problema, ainda na parte do enredo, é a falta de preocupação com o que acontece ao redor do plot. Digo... ao que literalmente acontece ao redor do plot. E isso gera uma situação muito estranha. Durante toda a invasão do vilão, coisas são destruídas. Prédios caem, postos de combustível explodem, seres super poderosos surram pessoas normais... mas quando o vilão ameaça matar quatro pessoas, a reação do Homem de Aço faz parecer que aquelas foram as primeiras pessoas a morrer.
Na parte do visual, é elogiável o trabalho que fizeram com Krypton, desde os trajes, passando pelas tecnologias, até a ecologia do planeta. É particularmente bem feita a parte da tecnologia do planeta que consiste em um metal que pode mudar livremente sua forma. No entanto, as lutas animadas (que são basicamente todas), fazem parecer que você está assistindo a um jogo de video-game.
As atuações também deixaram a desejar. Incomodando particularmente no momento da morte do pai do Super (Sério, gente... isso não é spoiler para ninguém, neh? Sem contar que você já sabe disso no começo do filme, então não é spoiler, mesmo.), tornando o momento "piegas" e forçado, apesar da ideia ser boa.
O filme foi decepcionante... com muitas boas ideias, mas decepcionante.
Sei que muita gente pode implicar porque só falei mal, mas em certos pontos eu gostei mesmo. Só que já tem tanta gente elogiando e estou com tanta preguiça de escrever, que falei só o que me incomodou, que é mais fácil e se difere um pouco do que os outros estão comentando ;)
Os Miseráveis
4.1 4,2K Assista AgoraOs Miseráveis se apresenta como uma obra intensa do início ao fim, aproveitando-se das atuações e até do estilo de direção de Tom Hooper. Mas esses fatos não necessariamente significam algo bom.
Desde o primeiro minuto de projeção, já ouve-se o elenco cantando alto, de pulmões cheios e com muita emoção na voz. Isso pode parecer bom, mas na verdade não é. Não há uma curva dramática na obra, a intensidade está nos níveis mais altos o filme inteiro, logo o espectador não é levado aos poucos a se emocionar, o que prejudica e muito a imersão e a compreensão do sofrimento dos personagens.
No entanto, o que usou-se para "quebrar" essa intensidade (entre aspas porque o objetivo não é alcançado), são personagens que não se encaixam na trama aparecem, não são desenvolvidos e fazem você pensar que poderia ser qualquer um ali e então tempo não seria perdido. Falo de mr. e mrs. Thénardier, interpretados por Sacha Baron Cohen e Helena Bonham Carter, respectivamente. Os dois são personagens que servem como o alívio cômico, mas fica claro que estão completamente deslocados da atmosfera que a trama cria e que não têm nenhum motivo essencial de estarem ali. Tão sem propósito quanto é a filha do casal, que sai da projeção sem ter importância
e com uma morte que não marca de jeito nenhum
A obra é dividida em três plots que andam juntos: o romance entre Cosette e Mario, a vida de Jean Valjean e a revolução de junho de 1832. Os dois primeiros são construídos desde o início, com os personagens sendo desenvolvidos e com suas vidas passando diante dos olhos do espectador. Já o terceiro plot aparece só na segunda metade das mais de duas horas de filme. Na verdade, todo o elenco relacionado a ele só aparece no final do segundo ato. Ou seja, apresentam personagens tarde de mais para que nos identifiquemos com eles e fazem parecer com que o tema revolucionário esteja deslocado, por mais que complemente a ideia do filme.
O romance, por sua vez, apresenta outro problema. Não é desenvolvido em momento algum e parece só uma desculpa para fazer com que os outros plots se movam. O brilho deste se apaga em comparação ao som dos revolucionários e a vida de Jean Valjean, pois não é intenso, não é importante e acontece em um plano secundário.
Pelo que falei até agora, parece que odiei o filme. Mas longe disto, a única coisa que me incomodou muito foi a intensidade constante e amei o filme em muitos outros aspectos. Falemos deles.
Não tem como falar de Les Miserables de Tom Hooper sem falar dos atores. O elenco todo está sensacional! O rosto do Hugh Jackman combinou muito com as expressões faciais de seu personagem, como quando este estava no topo de um monastério e as linhas da face do ator sobressaltam-se, adicionando uma carga emocional na atuação. E Anne Hathaway dispensa comentários. Fez cair queixos interpretando "I Dreamed A Dream" com uma cena quase toda em primeiro plano.
As atuações praticamente valem o filme. No entanto, isso só pôde ser pois haviam personagens cuja personalidade permitia expressões complexas. Um destaque meu para o personagem de Russell Crowe. Sim, o ator apresentava sérias dificuldades em atingir as notas mais altas enquanto cantava, mas o personagem continua fantástico. Javert é um oficial de polícia que fica aficionado pela perseguição a Jean Valjean. De início, ele pode parecer um dos esteriótipos de vilão que trabalha pelo governo, ou um fanático, ou um corrupto. Mas com o tempo, o enredo nos mostra que o personagem realmente acredita, de forma racional e baseado nas suas experiências, nos seus ideias. E quando isso é contestado através das ações de Jean Valjean, Javert tem o fechamento mais incrível que a estória permitia, voltando para onde tudo começara.
Um dos grandes motivos do elenco d'Os Miseráveis ser tão elogiado, além dos personagens que comparados a este ficam em segundo plano, é a direção. Tom Hooper pode até ser criticado por fazer quase um filme só de câmera focada no rosto dos atores, mas não fosse por isto, o foco dos elogios e a grande diferença da obra, não seriam eles. É possível tirar quase todo frame da projeção e pintar um quadro em cima dele. É incrível como esse estilo de direção acentua as nuances faciais do elenco e passa todos os traços do estado de cada personagem quando em conjunto com figurinistas competentes. Outro mérito da direção, é conseguir passar a ideia de união quando vemos os revolucionários levantando a bandeira vermelha. É quase como se víssemos os quadros sendo pintados por cima da tela do cinema e sendo utilizados nos livros de história ou colocados em um museu, enquanto o guia do local nos explica o ideal dos estudantes da revolução de junho.
Todos esses plots e ideais trabalham juntos para levantar questões sobre um único tema: liberdade. Desde quando os prisioneiros cantam "...you'll always be a slave", passando pelos ideais revolucionários, pelo desfecho de cada um dos personagens, até o final do filme, tudo aponta para isso. Talvez até haja uma questão principal que reja a obra de forma bem mais específica do que o só o tema. Se há, pensando em tudo que disse, nas falas de Jean Valjean sobre o amor de sua filha, na sua perseguição, seu carma, a bandeira vermelha dos revolucionários que representa seu sangue, ela só pode ser: "A liberdade só pode ser alcançada na morte?"
O Espetacular Homem-Aranha
3.4 4,9K Assista AgoraAmazing Spider-Man chegou prometendo um reboot na história do aranha para um clima dark e no final o visual só serviu para vender em cima do sucesso dos Batmans do Nolan.
O filme tem um ritmo muito inconstante, chegando a ter uma sequência longa de várias cenas de menos de um minuto.
Também incomoda a falta de cuidado com detalhes, que ficam sem consequência. Por exemplo, o fato do Peter chegar na casa da Gewn Stacy, todo ensanguentado e coberto da de água de esgoto e ninguém sentir o cheiro, ou ver que tem roupa de cama fedendo a lixo e cheia de sangue, ou ninguém ver o Homem-Aranha na maior dificuldade para tentar alcançar uma janela de um prédio. Isso ainda se repete no filme inteiro. Na roupa que a Gwen vai para o trabalho em um laboratório de pesquisa ou na facilidade que o Peter invade uma sala super secreta.
As habilidades do personagem principal desafiam a suspensão de descrença. Não havia sido definido que o herói não só era um gênio, como tinha habilidades nas áreas de automação e têxtil que nem os maiores profissionais tem, até o momento em que ele mostra essas capacidades. Como ele sabia mexer com biotecnologia que ninguém mais sabia (as teias de aranha) ou como sabia trabalhar com tecidos high-tech usados só por profissionais de certos esportes? E mais, de onde ele tirou o dinheiro para isso?
O uso de um tom mais dark também não significa nada para a obra. Tanto que para aliviar a história, o herói precisa ser conhecido por todos para valer seu esforço. Ideia refletida na facilidade com que ele tira a máscara para todo mundo. A verdade é que por mais dark que seja visualmente, nada tem peso emocional em Amazing Spider-Man. O assassino do Tio Ben... (tratarei disso no parágrafo seguinte)... a ultima promessa do pai de Gwen... nada! O herói não passa por conflitos emocionais graças as suas duas identidades.
Um ultimo ponto é a irresponsabilidade do roteiro com o que ele mesmo propôs. Assim, o plot criado para o surgimento do aranha é abandonado no 2º ato sem ser resolvido. Ou seja, no meio do filme, Peter Parker já está cagando para o assassino do Tio Ben.
Um Jogo Legendário
2.5 60Só o trailer já foi um bom passatempo.
"Battle of Evermore"