Roteiro fraco, diálogos péssimos, direção horrorosa, atuações medianas. É só pra quem gosta do Keanu Reeves e está com saudade da cara de desesperado do Theon Greyjoy.
Ainda que a narrativa não tenha uma estrutura clara, não haja progressão da personagem, pontos de virada, etc, o filma captura - com primor - o sentimento de torpor (numbness) e o caráter blasé do protagonista. Talvez pudesse ser um pouco mais curto.
Fotografia e direção de arte impecáveis. Enquadramentos, ângulos e movimentações de câmera precisos, seguindo à risca a cartilha do Cinema Clássico. História adaptada de mito grego. Crítica pontual à maneira como lidamos com pessoas desaparecidas. Visão estrangeira estereotipada ou representação caricatural deliberadamente assumida sobre nossa "brasilidade". O filme é interessante, serve para estudo, mas a escolha por atuações de papagaios (movimentações bizarras, vozes esganiçadas irritantes) o torna risível e, em vários momentos, difícil de suportar.
À parte algumas forçações de barra, furos de lógica, diálogos risíveis e erros na produção de foleys, o filme tem várias qualidades e merece ser assistido no cinema. A belíssima fotografia de Roger Deakins, as ótimas atuações de Benicio Del Toro e Josh Brolin, a atuação competente de Emily Blunt, e os momentos de tensão na narrativa garantem que você fique grudado na tela e não queira perder nenhum detalhe.
Como um amante da ficção-fantástica (daquelas que tiram a gente da realidade ou que a criticam sem a esfregarem na nossa cara), assistir a este filme é uma experiência sofrível.
O filme busca um naturalismo extremo, quase adquirindo uma estética documental. A direção de fotografia é quase imperceptível, como se não houvesse iluminação artificial em qualquer cena. Se isso foi uma opção estética, ok, mas confere ao filme um visual bastante amador ou, no máximo, uma cara de documentário gravado com DSLR. Mais uma vez, se era esse o objetivo, ele realmente o alcança. Eu, particularmente, prefiro visuais mais estilizados, onde se percebe um claro tratamento da imagem no sentido de ser verossímil, porém nada naturalista. Enfim, gosto de bastante cor, bastante contraste, e não dessa imagem de dia a dia empregada no filme.
Do mesmo modo, a impressão que tenho, com relação à direção de arte, é que ela se resumiu a usar o que já existia nas próprias locações, e eu não me surpreenderia se elas fossem casas de parentes ou amigos. Aquele excesso de paredes brancas é um horror.
As atuações são no máximo medianas, ficando a exceção por conta do Irandhir Santos, o único ator que realmente convence no papel; além dos flanelinhas que, se não forem flanelinhas na vida real, merecem o Oscar. O segurança caolho também está bem; mas provavelmente não é um ator profissional, assim como a maioria dos demais. Claramente faltou uma preparação de elenco de qualidade neste filme.
O roteiro não segue uma estrutura padrão, e por isso chega a incomodar, como se não fosse para frente. Acredito que isso é proposital, uma tentativa de se assemelhar à vida real. Entretanto, vários diálogos soam forçados. Os atores chegam a engasgar na hora de dar o texto; e, embora o diretor tenha permitido esses erros no corte final, isso não chega a parecer autêntico.
Na minha humilde opinião, há vários planos medíocres e também um problema seríssimo de escolha com relação às movimentações de câmera. Gostaria que alguém me explicasse essas escolhas. Os - maus - usos da profundidade de campo também são completamente injustificados.
Vale comentar duas cenas. A primeira, ótima, é quando o casal sem sal chega ao cinema em ruínas e temos uma sensação cinematográfica completa apenas por meio do som. A segunda cena vem logo na sequência, quando o protagonista está na cachoeira e subitamente a água vira sangue. Achei péssima e completamente injustificada, já que em nenhum momento do filme há uma opção pela fantasia, de modo que isso destoa da obra como um todo.
Por fim, o filme é bom, e por isso dei 3,5 como nota. Mas eu não gostei e não veria de novo. Talvez isso não faça muito sentido, mas entra aqui uma questão de gosto pessoal em relação à estética utilizada. O tema em si não me incomoda nem um pouco; até aprecio. Mas a forma como foi realizado é outra história.
Direção de Arte impecável, Fotografia belíssima, atuações corretas. Ainda que o roteiro seja previsível em vários pontos e que o filme se utilize de clichês cinematográficos do nível de cortar uma cena no exato momento em que soa o barulho de uma porta de carro batendo na próxima; e ainda que o filme seja verborrágico ao extremo (em 3:16 h de filme eu diria que apenas uns 20 minutos são de cenas sem diálogos), ele consegue capturar muito bem todas aquelas confusões, sensações e irritações pelas quais passamos nos vários tipos de relacionamento que enfrentamos durante a vida.
Eu não li o romance homônimo do Dostoiévski, mas esse filme conseguiu a façanha de me deixar com vontade de lê-lo. Gostei muito, apesar da cansativa fotografia azul e laranja. A direção de arte, porém, está impecável. E a atuação do Eisenberg está muito boa também.
O roteiro é péssimo, se é que se pode dizer que há um. O diretor não conhece a linguagem cinematográfica, não sabe fazer enquadramento, não tem noção de composição, nem de ângulo. O fotógrafo desconhece a palavra foco. O registro da câmera parece que foi feito por uma criança de seis anos. Não há antagonista; mas há vários personagens sem sentido ou mal utilizados. A edição também é precária. Enfim, vou dar nota 1 porque o filme é claramente amador, mas tem boa vontade. Não acho que o diretor escolheu fazer algo extremamente ruim, ele apenas não tinha a menor ideia do que estava fazendo.
Mais do mesmo. A sensação é que eu já vi esse plot diversas vezes no cinema. E realmente vi, no próprio Vingadores 1, por exemplo. Se agora eles enfrentam uma horda de robôs controlada por uma máquina incapaz de discernir paz para a humanidade de extinção da humanidade (sério, esse é o plot mais comum da ficção-científica de robôs), antes era uma horda de alienígenas tentando destruir tudo o que a humanidade significa (e ainda por cima com o clichê dos clichês: destrua a "rainha" e todos os soldados param). Enfim, de novo a mesma história, contada com outros vilões, ainda inumanos porque os superheróis não podem bater e fazer sangrar e matar outros humanos se os produtores quiserem pegar classificação indicativa para 13 anos. Mas destruir cidades inteiras e não causar a morte de uma única pessoa pode, à vontade. É a suspensão da descrença em seu nível máximo. Acho que até um filme de fantasia é capaz de ser mais "real". No fundo, como diz o Gavião Arqueiro, são tudo uns bonecos mesmo.
Grandiloquente, com um plot simples porém confuso em alguns momentos de sua adaptação visual, animação impecável e paisagens cyberpunk deslumbrantes e visionárias (o filme foi feito em 1988). Lembra aventuras megalomaníacas de RPG e arcos extremos da Marvel, como o Massacre.
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Jason Bourne
3.5 460 Assista AgoraMais do mesmíssimo mesmo de sempre repetido ad eternum.
John Wick: De Volta ao Jogo
3.8 1,8K Assista AgoraRoteiro fraco, diálogos péssimos, direção horrorosa, atuações medianas. É só pra quem gosta do Keanu Reeves e está com saudade da cara de desesperado do Theon Greyjoy.
Cavaleiro de Copas
3.2 413 Assista AgoraAinda que a narrativa não tenha uma estrutura clara, não haja progressão da personagem, pontos de virada, etc, o filma captura - com primor - o sentimento de torpor (numbness) e o caráter blasé do protagonista. Talvez pudesse ser um pouco mais curto.
Guardiões da Noite
2.8 104A premissa do livro parece ser interessante. A execução do filme é um horror.
Orfeu do Carnaval
3.7 123 Assista AgoraFotografia e direção de arte impecáveis. Enquadramentos, ângulos e movimentações de câmera precisos, seguindo à risca a cartilha do Cinema Clássico. História adaptada de mito grego. Crítica pontual à maneira como lidamos com pessoas desaparecidas. Visão estrangeira estereotipada ou representação caricatural deliberadamente assumida sobre nossa "brasilidade". O filme é interessante, serve para estudo, mas a escolha por atuações de papagaios (movimentações bizarras, vozes esganiçadas irritantes) o torna risível e, em vários momentos, difícil de suportar.
Sicario: Terra de Ninguém
3.7 942 Assista AgoraÀ parte algumas forçações de barra, furos de lógica, diálogos risíveis e erros na produção de foleys, o filme tem várias qualidades e merece ser assistido no cinema. A belíssima fotografia de Roger Deakins, as ótimas atuações de Benicio Del Toro e Josh Brolin, a atuação competente de Emily Blunt, e os momentos de tensão na narrativa garantem que você fique grudado na tela e não queira perder nenhum detalhe.
O Som ao Redor
3.8 1,1K Assista AgoraComo um amante da ficção-fantástica (daquelas que tiram a gente da realidade ou que a criticam sem a esfregarem na nossa cara), assistir a este filme é uma experiência sofrível.
O filme busca um naturalismo extremo, quase adquirindo uma estética documental. A direção de fotografia é quase imperceptível, como se não houvesse iluminação artificial em qualquer cena. Se isso foi uma opção estética, ok, mas confere ao filme um visual bastante amador ou, no máximo, uma cara de documentário gravado com DSLR. Mais uma vez, se era esse o objetivo, ele realmente o alcança. Eu, particularmente, prefiro visuais mais estilizados, onde se percebe um claro tratamento da imagem no sentido de ser verossímil, porém nada naturalista. Enfim, gosto de bastante cor, bastante contraste, e não dessa imagem de dia a dia empregada no filme.
Do mesmo modo, a impressão que tenho, com relação à direção de arte, é que ela se resumiu a usar o que já existia nas próprias locações, e eu não me surpreenderia se elas fossem casas de parentes ou amigos. Aquele excesso de paredes brancas é um horror.
As atuações são no máximo medianas, ficando a exceção por conta do Irandhir Santos, o único ator que realmente convence no papel; além dos flanelinhas que, se não forem flanelinhas na vida real, merecem o Oscar. O segurança caolho também está bem; mas provavelmente não é um ator profissional, assim como a maioria dos demais. Claramente faltou uma preparação de elenco de qualidade neste filme.
O roteiro não segue uma estrutura padrão, e por isso chega a incomodar, como se não fosse para frente. Acredito que isso é proposital, uma tentativa de se assemelhar à vida real. Entretanto, vários diálogos soam forçados. Os atores chegam a engasgar na hora de dar o texto; e, embora o diretor tenha permitido esses erros no corte final, isso não chega a parecer autêntico.
Na minha humilde opinião, há vários planos medíocres e também um problema seríssimo de escolha com relação às movimentações de câmera. Gostaria que alguém me explicasse essas escolhas. Os - maus - usos da profundidade de campo também são completamente injustificados.
Vale comentar duas cenas. A primeira, ótima, é quando o casal sem sal chega ao cinema em ruínas e temos uma sensação cinematográfica completa apenas por meio do som. A segunda cena vem logo na sequência, quando o protagonista está na cachoeira e subitamente a água vira sangue. Achei péssima e completamente injustificada, já que em nenhum momento do filme há uma opção pela fantasia, de modo que isso destoa da obra como um todo.
Por fim, o filme é bom, e por isso dei 3,5 como nota. Mas eu não gostei e não veria de novo. Talvez isso não faça muito sentido, mas entra aqui uma questão de gosto pessoal em relação à estética utilizada. O tema em si não me incomoda nem um pouco; até aprecio. Mas a forma como foi realizado é outra história.
Sono de Inverno
4.0 133 Assista AgoraDireção de Arte impecável, Fotografia belíssima, atuações corretas. Ainda que o roteiro seja previsível em vários pontos e que o filme se utilize de clichês cinematográficos do nível de cortar uma cena no exato momento em que soa o barulho de uma porta de carro batendo na próxima; e ainda que o filme seja verborrágico ao extremo (em 3:16 h de filme eu diria que apenas uns 20 minutos são de cenas sem diálogos), ele consegue capturar muito bem todas aquelas confusões, sensações e irritações pelas quais passamos nos vários tipos de relacionamento que enfrentamos durante a vida.
O Duplo
3.5 518 Assista AgoraEu não li o romance homônimo do Dostoiévski, mas esse filme conseguiu a façanha de me deixar com vontade de lê-lo. Gostei muito, apesar da cansativa fotografia azul e laranja. A direção de arte, porém, está impecável. E a atuação do Eisenberg está muito boa também.
Eu Te Amo Renato
3.2 152O roteiro é péssimo, se é que se pode dizer que há um. O diretor não conhece a linguagem cinematográfica, não sabe fazer enquadramento, não tem noção de composição, nem de ângulo. O fotógrafo desconhece a palavra foco. O registro da câmera parece que foi feito por uma criança de seis anos. Não há antagonista; mas há vários personagens sem sentido ou mal utilizados. A edição também é precária. Enfim, vou dar nota 1 porque o filme é claramente amador, mas tem boa vontade. Não acho que o diretor escolheu fazer algo extremamente ruim, ele apenas não tinha a menor ideia do que estava fazendo.
Vingadores: Era de Ultron
3.7 3,0K Assista AgoraMais do mesmo. A sensação é que eu já vi esse plot diversas vezes no cinema. E realmente vi, no próprio Vingadores 1, por exemplo. Se agora eles enfrentam uma horda de robôs controlada por uma máquina incapaz de discernir paz para a humanidade de extinção da humanidade (sério, esse é o plot mais comum da ficção-científica de robôs), antes era uma horda de alienígenas tentando destruir tudo o que a humanidade significa (e ainda por cima com o clichê dos clichês: destrua a "rainha" e todos os soldados param). Enfim, de novo a mesma história, contada com outros vilões, ainda inumanos porque os superheróis não podem bater e fazer sangrar e matar outros humanos se os produtores quiserem pegar classificação indicativa para 13 anos. Mas destruir cidades inteiras e não causar a morte de uma única pessoa pode, à vontade. É a suspensão da descrença em seu nível máximo. Acho que até um filme de fantasia é capaz de ser mais "real". No fundo, como diz o Gavião Arqueiro, são tudo uns bonecos mesmo.
O Nascimento de uma Nação
3.0 230Filme odioso. Porém fundamental para a História do Cinema.
Akira
4.3 868 Assista AgoraGrandiloquente, com um plot simples porém confuso em alguns momentos de sua adaptação visual, animação impecável e paisagens cyberpunk deslumbrantes e visionárias (o filme foi feito em 1988). Lembra aventuras megalomaníacas de RPG e arcos extremos da Marvel, como o Massacre.