Tem filmes que, conscientes de que seus figurinos de monstro são precários, focam seu trabalho em esconder a criatura ao máximo para criar suspense... o que não foi o caso nesse filme.
Merecia ser mais lembrado nos dias de hoje. É um dos precursores da temática máquina x homem, muito antes do Matrix, do Exterminador do Futuro e do Hal 9000, esse filme inclusive poderia ser visto como um "prequel" de qualquer desses 3 universos e funcionaria bem, mostrando a primeira rebelião na história por parte de um computador. E falando em universos, Garoto Invisível é também um dos primeiros filmes que propõe inaugurar um "universo compartilhado" nos cinemas. Traz de volta o robô Robby de Planeta Proibido, filme do qual ele não é exatamente uma sequência (até porque se esse se passa no presente da época da estreia, e o Planeta no século 22), mas tem exatamente o mesmo personagem e o roteiro faz uma manobra impressionante pra colocar as duas histórias em uma mesma cronologia... É bem curiosa a variação do tom da produção, começa como uma fábula infanto-juvenil, comédia leve estilo sessão da tarde, e subitamente adota um tom soturno de ficção científica de paranoia estilo guerra fria. Altamente recomendado.
Todos as estreias no campo da arte podem ser consideradas "um parto", pois as obras são sempre fruto de uma longa elaboração. As vezes a gestação é demasiada longa, por diversos fatores. É triste quando o prolongamento se dá por razões políticas, e gratificante ver obras e artistas que persistem e continuam a existir e produzir mesmo em condições inóspitas.
O filme foi rodado em 1971 e só foi montado em 1982 após o fim do exílio do Zé Celso. Mas isso não é tão impactante se levarmos em conta que as imagens registram montagens de uma peça escrita em 1933 (por Oswald de Andrade) que só veio a ser encenada a partir de 1967 (pelo próprio Teatro Oficina). O que também não é tão impactante se levarmos em conta o quanto todas essas obras (o texto, a peça e o filme) continuam atuais e revelantes no Brasil de 2017.
Uma continuação caça-niquel de T2 feita pra ser atração de parque que consegue ser muito melhor que todas as continuações caça niqueis de T2 feitas para o cinema...
Atualmente em cartaz no Caixa Belas Artes em São Paulo onde sobrevive para sua quarta semana de exibição. Um marco de renascimento da carreira comercial do polo de produção da Boca do Lixo. Renascimento comercial apenas, pois a produção em si nunca chegou a acabar na Boca, a maior parte dos diretores que co-assinam esse longa (bem como dos saudosos nomes ao qual o mesmo é dedicado) manteve-se produtiva nessas quase três décadas de divórcio entre os frutos da Boca e seu espaço no mercado. Assistir Memórias da Boca no circuito, filme produzido na raça e coragem sem verba e sem certeza de retorno da mesma forma como foi toda a produção da Boca do Lixo, é um lírico momento de realização cinéfila.
Espetacular relato da trajetória do cinema popular turco e suas iguarias cult favorites para cinefilos doentes (versões do Exorcista, de Star Wars e de heróis dos quadrinhos). É impressionante o número de similaridades entre esse movimento e a nossa Boca do Lixo: a inventividade para driblar o baixo orçamento, a imensa bilheteria entre as classes populares, os impasses com os censores, a rendição ao sexo explícito e até os anos de ascensão e queda das produções coincidem. O fenômeno do cinema xploitation foi um zeitgeist global e infelizmente está repleto dessas filmografias perdidas.
Caotica tranqueira do cinema independente espanhol. Jesus Franco está impagável como o mestre Miyagi. Foi exibida em São Paulo no CCSP em 2008 em uma fantástica mostra de Cinema Fantástico.
O término de Justice League Unlimited deixou uma enorme lacuna em uma geração de DCnautas, não apenas por ter sido uma série praticamente impecável, mas por ter encerrado contigo toda uma cronologia, um universo, que para muitos fãs foi tão grande ou maior que o próprio Universo DC original dos quadrinhos: o universo televisivo de Bruce Timm iniciado em 1992 com a série do Batman e expandido em 8 séries e alguns longas, indo em extremidades tão distantes dessa mitologia, do faroeste ao futuro, com a criação de inesquecíveis mitos que foram incorporados à DC original como a Harley Quinn e o Batman Beyond, e claro com alguns deslizes, como o Projeto Zeta.
Enfim, mas que o fim de uma série, morria universo que parecia que jamais (ou ao menos não tão cedo) seria substituído em questão de uma coesão, legado e diversidade encontrada nos quadrinhos. As séries que se sucederam até se arriscavam a explorar mais os territórios da DC (Teen Titans, The Batman, Brave and The Bold) mas nunca com a seriedade e o tom épico do nosso extinto universo.
Eis que surge Young Justice, desacreditada no início, aparentando ser mais um caça-níquel infantil (como Teen Titans, que infantilizou o clássico de Perez e Wolfman, Young Justice já partia de uma série altamente caricata na origem dos quadrinhos, o que sugeria um tom ainda mais infantil). Porém, em míseras duas temporadas, essa obra prima nos apresenta um universo DC expandido e amadurecido, com direito à incontáveis easter eggs e fan services, e se dando ao luxo de dar um salto no tempo para nos mostrar seus personagens em outro período com outras identidades, e roteiros interligados e maduros de uma forma que até superaram a Liga Sem Limites...
Foi cancelada precocemente para o desespero dos fãs, mas ainda há esperanças de que esse universo seja retomado em séries ou longas vindouros, afinal esse atual desolamento é semelhante ao que se passava com cada cancelamento das séries de Bruce Timm até o anúncio da seguinte...
Quando um diretor de fora dos EUA vai pra Hollywood fica a curiosidade de ver como ele se adaptará ou não ao cinema industrial americano. Mas nunca na vida imaginei que eu veria esse cinema hollywoodiano tentando se adaptar à nossa estética de filmes de favela. Muito estranho ver atores amadores em diálogos naturais com jeitão de improviso e naturalidade como se faz por aqui ao mesmo tempo em que o mesmo diálogo serve milimetricamente em função do roteiro como se prega por lá. Ou os longos momentos dramáticos em slow motion com aquela trilha forçada, dessa vez feitos aqui com o Wagner Moura e Selton Mello. Gostei da experiência, bom objeto de estudo ;)
Filmes de vingança sempre acabam caindo numa mesmice, de modo que quando um diretor consegue trazer uma visão diferenficiada e original ao gênero é um mérito digno de nota. Agora contar SEIS histórias de vingança sem cair na mesmice entre elas? Esse cara é um gênio, nada menos que isso.
Verdade ou Desafio
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3.9 1,4K Assista AgoraMatrix + Fantástica Fabrica de Chocolate + Detona Ralph
Jovens Titãs: O Contrato de Judas
3.7 128 Assista AgoraO universo compartilhado dessas animações tá dando de dez à zero nas do cinema....
O Dragãozinho Manso: Jonjoca
3.9 3Teria Humberto Mauro inspirado o Godzilla?
Frivolitá
3.7 3Da época em que ainda se podia atirar o pau no gato
Zaat
2.6 2Tem filmes que, conscientes de que seus figurinos de monstro são precários, focam seu trabalho em esconder a criatura ao máximo para criar suspense... o que não foi o caso nesse filme.
Colossus 1980
3.8 24Terminator Begins?
O Menino Invisível
2.8 6 Assista AgoraMerecia ser mais lembrado nos dias de hoje.
É um dos precursores da temática máquina x homem, muito antes do Matrix, do Exterminador do Futuro e do Hal 9000, esse filme inclusive poderia ser visto como um "prequel" de qualquer desses 3 universos e funcionaria bem, mostrando a primeira rebelião na história por parte de um computador.
E falando em universos, Garoto Invisível é também um dos primeiros filmes que propõe inaugurar um "universo compartilhado" nos cinemas. Traz de volta o robô Robby de Planeta Proibido, filme do qual ele não é exatamente uma sequência (até porque se esse se passa no presente da época da estreia, e o Planeta no século 22), mas tem exatamente o mesmo personagem e o roteiro faz uma manobra impressionante pra colocar as duas histórias em uma mesma cronologia...
É bem curiosa a variação do tom da produção, começa como uma fábula infanto-juvenil, comédia leve estilo sessão da tarde, e subitamente adota um tom soturno de ficção científica de paranoia estilo guerra fria.
Altamente recomendado.
O Rei da Vela
4.1 5Todos as estreias no campo da arte podem ser consideradas "um parto", pois as obras são sempre fruto de uma longa elaboração. As vezes a gestação é demasiada longa, por diversos fatores. É triste quando o prolongamento se dá por razões políticas, e gratificante ver obras e artistas que persistem e continuam a existir e produzir mesmo em condições inóspitas.
O filme foi rodado em 1971 e só foi montado em 1982 após o fim do exílio do Zé Celso. Mas isso não é tão impactante se levarmos em conta que as imagens registram montagens de uma peça escrita em 1933 (por Oswald de Andrade) que só veio a ser encenada a partir de 1967 (pelo próprio Teatro Oficina). O que também não é tão impactante se levarmos em conta o quanto todas essas obras (o texto, a peça e o filme) continuam atuais e revelantes no Brasil de 2017.
80 anos se passaram e o Brasil continua o mesmo.
O Predestinado
4.0 1,6K Assista AgoraO maior tratado jamais escrito sobre amor-próprio
Wara Wara
4.0 1Excelente iguaria!! Exibido na cinemateca de São Paulo, durante a IV Jornada do cinema silencioso em 2010
Dominação
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Guerra nas Estrelas: Especial de Natal
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Rogue One: Uma História Star Wars
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O Poderoso Homem de Pequim
3.0 7Obra prima, sem mais.
T2 3-D: Battle Across Time
3.6 20Uma continuação caça-niquel de T2 feita pra ser atração de parque que consegue ser muito melhor que todas as continuações caça niqueis de T2 feitas para o cinema...
Memórias da Boca
3.3 6Atualmente em cartaz no Caixa Belas Artes em São Paulo onde sobrevive para sua quarta semana de exibição. Um marco de renascimento da carreira comercial do polo de produção da Boca do Lixo. Renascimento comercial apenas, pois a produção em si nunca chegou a acabar na Boca, a maior parte dos diretores que co-assinam esse longa (bem como dos saudosos nomes ao qual o mesmo é dedicado) manteve-se produtiva nessas quase três décadas de divórcio entre os frutos da Boca e seu espaço no mercado. Assistir Memórias da Boca no circuito, filme produzido na raça e coragem sem verba e sem certeza de retorno da mesma forma como foi toda a produção da Boca do Lixo, é um lírico momento de realização cinéfila.
Remake Remix Rip-off
4.3 3Espetacular relato da trajetória do cinema popular turco e suas iguarias cult favorites para cinefilos doentes (versões do Exorcista, de Star Wars e de heróis dos quadrinhos). É impressionante o número de similaridades entre esse movimento e a nossa Boca do Lixo: a inventividade para driblar o baixo orçamento, a imensa bilheteria entre as classes populares, os impasses com os censores, a rendição ao sexo explícito e até os anos de ascensão e queda das produções coincidem. O fenômeno do cinema xploitation foi um zeitgeist global e infelizmente está repleto dessas filmografias perdidas.
Kárate a Muerte en Torremolinos
4.5 1Caotica tranqueira do cinema independente espanhol. Jesus Franco está impagável como o mestre Miyagi. Foi exibida em São Paulo no CCSP em 2008 em uma fantástica mostra de Cinema Fantástico.
Bata Antes de Entrar
2.3 997 Assista AgoraFunny Games + Hard Candy
A Mulher do Fazendeiro
2.9 27Hitchcock como precursor das chanchadas.
Justiça Jovem: Invasão (2ª Temporada)
4.4 77 Assista AgoraO término de Justice League Unlimited deixou uma enorme lacuna em uma geração de DCnautas, não apenas por ter sido uma série praticamente impecável, mas por ter encerrado contigo toda uma cronologia, um universo, que para muitos fãs foi tão grande ou maior que o próprio Universo DC original dos quadrinhos: o universo televisivo de Bruce Timm iniciado em 1992 com a série do Batman e expandido em 8 séries e alguns longas, indo em extremidades tão distantes dessa mitologia, do faroeste ao futuro, com a criação de inesquecíveis mitos que foram incorporados à DC original como a Harley Quinn e o Batman Beyond, e claro com alguns deslizes, como o Projeto Zeta.
Enfim, mas que o fim de uma série, morria universo que parecia que jamais (ou ao menos não tão cedo) seria substituído em questão de uma coesão, legado e diversidade encontrada nos quadrinhos. As séries que se sucederam até se arriscavam a explorar mais os territórios da DC (Teen Titans, The Batman, Brave and The Bold) mas nunca com a seriedade e o tom épico do nosso extinto universo.
Eis que surge Young Justice, desacreditada no início, aparentando ser mais um caça-níquel infantil (como Teen Titans, que infantilizou o clássico de Perez e Wolfman, Young Justice já partia de uma série altamente caricata na origem dos quadrinhos, o que sugeria um tom ainda mais infantil). Porém, em míseras duas temporadas, essa obra prima nos apresenta um universo DC expandido e amadurecido, com direito à incontáveis easter eggs e fan services, e se dando ao luxo de dar um salto no tempo para nos mostrar seus personagens em outro período com outras identidades, e roteiros interligados e maduros de uma forma que até superaram a Liga Sem Limites...
Foi cancelada precocemente para o desespero dos fãs, mas ainda há esperanças de que esse universo seja retomado em séries ou longas vindouros, afinal esse atual desolamento é semelhante ao que se passava com cada cancelamento das séries de Bruce Timm até o anúncio da seguinte...
Trash: A Esperança Vem do Lixo
3.7 558 Assista AgoraQuando um diretor de fora dos EUA vai pra Hollywood fica a curiosidade de ver como ele se adaptará ou não ao cinema industrial americano. Mas nunca na vida imaginei que eu veria esse cinema hollywoodiano tentando se adaptar à nossa estética de filmes de favela. Muito estranho ver atores amadores em diálogos naturais com jeitão de improviso e naturalidade como se faz por aqui ao mesmo tempo em que o mesmo diálogo serve milimetricamente em função do roteiro como se prega por lá. Ou os longos momentos dramáticos em slow motion com aquela trilha forçada, dessa vez feitos aqui com o Wagner Moura e Selton Mello. Gostei da experiência, bom objeto de estudo ;)
Relatos Selvagens
4.4 2,9K Assista AgoraFilmes de vingança sempre acabam caindo numa mesmice, de modo que quando um diretor consegue trazer uma visão diferenficiada e original ao gênero é um mérito digno de nota. Agora contar SEIS histórias de vingança sem cair na mesmice entre elas? Esse cara é um gênio, nada menos que isso.