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Fiquei profundamente curioso com os comentários, e tive de conferir. Não deu outra: uma semi obra de arte. Só não levou 10 por um detalhe que requer um textão pra explicar.
A produção é até boa, mas há furos bem consideráveis, o que me leva a questionar a decisão de Jude Law em ter topado atuar aqui. Mas todas estas questões, devidamente ponderadas, levantam dúvidas sobre se a determinação clara de objetivos estimula a padronização dos conhecimentos estratégicos para atingir a excelência. Obviamente, o filme não obtém isso, mas também não ofende tanto. E até diverte, um pouco.
A roteiro se destaca merecidamente, e o filme só não é uma obra prima por outros elementos centrais não terem ficado no mesmo nível. O elenco, apesar de presenças de peso, como Dakota Fanning, Carla Juri e Guy Pearce, trás alguns coadjuvantes medíocres, com interpretações difíceis de se engolir. E também, a direção é meio "crua", o filme trata de temas bem pesados mas, frequentemente, cenas importantes não geram o efeito dramático esperado, ficando quase caricatas. Mas é aquele tipo de filme cujo potencial é enorme e acaba compensando, mesmo com suas consideráveis falhas.
Apesar da premissa curiosa, Little Joe é mais um daqueles filmes onde, por mais claro que algo muito errado esteja acontecendo, a protagonista se mantém completamente incapaz de perceber isso, e sua "burrice" serve de artifício essencial a trama. É possível apreciar a obra por seus aspectos técnicos, pois o conjunto de planos e fotografia é belíssimo, e a trilha sonora, forjada por ruídos e instrumentos exóticos, arremata com um tom bem esquisito. Há ainda uma vaga sugestão de ambiguidade na trama, mas seu desenvolvimento não é bom o suficiente para tornar isso interessante.
É um bom documentário, porém "chapa branca", sem histórias de drogas ou sexo. Ele cumpre o básico, contando a história da banda passando por praticamente todos os álbuns, com relatos de todos os integrantes e trechos de shows. Há muitos detalhes interessantes para o fã, só não espere nada bombástico.
"Alguém disse uma vez que existe uma diferença entre um fracasso e um fiasco."
Na verdade ninguém disse isso (pelo menos não no mundo real). Mas o fato de começar com um ditado "fake" sobre fiasco é algo muito apropriado para esse filme. Recheado de situações improváveis e diálogos meio absurdos, Elizabethtown é um filme desconcertante e de humor falho, que oferece infinitamente menos do que a sinopse pode sugerir. A única coisa que "ameaça" redimi-lo é a presença de Kirsten Dunst, cuja graça contagiante contrasta violentamente com o tédio e a mediocridade de Orlando Bloom.
Pra começar, toda a boa receptividade a esse filme está mais do que bem justificada. Entre outras coisas, trata-se de uma história onde mesmo o personagem mais "bonzinho" tem uma parcela grande de culpa no rumo descontrolado e brutal que os acontecimentos tomam, e o que não falta é remorso. A narrativa é conduzida de forma muito dinâmica, crescendo até uma inexorável torrente de tensão, sem esboçar qualquer pudor pelos nervos do expectador. A coisa toda explode num ápice absurdamente espetacular, graças a performances dramáticas e de coreografia impecáveis. O Caçador é uma experiência cinematográfica que possui momentos que, por mais que se tente descreve-los, é quase impossível dar uma ideia precisa de sua intensidade.
Apesar do capricho empregado nos efeitos especiais e nas sequencias de combate, Alita provavelmente se tornará apenas mais um produto de sua época, e não é difícil entender o por que. Robert Rodriguez, cineasta bastante versátil e responsável por Um Drinque no Inferno e Sin City, entre outros, escolheu seguir aqui uma linha segura e mais próxima de suas produções direcionadas a pré adolescentes. O resultado traz uma boa história de fundo, mas executada de forma previsível, com diálogos maçantes, violência sem uma gota de sangue e uma heroína que faz o misto durona + bobinha (imagine a Miley Cyrus num corpo ciborgue e você terá ideia). No fim, a ação permanece espetacular e há de se reconhecer que nesse quesito o filme dá uma surra em muita produção bombada que rola por ai. Mas infelizmente, não vai muito além disso. Vale a pena se você estiver a fim de algo eletrizante, sem se importar com o fato de ser formulaico.
É meio perda de tempo. O lado metafórico e dramático é ok, conduzido por duas atrizes competentes. O que não convenceu é o tal do monstro, no geral utilizado de maneira formulaica e pouco criativa.
É notável que Clint Eastwood, a essa altura do campeonato, ainda seja capaz de conduzir um filme de forma tão convincente. Embora já tenha feito coisas melhores no passado, The Mule não faz feio dentro do histórico do diretor, retratando a relação de um idoso que de repente se vê realizando arriscados transportes para o cartel de drogas mexicano. É o tipo de filme que não foi feito pra quebrar barreiras nem nada, apenas para contar uma boa e inusitada história. Só poderiam ter elaborado mais a trilha, que embora apropriada, deixa a desejar nos momentos de maior tensão.
Drama de época maçante. O romance ocorre de forma muito abrupta, nada gradual, e segue por caminhos seguros e pouco emocionantes. O elenco não é mal, mas Keira Knightley, em particular, já esteve melhor.
Com uma realização que beira a perfeição, essa obscura obra de terror serve como um bom exemplo do gênero em sua época. É notável a força de sua atmosfera, predominantemente escura, cheia de sombras ameaçadoras despontando pelas cenas, completadas pela trilha sonora com uma eficiência absurda. Quanto ao elenco, sua química e inspiração são claras, seu estilo pode parecer "datado", mas remonta a algo particularmente charmoso e poético. O trabalho, porém, não vem sem suas falhas, já que seus momentos de "terror" são rudimentares e dificilmente causam efeito, algo também devido aos precários efeitos especiais da época (embora em umas duas cenas eles se mostrem até convincentes). O outro problema é justamente a cena final, que acaba como um breve mas inegável anticlimax. Ainda assim, essas coisas não chegam a comprometer completamente o conjunto da obra, apenas a separam da já mencionada perfeição.
Já está bem provado que o diretor Gaspar Noé é um mestre em estilo e narrativa que entende perfeitamente os efeitos que pode criar através da linguagem cinematográfica. Em Climax ele demonstra virtuosismo ao dirigir com longuíssimas tomadas uma sucessão de cenas caóticas, retratando a degradação de pessoas drogadas acidentalmente numa festa que deu errado. O efeito obtido é bastante agoniante e incômodo, caindo num experimentalismo que é para poucos. No fundo, por trás de seu radicalismo retratado com luzes cegantes e uma câmera tremida, o filme roda e roda sem sair do lugar, valendo mais como exercício estético do que qualquer outra coisa.
É o tipo de filme que tenta diferentes gêneros e propostas, mas sem trabalhar muito nenhuma delas, traçando sua história de forma meio meio vaga e desfocada. Ainda que traga Naomi Watts no centro em eficiente performance, o filme aborda temas instigantes como bloqueio criativo, isolamento, tensão e violência sem desenvolve-los com a intensidade que sugerem. Quem sabe se o final não fosse tão maçante, talvez até daria para cota-lo melhor, mas infelizmente não é o caso.
No mínimo um filme ok, é compreensível o por que da quarta sequencia da saga Millennium não ter ido mais longe. Seu ritmo é um pouco mais eletrizante que o da trilogia original (lembrando as vezes uma espécie de "Missão Impossível" meio dark), mas frequentemente resolve os impasses da trama com soluções "milagrosas" e fáceis, o que o torna algo mais maçante e sem a mesma inventividade dos anteriores. Claire Foy é a terceira atriz a encarnar Lisbeth Salander, e não faz feio, provindo a personagem com a dureza, a tenacidade e a sensualidade requeridas. Apesar dos contras, se você quer apenas um bom filme de ação com background de conspiração, você terá, sendo justo destacar ainda o primoroso trabalho de montagem que o empacota.
o filme pega pesado as vezes, principalmente entre os 40 e 42 min, onde um personagem com severa mutilação facial é mostrado, com efeito extremamente perturbador. Se preferir, pule essa parte!
A enredo é bom e surpreende, mas funcionaria melhor se realizado de uma forma que pendesse mais para o sombrio do que para o bizarro. Temas essenciais e pesados da trama, relacionados ao passado das protagonistas, são abordados por breves flashnacks, o que acabou tirando muito do impacto que o filme poderia ter. Esse não é o único problema, mas provavelmente um dos piores. The Perfection pode ser resumido por uma boa história e duas boas atrizes que, infelizmente, caíram nas mãos do diretor errado.
Uma boa ideia dentro de um filme médio. O poder interpretativo de Lupita Nyongo brilha soberano aqui, e as qualidades técnicas, óbvio, são de ponta. O que faltou foram situações realmente aterrorizantes e menos convencionais, já que a trama pende mais para um jogo de gato e rato com briguinhas entre os mocinhos e seus algozes. Há uma reviravolta interessante (só uma, cabe realçar), mas o produto final não chega nem perto de causar o mesmo impacto do filme anterior do diretor.
O filme tenta uma mistura interessante: o personagem de Mads Mikkelsen apresenta um lado sério e sombrio, enquanto seus algozes contrastam dando um "colorido" pra coisa. O problema é que, enquanto o primeiro é durão e convincente, os últimos não passam de um bandinho poser que dificilmente alguém levaria a sério como assassinos de aluguel, o que já de cara entrega quem vai se dar mal. Ainda assim, Polar tem seus prós, como a boa montagem, o roteiro decente pro gênero (apesar dos vários clichê a partir da metade), a presença de Vanessa Hudgens e do já citado Mikkelsen, etc... Não dá pra negar que diverte pela ação, mas também não é muito mais do que um sub-Tarantino bem empacotado.
Bandersnatch pode não ter inventado o conceito de "filme interativo", mas o harmonizou perfeitamente a estética de Black Mirror. Talvez por se focar numa fórmula narrativa desafiadora, a direção não vem sem deslizes, sendo o mais notável a necessidade de voltar para pontos anteriores do enredo quando você toma a decisão "errada", de forma a refazer o percurso. Assim, após algumas más decisões, o ritmo pode se tornar truncado, e a experiência meio cansativa, sendo bom um mínimo de paciência. As atuações são convincentes, o enredo bem interessante, e a trilha sonora conta com bandas / artistas emblemáticos dos anos 80 (a década em que a história se passa e, satisfatoriamente, souberam manter a linguagem moderna de Black Mirror mesmo se utilizando de elementos tão retrôs). Embora imperfeito em sua realização, o filme reintroduz convincentemente a interatividade no cinema e sugere que ela ainda é promissora, ao oferecer um elemento extra a forma tradicional de assistirmos a um filme. Só cabe constar que, como é de se esperar em algo vindo de Black Mirror, Bandersnatch não é para qualquer um.
Lux Æterna
3.4 64atenção: gente chata falando atenção: gente chata falando atenção: gente chata falando atenção: gente chata falando atenção: gente chata falando atenção: gente chata falando atenção: gente chata falando atenção: gente chata falando atenção: gente chata falando atenção: gente chata falando atenção: gente chata falando atenção: gente chata falando atenção: gente chata falando atenção: gente chata falando atenção: gente chata falando atenção: gente chata falando atenção: gente chata falando atenção: gente chata falando atenção: gente chata falando atenção: gente chata falando atenção: gente chata falando atenção: gente chata falando atenção: gente chata falando atenção: gente chata falando atenção: gente chata falando
Vou Morrer Amanhã
2.6 60 Assista AgoraFiquei profundamente curioso com os comentários, e tive de conferir. Não deu outra: uma semi obra de arte. Só não levou 10 por um detalhe que requer um textão pra explicar.
JFK Revisitado: Através do Espelho
3.8 3As razões e métodos do crime foram reforçados. Mas, infelizmente, continuaremos sem saber quem apertou os gatilhos.
Who We Are: A Chronicle of Racism in America (2021 …
4.2 1 Assista AgoraO tipo de filme que deveria ser exibido em escolas.
A Casa Sombria
3.3 394 Assista AgoraE o troféu Arrastadão do ano vai para...
Monstros do Homem
2.7 30 Assista AgoraA produção é até boa, mas há furos bem consideráveis, o que me leva a questionar a decisão de Jude Law em ter topado atuar aqui. Mas todas estas questões, devidamente ponderadas, levantam dúvidas sobre se a determinação clara de objetivos estimula a padronização dos conhecimentos estratégicos para atingir a excelência. Obviamente, o filme não obtém isso, mas também não ofende tanto. E até diverte, um pouco.
Pedaços De Uma Mulher
3.8 544 Assista AgoraComecei a assistir, mas desisti por que a protagonista é arrogante demais. Ela passa o filme todo assim?
(obs: nada contra quem pensa diferente e curtiu o filme)
Amaldiçoada
3.8 372 Assista AgoraA roteiro se destaca merecidamente, e o filme só não é uma obra prima por outros elementos centrais não terem ficado no mesmo nível. O elenco, apesar de presenças de peso, como Dakota Fanning, Carla Juri e Guy Pearce, trás alguns coadjuvantes medíocres, com interpretações difíceis de se engolir. E também, a direção é meio "crua", o filme trata de temas bem pesados mas, frequentemente, cenas importantes não geram o efeito dramático esperado, ficando quase caricatas. Mas é aquele tipo de filme cujo potencial é enorme e acaba compensando, mesmo com suas consideráveis falhas.
Little Joe: A Flor da Felicidade
3.1 30 Assista AgoraApesar da premissa curiosa, Little Joe é mais um daqueles filmes onde, por mais claro que algo muito errado esteja acontecendo, a protagonista se mantém completamente incapaz de perceber isso, e sua "burrice" serve de artifício essencial a trama. É possível apreciar a obra por seus aspectos técnicos, pois o conjunto de planos e fotografia é belíssimo, e a trilha sonora, forjada por ruídos e instrumentos exóticos, arremata com um tom bem esquisito. Há ainda uma vaga sugestão de ambiguidade na trama, mas seu desenvolvimento não é bom o suficiente para tornar isso interessante.
Queen: Days of Our Lives
4.5 17É um bom documentário, porém "chapa branca", sem histórias de drogas ou sexo. Ele cumpre o básico, contando a história da banda passando por praticamente todos os álbuns, com relatos de todos os integrantes e trechos de shows. Há muitos detalhes interessantes para o fã, só não espere nada bombástico.
Tudo Acontece em Elizabethtown
3.6 1,0K Assista Agora"Alguém disse uma vez que existe uma diferença entre um fracasso e um fiasco."
Na verdade ninguém disse isso (pelo menos não no mundo real). Mas o fato de começar com um ditado "fake" sobre fiasco é algo muito apropriado para esse filme. Recheado de situações improváveis e diálogos meio absurdos, Elizabethtown é um filme desconcertante e de humor falho, que oferece infinitamente menos do que a sinopse pode sugerir. A única coisa que "ameaça" redimi-lo é a presença de Kirsten Dunst, cuja graça contagiante contrasta violentamente com o tédio e a mediocridade de Orlando Bloom.
Uma estrela por Kirsten, e nada mais.
O Caçador
4.1 313Pra começar, toda a boa receptividade a esse filme está mais do que bem justificada. Entre outras coisas, trata-se de uma história onde mesmo o personagem mais "bonzinho" tem uma parcela grande de culpa no rumo descontrolado e brutal que os acontecimentos tomam, e o que não falta é remorso. A narrativa é conduzida de forma muito dinâmica, crescendo até uma inexorável torrente de tensão, sem esboçar qualquer pudor pelos nervos do expectador. A coisa toda explode num ápice absurdamente espetacular, graças a performances dramáticas e de coreografia impecáveis. O Caçador é uma experiência cinematográfica que possui momentos que, por mais que se tente descreve-los, é quase impossível dar uma ideia precisa de sua intensidade.
Alita: Anjo de Combate
3.6 813 Assista AgoraApesar do capricho empregado nos efeitos especiais e nas sequencias de combate, Alita provavelmente se tornará apenas mais um produto de sua época, e não é difícil entender o por que. Robert Rodriguez, cineasta bastante versátil e responsável por Um Drinque no Inferno e Sin City, entre outros, escolheu seguir aqui uma linha segura e mais próxima de suas produções direcionadas a pré adolescentes. O resultado traz uma boa história de fundo, mas executada de forma previsível, com diálogos maçantes, violência sem uma gota de sangue e uma heroína que faz o misto durona + bobinha (imagine a Miley Cyrus num corpo ciborgue e você terá ideia). No fim, a ação permanece espetacular e há de se reconhecer que nesse quesito o filme dá uma surra em muita produção bombada que rola por ai. Mas infelizmente, não vai muito além disso. Vale a pena se você estiver a fim de algo eletrizante, sem se importar com o fato de ser formulaico.
Um Monstro no Caminho
2.6 178 Assista AgoraÉ meio perda de tempo. O lado metafórico e dramático é ok, conduzido por duas atrizes competentes. O que não convenceu é o tal do monstro, no geral utilizado de maneira formulaica e pouco criativa.
A Mula
3.6 354 Assista AgoraÉ notável que Clint Eastwood, a essa altura do campeonato, ainda seja capaz de conduzir um filme de forma tão convincente. Embora já tenha feito coisas melhores no passado, The Mule não faz feio dentro do histórico do diretor, retratando a relação de um idoso que de repente se vê realizando arriscados transportes para o cartel de drogas mexicano. É o tipo de filme que não foi feito pra quebrar barreiras nem nada, apenas para contar uma boa e inusitada história. Só poderiam ter elaborado mais a trilha, que embora apropriada, deixa a desejar nos momentos de maior tensão.
Consequências
3.3 85 Assista AgoraDrama de época maçante. O romance ocorre de forma muito abrupta, nada gradual, e segue por caminhos seguros e pouco emocionantes. O elenco não é mal, mas Keira Knightley, em particular, já esteve melhor.
Os Dedos da Morte
3.7 6Com uma realização que beira a perfeição, essa obscura obra de terror serve como um bom exemplo do gênero em sua época. É notável a força de sua atmosfera, predominantemente escura, cheia de sombras ameaçadoras despontando pelas cenas, completadas pela trilha sonora com uma eficiência absurda. Quanto ao elenco, sua química e inspiração são claras, seu estilo pode parecer "datado", mas remonta a algo particularmente charmoso e poético. O trabalho, porém, não vem sem suas falhas, já que seus momentos de "terror" são rudimentares e dificilmente causam efeito, algo também devido aos precários efeitos especiais da época (embora em umas duas cenas eles se mostrem até convincentes). O outro problema é justamente a cena final, que acaba como um breve mas inegável anticlimax. Ainda assim, essas coisas não chegam a comprometer completamente o conjunto da obra, apenas a separam da já mencionada perfeição.
Clímax
3.6 1,1K Assista AgoraJá está bem provado que o diretor Gaspar Noé é um mestre em estilo e narrativa que entende perfeitamente os efeitos que pode criar através da linguagem cinematográfica. Em Climax ele demonstra virtuosismo ao dirigir com longuíssimas tomadas uma sucessão de cenas caóticas, retratando a degradação de pessoas drogadas acidentalmente numa festa que deu errado. O efeito obtido é bastante agoniante e incômodo, caindo num experimentalismo que é para poucos. No fundo, por trás de seu radicalismo retratado com luzes cegantes e uma câmera tremida, o filme roda e roda sem sair do lugar, valendo mais como exercício estético do que qualquer outra coisa.
A Hora do Lobo
2.6 47 Assista AgoraÉ o tipo de filme que tenta diferentes gêneros e propostas, mas sem trabalhar muito nenhuma delas, traçando sua história de forma meio meio vaga e desfocada. Ainda que traga Naomi Watts no centro em eficiente performance, o filme aborda temas instigantes como bloqueio criativo, isolamento, tensão e violência sem desenvolve-los com a intensidade que sugerem. Quem sabe se o final não fosse tão maçante, talvez até daria para cota-lo melhor, mas infelizmente não é o caso.
Millennium: A Garota na Teia de Aranha
3.1 309 Assista AgoraNo mínimo um filme ok, é compreensível o por que da quarta sequencia da saga Millennium não ter ido mais longe. Seu ritmo é um pouco mais eletrizante que o da trilogia original (lembrando as vezes uma espécie de "Missão Impossível" meio dark), mas frequentemente resolve os impasses da trama com soluções "milagrosas" e fáceis, o que o torna algo mais maçante e sem a mesma inventividade dos anteriores. Claire Foy é a terceira atriz a encarnar Lisbeth Salander, e não faz feio, provindo a personagem com a dureza, a tenacidade e a sensualidade requeridas. Apesar dos contras, se você quer apenas um bom filme de ação com background de conspiração, você terá, sendo justo destacar ainda o primoroso trabalho de montagem que o empacota.
Aviso de cenas fortes:
o filme pega pesado as vezes, principalmente entre os 40 e 42 min, onde um personagem com severa mutilação facial é mostrado, com efeito extremamente perturbador. Se preferir, pule essa parte!
The Perfection
3.3 720 Assista AgoraA enredo é bom e surpreende, mas funcionaria melhor se realizado de uma forma que pendesse mais para o sombrio do que para o bizarro. Temas essenciais e pesados da trama, relacionados ao passado das protagonistas, são abordados por breves flashnacks, o que acabou tirando muito do impacto que o filme poderia ter. Esse não é o único problema, mas provavelmente um dos piores. The Perfection pode ser resumido por uma boa história e duas boas atrizes que, infelizmente, caíram nas mãos do diretor errado.
Nós
3.8 2,3K Assista AgoraUma boa ideia dentro de um filme médio. O poder interpretativo de Lupita Nyongo brilha soberano aqui, e as qualidades técnicas, óbvio, são de ponta. O que faltou foram situações realmente aterrorizantes e menos convencionais, já que a trama pende mais para um jogo de gato e rato com briguinhas entre os mocinhos e seus algozes. Há uma reviravolta interessante (só uma, cabe realçar), mas o produto final não chega nem perto de causar o mesmo impacto do filme anterior do diretor.
Polar
3.2 425 Assista AgoraO filme tenta uma mistura interessante: o personagem de Mads Mikkelsen apresenta um lado sério e sombrio, enquanto seus algozes contrastam dando um "colorido" pra coisa. O problema é que, enquanto o primeiro é durão e convincente, os últimos não passam de um bandinho poser que dificilmente alguém levaria a sério como assassinos de aluguel, o que já de cara entrega quem vai se dar mal. Ainda assim, Polar tem seus prós, como a boa montagem, o roteiro decente pro gênero (apesar dos vários clichê a partir da metade), a presença de Vanessa Hudgens e do já citado Mikkelsen, etc... Não dá pra negar que diverte pela ação, mas também não é muito mais do que um sub-Tarantino bem empacotado.
Black Mirror: Bandersnatch
3.5 1,4KBandersnatch pode não ter inventado o conceito de "filme interativo", mas o harmonizou perfeitamente a estética de Black Mirror. Talvez por se focar numa fórmula narrativa desafiadora, a direção não vem sem deslizes, sendo o mais notável a necessidade de voltar para pontos anteriores do enredo quando você toma a decisão "errada", de forma a refazer o percurso. Assim, após algumas más decisões, o ritmo pode se tornar truncado, e a experiência meio cansativa, sendo bom um mínimo de paciência. As atuações são convincentes, o enredo bem interessante, e a trilha sonora conta com bandas / artistas emblemáticos dos anos 80 (a década em que a história se passa e, satisfatoriamente, souberam manter a linguagem moderna de Black Mirror mesmo se utilizando de elementos tão retrôs). Embora imperfeito em sua realização, o filme reintroduz convincentemente a interatividade no cinema e sugere que ela ainda é promissora, ao oferecer um elemento extra a forma tradicional de assistirmos a um filme. Só cabe constar que, como é de se esperar em algo vindo de Black Mirror, Bandersnatch não é para qualquer um.