Achei inferior em relação à primeira, os roteiristas da série tinham um vício de criar crossovers com períodos antigos em contraste com o novo, o futurista; em alguns casos essa mistura veio a calhar, contudo, nessa temporada, ocorreu uma enxurrada de episódios assim e, mesmo que a mensagem tenha sido passada, ou pelo menos a intenção, acabou dando a sensação de repetição, como se estivessem sem ideias; inclua no pacote um pouco de pseudociência e alguns episódios acabam se tornando intragáveis.
Contudo, o aprofundamento dos personagens e a consolidação do trio de protagonistas, nos proporciona momentos bastante divertidos; sempre à frente aos costumes da época, apesar de paradoxalmente se mostrar bastante "presa" a eles em algumas situações, continua surpreendendo com personagens como a Uhura, que nessa temporada teve um peso maior com excelentes momentos (destaque para o episódio "O Reflexo no Espelho", onde podemos vê-la numa posição diferente e com uma atitude bem "badass") e o cientista gênio de "The Ultimate Computer".
"O Computador Supremo", inclusive, foi o meu episódio preferido da temporada, incrível como soa atual e como traça um paralelo com o que vem ocorrendo na atualidade com o advento das "I As" e a ameaça que elas podem representar para algumas profissões. Outra coisa que me surpreendeu, foi perceber o quanto o plot desse episódio é parecido com o de "2001", que estreou nos cinemas um pouco depois da exibição do mesmo na TV...
Excelente adaptação! As minhas expectativas estavam bem altas por conta dos envolvidos e foram atendidas além do que esperava; respeita a história original ao mesmo tempo que expande e oferece novos elementos à narrativa. Gostei bastante da multinacionalidade dos personagens e, especialmente da naturalidade como ela é explorada, dá mais embasamento à unidade que uma situação hipotética como essa pode proporcionar aos povos da Terra, ou seja, a união de todos eles ante à uma ameaça externa...
Nunca havia parado para "maratonar", até mesmo quando todos os episódios apareceram disponíveis em streaming, focava mais nos episódios mais marcantes, o que não aconteceu com a Nova Geração, da qual sempre fui fã.
Foi uma experiência agradável explorar o universo da série clássica que deu origem à franquia, mesmo com os momentos irritantes em que o roteiro não transcendia do período em que a série era produzida, com muitas citações a períodos não muito distantes daquela década, como se a humanidade tivesse tido o seu "salto" rumo às estrelas, quase que imediatamente àquele período, faltou preencher um pouco com coisas que fugissem do trivial.
Ao mesmo tempo, a série ia aonde ninguém naquela época havia ousado em ir, a ponto de o piloto, que trazia uma mulher como primeiro oficial, fosse rejeitado por ter sido considerado "inteligente" demais para o público daquela época. Num período em que a luta pelos direitos civis no norte da américa se intensificava, trazia na ponte de comando uma mulher negra numa posição de igualdade, como a própria Nichelle Nichols citou num dos muitos documentários realizados, nunca visto antes, mostrando que a evolução na série, ia além da tecnológica...
Apesar de toscos, sou apaixonado pelos cenários futuristas daquele tempo, a iluminação estilosa também acrescenta charme à produção e, apesar de incomodar um pouco, gostei do trabalho de restauração das imagens, acrescentando efeitos que não eram possíveis naquele tempo. Outra coisa que me chamou a atenção foi o quão influente as histórias foram nas produções seguintes, servindo de substrato para quase tudo que se vê hoje em dia no mundo sci fi.
Acho que seja natural o desgaste que uma série, por melhor que seja, sofra com o tempo, contudo, apesar não empolgar tanto quanto na época em que foi lançada, continuo achando que as histórias estejam mantendo o nível que trouxe a série até aqui, nessa temporada por exemplo, temos episódios sensacionais como o do "espaguete" e o episódio de encerramento. Entre altos e baixos, o saldo continua positivo...
Essa temporada está quase no nível da primeira, pelo menos no do primeiro episódio "The National Anthem"; o tempo onde as histórias se passam está bem próximo do atual.
Acho que ainda não existe um jogo tão sofisticado quanto o do episódio "Striking Vipers", mas acredito que não deve demorar muito para surgir, enquanto que em "Smithereens", temos mais do que uma crítica à sociedade atual, soa mais como um alerta sobre o poder que as Big Techs, especialmente as redes sociais, estão exercendo sobre ela.
Por fim, "Rachel, Jack and Ashley Too", apesar da incongruência em alguns momentos, apresenta um cenário bastante atual e à frente do tempo na época do lançamento...
Na época do lançamento, o meu preferido foi "Crocodile", revendo agora, fica difícil escolher um, a exceção talvez seja "USS Callister", que não gostei muito na época e menos ainda agora. Gosto muito de "Metalhead", um dos melhores da antologia, na minha opinião, "Arkangel" subiu o score desta vez, assim como o excelente "Black Museum", que me faz lembrar um pouco de "Contos da Cripta" e de "Perversions of Science" (especialmente deste), "Hang the DJ" também é muito bacana...
Um achado incrível essa série documental, muito importante no sentido de resgatar a nossa ancestralidade africana em detrimento da tentativa de embranquecimento do país, ocorrida após a abolição. Precisamos fazer esse movimento, o Sankofa, como meio de fortalecimento da identidade nacional, para expurgar de vez esse complexo de vira-latas, que aliás, não deveria ser motivo de vergonha, mas de orgulho...
Eu até consigo entender aqueles que se frustraram com essa temporada, mesmo amando, eu também senti a falta das parafernálias tecnológicas em alguns episódios, contudo, dizer que essa é a menos "Black Mirror" ou que não chegou perto de ser, é deixar claro que não se compreendeu o verdadeiro espirito da série que não trata apenas sobre tecnologia, mas sobre nós mesmos...
"A temporada mais imprevisível", mais previsível do que eu esperava, mesmo assim amei todos os episódios, especialmente "Beyond the sea"...
Me diverti muito com Annie Murphy (que não conhecia, mas achei super fofa e meio que parecida com a Björk) e Salma "f*cking" Hayek, apesar desse ser o mais angustiante dessa temporada e o que mais se aproximou da essência de "Black Mirror". Contudo, bem antes do final, eu já sabia como iria terminar, o mesmo ocorre com o segundo que, apesar de previsível, tem bons momentos de tensão e um lance meio "mokcumentary".
"Beyond the Sea" é o que eu mais gostei, ouso dizer que é um dos melhores da franquia e um dos mais viscerais; um dos raros casos em que a expectativa é atendia e quase ultrapassada. É um episódio perfeito para quem gosta das clássicas histórias de ficção científica, com muitas referências a estas obras e com um final desconcertante (mas previsível) que me deixou com uma sensação parecida com a que tive após ler "The Cold Equations".
"Mazey Day" talvez seja o que realmente chega perto de ter a imprevisibilidade prometida para essa temporada, mesmo não sendo um dos mais brilhantes, enquanto "Demônio 79", apesar de ser o menos black mirror da temporada, tem uma direção de arte bem bacana e bons momentos de tensão, além da ótima química entre os protagonistas.
Ao invés de tentarem vendê-la como a mais imprevisível, deveriam tê-la anunciada como a mais retro, mesmo que esse adjetivo, em tese, não combine muito com o universo da série...
A primeira vez que ouvi falar de "Black Mirror" foi numa reportagem de "Motherboard" que falava sobre como a tecnologia tem nos afetado (pelo menos eu acho que era esse o assunto) e o episódio citado era o "Fifteen Million Merits". Não demorei muito pra procurar assistir e ser impactado com uma história, que tirando todo o lado fantasioso, refletia bem o modo como a humanidade vem se comportando nos últimos tempos.
Revendo agora, após tanto tempo, além da história não ter perdido a capacidade de impactar, ainda pude perceber outros detalhes que naquele momento passaram "batido", como por exemplo, o quanto o controle exercido sobre as pessoas nesta história faz lembrar o modo como operava a sociedade de Oceania de George Orwell em 1984. Em seguida assisti ao primeiro, que me perturbou bem mais desta vez do que naquela ocasião e para arrematar, o terceiro episódio nos mostra que não é a tecnologia que é estranha e sim a humanidade.
A narrativa me faz lembrar das antigas antologias de ficção cientifica, que procuravam prever uma realidade num futuro distante e de como a tecnologia faria parte de nós e dessa nova realidade, com a diferença de que agora o futuro já não é mais distante...
Esse tipo de narrativa utilizada pelo Raphael Draccon já está mais do que desgastada e nessa temporada tem o agravante de ter sido acelerada, prejudicando o aprofundamento na trama de personagens importantes. Gostei dos atores indígenas, mas o modo genérico como a trama trata a cultura dos povos originários empobrece bastante a obra...
O medo da memória afetiva ficar comprometida não se concretizou, ver a Anri ajudar a salvar o dia com o seus, até então, inéditos saltos alto a jato, valeu toda a maratona ♥
Um dos melhores animes que já vi, simplesmente sensacional, com um plot bastante inovador pra época em que foi lançado (lembra bastante de séries como Firefly e The Expanse, ambas lançadas após) repleto de elementos das histórias clássicas de ficção científica e de seus mais diversos subgêneros, além de uma alta dose de noir. A trilha sonora é perfeita, tão afiada quanto uma bala...
A trama é muito bem elaborada e conta com bons efeitos especiais; gostei especialmente dos personagens serem de diversas nacionalidades e que cada um fale em seu idioma, dá um clima de "Babel" à narrativa.
O enredo não é dos mais geniais, bebe de diversas fontes, assim como a guria que os acusa de plágio (inclusive, acredito que essas "coincidências" serão cada vez mais frequentes, visto que todos temos acesso às mesmas informações, basta o mesmo interesse para que elas ocorram, sem que necessariamente um esteja copiando o outro, sem contar que acho que ela forçou a barra, as duas histórias tem propostas bem diferentes), mas consegue prender até o final, mesmo com o excesso de informação dando a impressão que estamos sendo levados a lugar nenhum.
Não sei se tem "gás" para mais temporadas apesar do "gancho", mas caso não aconteça, o final é satisfatório e deixa margem para muitas interpretações...
O primeiro episódio não é muito bom, quase desisti, o que me fez ir adiante foi a aparição de Lars Von Trier no final, achei bem legal e a partir do segundo comecei a achar mais interessante. Gostei especialmente dos elementos surrealistas, além dos momentos que fazem lembrar de filmes do Lynch e do Cronenberg. O último episódio foi o melhor...
Uma história bastante perturbadora em muitos sentidos, não apenas pelos eventos, mas especialmente pelo fato da figura de um assassino ter sido banalizada pela cultura pop. A não linearidade da trama foi uma sacada brilhante, elevando a tensão e o suspense. O elenco é super competente e a produção é muito boa. O roteiro transita bem entre o thriller, questões sociais e psicológicas; bem melhor do que eu estava esperando...
Está à altura da HQ, as modificações serviram para ampliar e deixar a história original ainda mais interessante. O capítulo em que acontece o embate entre Sandman e Dee, conseguiu superar o dos quadrinhos, contudo o CGI, especialmente em algumas cenas do Inferno, não me agradou muito, mas a caracterização dos personagens ficou ótima (principalmente a do Coríntio e Desejo).
Uma das coisas mais chocantes que eu lembro ter visto na minha adolescência, foram as notícias relacionadas à morte de Daniela Perez. Nunca tive o hábito de assistir novelas e nem sabia quem ela era, mas ainda assim, foi marcante saber da forma como ela foi assassinada.
Sempre que o caso vinha à tona eu tentava entender o motivo dos assassinos, sempre me pareceu sem sentido essa morte; a série mostra os esforços de Glória Perez, não apenas por justiça, mas também para preservar a memória da filha e joga uma luz nesse "mistério", com detalhes ainda mais perturbadores sobre o acontecido.
Também funciona como um registro histórico, interessante perceber o quanto as coisas mudaram daquele tempo até os nossos dias e o quanto o país era diferente naquela época...
Desfecho emocionante, não esperava um final tão legal como foi o episódio de encerramento que deixa toda uma gama de possibilidades em aberto. Quase impossível não se envolver e imaginar como cada um de seus personagens, irão seguir com suas vidas...
Não me recordo onde, mas li em algum lugar certa vez, que algum autor ou crítico das gringas, comparou a obra a Game of Thrones, dizendo que a série levava para o espaço a complexidade do jogo e interesses políticos que ocorrem na série de fantasia.
Achei bastante pertinente a comparação; nas primeiras temporadas, esse jogo político era bem acentuado, mas conforme a "Protomolecula" ia ganhando mais destaque, a trama abandonou um pouco esse aspecto que retornou com tudo nesta temporada.
Conforme a trama avançava, especialmente na anterior, mesmo dando indícios que algo de errado ocorria no "Reino da Dinamarca", ela acenava para uma possível conexão e colaboração entre os povos, enquanto isso, na periferia do sistema, rebeldes tramavam o que seria o tom dessa temporada.
Há momentos em que, realmente parece que a série estava perdendo um pouco o rumo e talvez um pouco da qualidade do roteiro, mas eu os encaro como pequenos deslizes de um esforço para torna-la um pouco mais popular, acrescentando um mais ação e, por que não, um pouco mais de romance.
Ao meu ver, continua sendo uma das principais obras de ficção científica dos últimos anos, os motivos, eu não canso de dizer: as inúmeras referências às obras clássicas, os personagens maravilhosos, os excelentes efeitos visuais e um roteiro que casa muito bem as diversas facetas do universo sci-fi.
Outra coisa que eu amo profundamente nesta série é a diversidade étnica. O elenco é composto por indivíduos das mais diversas etnias, mas na trama, tirando a esfera de poder a qual cada um está inserido (internos ou belters), essas diferenças passam batido. São pessoas dos mais variados tipos, o amálgama que compões a espécie humana...
Entrega tudo: elementos das clássicas "Space Óperas", "Hard Science Fiction", excelentes efeitos especiais e personagens marcantes (Os meus preferidos continuam sendo Amos e Chrisjen Avasarala).
Essa temporada extrapola os limites do sistema solar ao mesmo tempo em que revela mais sobre a sociedade marciana e terrestre; os personagens ganharam maior profundidade ao serem postos em situações adversas às que se encontravam, como no caso de Chrisjen que teve de enfrentar uma disputa eleitoral.
Eu me surpreendo a cada temporada, até o momento nenhuma delas decepcionou...
Jornada nas Estrelas (2ª Temporada)
4.5 28 Assista AgoraAchei inferior em relação à primeira, os roteiristas da série tinham um vício de criar crossovers com períodos antigos em contraste com o novo, o futurista; em alguns casos essa mistura veio a calhar, contudo, nessa temporada, ocorreu uma enxurrada de episódios assim e, mesmo que a mensagem tenha sido passada, ou pelo menos a intenção, acabou dando a sensação de repetição, como se estivessem sem ideias; inclua no pacote um pouco de pseudociência e alguns episódios acabam se tornando intragáveis.
Contudo, o aprofundamento dos personagens e a consolidação do trio de protagonistas, nos proporciona momentos bastante divertidos; sempre à frente aos costumes da época, apesar de paradoxalmente se mostrar bastante "presa" a eles em algumas situações, continua surpreendendo com personagens como a Uhura, que nessa temporada teve um peso maior com excelentes momentos (destaque para o episódio "O Reflexo no Espelho", onde podemos vê-la numa posição diferente e com uma atitude bem "badass") e o cientista gênio de "The Ultimate Computer".
"O Computador Supremo", inclusive, foi o meu episódio preferido da temporada, incrível como soa atual e como traça um paralelo com o que vem ocorrendo na atualidade com o advento das "I As" e a ameaça que elas podem representar para algumas profissões. Outra coisa que me surpreendeu, foi perceber o quanto o plot desse episódio é parecido com o de "2001", que estreou nos cinemas um pouco depois da exibição do mesmo na TV...
O Problema dos 3 Corpos (1ª Temporada)
3.4 164 Assista AgoraExcelente adaptação! As minhas expectativas estavam bem altas por conta dos envolvidos e foram atendidas além do que esperava; respeita a história original ao mesmo tempo que expande e oferece novos elementos à narrativa. Gostei bastante da multinacionalidade dos personagens e, especialmente da naturalidade como ela é explorada, dá mais embasamento à unidade que uma situação hipotética como essa pode proporcionar aos povos da Terra, ou seja, a união de todos eles ante à uma ameaça externa...
Jornada nas Estrelas (1ª Temporada)
4.5 115 Assista AgoraNunca havia parado para "maratonar", até mesmo quando todos os episódios apareceram disponíveis em streaming, focava mais nos episódios mais marcantes, o que não aconteceu com a Nova Geração, da qual sempre fui fã.
Foi uma experiência agradável explorar o universo da série clássica que deu origem à franquia, mesmo com os momentos irritantes em que o roteiro não transcendia do período em que a série era produzida, com muitas citações a períodos não muito distantes daquela década, como se a humanidade tivesse tido o seu "salto" rumo às estrelas, quase que imediatamente àquele período, faltou preencher um pouco com coisas que fugissem do trivial.
Ao mesmo tempo, a série ia aonde ninguém naquela época havia ousado em ir, a ponto de o piloto, que trazia uma mulher como primeiro oficial, fosse rejeitado por ter sido considerado "inteligente" demais para o público daquela época. Num período em que a luta pelos direitos civis no norte da américa se intensificava, trazia na ponte de comando uma mulher negra numa posição de igualdade, como a própria Nichelle Nichols citou num dos muitos documentários realizados, nunca visto antes, mostrando que a evolução na série, ia além da tecnológica...
Apesar de toscos, sou apaixonado pelos cenários futuristas daquele tempo, a iluminação estilosa também acrescenta charme à produção e, apesar de incomodar um pouco, gostei do trabalho de restauração das imagens, acrescentando efeitos que não eram possíveis naquele tempo. Outra coisa que me chamou a atenção foi o quão influente as histórias foram nas produções seguintes, servindo de substrato para quase tudo que se vê hoje em dia no mundo sci fi.
Rick and Morty (7ª Temporada)
4.0 60 Assista AgoraAcho que seja natural o desgaste que uma série, por melhor que seja, sofra com o tempo, contudo, apesar não empolgar tanto quanto na época em que foi lançada, continuo achando que as histórias estejam mantendo o nível que trouxe a série até aqui, nessa temporada por exemplo, temos episódios sensacionais como o do "espaguete" e o episódio de encerramento. Entre altos e baixos, o saldo continua positivo...
Black Mirror (5ª Temporada)
3.2 959Essa temporada está quase no nível da primeira, pelo menos no do primeiro episódio "The National Anthem"; o tempo onde as histórias se passam está bem próximo do atual.
Acho que ainda não existe um jogo tão sofisticado quanto o do episódio "Striking Vipers", mas acredito que não deve demorar muito para surgir, enquanto que em "Smithereens", temos mais do que uma crítica à sociedade atual, soa mais como um alerta sobre o poder que as Big Techs, especialmente as redes sociais, estão exercendo sobre ela.
Por fim, "Rachel, Jack and Ashley Too", apesar da incongruência em alguns momentos, apresenta um cenário bastante atual e à frente do tempo na época do lançamento...
Black Mirror (4ª Temporada)
3.8 1,3K Assista AgoraNa época do lançamento, o meu preferido foi "Crocodile", revendo agora, fica difícil escolher um, a exceção talvez seja "USS Callister", que não gostei muito na época e menos ainda agora. Gosto muito de "Metalhead", um dos melhores da antologia, na minha opinião, "Arkangel" subiu o score desta vez, assim como o excelente "Black Museum", que me faz lembrar um pouco de "Contos da Cripta" e de "Perversions of Science" (especialmente deste), "Hang the DJ" também é muito bacana...
Sankofa – A África que Te Habita
4.4 22Um achado incrível essa série documental, muito importante no sentido de resgatar a nossa ancestralidade africana em detrimento da tentativa de embranquecimento do país, ocorrida após a abolição. Precisamos fazer esse movimento, o Sankofa, como meio de fortalecimento da identidade nacional, para expurgar de vez esse complexo de vira-latas, que aliás, não deveria ser motivo de vergonha, mas de orgulho...
Comando Estelar Flashman
4.0 70Eram os meus favoritos ♥
Guerreiro Dimensional Spielvan
3.5 13Ouvi falar tanto mal do final que nem é tão ruim assim, na verdade, gostei bastante do plot twist :)
Black Mirror (6ª Temporada)
3.3 602Eu até consigo entender aqueles que se frustraram com essa temporada, mesmo amando, eu também senti a falta das parafernálias tecnológicas em alguns episódios, contudo, dizer que essa é a menos "Black Mirror" ou que não chegou perto de ser, é deixar claro que não se compreendeu o verdadeiro espirito da série que não trata apenas sobre tecnologia, mas sobre nós mesmos...
Black Mirror (6ª Temporada)
3.3 602"A temporada mais imprevisível", mais previsível do que eu esperava, mesmo assim amei todos os episódios, especialmente "Beyond the sea"...
Me diverti muito com Annie Murphy (que não conhecia, mas achei super fofa e meio que parecida com a Björk) e Salma "f*cking" Hayek, apesar desse ser o mais angustiante dessa temporada e o que mais se aproximou da essência de "Black Mirror". Contudo, bem antes do final, eu já sabia como iria terminar, o mesmo ocorre com o segundo que, apesar de previsível, tem bons momentos de tensão e um lance meio "mokcumentary".
"Beyond the Sea" é o que eu mais gostei, ouso dizer que é um dos melhores da franquia e um dos mais viscerais; um dos raros casos em que a expectativa é atendia e quase ultrapassada. É um episódio perfeito para quem gosta das clássicas histórias de ficção científica, com muitas referências a estas obras e com um final desconcertante (mas previsível) que me deixou com uma sensação parecida com a que tive após ler "The Cold Equations".
"Mazey Day" talvez seja o que realmente chega perto de ter a imprevisibilidade prometida para essa temporada, mesmo não sendo um dos mais brilhantes, enquanto "Demônio 79", apesar de ser o menos black mirror da temporada, tem uma direção de arte bem bacana e bons momentos de tensão, além da ótima química entre os protagonistas.
Ao invés de tentarem vendê-la como a mais imprevisível, deveriam tê-la anunciada como a mais retro, mesmo que esse adjetivo, em tese, não combine muito com o universo da série...
Black Mirror (1ª Temporada)
4.4 1,3K Assista AgoraA primeira vez que ouvi falar de "Black Mirror" foi numa reportagem de "Motherboard" que falava sobre como a tecnologia tem nos afetado (pelo menos eu acho que era esse o assunto) e o episódio citado era o "Fifteen Million Merits". Não demorei muito pra procurar assistir e ser impactado com uma história, que tirando todo o lado fantasioso, refletia bem o modo como a humanidade vem se comportando nos últimos tempos.
Revendo agora, após tanto tempo, além da história não ter perdido a capacidade de impactar, ainda pude perceber outros detalhes que naquele momento passaram "batido", como por exemplo, o quanto o controle exercido sobre as pessoas nesta história faz lembrar o modo como operava a sociedade de Oceania de George Orwell em 1984. Em seguida assisti ao primeiro, que me perturbou bem mais desta vez do que naquela ocasião e para arrematar, o terceiro episódio nos mostra que não é a tecnologia que é estranha e sim a humanidade.
A narrativa me faz lembrar das antigas antologias de ficção cientifica, que procuravam prever uma realidade num futuro distante e de como a tecnologia faria parte de nós e dessa nova realidade, com a diferença de que agora o futuro já não é mais distante...
Cidade Invisível (2ª Temporada)
3.4 184 Assista AgoraEsse tipo de narrativa utilizada pelo Raphael Draccon já está mais do que desgastada e nessa temporada tem o agravante de ter sido acelerada, prejudicando o aprofundamento na trama de personagens importantes. Gostei dos atores indígenas, mas o modo genérico como a trama trata a cultura dos povos originários empobrece bastante a obra...
O Fantástico Jaspion
4.1 164 Assista AgoraO medo da memória afetiva ficar comprometida não se concretizou, ver a Anri ajudar a salvar o dia com o seus, até então, inéditos saltos alto a jato, valeu toda a maratona ♥
Cowboy Bebop
4.6 251 Assista AgoraUm dos melhores animes que já vi, simplesmente sensacional, com um plot bastante inovador pra época em que foi lançado (lembra bastante de séries como Firefly e The Expanse, ambas lançadas após) repleto de elementos das histórias clássicas de ficção científica e de seus mais diversos subgêneros, além de uma alta dose de noir. A trilha sonora é perfeita, tão afiada quanto uma bala...
1899 (1ª Temporada)
3.6 394 Assista AgoraA trama é muito bem elaborada e conta com bons efeitos especiais; gostei especialmente dos personagens serem de diversas nacionalidades e que cada um fale em seu idioma, dá um clima de "Babel" à narrativa.
O enredo não é dos mais geniais, bebe de diversas fontes, assim como a guria que os acusa de plágio (inclusive, acredito que essas "coincidências" serão cada vez mais frequentes, visto que todos temos acesso às mesmas informações, basta o mesmo interesse para que elas ocorram, sem que necessariamente um esteja copiando o outro, sem contar que acho que ela forçou a barra, as duas histórias tem propostas bem diferentes), mas consegue prender até o final, mesmo com o excesso de informação dando a impressão que estamos sendo levados a lugar nenhum.
Não sei se tem "gás" para mais temporadas apesar do "gancho", mas caso não aconteça, o final é satisfatório e deixa margem para muitas interpretações...
O Reino II
3.9 18Assim como na primeira parte, deixaram o melhor para o final...
O Reino
4.0 73 Assista AgoraO primeiro episódio não é muito bom, quase desisti, o que me fez ir adiante foi a aparição de Lars Von Trier no final, achei bem legal e a partir do segundo comecei a achar mais interessante. Gostei especialmente dos elementos surrealistas, além dos momentos que fazem lembrar de filmes do Lynch e do Cronenberg. O último episódio foi o melhor...
Dahmer: Um Canibal Americano
4.0 671 Assista AgoraUma história bastante perturbadora em muitos sentidos, não apenas pelos eventos, mas especialmente pelo fato da figura de um assassino ter sido banalizada pela cultura pop. A não linearidade da trama foi uma sacada brilhante, elevando a tensão e o suspense. O elenco é super competente e a produção é muito boa. O roteiro transita bem entre o thriller, questões sociais e psicológicas; bem melhor do que eu estava esperando...
Sandman (1ª Temporada)
4.1 590 Assista AgoraEstá à altura da HQ, as modificações serviram para ampliar e deixar a história original ainda mais interessante. O capítulo em que acontece o embate entre Sandman e Dee, conseguiu superar o dos quadrinhos, contudo o CGI, especialmente em algumas cenas do Inferno, não me agradou muito, mas a caracterização dos personagens ficou ótima (principalmente a do Coríntio e Desejo).
Pacto Brutal: O Assassinato de Daniella Perez
4.4 415Uma das coisas mais chocantes que eu lembro ter visto na minha adolescência, foram as notícias relacionadas à morte de Daniela Perez. Nunca tive o hábito de assistir novelas e nem sabia quem ela era, mas ainda assim, foi marcante saber da forma como ela foi assassinada.
Sempre que o caso vinha à tona eu tentava entender o motivo dos assassinos, sempre me pareceu sem sentido essa morte; a série mostra os esforços de Glória Perez, não apenas por justiça, mas também para preservar a memória da filha e joga uma luz nesse "mistério", com detalhes ainda mais perturbadores sobre o acontecido.
Também funciona como um registro histórico, interessante perceber o quanto as coisas mudaram daquele tempo até os nossos dias e o quanto o país era diferente naquela época...
The Expanse (6ª Temporada)
3.9 31 Assista AgoraDesfecho emocionante, não esperava um final tão legal como foi o episódio de encerramento que deixa toda uma gama de possibilidades em aberto. Quase impossível não se envolver e imaginar como cada um de seus personagens, irão seguir com suas vidas...
The Expanse (5ª Temporada)
4.0 34 Assista AgoraNão me recordo onde, mas li em algum lugar certa vez, que algum autor ou crítico das gringas, comparou a obra a Game of Thrones, dizendo que a série levava para o espaço a complexidade do jogo e interesses políticos que ocorrem na série de fantasia.
Achei bastante pertinente a comparação; nas primeiras temporadas, esse jogo político era bem acentuado, mas conforme a "Protomolecula" ia ganhando mais destaque, a trama abandonou um pouco esse aspecto que retornou com tudo nesta temporada.
Conforme a trama avançava, especialmente na anterior, mesmo dando indícios que algo de errado ocorria no "Reino da Dinamarca", ela acenava para uma possível conexão e colaboração entre os povos, enquanto isso, na periferia do sistema, rebeldes tramavam o que seria o tom dessa temporada.
Há momentos em que, realmente parece que a série estava perdendo um pouco o rumo e talvez um pouco da qualidade do roteiro, mas eu os encaro como pequenos deslizes de um esforço para torna-la um pouco mais popular, acrescentando um mais ação e, por que não, um pouco mais de romance.
Ao meu ver, continua sendo uma das principais obras de ficção científica dos últimos anos, os motivos, eu não canso de dizer: as inúmeras referências às obras clássicas, os personagens maravilhosos, os excelentes efeitos visuais e um roteiro que casa muito bem as diversas facetas do universo sci-fi.
Outra coisa que eu amo profundamente nesta série é a diversidade étnica. O elenco é composto por indivíduos das mais diversas etnias, mas na trama, tirando a esfera de poder a qual cada um está inserido (internos ou belters), essas diferenças passam batido. São pessoas dos mais variados tipos, o amálgama que compões a espécie humana...
The Expanse (4ª Temporada)
4.0 26 Assista AgoraEntrega tudo: elementos das clássicas "Space Óperas", "Hard Science Fiction", excelentes efeitos especiais e personagens marcantes (Os meus preferidos continuam sendo Amos e Chrisjen Avasarala).
Essa temporada extrapola os limites do sistema solar ao mesmo tempo em que revela mais sobre a sociedade marciana e terrestre; os personagens ganharam maior profundidade ao serem postos em situações adversas às que se encontravam, como no caso de Chrisjen que teve de enfrentar uma disputa eleitoral.
Eu me surpreendo a cada temporada, até o momento nenhuma delas decepcionou...