Se por um lado o cinema de Andy Warhol pode causar uma reflexão relativa à imagem-tempo deleuziana, por outro pode parecer simplesmente cinema de galeria, composto por imagens vazias que se arrastam e não possuem significado nenhum. Enfim, isso fica a cargo do espectador. De minha parte, acho Warhol, como cineasta, extremamente questionável.
Jazz, poesia, discussões sobre a beatificação, fluxos de consciência de Kerouac, personagens mundanos, escritores aparecendo como eles mesmos. Esse média-metragem tem tudo o que uma obra da geração beat deveria ter, transposto para a tela ao invés da usual propagação da ideologia beatnik, que é a literatura. Entretanto, provavelmente não é uma boa introdução ao universo de Kerouac, Ginsberg & companhia: um espectador que não esteja familiarizado com pelo menos uma parte da obra desses autores e dos temas nela abordados certamente ficará perdido nas discussões que permeiam o filme.
Glauber exerce com maestria sua "estética da fome" nesse curta-metragem. Sempre transgressor, ao ser convidado por Sarney com o objetivo de filmar sua posse ao cargo de governador do Maranhão, ele deu nada menos do que uma banana para seu contratador. O resultado é um belo exemplo do Cinema Novo posto em prática: político, inquisidor, desafiador de autoridade, sem medo de assumir a pobreza de seu país e de fazer um cinema que escancara isso ante a hipocrisia alheia.
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Jay and Seth vs. The Apocalypse
2.7 3Wow, isso não é o que eu esperava quando vi que "É o Fim" foi inspirado num curta.
Eat
2.6 11Se por um lado o cinema de Andy Warhol pode causar uma reflexão relativa à imagem-tempo deleuziana, por outro pode parecer simplesmente cinema de galeria, composto por imagens vazias que se arrastam e não possuem significado nenhum. Enfim, isso fica a cargo do espectador. De minha parte, acho Warhol, como cineasta, extremamente questionável.
Pull My Daisy
3.8 5Jazz, poesia, discussões sobre a beatificação, fluxos de consciência de Kerouac, personagens mundanos, escritores aparecendo como eles mesmos. Esse média-metragem tem tudo o que uma obra da geração beat deveria ter, transposto para a tela ao invés da usual propagação da ideologia beatnik, que é a literatura. Entretanto, provavelmente não é uma boa introdução ao universo de Kerouac, Ginsberg & companhia: um espectador que não esteja familiarizado com pelo menos uma parte da obra desses autores e dos temas nela abordados certamente ficará perdido nas discussões que permeiam o filme.
Maranhão 66
4.2 58Glauber exerce com maestria sua "estética da fome" nesse curta-metragem. Sempre transgressor, ao ser convidado por Sarney com o objetivo de filmar sua posse ao cargo de governador do Maranhão, ele deu nada menos do que uma banana para seu contratador. O resultado é um belo exemplo do Cinema Novo posto em prática: político, inquisidor, desafiador de autoridade, sem medo de assumir a pobreza de seu país e de fazer um cinema que escancara isso ante a hipocrisia alheia.