O cenário no norte da Itália é incrível. Lembra muito Gênova. Foi na mesma linha do que fizeram na animação Rio, só que retratando a Itália. A técnica de animação é excelente. Parece que escolhem o mar justamente para mostrar como conseguem simular texturas e dinâmicas tão complexas. Já tendo visto tantas animações da Pixar, é difícil não encontrar repetições nos elementos do roteiro. Como o ser humano não muda, as histórias que valem a pena serem contadas também não mudam.
A dinâmica da mãe preocupada é um papel parecido com o pai do Nemo. Pensei também que a avó teria um papel surpresa semelhante a Coco, tendo algum tipo de relação profunda com o mundo da superfície. Mas não optaram por esse caminho. A dinâmica de dois garotos em aventuras, e também a figura paterna distante do mais velho, é bem parecida com a animação "Dois irmãos". A garota italiana é quase uma versão da Ellie, a amiga de infância do Carl Friedricksen.
que os pais do Luca saíram da praia. Eles andaram com naturalidade. Isso contrasta bastante com a primeira saída do Luca na superfície. Isso pode indicar um furo de roteiro. Ou também que os pais dele já tinham saído na superfície em algum momento do passado. Aí teria uma explicação plausível para o grande receio da mãe com relação ao povo da superfície.
No geral, a animação tem saldo positivo. Vale a pena vê-la.
Fizeram um filme basicamente em um único local, uma casa. Com 3 atores. Talvez 4 se contar o cara que se veste de lobisomem. Sem contar o guri que aparece só na cena final e a garota que só aparece no começo do filme. Se bobear são filhos do diretor. O tal casal aluga uma casa pelo AirB'n'b ("aluguei por um site"). Eles chegam com uma única mala pequena. Ou eles trouxeram comida na mala ou a casa já tinha os ingredientes do jantar que eles fizeram. O senhor idoso logo no começo do filme entra em um Fiat Doblo. Não sei onde o carro foi parar, mas o senhor fica sempre do lado da propriedade. Quem sabe o lobisomem tenha roubado o veículo. Uma tática barata de filmes de terror é o uso do "jumpscare". Coloca o personagem para olhar a janela ou um corredor. Remove a trilha sonora, deixando um silêncio. Aí, do nada, solta um barulho ou algo aparece na tela. A pessoa toma o susto, mas não é pelo medo em si. Esse filme tenta fazer isso, mas falha de maneira retumbante. A tal casa parecia uma olhando por fora, e outra totalmente diferente olhando por dentro. Ela conta com um sistema de iluminação incrível, considerando que é uma propriedade nos cafundós da Inglaterra. Todo o filme tem um problema de ritmo. Passa pelos itens do roteiro de maneira apressada. Igual na primeira cena da transa, depois do jantar. Provavelmente o roteiro pedia algo na linha do sexo intenso, selvagem, feito no meio da ampla sala de jantar, com castiçal de velas, taças de vinho, pratos de comida, toalha de mesa branca num mobiliário refinado. O que eles tinham por lá era uma mesa minúscula. A impressão era que o ator não poderia arremessar os pratos e as taças de vinho no chão, e jogar a moça na mesa. No todo, essa cena ficou muito bizarra. Teve uma hora que o terno azul do cara se teleportou de cadeira. Era nesse tipo de coisa que eu reparava, pois o tédio bateu cedo. Eu torcia para o tal Carnivore chegar logo. O cameraman parecia ter dificuldades para segurara a câmera por vezes. Imagino que o objetivo seria dar um realismo e uma proximidade do público com os protagonistas. Mas ficou estranho. Algumas outras tomadas ficaram interessantes, quando eles seguem os personagens pela casa. Em uma das cenas, eu não entendi a urgência de voltar com as luzes da casa. Se eles aguardassem algumas horas, pode ser que tudo se resolvesse. Talvez teria um motivo melhor, se mostrassem que a bateria do celular do careca estivesse descarregando. O que me leva ao próximo ponto. Aquela casa parecia ser reforçada com chumbo, pois o Carnivore não conseguia quebrar o vidro da janela. Não conseguia derrubar nenhuma porta. Os pregos mágicos na janela fazem com que o Carnivore apenas apareça nas janelas aleatoriamente. Outra coisa que eu me perguntei foi o seguinte: Se o velho tinha certo controle sobre o Carnivore E se o velho estava armado, não seria mais fácil se o velho rendesse o casal logo no começo? Ele chegava armado, os amarrava numa árvore, os deixava inconscientes, e aí chamava o Carnivore. E se o objetivo era usar a casa como uma cilada para que o Carnivore chegasse, por qual motivo o velho manteve o reforço dos pregos na casa? O carro do motorista do Uber sumiu certa hora também. Ele só apareceu um bom tempo depois, quando o roteiro se lembrou dele. A cena de ligar o gás do fogão deveria ser tensa, mas se desenrolou rápido demais. O careca achou que a explosão seria imediata. Sem contar que deixar a porta aberta ajuda a dispersar o gás de cozinha. A escolha da música dos créditos finais foi, novamente, estranha. Uma música de balada para um filme que deveria ser de terror.
Conta com um motorista nazista títere. Apresenta a tal Elza (não a do "Let it go"), que morre de maneira meio besta. O roteiro provavelmente diria que ela morreu protegendo a invenção do seu marido, mas a execução ficou estranha. Ela deu uns passos na direção do Gaytorade limão, tomou dois tiros nas costas e morreu pouco tempo depois. Esse filme mostra também a "origem" dos bonecos. A Elsa vira uma boneca que solta sanguessugas da boca. O nazista que perseguia Toulon se torna o boneco com gancho e faca na mão. Mas na verdade não, pois o próprio boneco ataca o nazista. Então essa explicação não fez tanto sentido.
A animação stop motion é bem decente. Mas deixa tudo com aspecto bem lento.
Tem um garoto cuja mãe está presa. E o pai dele morre também. Uns vinte minutos depois, ele meio que esquece disso tudo e se torna assistente do Toulon. Pelo menos ele já sabe que, quando morrer, ele também se tornará um boneco aleatório.
No final do filme já anunciaram a continuação. É a primeira vez que fazem isso nessa série. Deve ser muita confiança no "universo cinemático do mestre dos brinquedos" recém criado.
Mesma mansão, mesmos bonecos. Grupo diferente de investigadores paranormais mortos. Defunto ambulante diferente. Adicionaram algumas coisas novas para o "universo cinemático dO Mestre Dos Brinquedos":
O títere que se matou no primeiro filme tinha uma esposa. E fez um tipo de pacto com um cara que tinha literalmente um olhar incendiário. Outra informação relevante é que o suco verde detox dá vida aos objetos por apenas 50 anos. Depois precisa de juntar orelhas e pedaços de corpos em uma sopa de alho-poró para criar uma nova poção. Em filmes desse tipo eu fico curioso sobre como a informação se propaga entre os filmes. Mesmo ainda no segundo filme, já tem alguns sérios indícios de que aquela mansão/hotel tem uma grande possibilidade de matar uma equipe de investigadores paranormais. E dessa vez eles tem gravações de um dos bonecos em ação. E até chegaram a tirar raio X do boneco pelado. Algo que ficou subentendido no filme é a possibilidade do soro alterar completamente a personalidade da pessoa. A moça que virou um manequim sinistro virou quase outra personagem. Deram indícios que atuarão fora do local principal do filme. Aguardemos as inúmeras continuações para descobrir a resposta.
"Mestre dos Brinquedos" foi feito direto para VHS. Produção de orçamento baixo, roteiro nem sempre coeso. Ainda assim o filme tem o seu "charme", por assim dizer. As animações dos bonecos são feitas em sua maioria em Stop Motion, uma técnica clássica de animação. Isso explica a interação problemática entre os humanos e os bonecos. Parece que cada um está em um lugar, pois é complicado de unir uma animação com um ator. Outra característica da série é o visual distinto de cada boneco. Seguem um estilo elaborado por um hipotético "bonequeiro" nazista insano. Não elaboram muito a história no começo. O criador deles morreu, e meio que ficou nisso. 1. Se matar 2. ... 3. Profit! Os 13 filmes seguintes iriam expandir algo que parecia um filme relativamente fechado. Toda sua ação se passa na mesma casa. Isso ajuda a manter o orçamento baixo. Ficou um pouco confuso também se a tal mansão era uma moradia ou um hotel. Ou alguma coisa misturada.
O filme parece uma colcha de retalhos. Diversos trechos filmados foram unidos e adicionaram trechos com narração. É bem complicado de entender o que está ocorrendo. Exige muita atenção para ser compreendido minimamente. História fragmentada, mas não considero que tenha sido proposital. As escolhas de enquadramento são estranhas. Mostram os personagens conversando de costas frequentemente. Imagino que seja para colocar outra dublagem por cima. Já perto do final, o filme fica surreal.
Demon Cop datilografa uma carta na máquina de escrever. Arremessa uma mesa que está sem o tampo de vidro. Toma taser da moça cadeirante. E notamos que na verdade o Demon Cop seria um Parole Officer Werewolf. E que só seria afetado na lua cheia, embora ataque durante o dia.
Bem divertido esse filme. Quase todos os personagens desse universo sabem lutar artes marciais. O roteiro é razoável. Não fazia ideia que a Cynthia Rothrock serviu de inspiração visual para a Sonya Blade.
Len Kabasinski é um fã de filmes B, e é faixa preta em artes marciais. Tem uma produção de filmes em ritmo quase industrial. Os filmes são no estilo "B movies", e tem como ponto positivo as coreografias de luta. Apocalypse Female Warriors se passa em um mundo pós apocalítico. Um grupo de mulheres tem como objetivo chegar até uma das poucas cidades habitadas. Conta com sangue CGI, explosões feitas com computação gráfica, câmeras que tremem muito e armas que soltam tiros de computação gráfica.
Ele tem um Patreon (KillerWolfFilms). Pagando 2 dólares por mês, é possível assistir quase todos os filmes dele em formato digital. No caso de "Apocalypse Female Warriors", o vídeo conta com comentários do pessoal do Red Letter Media.
Tem como diretor Ridley Scott, o mesmo do incrível "Gladiador". Tem o Russel Crowe como protagonista. Mostra uma versão realista do Robin Hood. Teria tudo para ser um ótimo filme. Mas não é tão marcante. O filme "Gladiador" tem muitas cenas de ... gladiadores. Já Robin Hood tem poucas cenas ... do Robin Hood roubando dos ricos. Dedicaram muito tempo para mostrar a política inglesa, e a tal história do Robin Hood foi apenas uma moldura. Mas ainda assim o filme tem partes positivas. Tentar trazer realismo para uma lenda é legal por mostrar cenas de batalhas medievais e ambientações da época, por mais que não sejam 100% precisas. Outro ponto positivo foi a história dele assumir uma identidade de um nobre. A mim seria mais positivo se usassem a mesma situação narrada, mas começassem a história um tempo depois. O Robin Hood poderia ser um tipo de "Batman medieval". Durante o dia ele seria um nobre, mantendo uma identidade digna. Durante a noite, ele atuaria com seu capuz, roubando os outros nobres. Assim teria algum tipo de novidade, e ainda guardaria alguma relação com o material original.
O filme tem um problema de ritmo. Eu notei isso logo na parte inicial do filme. Cenas de ações embaralhadas com a protagonista saltando de um lugar para o outro.
Fiquei entediado na metade do filme. Já estava bem claro que iriam achar o maluco lá. E todo mundo iria junto. E que iriam achar algum tipo de conexão, pois tentaram fazer com que esse fosse um filme sobre família. Eles não fazem mas falam. Regra oposta. As tensões ou características dos personagens foram na maior parte ditas, e não necessariamente exibidas através de dilemas ou ações. Não se decidem se é comédia ou drama. Disney não teria coragem de adaptar algo mais dramático. Eu compreenderia se tentasse dar uma tom de James Bond, cheio de ação, piadas e roteiro leve. E acharia incrível se focassem no lado mais obscuro, com drama psicológico e sem um final feliz, apenas uma decrescente opressiva. Algo na linha da série da Viúva Negra que li há muito tempo atrás, no selo Marvel Max, escrita pelo Greg Rucka. O que ficou estranho foi usar uma situação de remoção de útero no contexto de uma piada. Tentaram uma vez mais um filme "Girls get it done". Igual o remake de "As Panteras", igual "Capitã Marvel", igual "Arlequina". Faz escolhas parecidas com os filmes já citados, e terá como resultado o mesmo nível de memória das pessoas que o viram. Em poucos anos, quase ninguém se lembrará dos detalhes desse filme.
Era o que eu esperava. Mesmo tipo de roteiro do primeiro filme. É quase como ouvir uma piada pela segunda vez. Mais lacração que o filme anterior. Trilha sonora que tentou alcançar a do filme anterior. Destaque para as atuações de James Earl Jones e Wesley Snipes.
A premissa é interessante. A técnica de animação que quase parece um filme também é muito elaborada. A parte do roteiro ficou com algumas falhas de ritmo.
Assim como a nova trilogia de Star Wars, os discípulos aprendem tudo por conta própria. A figura do mestre está ausente. Com um toque de mágica, a passagem é feita. Nessa animação ocorreu em menos de três minutos. Seria como Adonis Creed se jogar num ringue sem sequer conhecer direito o Rocky Balboa. Tentaram usar o homem-aranha divorciado como figura do mestre, mas não foi o que ocorreu na prática. Pois ele não chegou a auxiliar em nada. Estava mais como um parceiro de aventuras. Fora que ele mesmo teve a resolução de seu dilema próprio. Merlin, Yoda e o Mickey Goldmill não tinham nenhum dilema próprio. Eles atuavam de uma maneira bem específica no filme. Esse fator acima e também a mensagem final ("todos podem ser heróis") mais confunde do que atrapalha. A transformação não ocorre sem um processo, sem um mapa e sem um custo. Note que o custo para Peter Parker foi perder o próprio tio Ben.
Aproveitei 5% do conteúdo. Eu poderia resumir a mensagem principal em duas palavras: "agenda vegana". Um documentário marcante, mas não da maneira tradicional.
Com base na fotografia do filme, tenho ainda mais esperança no filme Duna. O roteiro tentou caminhar por si só, na sua maioria. Usou um tipo de ambiguidade para gerar uma reviravolta dupla. Está longe de ser tão marcante quanto o seu antecessor, mas foi um filme digno.
O humor me pareceu bem datado. Antes que o cenário da piada fosse estabelecido, já dava para ter uma noção do tipo de situação engraçada que seria mostrada logo a seguir. Citam casos reais, e os exageram. Atuam de maneira irônica com pessoas que aparentam ser sinceras, e fazem parte da piada sem notarem. Quando eu vi o primeiro filme, achei muito engraçado. Agora, nem tanto.
A única parte que achei bem bolada foi a paródia de filme da Disney com o Trump sendo mostrado como um príncipe encantado. Foi inesperado, e bem trabalhado, dado todo o contexto. A filha do Borat fez um ótimo trabalho de interpretação. Fora isso o roteiro é básico, com uma jornada dupla, críticas políticas e uma pitada de Covid-19.
Puro suco dos anos 80/90. Se passa em Bangcok, na Tailândia. Está bem diferente dos tempos atuais. Mas algumas atrações turísticas são identificáveis mesmo naquela época. O roteiro em si é básico, mas é muito superior a qualquer filme descartável de hoje. Tem todas as etapas da "Jornada do Herói". Boa parte dos personagens tem motivação rasa. Mas as cenas de luta compensam tudo isso.
O documentário mergulha na visão de um artista. Que tinha muito dinheiro, e queria mudar o mundo. Quis montar o seu "dream team", com as melhores mentes artísticas de seu tempo. E quase conseguiu fazer um dos melhores filmes de todos os tempos. Todos os envolvidos estavam no seu auge criativo. Eu sou um fã de Duna, e noto que quase nenhum dos envolvidos sabia do que se tratava o livro. Em termos de adaptação não teria mérito algum. Mas a proposta do filme em si é sensacional.
A sensação foi de estar em um livro do Sidney Sheldon. Tem um assassinato, e o detetive trata de descobrir quem é. Bem divertido de notar como o roteiro foi construído. Eu tinha o palpite
de que o próprio escritor tinha forjado a sua morte. Mas isso caiu por terra quando foi mostrada a cena dele cortando a própria garganta. Na hora, o outro suspeito seria justamente o Capitão América. E acabou que foi ele mesmo
. Tal como o filme Sexto Sentido, todas as peças necessárias estão no filme. Jogadas discretamente, elas fazem todo o sentido em retrospecto. Claro que tem pistas falsas e informações jogadas por outros motivos.
Um personagem por exemplo falou que a família da enfermeira veio do Equador. Outro falou que veio do Paraguai. Poderia ser uma contradição de um assassino que estivesse ocultando algo. Mas, na realidade, era mero desinteresse. Eles não sabiam exatamente de onde eram as origens da moça. Era tudo igual para eles. Depois iriam dizer que tinha origem no Uruguai, e até mesmo no Brasil.
Pois em boa parte do filme temos a informação vital. Algo que os outros personagens parecem não saber. Temos todo o relato da enfermeira. E imaginamos que o detetive está sendo enganado todo o tempo. Por conta disso, já imaginava que o documento da parte final não iria indicar overdose de morfina. Só não deu tempo de pensar no que isso poderia implicar. E também a outra informação vital estava distante demais. O relato da mãe do escritor. E também o único depoimento da família que não foi tomado. Do personagem que aparece no meio do filme e obtém uma grande confiança da enfermeira. É o único personagem que ouve toda a verdade da enfermeira.
O responsável por isso foi Ryan Johnson. Nem parece o mesmo que fez aquele filme tão polêmico de Star Wars. O caminho dele parece ser mesmo trabalhar com criações próprias.
Luca
4.1 769O cenário no norte da Itália é incrível. Lembra muito Gênova. Foi na mesma linha do que fizeram na animação Rio, só que retratando a Itália. A técnica de animação é excelente. Parece que escolhem o mar justamente para mostrar como conseguem simular texturas e dinâmicas tão complexas.
Já tendo visto tantas animações da Pixar, é difícil não encontrar repetições nos elementos do roteiro. Como o ser humano não muda, as histórias que valem a pena serem contadas também não mudam.
A dinâmica da mãe preocupada é um papel parecido com o pai do Nemo. Pensei também que a avó teria um papel surpresa semelhante a Coco, tendo algum tipo de relação profunda com o mundo da superfície. Mas não optaram por esse caminho. A dinâmica de dois garotos em aventuras, e também a figura paterna distante do mais velho, é bem parecida com a animação "Dois irmãos". A garota italiana é quase uma versão da Ellie, a amiga de infância do Carl Friedricksen.
Um ponto que me chamou a atenção foi na hora
que os pais do Luca saíram da praia. Eles andaram com naturalidade. Isso contrasta bastante com a primeira saída do Luca na superfície. Isso pode indicar um furo de roteiro. Ou também que os pais dele já tinham saído na superfície em algum momento do passado. Aí teria uma explicação plausível para o grande receio da mãe com relação ao povo da superfície.
No geral, a animação tem saldo positivo. Vale a pena vê-la.
Demônio de Neon
3.2 1,2K Assista AgoraBaita filme. Trilha sonora e bom uso de cores e simbolismos. O final fica meio caótico, com muita coisa subentendida.
Carnivore: O Lobisomem de Londres
1.3 37Não é a toa que esse filme tem média 2,8 no IMDB. Faz jus a um número tão baixo.
Fizeram um filme basicamente em um único local, uma casa. Com 3 atores. Talvez 4 se contar o cara que se veste de lobisomem. Sem contar o guri que aparece só na cena final e a garota que só aparece no começo do filme. Se bobear são filhos do diretor.
O tal casal aluga uma casa pelo AirB'n'b ("aluguei por um site"). Eles chegam com uma única mala pequena. Ou eles trouxeram comida na mala ou a casa já tinha os ingredientes do jantar que eles fizeram.
O senhor idoso logo no começo do filme entra em um Fiat Doblo. Não sei onde o carro foi parar, mas o senhor fica sempre do lado da propriedade. Quem sabe o lobisomem tenha roubado o veículo.
Uma tática barata de filmes de terror é o uso do "jumpscare". Coloca o personagem para olhar a janela ou um corredor. Remove a trilha sonora, deixando um silêncio. Aí, do nada, solta um barulho ou algo aparece na tela. A pessoa toma o susto, mas não é pelo medo em si. Esse filme tenta fazer isso, mas falha de maneira retumbante.
A tal casa parecia uma olhando por fora, e outra totalmente diferente olhando por dentro. Ela conta com um sistema de iluminação incrível, considerando que é uma propriedade nos cafundós da Inglaterra.
Todo o filme tem um problema de ritmo. Passa pelos itens do roteiro de maneira apressada. Igual na primeira cena da transa, depois do jantar. Provavelmente o roteiro pedia algo na linha do sexo intenso, selvagem, feito no meio da ampla sala de jantar, com castiçal de velas, taças de vinho, pratos de comida, toalha de mesa branca num mobiliário refinado. O que eles tinham por lá era uma mesa minúscula. A impressão era que o ator não poderia arremessar os pratos e as taças de vinho no chão, e jogar a moça na mesa. No todo, essa cena ficou muito bizarra.
Teve uma hora que o terno azul do cara se teleportou de cadeira. Era nesse tipo de coisa que eu reparava, pois o tédio bateu cedo. Eu torcia para o tal Carnivore chegar logo.
O cameraman parecia ter dificuldades para segurara a câmera por vezes. Imagino que o objetivo seria dar um realismo e uma proximidade do público com os protagonistas. Mas ficou estranho. Algumas outras tomadas ficaram interessantes, quando eles seguem os personagens pela casa.
Em uma das cenas, eu não entendi a urgência de voltar com as luzes da casa. Se eles aguardassem algumas horas, pode ser que tudo se resolvesse. Talvez teria um motivo melhor, se mostrassem que a bateria do celular do careca estivesse descarregando. O que me leva ao próximo ponto.
Aquela casa parecia ser reforçada com chumbo, pois o Carnivore não conseguia quebrar o vidro da janela. Não conseguia derrubar nenhuma porta. Os pregos mágicos na janela fazem com que o Carnivore apenas apareça nas janelas aleatoriamente.
Outra coisa que eu me perguntei foi o seguinte: Se o velho tinha certo controle sobre o Carnivore E se o velho estava armado, não seria mais fácil se o velho rendesse o casal logo no começo? Ele chegava armado, os amarrava numa árvore, os deixava inconscientes, e aí chamava o Carnivore. E se o objetivo era usar a casa como uma cilada para que o Carnivore chegasse, por qual motivo o velho manteve o reforço dos pregos na casa?
O carro do motorista do Uber sumiu certa hora também. Ele só apareceu um bom tempo depois, quando o roteiro se lembrou dele.
A cena de ligar o gás do fogão deveria ser tensa, mas se desenrolou rápido demais. O careca achou que a explosão seria imediata. Sem contar que deixar a porta aberta ajuda a dispersar o gás de cozinha.
A escolha da música dos créditos finais foi, novamente, estranha. Uma música de balada para um filme que deveria ser de terror.
A Volta do Mestre dos Brinquedos
3.1 45Mestre dos Brinquedos 3 se passa totalmente no passado.
Conta com um motorista nazista títere. Apresenta a tal Elza (não a do "Let it go"), que morre de maneira meio besta. O roteiro provavelmente diria que ela morreu protegendo a invenção do seu marido, mas a execução ficou estranha. Ela deu uns passos na direção do Gaytorade limão, tomou dois tiros nas costas e morreu pouco tempo depois.
Esse filme mostra também a "origem" dos bonecos. A Elsa vira uma boneca que solta sanguessugas da boca. O nazista que perseguia Toulon se torna o boneco com gancho e faca na mão. Mas na verdade não, pois o próprio boneco ataca o nazista. Então essa explicação não fez tanto sentido.
A animação stop motion é bem decente. Mas deixa tudo com aspecto bem lento.
Tem um garoto cuja mãe está presa. E o pai dele morre também. Uns vinte minutos depois, ele meio que esquece disso tudo e se torna assistente do Toulon. Pelo menos ele já sabe que, quando morrer, ele também se tornará um boneco aleatório.
No final do filme já anunciaram a continuação. É a primeira vez que fazem isso nessa série. Deve ser muita confiança no "universo cinemático do mestre dos brinquedos" recém criado.
O Mestre dos Brinquedos
3.1 120Mesma mansão, mesmos bonecos. Grupo diferente de investigadores paranormais mortos. Defunto ambulante diferente. Adicionaram algumas coisas novas para o "universo cinemático dO Mestre Dos Brinquedos":
O títere que se matou no primeiro filme tinha uma esposa. E fez um tipo de pacto com um cara que tinha literalmente um olhar incendiário. Outra informação relevante é que o suco verde detox dá vida aos objetos por apenas 50 anos. Depois precisa de juntar orelhas e pedaços de corpos em uma sopa de alho-poró para criar uma nova poção.
Em filmes desse tipo eu fico curioso sobre como a informação se propaga entre os filmes. Mesmo ainda no segundo filme, já tem alguns sérios indícios de que aquela mansão/hotel tem uma grande possibilidade de matar uma equipe de investigadores paranormais. E dessa vez eles tem gravações de um dos bonecos em ação. E até chegaram a tirar raio X do boneco pelado.
Algo que ficou subentendido no filme é a possibilidade do soro alterar completamente a personalidade da pessoa. A moça que virou um manequim sinistro virou quase outra personagem. Deram indícios que atuarão fora do local principal do filme. Aguardemos as inúmeras continuações para descobrir a resposta.
Bonecos da Morte
3.1 149"Mestre dos Brinquedos" foi feito direto para VHS. Produção de orçamento baixo, roteiro nem sempre coeso. Ainda assim o filme tem o seu "charme", por assim dizer. As animações dos bonecos são feitas em sua maioria em Stop Motion, uma técnica clássica de animação. Isso explica a interação problemática entre os humanos e os bonecos. Parece que cada um está em um lugar, pois é complicado de unir uma animação com um ator.
Outra característica da série é o visual distinto de cada boneco. Seguem um estilo elaborado por um hipotético "bonequeiro" nazista insano. Não elaboram muito a história no começo. O criador deles morreu, e meio que ficou nisso.
1. Se matar
2. ...
3. Profit!
Os 13 filmes seguintes iriam expandir algo que parecia um filme relativamente fechado.
Toda sua ação se passa na mesma casa. Isso ajuda a manter o orçamento baixo. Ficou um pouco confuso também se a tal mansão era uma moradia ou um hotel. Ou alguma coisa misturada.
Fogo Sombrio
1.1 19 Assista AgoraQ U E ? ? ? ?
Demon Cop
2.6 1O filme parece uma colcha de retalhos. Diversos trechos filmados foram unidos e adicionaram trechos com narração. É bem complicado de entender o que está ocorrendo.
Exige muita atenção para ser compreendido minimamente. História fragmentada, mas não considero que tenha sido proposital. As escolhas de enquadramento são estranhas. Mostram os personagens conversando de costas frequentemente. Imagino que seja para colocar outra dublagem por cima.
Já perto do final, o filme fica surreal.
Demon Cop datilografa uma carta na máquina de escrever. Arremessa uma mesa que está sem o tampo de vidro. Toma taser da moça cadeirante. E notamos que na verdade o Demon Cop seria um Parole Officer Werewolf. E que só seria afetado na lua cheia, embora ataque durante o dia.
O Desafio Final
2.7 12Bem divertido esse filme. Quase todos os personagens desse universo sabem lutar artes marciais. O roteiro é razoável. Não fazia ideia que a Cynthia Rothrock serviu de inspiração visual para a Sonya Blade.
Apocalypse Female Warriors
1.5 1Len Kabasinski é um fã de filmes B, e é faixa preta em artes marciais. Tem uma produção de filmes em ritmo quase industrial. Os filmes são no estilo "B movies", e tem como ponto positivo as coreografias de luta.
Apocalypse Female Warriors se passa em um mundo pós apocalítico. Um grupo de mulheres tem como objetivo chegar até uma das poucas cidades habitadas. Conta com sangue CGI, explosões feitas com computação gráfica, câmeras que tremem muito e armas que soltam tiros de computação gráfica.
Ele tem um Patreon (KillerWolfFilms). Pagando 2 dólares por mês, é possível assistir quase todos os filmes dele em formato digital.
No caso de "Apocalypse Female Warriors", o vídeo conta com comentários do pessoal do Red Letter Media.
Killer Sofa
2.0 47Filme ruim ruim. Não considero que seja tão ruim que seja bom.
Robin Hood
3.4 1,0K Assista AgoraTem como diretor Ridley Scott, o mesmo do incrível "Gladiador". Tem o Russel Crowe como protagonista. Mostra uma versão realista do Robin Hood. Teria tudo para ser um ótimo filme. Mas não é tão marcante. O filme "Gladiador" tem muitas cenas de ... gladiadores. Já Robin Hood tem poucas cenas ... do Robin Hood roubando dos ricos. Dedicaram muito tempo para mostrar a política inglesa, e a tal história do Robin Hood foi apenas uma moldura.
Mas ainda assim o filme tem partes positivas. Tentar trazer realismo para uma lenda é legal por mostrar cenas de batalhas medievais e ambientações da época, por mais que não sejam 100% precisas. Outro ponto positivo foi a história dele assumir uma identidade de um nobre.
A mim seria mais positivo se usassem a mesma situação narrada, mas começassem a história um tempo depois. O Robin Hood poderia ser um tipo de "Batman medieval". Durante o dia ele seria um nobre, mantendo uma identidade digna. Durante a noite, ele atuaria com seu capuz, roubando os outros nobres. Assim teria algum tipo de novidade, e ainda guardaria alguma relação com o material original.
Viúva Negra
3.5 1,0K Assista AgoraO filme tem um problema de ritmo. Eu notei isso logo na parte inicial do filme. Cenas de ações embaralhadas com a protagonista saltando de um lugar para o outro.
Fiquei entediado na metade do filme. Já estava bem claro que iriam achar o maluco lá. E todo mundo iria junto. E que iriam achar algum tipo de conexão, pois tentaram fazer com que esse fosse um filme sobre família.
Eles não fazem mas falam. Regra oposta. As tensões ou características dos personagens foram na maior parte ditas, e não necessariamente exibidas através de dilemas ou ações.
Não se decidem se é comédia ou drama. Disney não teria coragem de adaptar algo mais dramático. Eu compreenderia se tentasse dar uma tom de James Bond, cheio de ação, piadas e roteiro leve. E acharia incrível se focassem no lado mais obscuro, com drama psicológico e sem um final feliz, apenas uma decrescente opressiva. Algo na linha da série da Viúva Negra que li há muito tempo atrás, no selo Marvel Max, escrita pelo Greg Rucka. O que ficou estranho foi usar uma situação de remoção de útero no contexto de uma piada.
Tentaram uma vez mais um filme "Girls get it done". Igual o remake de "As Panteras", igual "Capitã Marvel", igual "Arlequina". Faz escolhas parecidas com os filmes já citados, e terá como resultado o mesmo nível de memória das pessoas que o viram. Em poucos anos, quase ninguém se lembrará dos detalhes desse filme.
Soul
4.3 1,4KTrilha sonora sensacional.
História no nível Pixar.
Um Príncipe em Nova York
3.1 656 Assista AgoraNile Rodgers e sua grande capacidade para a música. Incrível.
Um Príncipe em Nova York 2
2.8 459 Assista AgoraEra o que eu esperava. Mesmo tipo de roteiro do primeiro filme. É quase como ouvir uma piada pela segunda vez. Mais lacração que o filme anterior. Trilha sonora que tentou alcançar a do filme anterior.
Destaque para as atuações de James Earl Jones e Wesley Snipes.
Homem-Aranha: No Aranhaverso
4.4 1,5K Assista AgoraA premissa é interessante. A técnica de animação que quase parece um filme também é muito elaborada. A parte do roteiro ficou com algumas falhas de ritmo.
Assim como a nova trilogia de Star Wars, os discípulos aprendem tudo por conta própria. A figura do mestre está ausente. Com um toque de mágica, a passagem é feita. Nessa animação ocorreu em menos de três minutos. Seria como Adonis Creed se jogar num ringue sem sequer conhecer direito o Rocky Balboa. Tentaram usar o homem-aranha divorciado como figura do mestre, mas não foi o que ocorreu na prática. Pois ele não chegou a auxiliar em nada. Estava mais como um parceiro de aventuras. Fora que ele mesmo teve a resolução de seu dilema próprio. Merlin, Yoda e o Mickey Goldmill não tinham nenhum dilema próprio. Eles atuavam de uma maneira bem específica no filme.
Esse fator acima e também a mensagem final ("todos podem ser heróis") mais confunde do que atrapalha. A transformação não ocorre sem um processo, sem um mapa e sem um custo. Note que o custo para Peter Parker foi perder o próprio tio Ben.
Dieta de Gladiadores
4.2 47Aproveitei 5% do conteúdo. Eu poderia resumir a mensagem principal em duas palavras: "agenda vegana". Um documentário marcante, mas não da maneira tradicional.
Blade Runner 2049
4.0 1,7K Assista AgoraCom base na fotografia do filme, tenho ainda mais esperança no filme Duna. O roteiro tentou caminhar por si só, na sua maioria. Usou um tipo de ambiguidade para gerar uma reviravolta dupla.
Está longe de ser tão marcante quanto o seu antecessor, mas foi um filme digno.
Borat: Fita de Cinema Seguinte
3.6 551 Assista AgoraO humor me pareceu bem datado. Antes que o cenário da piada fosse estabelecido, já dava para ter uma noção do tipo de situação engraçada que seria mostrada logo a seguir. Citam casos reais, e os exageram. Atuam de maneira irônica com pessoas que aparentam ser sinceras, e fazem parte da piada sem notarem. Quando eu vi o primeiro filme, achei muito engraçado. Agora, nem tanto.
A única parte que achei bem bolada foi a paródia de filme da Disney com o Trump sendo mostrado como um príncipe encantado. Foi inesperado, e bem trabalhado, dado todo o contexto. A filha do Borat fez um ótimo trabalho de interpretação. Fora isso o roteiro é básico, com uma jornada dupla, críticas políticas e uma pitada de Covid-19.
O Rei dos Kickboxers
3.1 40Puro suco dos anos 80/90. Se passa em Bangcok, na Tailândia. Está bem diferente dos tempos atuais. Mas algumas atrações turísticas são identificáveis mesmo naquela época.
O roteiro em si é básico, mas é muito superior a qualquer filme descartável de hoje. Tem todas as etapas da "Jornada do Herói". Boa parte dos personagens tem motivação rasa. Mas as cenas de luta compensam tudo isso.
Duna de Jodorowsky
4.5 143O documentário mergulha na visão de um artista. Que tinha muito dinheiro, e queria mudar o mundo. Quis montar o seu "dream team", com as melhores mentes artísticas de seu tempo. E quase conseguiu fazer um dos melhores filmes de todos os tempos. Todos os envolvidos estavam no seu auge criativo.
Eu sou um fã de Duna, e noto que quase nenhum dos envolvidos sabia do que se tratava o livro. Em termos de adaptação não teria mérito algum. Mas a proposta do filme em si é sensacional.
Duna: Parte 1
3.8 1,6K Assista Agora"É no início que se deve tomar, com máxima delicadeza, o cuidado de dar às coisas sua devida proporção"
Entre Facas e Segredos
4.0 1,5K Assista AgoraA sensação foi de estar em um livro do Sidney Sheldon. Tem um assassinato, e o detetive trata de descobrir quem é. Bem divertido de notar como o roteiro foi construído.
Eu tinha o palpite
de que o próprio escritor tinha forjado a sua morte. Mas isso caiu por terra quando foi mostrada a cena dele cortando a própria garganta. Na hora, o outro suspeito seria justamente o Capitão América. E acabou que foi ele mesmo
Tal como o filme Sexto Sentido, todas as peças necessárias estão no filme. Jogadas discretamente, elas fazem todo o sentido em retrospecto. Claro que tem pistas falsas e informações jogadas por outros motivos.
Um personagem por exemplo falou que a família da enfermeira veio do Equador. Outro falou que veio do Paraguai. Poderia ser uma contradição de um assassino que estivesse ocultando algo. Mas, na realidade, era mero desinteresse. Eles não sabiam exatamente de onde eram as origens da moça. Era tudo igual para eles. Depois iriam dizer que tinha origem no Uruguai, e até mesmo no Brasil.
A reviravolta final foi bem legal.
Pois em boa parte do filme temos a informação vital. Algo que os outros personagens parecem não saber. Temos todo o relato da enfermeira. E imaginamos que o detetive está sendo enganado todo o tempo. Por conta disso, já imaginava que o documento da parte final não iria indicar overdose de morfina. Só não deu tempo de pensar no que isso poderia implicar. E também a outra informação vital estava distante demais. O relato da mãe do escritor. E também o único depoimento da família que não foi tomado. Do personagem que aparece no meio do filme e obtém uma grande confiança da enfermeira. É o único personagem que ouve toda a verdade da enfermeira.
O responsável por isso foi Ryan Johnson. Nem parece o mesmo que fez aquele filme tão polêmico de Star Wars. O caminho dele parece ser mesmo trabalhar com criações próprias.