ponto mais que positivo pra estética oitentista. fotografia, os cenários, as roupas, tudo é muito lindo e prende. a história é um pouco "arrastada", mas talvez seja esse o peso real da existência da Lucy. O grande mote, sem dívidas, é como a insegurança e a culpa são percebidas e como as pessoas lidam com ambas. gostei muito e parem de dar nota baixa que é um filmão da porra!!!!
"Eu nunca gostei de pensar onde as coisas acabam. Você sempre diz que quando percebe que algo esta chegando ao fim, tenta olhar pra ela com muita atenção para lembrar sempre daquilo. Voce diz que gosta dos finais porque eles te lembram os começos. Eu sei que você nao vai gostar muito, mas agora você vai ter que cumprir um ritual. O último deles. Bom, começa caminhando até o metrô. Um cosmonauta russo uma vez escreveu que, vista de longe, a terra parecia só um enfeite de natal, que cabia na palma da mão. Quanto mais ele se afastava, menos sentido faziam os mapas, porque de longe as fronteiras iam desaparecendo. O que ficava visível era o que nós seres humanos dividimos, não as linhas que nos dividem. Eu sempre quis construir coisas bonitas. E também sempre fui apegada aos mapas. Porque eles nos apontam as coisas bonitas que ja existem. Porque eles nos dão sentido. De alguma forma, eles organizam o caos. Mas na geografia dos nossos dias, a gente se preocupa tanto em procurar qual direção seguir, que nos esquecemos dos mapas que nós mesmos desenhamos. Que, às vezes, não são tão precisos... mas quase sempre são os mais confiáveis. As histórias, por exemplo, são coisas muito bonitas. Assim como os mapas, são também um jeito de organizar as lembranças, os dias, os planos. Organizar o nosso próprio caos. Nos definir. Se a gente olhar bem de perto para as histórias, como se abrisse um mapa, vai descobrir, entre as linhas, os relevos, as fronteiras... uma bolsa caída no chão, um banco de praça, diante de um apartamento pequeno, mas com uma vista tão deslumbrante que até faz esquecer a falta do mar. O primeiro beijo de um casal, cheio de toda a aventura, o perigo... e a delícia de um começo. E também vão estar lá, escondida entre os sons, os corpos e o movimento de tantas ruas, tantas esquinas... as imagens inesquecíveis daquele filme antigo, preto e branco, que só existe junto da sensação de encostar na pele de quem está na poltrona ao lado. Uma sensação tão intensa e tão breve quanto uma gargalhada. Uma gargalhada numa comédia romântica. Ou tão profunda quanto às lágrimas de quem sabe que as melhores comédias são tristíssimas. As histórias, assim como os mapas, que quando abertas também revelam acidentes geográficos. Como descobrir que o melhor polpetone com molho sugo do mundo, de repente é só um terreno onde se estaciona carros. Ou saber que na poeira das paredes inexistentes existem músicas, gestos, olhares de carinho para a pessoa do outro lado da mesa... e notar que um casamento, que um dia iria acontecer ali, de alguma forma pode ter sido demolido junto. Mas por mais que os mapas se rasguem, se desgastem, se separem, as histórias nunca desaparecem de verdade, nunca acabam. Porque sempre alguma coisa está sobrevivendo. Como uma planta se reproduzindo fora de época. Como uma garrafa jogada no mar. Como o afeto, que é transformador, capaz de mudar mesmo aquilo que a gente vê. Como o seu olhar, que até me fez achar São Paulo bonita. Fazendo esse mapa, eu me sinto como o cosmonauta russo. Olhando daqui, eu descobri que eu construí, sim, coisas lindas. Foi o que eu mais fiz nesses últimos 20 anos. Coisas que, diferente de um prédio, nunca serão demolidas. Já que as histórias não desaparecem enquanto seus personagens estiverem vivos. Porque flutuando nas janelas dos apartamentos, no estofado gasto das poltronas, nos sapatos deixados na porta, eles sempre vão reencontrar aquilo que nós, seres humanos, dividimos... que é um ao outro. - Sabe o que eu descobri? Que as histórias infelizes é que são todas iguais. As felizes, não. São felizes, cada uma a sua maneira. - Por que você fez isso comigo? - A gente que fez, juntos. - Então, por que a gente está assim, tão distante? - Porque eu tenho mania de querer novidade. - Eu mudei muito. Mas continuo igual. - Fabio, você pediria em casamento... a pessoa que eu sou hoje?"
Pararam pra pensar que aquele "ventinho" de Bird Box pode não ter nada a ver com uma guerra biológica (sei nem se é isso de fato), mas com o fato de as pessoas não saberem lidar com seus passados, seus traumas, seus arrependimentos, remorsos e a "voz da consciência" ser representada pelo "sopro"?! E que os pássaros podem ser uma metáfora para a liberdade de ter a consciência limpa? Viajei?! Feliz, natal!
Uma poesia em forma de filme! Olhando para nossa frágil situação social, cultural e econômica, é fácil reconhecer nossos Lazzaros - mais ignorantes e alienados do que bondosos e inocentes, como o personagem, claro!
Pássaro do Oriente
3.1 180ponto mais que positivo pra estética oitentista. fotografia, os cenários, as roupas, tudo é muito lindo e prende. a história é um pouco "arrastada", mas talvez seja esse o peso real da existência da Lucy. O grande mote, sem dívidas, é como a insegurança e a culpa são percebidas e como as pessoas lidam com ambas. gostei muito e parem de dar nota baixa que é um filmão da porra!!!!
O Que Poderíamos Ser
2.2 20 Assista Agorao filme deveria se chamar "aquilo que não devemos fazer num relacionamento", haha
IO: O Último na Terra
2.2 276 Assista AgoraGostei muito do filme e até agora sem entender os comentários negativos. Cheio de significados e poesia.
O Date Perfeito
2.7 515 Assista Agoraah, gente, não é de todo mal. tirando as atuações (haha!) a história é fofinha (apesar do clichê
De Onde eu te Vejo
3.8 138SPOILER
.
.
.
"Eu nunca gostei de pensar onde as coisas acabam. Você sempre diz que quando percebe que algo esta chegando ao fim, tenta olhar pra ela com muita atenção para lembrar sempre daquilo. Voce diz que gosta dos finais porque eles te lembram os começos. Eu sei que você nao vai gostar muito, mas agora você vai ter que cumprir um ritual. O último deles. Bom, começa caminhando até o metrô.
Um cosmonauta russo uma vez escreveu que, vista de longe, a terra parecia só um enfeite de natal, que cabia na palma da mão. Quanto mais ele se afastava, menos sentido faziam os mapas, porque de longe as fronteiras iam desaparecendo. O que ficava visível era o que nós seres humanos dividimos, não as linhas que nos dividem. Eu sempre quis construir coisas bonitas. E também sempre fui apegada aos mapas. Porque eles nos apontam as coisas bonitas que ja existem. Porque eles nos dão sentido. De alguma forma, eles organizam o caos. Mas na geografia dos nossos dias, a gente se preocupa tanto em procurar qual direção seguir, que nos esquecemos dos mapas que nós mesmos desenhamos. Que, às vezes, não são tão precisos... mas quase sempre são os mais confiáveis. As histórias, por exemplo, são coisas muito bonitas. Assim como os mapas, são também um jeito de organizar as lembranças, os dias, os planos. Organizar o nosso próprio caos. Nos definir. Se a gente olhar bem de perto para as histórias, como se abrisse um mapa, vai descobrir, entre as linhas, os relevos, as fronteiras... uma bolsa caída no chão, um banco de praça, diante de um apartamento pequeno, mas com uma vista tão deslumbrante que até faz esquecer a falta do mar. O primeiro beijo de um casal, cheio de toda a aventura, o perigo... e a delícia de um começo. E também vão estar lá, escondida entre os sons, os corpos e o movimento de tantas ruas, tantas esquinas... as imagens inesquecíveis daquele filme antigo, preto e branco, que só existe junto da sensação de encostar na pele de quem está na poltrona ao lado. Uma sensação tão intensa e tão breve quanto uma gargalhada. Uma gargalhada numa comédia romântica. Ou tão profunda quanto às lágrimas de quem sabe que as melhores comédias são tristíssimas. As histórias, assim como os mapas, que quando abertas também revelam acidentes geográficos. Como descobrir que o melhor polpetone com molho sugo do mundo, de repente é só um terreno onde se estaciona carros. Ou saber que na poeira das paredes inexistentes existem músicas, gestos, olhares de carinho para a pessoa do outro lado da mesa... e notar que um casamento, que um dia iria acontecer ali, de alguma forma pode ter sido demolido junto. Mas por mais que os mapas se rasguem, se desgastem, se separem, as histórias nunca desaparecem de verdade, nunca acabam. Porque sempre alguma coisa está sobrevivendo. Como uma planta se reproduzindo fora de época. Como uma garrafa jogada no mar. Como o afeto, que é transformador, capaz de mudar mesmo aquilo que a gente vê. Como o seu olhar, que até me fez achar São Paulo bonita. Fazendo esse mapa, eu me sinto como o cosmonauta russo. Olhando daqui, eu descobri que eu construí, sim, coisas lindas. Foi o que eu mais fiz nesses últimos 20 anos. Coisas que, diferente de um prédio, nunca serão demolidas. Já que as histórias não desaparecem enquanto seus personagens estiverem vivos. Porque flutuando nas janelas dos apartamentos, no estofado gasto das poltronas, nos sapatos deixados na porta, eles sempre vão reencontrar aquilo que nós, seres humanos, dividimos... que é um ao outro.
- Sabe o que eu descobri? Que as histórias infelizes é que são todas iguais. As felizes, não. São felizes, cada uma a sua maneira.
- Por que você fez isso comigo?
- A gente que fez, juntos.
- Então, por que a gente está assim, tão distante?
- Porque eu tenho mania de querer novidade.
- Eu mudei muito. Mas continuo igual.
- Fabio, você pediria em casamento... a pessoa que eu sou hoje?"
Toda Arte é Perigosa
2.6 496 Assista AgoraEssa sinopse tá muito errada! Achei que era uma coisa e terminou de um jeito totalmente diferente! É bom e é ruim, hahaha!
Primeiro Bailarino
3.4 2Encantada com o espetáculo Paixão!
O Regresso
4.0 3,5K Assista AgoraUm espectáculo!
Como Superar um Fora
3.6 219 Assista Agoraque filme maravilhoso! achei que ia ser só mais uma comédia romântica sessão da tarde, mas é muito, muito bom!!!
Black Mirror: Bandersnatch
3.5 1,4KNão sou capaz de opinar.
Pérolas no Mar
4.2 142Achei um filme muito bonito em sua simplicidade. Confesso que chorei em muitas partes :~
Caixa de Pássaros
3.4 2,3K Assista AgoraPararam pra pensar que aquele "ventinho" de Bird Box pode não ter nada a ver com uma guerra biológica (sei nem se é isso de fato), mas com o fato de as pessoas não saberem lidar com seus passados, seus traumas, seus arrependimentos, remorsos e a "voz da consciência" ser representada pelo "sopro"?! E que os pássaros podem ser uma metáfora para a liberdade de ter a consciência limpa? Viajei?! Feliz, natal!
Roma
4.1 1,4K Assista AgoraQue filme lindo! A fotografia é maravilhosa!
Lazzaro Felice
4.1 217 Assista AgoraUma poesia em forma de filme!
Olhando para nossa frágil situação social, cultural e econômica, é fácil reconhecer nossos Lazzaros - mais ignorantes e alienados do que bondosos e inocentes, como o personagem, claro!
Bohemian Rhapsody
4.1 2,2K Assista AgoraAs atuações estão simplesmente incríveis! Se tivesse 11 estrelas eu dava!
Alex Strangelove - O Amor Pode Ser Confuso
3.2 364 Assista AgoraAgora façam um filme pra Claire pois ela simplesmente MERECE.
Sierra Burgess é uma Loser
3.1 748 Assista AgoraSierra não deveria ter um final feliz. Me desculpem, mas ela foi escrota demais pra terminar daquele jeito.
Seu Nome
4.5 1,4K Assista AgoraÉ todo lindo!
Atração Fatal
3.6 442 Assista AgoraAs atuações estão maravilhosas! Um clássico que prende do começo ao fim, sem dúvidas!
Acho que quem assiste esse filme, pensa umas 200x antes de trair o(a) parceiro(a) kk
Ana e Vitória
3.2 357um pink money fofo!
Adolescente Frustrado
2.4 39 Assista AgoraÔ filme ruim e besta! Arruma um pente pra ashley, produção.
O Melhor de Mim
3.5 769 Assista AgoraNão sei pq esse filme tá com a nota tão baixa! É lindo! Chorei horrores aaaa )':
Scoop - O Grande Furo
3.4 386 Assista AgoraWoody Allen ou Didi Mocó?
Me Chame Pelo Seu Nome
4.1 2,6K Assista AgoraA fotografia e a trilha sonora são incríveis! O filme é bonito, mas nada que surpreenda.