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A 7ª arte é um ensaio da própria vida.

Últimas opiniões enviadas

  • Leonardo Belarmino Siqueira

    Saí do cinema há horas e, neste exato momento, ainda sinto uma profunda angústia no meu peito. Tive uma imersão absurda que só de falar sobre ele já me desperta um gatilho de ansiedade. Acredito que é preciso ter sensibilidade e empatia para absorver a mesma essência da obra.

    Os personagens são muito bem interpretados pelo elenco. Impossível não notar o destaque de Toni Collette que promove o impecável esplendor pela atuação - digna de premiações - que em conjunto com enquadramentos (excepcionalmente das expressões), cenografia e trilha sonora, auxilia no desembolar de um roteiro brilhantemente construído, denso, mórbido e pessimista (num bom sentido). Impossível não se imergir diante de tudo
    o que ali ocorre. A cada ato, um novo impacto, uma nova angústia. Uma avalanche de sentimentos ruins tomaram conta de mim, o que me provou ser "Hereditário" um filme extremamente competente e eficiente com suas intenções.

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    A sequência - apatia, festa, carro e decapitação - de Charlie Graham me causou taquicardia e falta de ar na sala de cinema. Além dessa, de brinde, o foco no sofrimento de Annie ao pegar no carro, dia seguinte, e o enquadramento de cena na cabeça decepada de Charlie acomodada naquele asfalto escaldante, enquanto sua face desfigurada era devorada por formigas.

    Com exceção dos impactos proporcionados nas diversas sequencias dessa belíssima construção, valorizo - também - a abordagem do luto em diferentes camadas (a perda da matriarca, em seguida a perda de uma filha); o sentimento de culpa; a segregação e o definhamento da família; sanidade; fé e ceticismo.

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    A figura do pai, cético, que tenta manter controle da situação, sendo assim um risco para a conclusão do ritual (a causa da sua morte). A figura da mãe, que ama seus filhos, antes cética, agora alienada e sedenta pela falsa crença de que pode reverter a situação, mitigando sua culpa. E seus filhos - Peter e Charlie - as peças fundamentais da morbidez que antes cultivada pela matriarca (avó), agora, por sua filha que, sem perceber, foi enganada pela falsa médium. Impossível não lembrar-me de "Rosemary's Baby" com esse clima conspiratório que girou em torno da trama.

    Para quem sabe tirar proveito da imersão de um bom filme, "Hereditary" é um prato cheio, porém daqueles bem pesados de se digerir.

    Recomendo também "The Witch" e "It Comes at Night".

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  • Leonardo Belarmino Siqueira

    Enquanto apreciava "La nuit a dévoré le monde" remeti lembranças de "28 Days Later" de Danny Boyle, “Dawn of The Dead” de Zack Snider e "Frank" de Lenny Abrahamson com Michael Fassbender quando, respectivamente:

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    Sam desperta inocentemente em uma Europa devastada; pratica tiro ao alvo com um rifle de airsoft paintball, marcando pontos; e faz do isolamento uma forma promover sua criatividade artística, preservando a própria sanidade.

    Ambos filmes categorizados - por mim e por muitos - como importantes, dada a tamanha originalidade dos conceitos imersos nas entrelinhas, superando a batida representatividade de seus respectivos gêneros, inclusive quando se tratando de um remake.

    Apesar de ser uma adaptação do livro de mesmo nome, a produção francesa de Dominique Rocher consegue fugir do sentimento clichezista e se esforça ao promover, como base para construção da trama, um suspense que gira em torno do melancólico isolamento. Aqui, a singularidade do indivíduo é o objeto de estudo, onde podemos fazer uma analogia ao cotidiano humano como: a importância da socialização, o apego aos bens (entenda o porquê das fitas cassetes de Sam), a crise existencial e o comodismo.

    A direção do filme é impecável. A cenografia em conjunto com o trabalho de câmera promove uma fotografia minimalista atraente. Os cortes são bem colocados durante a continuidade do roteiro, desconstruindo um pouco da lentidão que ele apresenta. A trilha sonora é crua e simplista (na maioria, é Sam quem a faz), valorizando o clima silencioso que a obra preserva. O protagonismo de Anders Danielsen Lie é um destaque e convence, mesmo apresentando poucos diálogos.

    O desfecho mostrou-me que:

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    Não sair da zona de conforto é praticamente como renunciar a própria vida. Para o acomodado, tanto faz como tanto fez. Sentir-se seguro, mesmo insatisfeito, é bem melhor que deslumbrar novos horizontes (ou telhados, rs).

    Quem aqui nunca se prendeu na inércia do comodismo? É gente que gasta longos anos da própria vida trabalhando num emprego que sempre desgostou; estudando uma graduação insuportável; vivendo um relacionamento abusivo, onde não há mais amor...

    A vida é uma só. Que tal jogar fogo na sua rotina, promover um estrondo tão alto quanto um alarme de incêndio e se arriscar em algo melhor para si?

    É um dos destaques do Festival Varilux de Cinema Francês 2018.

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  • Leonardo Belarmino Siqueira

    Esteticamente o filme é pura obra de arte. A direção de arte, o figurino e a fotografia beiram à perfeição, tudo impecavelmente montado. Aspectos de destaque para quem aprecia um bom visual em um filme, muito bonito por sinal. O elenco é convincente e foi através deste ponto que não senti falta de um aprofundamento de enredo na vida dos personagens, como muitos aqui gostariam.

    Além das atuações, foram seus diálogos, características de personalidade e os pomposos detalhes que cada personagem nos foi bem apresentado, retendo atenção e incrementando a trama. Mas isso são pontos que dependem da perspicácia do espectador para uma boa avaliação do conjunto que, inclusive, foi bem produzido. Sendo assim, meus olhos brilharam e se fartaram com a criatividade, me proporcionando deduções que oscilavam minhas suspeitas a cada momento da trama, já que eu não conhecia a história, muito menos o livro.

    Destaque para Hercule Poirot (Kenneth Branagh), um personagem bastante excêntrico e caricato, cheio de mimos, assim como os demais personagens, mas em nível inferior, sem exceção, fazendo com que o filme seja divertido e agradável diante dos 114 minutos de película.

    A única falha da trama, em minha opinião, foi o desenrolar do 3º ato. Me pareceu ser breve, forçado e apático. Talvez no livro essa ação de roteiro tenha sido melhor apresentada.

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    Outro ponto que me incomodou foi a decisão de Hercule Poirot após a descoberta do mistério, no final da trama. A decisão dele fez com que suas motivações, ações e porquês se tornassem descartáveis e perdessem valor diante de toda a história. Mas esse meu desagrado é puramente pessoal e não prejudica em nada os pontos positivos do filme, já que decisões como essa do personagem se assemelham à muitas no dia a dia de muita gente.

    Assassinato no Expresso do Oriente é muito bom por ser divertido, visualmente bonito e percursor da curiosidade. Quem sabe não vem uma indicação na categoria "direção de arte" na cerimônia do oscar 2018? Seria uma ótima aposta.

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  • Jean
    Jean

    Hahaha vamos ver quando seu perfil estiver com mais conteúdo!

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