muito bom!!!!! a decisão por trazer a fala justamente das pessoas que ajudaram a criar essas ferramentas foi um ponto muito acertado, afinal, nada melhor do que ouvir a história da boca de quem estava lá, não é? e os depoimentos são de fato interessantíssimos, e sim, muitas vezes assustadores.
só não gostei tanto da parte dramatizada, mais especificamente dos "algoritmos" antropomorfizados naqueles três caras. o "plot" da menina adolescente é legalzinho, contudo. também acho que faltou clareza em alguns pontos, deixam de explicar conceitos que na minha concepção seriam necessários, se formos levar em conta que o intuito do filme é informar principalmente aqueles que não fazem ideia da extensão do problema - ou mesmo da existência dele. coisas como o caso pizzagate, ou mesmo a própria ideia de algoritmo, poderiam ser ter sido abordadas de uma maneira muito mais didática. mas ainda assim é um filme muito legal, um pouco chocante, e, mais do que necessário, obrigatório.
AH MAS TODO ESSE ROLÊ, essa experiência mística transcedental sublime filosófica sobrenatural química estética libertadora quântica brilhante colorida sua-vida-inteira-passando-na-sua-frente, quase três horas de filme, tudo isso, pra no final o maluco
meu deus do céu quanta bobeira, quanto clichê, quanto furo nesse roteiro, socorro.
a primeira metade do filme é interessante porque não entrega o plot de bandeja, tem uma pegada de terror psicológico onde você fica se perguntando o que é real e o que é delírio da personagem, se o cara morreu mesmo, se ela está enlouquecendo... até aí, me prendeu. depois vira tudo uma bagunça só, um roteiro confuso e forçado que dá muitas voltas e não chega a lugar nenhum, e que, quando chega, faz você querer que não tivesse chegado, porque o desfecho é simplesmente... ruim.
e a tal da "mensagem feminista" tem a profundidade de um pires. no fim das contas, é só mais um enlatado querendo surfar na onda da pauta do momento.
é um bom filme, contudo, seis anos depois, eu não sei se causa o mesmo impacto que provavelmente teve quando foi lançado. isso porque na época todo o caso foi abordado à exaustão nos mais diversos veículos de mídia, e se você não passou esse tempo todo vivendo em baixo de uma pedra, é bem provável que já saiba a história toda ou boa parte dela, de modo que o filme, hoje, não funciona tanto como meio informativo. contudo, é uma ótima oportunidade para ouvir a história da boca do próprio snowden, e uma iniciativa interessante de humanizar esse personagem que muitos não conhecem tão bem.
nossa esse é muito melhor do que o primeiro, ainda que eu pense que o primeiro cumpre sua função de apresentar o expurgo em uma realidade mais limitada, fazendo um recorte mais específico. agora, aqui é outra história, o negócio fica doido e a gente consegue ter uma ideia melhor do que a noite do expurgo representa dentro do contexto da sociedade americana e de seus diversos agentes. saímos um pouco do mundo de faz-de-conta dos ricos e vemos algo da vida real, da crueza das ruas e da experiência das pessoas comuns. talvez por isso essa continuação tenda a assustar bem mais do que o primeiro filme. os personagens também são bem melhor desenvolvidos aqui, além do roteiro que tem uns twists até que interessantes. a penúltima sequência é uma das melhores, pois expõe a real razão para o expurgo existir:
o controle da população pela própria população, de modo que esta se auto-regularia anualmente (quase) sem necessidade de intervenção de órgãos governamentais.
teria sido infinitamente melhor se o mike flanagan tivesse decidido se ia fazer uma continuação do filme do kubrick ou uma adaptação do livro do stephen king. ficou em cima do muro e, na boa, não funcionou muito, não. o filme é muito longo, o que em si não seria um problema, mas nesse caso me parece que não havia necessidade para tanto, visto que alguns arcos, adaptados do livro, não tiveram um desenvolvimento satisfatório no filme e, na minha opinião, não precisavam estar ali, não acrescentam em nada na experiência. chega a ser irritante o quanto o roteiro te faz crer que algum personagem ou situação vão ter alguma importância para a história como um todo e no fim das contas você sente que foi só tempo de tela desperdiçado. flanagan não teve o culhão que o kubrick teve para adaptar como bem entendesse e cortar o que quisesse do livro, criando uma narrativa outra, uma coisa mais fílmica, talvez. tanto é que o stephen king odiou o filme do kubrick, foi uma briga que o diretor escolheu comprar mesmo. aqui me parece que faltou pulso, e o resultado foi um filme mal resolvido, perdido entre duas obras, duas mídias e dois criadores (muito) diferentes.
é interessante, mostra bem essa ilusão de segurança que os ricos mantém, por estarem isolados no conforto de suas mansões, onde teoricamente nenhum mal do mundo os poderia alcançar. the purge nos diz que, em uma sociedade doente, não pode haver garantia alguma de segurança para o cidadão, seja ele pobre ou rico. é claro que, nesse contexto, o pobre sempre vai estar mais vulnerável que o rico, e isso o filme expõe desde o começo. mas penso que, pra mim, a crítica vai além: é sobre a romantização da barbárie e o cultivo da violência como válvula de escape, um sistema que celebra os instintos mais abjetos do ser humano. nessa versão distópica dos estados unidos (lembrando que muitas vezes a distopia não está afastada da realidade, pelo contrário: a distopia poder ser o aqui e o agora) sentimentos corriqueiros como a inveja ganham corpo e, amparados pela constituição, tornam-se motivação para que alguém se sinta no direito de, sei lá, tentar executar seu vizinho e toda a família dele. ou então abre-se um espaço que legitima o ódio de raça e de classe.
dito isso, apesar de uma premissa boa, o filme tecnicamente tem defeitos, sim. o roteiro é excessivamente previsível, não há twists, o suspense não é satisfatório, a construção dos personagens quase não existe... de positivo: as cenas de ação/violência são legais e a performance dos atores é ok, destacando, especialmente, o playboyzinho da máscara e a lena headey que pra mim é a melhor, de longe.
um filme sobre o sistema capitalista e sua capacidade arrebatadora de desumanizar as pessoas, tirando-lhes tudo até que o que reste não seja mais que um fiapo humano. a sequência final é incrível, de apertar o coração e fazer pensar em quantas vezes coisas como essas não acontecem, todos os dias, ao redor do mundo.
essa divisão de duas fases muito diferentes da história. a primeira metade te faz acreditar que o filme vai puxar pra um lado quando, do meio pro final, ele vai pra um lugar totalmente diferente. a marjorie estiano tá incrível e na minha opinião rolou uma sub-utilização da personagem dela, que teve um fim prematuro na trama. pensei que o filme ia girar mais entorno da relação estranha dessas duas mulheres, o mistério por trás do sonambulismo da ana, essa gravidez "amaldiçoada", tudo numa pegada mais puxada pro terror que domina a primeira fase do filme. aquela coisa que te deixa apreensiva mais pelo mistério, pela sugestão da coisa, do que pela coisa em si. quando o filme decide abrir muito a trama do menino-lobisomem e de sua mãe, não sei, acho que se perde um pouco no roteiro e, consequentemente, o filme perde também um pouco da força que tinha no começo.
"o que é a vida? é o princípio da morte. o que é a morte? é o fim da vida. o que é a existência? é a continuidade do sangue. o que é o sangue? é a razão da existência."
fatih akin é foda né, coloca o dedo na ferida, mas coloca com muita classe. pra mim é sempre muito chocante me deparar com a noção desses crimes de ódio e da herança ainda bastante viva do nazifascismo no mundo, mas principalmente na alemanha. é um filme bastante denso e a diane kruger entrega demais, demais, demais, você sente a dor dela a cada momento. veja se estiver bem, ou então se quiser aprofundar a bad.
tenho que dizer que eu já meio que esperava aquele final. na tentativa de suicídio dela na banheira, ela se detém apenas pelo telefonema do advogado e a consequente possibilidade de ver os assassinos condenados. quando isso não acontece, ela volta a querer morrer, e aproveita oportunidade para dar o troco. é o único final possível, já que ela não conseguiria viver sabendo que eles estavam livres, e tampouco conseguiria passar pela humilhação de ser julgada por um crime que, para ela, não havia escolha a não ser cometer.
fiquei com a sensação de que poderia ter sido muito mais memorável porque a ideia em si é de fato muito boa, mas na minha opinião foi mal desenvolvida. rihanna é maravilhosa, mas atuando não convence lá muito não, e eu senti falta do donald glover atuando como donald glover, não sei até que ponto a figura do childish gambino casou muito bem ali na história. nesse ponto, aliás, achei bem confuso de entender a proposta do filme. tem também uma questão político-social forte mas que foi abordada de forma muito rasa, quase inocente.
tipo, sério que o cara sofre um assassinato praticamente na frente da ilha toda e no dia seguinte a galera tá lá de boa cantando e dançando, ninguém demonstra um mínimo de revolta ou mesmo tristeza pelo que houve? daí a namorada dele tá lá toda lacradora no funeral, chega pro assassino tipo "viu ó, conseguimos nosso dia de folga hein rsrsrsrs", sério isso, brasil? nem ela demonstra um pingo de raiva, nada? sei lá, eu entendo essa coisa de que culturas diferentes vão lidar com a morte de maneira diferente, menos dramática e tal, mas caramba o cara foi literalmente assassinado por questões políticas, por defender o direito das pessoas de se divertirem e terem um dia de paz só pra variar. parece que ninguém leva isso em conta, achei meio bizarrinho
A Noite de 12 Anos
4.3 302 Assista Agoraum filme, mais do que tudo, sobre humanidade - e sobre o que sobra quando não sobra mais nada. chorei igual criança no final
Viva: A Vida é Uma Festa
4.5 2,5K Assista Agorachorei copiosamente
(e que bom ver que não fui a única!!!)
O Dilema das Redes
4.0 594 Assista Agoramuito bom!!!!! a decisão por trazer a fala justamente das pessoas que ajudaram a criar essas ferramentas foi um ponto muito acertado, afinal, nada melhor do que ouvir a história da boca de quem estava lá, não é? e os depoimentos são de fato interessantíssimos, e sim, muitas vezes assustadores.
só não gostei tanto da parte dramatizada, mais especificamente dos "algoritmos" antropomorfizados naqueles três caras. o "plot" da menina adolescente é legalzinho, contudo. também acho que faltou clareza em alguns pontos, deixam de explicar conceitos que na minha concepção seriam necessários, se formos levar em conta que o intuito do filme é informar principalmente aqueles que não fazem ideia da extensão do problema - ou mesmo da existência dele. coisas como o caso pizzagate, ou mesmo a própria ideia de algoritmo, poderiam ser ter sido abordadas de uma maneira muito mais didática. mas ainda assim é um filme muito legal, um pouco chocante, e, mais do que necessário, obrigatório.
As Praias de Agnès
4.4 64 Assista Agoraagnès varda era preciosa demais para esse mundo
As Lágrimas Amargas de Petra Von Kant
4.2 103"gin, marlene, gin!"
Má Educação
4.2 1,1K Assista Agorarevi hoje depois de anos e pra mim ainda é um dos melhores do almodóvar
Enter The Void: Viagem Alucinante
4.0 871 Assista AgoraAH MAS TODO ESSE ROLÊ, essa experiência mística transcedental sublime filosófica sobrenatural química estética libertadora quântica brilhante colorida sua-vida-inteira-passando-na-sua-frente, quase três horas de filme, tudo isso, pra no final o maluco
acabar reencarnando só pra finalmente conseguir mamar a irmã. kkkkkk
Visages, Villages
4.4 160 Assista Agora"eu não te vejo muito bem, mas te vejo. vamos olhar o lago?"
O Homem Invisível
3.8 2,0K Assista Agorameu deus do céu quanta bobeira, quanto clichê, quanto furo nesse roteiro, socorro.
a primeira metade do filme é interessante porque não entrega o plot de bandeja, tem uma pegada de terror psicológico onde você fica se perguntando o que é real e o que é delírio da personagem, se o cara morreu mesmo, se ela está enlouquecendo... até aí, me prendeu. depois vira tudo uma bagunça só, um roteiro confuso e forçado que dá muitas voltas e não chega a lugar nenhum, e que, quando chega, faz você querer que não tivesse chegado, porque o desfecho é simplesmente... ruim.
e a tal da "mensagem feminista" tem a profundidade de um pires. no fim das contas, é só mais um enlatado querendo surfar na onda da pauta do momento.
Cidadãoquatro
4.2 146é um bom filme, contudo, seis anos depois, eu não sei se causa o mesmo impacto que provavelmente teve quando foi lançado. isso porque na época todo o caso foi abordado à exaustão nos mais diversos veículos de mídia, e se você não passou esse tempo todo vivendo em baixo de uma pedra, é bem provável que já saiba a história toda ou boa parte dela, de modo que o filme, hoje, não funciona tanto como meio informativo. contudo, é uma ótima oportunidade para ouvir a história da boca do próprio snowden, e uma iniciativa interessante de humanizar esse personagem que muitos não conhecem tão bem.
Repulsa ao Sexo
4.0 461 Assista Agoradenso até dizer chega, envolvente, melancólico. e uma performance arrasadora da catherine deneuve.
Uma Noite de Crime: Anarquia
3.5 1,2K Assista Agoranossa esse é muito melhor do que o primeiro, ainda que eu pense que o primeiro cumpre sua função de apresentar o expurgo em uma realidade mais limitada, fazendo um recorte mais específico. agora, aqui é outra história, o negócio fica doido e a gente consegue ter uma ideia melhor do que a noite do expurgo representa dentro do contexto da sociedade americana e de seus diversos agentes. saímos um pouco do mundo de faz-de-conta dos ricos e vemos algo da vida real, da crueza das ruas e da experiência das pessoas comuns. talvez por isso essa continuação tenda a assustar bem mais do que o primeiro filme. os personagens também são bem melhor desenvolvidos aqui, além do roteiro que tem uns twists até que interessantes. a penúltima sequência é uma das melhores, pois expõe a real razão para o expurgo existir:
o controle da população pela própria população, de modo que esta se auto-regularia anualmente (quase) sem necessidade de intervenção de órgãos governamentais.
Doutor Sono
3.7 1,0K Assista Agorateria sido infinitamente melhor se o mike flanagan tivesse decidido se ia fazer uma continuação do filme do kubrick ou uma adaptação do livro do stephen king. ficou em cima do muro e, na boa, não funcionou muito, não. o filme é muito longo, o que em si não seria um problema, mas nesse caso me parece que não havia necessidade para tanto, visto que alguns arcos, adaptados do livro, não tiveram um desenvolvimento satisfatório no filme e, na minha opinião, não precisavam estar ali, não acrescentam em nada na experiência. chega a ser irritante o quanto o roteiro te faz crer que algum personagem ou situação vão ter alguma importância para a história como um todo e no fim das contas você sente que foi só tempo de tela desperdiçado. flanagan não teve o culhão que o kubrick teve para adaptar como bem entendesse e cortar o que quisesse do livro, criando uma narrativa outra, uma coisa mais fílmica, talvez. tanto é que o stephen king odiou o filme do kubrick, foi uma briga que o diretor escolheu comprar mesmo. aqui me parece que faltou pulso, e o resultado foi um filme mal resolvido, perdido entre duas obras, duas mídias e dois criadores (muito) diferentes.
Uma Noite de Crime
3.2 2,2K Assista Agoraé interessante, mostra bem essa ilusão de segurança que os ricos mantém, por estarem isolados no conforto de suas mansões, onde teoricamente nenhum mal do mundo os poderia alcançar. the purge nos diz que, em uma sociedade doente, não pode haver garantia alguma de segurança para o cidadão, seja ele pobre ou rico. é claro que, nesse contexto, o pobre sempre vai estar mais vulnerável que o rico, e isso o filme expõe desde o começo. mas penso que, pra mim, a crítica vai além: é sobre a romantização da barbárie e o cultivo da violência como válvula de escape, um sistema que celebra os instintos mais abjetos do ser humano. nessa versão distópica dos estados unidos (lembrando que muitas vezes a distopia não está afastada da realidade, pelo contrário: a distopia poder ser o aqui e o agora) sentimentos corriqueiros como a inveja ganham corpo e, amparados pela constituição, tornam-se motivação para que alguém se sinta no direito de, sei lá, tentar executar seu vizinho e toda a família dele. ou então abre-se um espaço que legitima o ódio de raça e de classe.
dito isso, apesar de uma premissa boa, o filme tecnicamente tem defeitos, sim. o roteiro é excessivamente previsível, não há twists, o suspense não é satisfatório, a construção dos personagens quase não existe... de positivo: as cenas de ação/violência são legais e a performance dos atores é ok, destacando, especialmente, o playboyzinho da máscara e a lena headey que pra mim é a melhor, de longe.
Você Não Estava Aqui
4.1 242 Assista Agoraum filme sobre o sistema capitalista e sua capacidade arrebatadora de desumanizar as pessoas, tirando-lhes tudo até que o que reste não seja mais que um fiapo humano. a sequência final é incrível, de apertar o coração e fazer pensar em quantas vezes coisas como essas não acontecem, todos os dias, ao redor do mundo.
As Boas Maneiras
3.5 647 Assista Agoraé um bom filme, mas fiquei um pouco frustrada com
essa divisão de duas fases muito diferentes da história. a primeira metade te faz acreditar que o filme vai puxar pra um lado quando, do meio pro final, ele vai pra um lugar totalmente diferente. a marjorie estiano tá incrível e na minha opinião rolou uma sub-utilização da personagem dela, que teve um fim prematuro na trama. pensei que o filme ia girar mais entorno da relação estranha dessas duas mulheres, o mistério por trás do sonambulismo da ana, essa gravidez "amaldiçoada", tudo numa pegada mais puxada pro terror que domina a primeira fase do filme. aquela coisa que te deixa apreensiva mais pelo mistério, pela sugestão da coisa, do que pela coisa em si. quando o filme decide abrir muito a trama do menino-lobisomem e de sua mãe, não sei, acho que se perde um pouco no roteiro e, consequentemente, o filme perde também um pouco da força que tinha no começo.
Eu, Daniel Blake
4.3 532 Assista Agoraeu não tava preparada pra essa porrada
A Mulher de Todos
3.9 68não posso negar: adorei conhecer ângela carne e osso, a cantora bêbada, hipnotizadora fracassada, a ultrapoderosa inimiga número 1 dos homens.
O Cangaceiro
3.8 77"eu faço uma boa obra todo ano que é pra deus não esquecer de mim. você é a minha boa obra do ano."
O Beijo no Asfalto
4.1 95socorro não acho em lugar nenhum, como vocês viram?
À Meia-Noite Levarei Sua Alma
3.9 286 Assista Agora"o que é a vida? é o princípio da morte. o que é a morte? é o fim da vida. o que é a existência? é a continuidade do sangue. o que é o sangue? é a razão da existência."
Em Pedaços
3.9 235 Assista Agorafatih akin é foda né, coloca o dedo na ferida, mas coloca com muita classe. pra mim é sempre muito chocante me deparar com a noção desses crimes de ódio e da herança ainda bastante viva do nazifascismo no mundo, mas principalmente na alemanha. é um filme bastante denso e a diane kruger entrega demais, demais, demais, você sente a dor dela a cada momento. veja se estiver bem, ou então se quiser aprofundar a bad.
tenho que dizer que eu já meio que esperava aquele final. na tentativa de suicídio dela na banheira, ela se detém apenas pelo telefonema do advogado e a consequente possibilidade de ver os assassinos condenados. quando isso não acontece, ela volta a querer morrer, e aproveita oportunidade para dar o troco. é o único final possível, já que ela não conseguiria viver sabendo que eles estavam livres, e tampouco conseguiria passar pela humilhação de ser julgada por um crime que, para ela, não havia escolha a não ser cometer.
A Pele de Vênus
4.0 218 Assista Agoraia fazer uma análise mas tudo o que eu escreveria aqui pode se resumir apenas a:
eita
Guava Island
4.0 248fiquei com a sensação de que poderia ter sido muito mais memorável porque a ideia em si é de fato muito boa, mas na minha opinião foi mal desenvolvida. rihanna é maravilhosa, mas atuando não convence lá muito não, e eu senti falta do donald glover atuando como donald glover, não sei até que ponto a figura do childish gambino casou muito bem ali na história. nesse ponto, aliás, achei bem confuso de entender a proposta do filme. tem também uma questão político-social forte mas que foi abordada de forma muito rasa, quase inocente.
tipo, sério que o cara sofre um assassinato praticamente na frente da ilha toda e no dia seguinte a galera tá lá de boa cantando e dançando, ninguém demonstra um mínimo de revolta ou mesmo tristeza pelo que houve? daí a namorada dele tá lá toda lacradora no funeral, chega pro assassino tipo "viu ó, conseguimos nosso dia de folga hein rsrsrsrs", sério isso, brasil? nem ela demonstra um pingo de raiva, nada? sei lá, eu entendo essa coisa de que culturas diferentes vão lidar com a morte de maneira diferente, menos dramática e tal, mas caramba o cara foi literalmente assassinado por questões políticas, por defender o direito das pessoas de se divertirem e terem um dia de paz só pra variar. parece que ninguém leva isso em conta, achei meio bizarrinho