- CONTÉM SPOILER- Com uma das sequências mais bem orquestrada da temporada, GAME OF THRONES abre seu evento cinematográfico final, cortando-me a testa com tamanha disciplina em edição, explodindo meus olhos com gigantesca qualidade fotográfica e, finalmente, queimando os gastos para próxima temporada com tanta demissão em massa. Para recuperar o fôlego, só tomando um gole de vinho mesmo, ou se jogando pela janela. Pois o episódio estava apenas começando… SHAME-SHAME-SHAME!
Jammie com provocante diálogo com W. Frey, abre muito bem o campo para Arya atuar.
Depois de uma temporada inteira dirigindo o enredo de Arya com mais erros do que acertos… Todos os furos, falhas, enrolações, cenas insatisfatórias e sem um pingo de criatividade adicional, GAME OF THRONES, conserta numa fatia, em uma só facada, todos os problemas com Arya! E acerta pra valer, na verdade, essa tem sido a receita na direção da série em consertar seus erros, o qual chamo de “fator surpresa”. E tem funcionado. Quando achamos que um personagem é deixado de lado, ou substituído por cenas demasiadamente enroladas, ele surge, fantasiado, tirando a máscara e mostrando sua importância.
Sam é outro que vem traçando uma jornada interessante, e que agora nos trouxe um instigante novo cenário para a série. E que lugar incrível, e aqui de novo o “fator surpresa” sendo usado pelos diretores. E novamente a fotografia, direção de arte e efeitos visuais trabalhando muito bem juntos. Estou curioso para saber o que esse majestoso lugar tem a nos oferecer.
O que exatamente é Dorne? Uma casa de chá? Um clube feminista? Eu não sei e, até então, não tenho o menor interesse em saber. Atrizes que não são em um todo, ruim. Mas que foram atrapalhadas pela confusão nos acontecimentos, direção desleixada e falta de papel. As serpentes, infelizmente, até poderiam esguichar algum veneno atrativo, mas não foi dado a elas presas necessárias para tal função.
Para reforçar essa parte fraca da história e odiada por muitos, o roteiro manda Olenna Tyrell ir lá calar a boca delas, e dar uma aula de atuação de “Mulher adulta”. E temos finalmente mais um grande conserto, remendado muito bem com essa grande atriz que é Diana Rigg, com sua alma congelada pela perda de sua família.
Sansa, nessa temporada, demonstra maturidade na atuação, apesar de ser um comentário cruel, Ramsey Bolton teve sua utilidade e, aproveitando, destaco-o como um dos melhores atores dessa temporada.
Lady Mormont... De todas as grandes surpresas dessa temporada, essa pequena garota, é uma das maiores. Puxando, mais uma cena bem trabalha, sua voz cala os maiores e a cena convence. Dando a John o seu atual título.
Red Woman, do qual pensara que teria um enredo maior nessa temporada, é mostrada em sua ultima cena como de fato foi tratada nessa temporada. Os diretores deram-lhe um bom "cavalo", mas simplesmente fizeram ela vazar para o sul.
Confesso que a casa Stark nunca despertou meu interesse, nunca achei Winterfell atrativo o suficiente. Mas o jogo virou e “the winter is HERE”.
Destaco como um dos maiores marcos da série, a união de TYRION LANNISTER e DAENERYS TARGARYEN, em especial nesse episódio. Ambos sentados como velhos amigos fazem um breve resumo de suas conquistas, falam por alto seus medos e anseios… Em seguida, as palavras oficiais do cargo já em exerção são dadas…
Naquele momento, apesar de todas as belas palavras anunciadas sem perder eximiamente as características de cada personagem, a nostalgia é completa de minha parte. Tão ampla que nesse momento, depois de 6 anos acompanhando, essa ocasião simplesmente não precisa de roteiro algum para ser uma das mais especiais de todo esse tempo. Cai sobre mim alguns episódios do passado, desse “pequeno grande Lannister” suportando todo ódio de sua família e preconceito da sociedade. Toda sua jornada. E por igual, vem junto todas as grandes conquistas de Daene. Falo que tal cena não precisa de palavra alguma, pois está claro, com as atuações fora de sério de Peter Dicklage e Emilia Clarke, o que estão sentindo. É visível em seus olhares e gestos, de um com outro, o quão grandioso é esse momento de grande transição, de ir jogar nos grandes jogos.
Dou tanto crédito a essa cena, pois ela mostra a razão de Game Of Thrones ser muito mais que uma série de televisão. A grandeza está no momento em que entretenimento se torna arte, da mais prestigiada qualidade. Onde atores, o escritor e produtores colocam alma em seus trabalhos, nos fazendo torcer visceralmente por nossos personagens. Arte essa que nos inspira, fortalece, identifica, provoca e toca na mais profunda gota do interior de nossa própria, líquida e vulnerável, essência.
Os Dragões estão voando, os navios velejando e, o preto e o vermelho nunca combinaram tão bem com o mar, com o Trono de Ferro e com uma espada bem fincada no peito de Cersei.
Game of Thrones (6ª Temporada)
4.6 1,6K- CONTÉM SPOILER-
Com uma das sequências mais bem orquestrada da temporada, GAME OF THRONES abre seu evento cinematográfico final, cortando-me a testa com tamanha disciplina em edição, explodindo meus olhos com gigantesca qualidade fotográfica e, finalmente, queimando os gastos para próxima temporada com tanta demissão em massa. Para recuperar o fôlego, só tomando um gole de vinho mesmo, ou se jogando pela janela. Pois o episódio estava apenas começando… SHAME-SHAME-SHAME!
Jammie com provocante diálogo com W. Frey, abre muito bem o campo para Arya atuar.
Depois de uma temporada inteira dirigindo o enredo de Arya com mais erros do que acertos… Todos os furos, falhas, enrolações, cenas insatisfatórias e sem um pingo de criatividade adicional, GAME OF THRONES, conserta numa fatia, em uma só facada, todos os problemas com Arya! E acerta pra valer, na verdade, essa tem sido a receita na direção da série em consertar seus erros, o qual chamo de “fator surpresa”. E tem funcionado. Quando achamos que um personagem é deixado de lado, ou substituído por cenas demasiadamente enroladas, ele surge, fantasiado, tirando a máscara e mostrando sua importância.
Sam é outro que vem traçando uma jornada interessante, e que agora nos trouxe um instigante novo cenário para a série. E que lugar incrível, e aqui de novo o “fator surpresa” sendo usado pelos diretores. E novamente a fotografia, direção de arte e efeitos visuais trabalhando muito bem juntos. Estou curioso para saber o que esse majestoso lugar tem a nos oferecer.
O que exatamente é Dorne? Uma casa de chá? Um clube feminista? Eu não sei e, até então, não tenho o menor interesse em saber. Atrizes que não são em um todo, ruim. Mas que foram atrapalhadas pela confusão nos acontecimentos, direção desleixada e falta de papel. As serpentes, infelizmente, até poderiam esguichar algum veneno atrativo, mas não foi dado a elas presas necessárias para tal função.
Para reforçar essa parte fraca da história e odiada por muitos, o roteiro manda Olenna Tyrell ir lá calar a boca delas, e dar uma aula de atuação de “Mulher adulta”. E temos finalmente mais um grande conserto, remendado muito bem com essa grande atriz que é Diana Rigg, com sua alma congelada pela perda de sua família.
Sansa, nessa temporada, demonstra maturidade na atuação, apesar de ser um comentário cruel, Ramsey Bolton teve sua utilidade e, aproveitando, destaco-o como um dos melhores atores dessa temporada.
Lady Mormont... De todas as grandes surpresas dessa temporada, essa pequena garota, é uma das maiores. Puxando, mais uma cena bem trabalha, sua voz cala os maiores e a cena convence. Dando a John o seu atual título.
Red Woman, do qual pensara que teria um enredo maior nessa temporada, é mostrada em sua ultima cena como de fato foi tratada nessa temporada. Os diretores deram-lhe um bom "cavalo", mas simplesmente fizeram ela vazar para o sul.
Confesso que a casa Stark nunca despertou meu interesse, nunca achei Winterfell atrativo o suficiente. Mas o jogo virou e “the winter is HERE”.
Destaco como um dos maiores marcos da série, a união de TYRION LANNISTER e DAENERYS TARGARYEN, em especial nesse episódio. Ambos sentados como velhos amigos fazem um breve resumo de suas conquistas, falam por alto seus medos e anseios… Em seguida, as palavras oficiais do cargo já em exerção são dadas…
Naquele momento, apesar de todas as belas palavras anunciadas sem perder eximiamente as características de cada personagem, a nostalgia é completa de minha parte. Tão ampla que nesse momento, depois de 6 anos acompanhando, essa ocasião simplesmente não precisa de roteiro algum para ser uma das mais especiais de todo esse tempo. Cai sobre mim alguns episódios do passado, desse “pequeno grande Lannister” suportando todo ódio de sua família e preconceito da sociedade. Toda sua jornada. E por igual, vem junto todas as grandes conquistas de Daene. Falo que tal cena não precisa de palavra alguma, pois está claro, com as atuações fora de sério de Peter Dicklage e Emilia Clarke, o que estão sentindo. É visível em seus olhares e gestos, de um com outro, o quão grandioso é esse momento de grande transição, de ir jogar nos grandes jogos.
Dou tanto crédito a essa cena, pois ela mostra a razão de Game Of Thrones ser muito mais que uma série de televisão. A grandeza está no momento em que entretenimento se torna arte, da mais prestigiada qualidade. Onde atores, o escritor e produtores colocam alma em seus trabalhos, nos fazendo torcer visceralmente por nossos personagens. Arte essa que nos inspira, fortalece, identifica, provoca e toca na mais profunda gota do interior de nossa própria, líquida e vulnerável, essência.
Os Dragões estão voando, os navios velejando e, o preto e o vermelho nunca combinaram tão bem com o mar, com o Trono de Ferro e com uma espada bem fincada no peito de Cersei.