Meus comments e citações no @_luisborges 1. Gírias recifenses <3 2. Tem maconha em Recife? Pensei que a praia tava limpa, Geraldo Júlio kkkk 3. "Eu gosto quando tu gosta do que tu não entende" 4. "[As pessoas] perderam a capacidade de espernear pras coisas mudarem" O que é isso? Previsão do futuro? 5. Velho, só poesia. Em letra, falada, imagem, som. 6. As cenas onde o ângulo de visão é de cima pra baixo são fodásticas 7. "A história quem cria é quem vê" Prevejo altos debates em aulas de filosofia da história 8. "Num tô pedindo pra namorar, tô pedindo pra trepar, quer não?" kkkk 9. "Num pode adquirir anticorpo não, é?" Argumento fail pra nadar no Capibaribe. Eu já vi gente nadando, mas não faz isso não pessoal, leptospirose 10. Cuidado, isso é filme pra mais de mês 11. "Conhece alguém que tenha medo de tu?" "Conheço. Eu mesmo" 12. Isso a Globo não mostra 13. "O que queremos é o direito de errar" 14. "Até a anarquia precisa de tradição" 15. "Cachaça e rapariga também é poesia"
Eu sei que teve gente "mais perdida do que filha de puta em dia dos pais" ao ver esse filme, mas é pra ficar assim mesmo. É mais um filme não enquadrável, não definível, pérola do cinema - do bom cinema - brasileiro. Já comentei sobre o quanto o cinema pernambucano está amadurecendo, orgulho de ser recifense, pernambucano, nordestino, brasileiro. Orgulho de fazer parte desse grupo anarquista de tradição, que (sobre)vive respirando a lama desses mangues. Meu sentimento é de ter assistido esse filme desde sempre. Ri bastante também. A escolha pelo preto e branco é mais que adequada e a composição é um caos perfeito. Cada cena exala poesia. O elenco é impecável - destaque ao Irandhir Santos, que é foda, só vejo o cara fazendo filme bom. Nanda, Juliano e Matheus que só tornaram o filme mais identificável e bonito de se ver. Sobre a nudez, cito o próprio diretor "Eu não faço filme com nudez para 'agressividar', eu faço para conquistar. E a nudez é só uma consequência"; o filme coloca a nudez e o sexo como normal, natural, necessário ou válvula de escape. Cheguei ao final do filme (se eu realmente cheguei ao final) refletindo sobre esses valores sociais invertidos, sei lá qual o problema de declamar um poema tão lindo para a sua amada pelado em cima de seu carro? Enfim, tô com vergonha de ter escrito um poema tão grande (ou comentário sei lá, tudo pra mim é poesia agora, de cachaça a raparigas). Mas é isso, direto para a lista de favoritos e obrigatoriamente sujeito a ver de novo e de novo e de novo.
Muita gente reclamando que a narrativa é lenta, não achei. Acho sim que o filme deseja passar uma narrativa-momento, que acompanha o pensamento e as reflexões. O filme deseja passar a vida como ela é, com altos e baixos, mas nem sempre com reviravoltas surpreendentes e desfechos impressionantes - atual fórmula da "indústria" cinematográfica. Kléber Mendonça Filho passou por cima de tudo isso, rejeitando a produção de um filme comercial descartável e optando por algo permanente, filosófico, atual, universal e que permite a inclusão de novos artistas. Outra coisa incrível é que "O Som ao Redor andou sozinho", Kléber não investiu nada ou quase nada com a propaganda do filme; como recifense e brasileiro vê-lo crescer aos olhos do público e da crítica especializada é catártico. Indicação ao Oscar mais que merecida.
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O Grande Hotel Budapeste
4.2 3,0KFilme tão perfeitinho - enquadramento, fotografia, figurino, atuações teatrais - que dá até agonia!
Febre do Rato
4.0 657Meus comments e citações no @_luisborges
1. Gírias recifenses <3
2. Tem maconha em Recife? Pensei que a praia tava limpa, Geraldo Júlio kkkk
3. "Eu gosto quando tu gosta do que tu não entende"
4. "[As pessoas] perderam a capacidade de espernear pras coisas mudarem" O que é isso? Previsão do futuro?
5. Velho, só poesia. Em letra, falada, imagem, som.
6. As cenas onde o ângulo de visão é de cima pra baixo são fodásticas
7. "A história quem cria é quem vê" Prevejo altos debates em aulas de filosofia da história
8. "Num tô pedindo pra namorar, tô pedindo pra trepar, quer não?" kkkk
9. "Num pode adquirir anticorpo não, é?" Argumento fail pra nadar no Capibaribe. Eu já vi gente nadando, mas não faz isso não pessoal, leptospirose
10. Cuidado, isso é filme pra mais de mês
11. "Conhece alguém que tenha medo de tu?" "Conheço. Eu mesmo"
12. Isso a Globo não mostra
13. "O que queremos é o direito de errar"
14. "Até a anarquia precisa de tradição"
15. "Cachaça e rapariga também é poesia"
Eu sei que teve gente "mais perdida do que filha de puta em dia dos pais" ao ver esse filme, mas é pra ficar assim mesmo. É mais um filme não enquadrável, não definível, pérola do cinema - do bom cinema - brasileiro. Já comentei sobre o quanto o cinema pernambucano está amadurecendo, orgulho de ser recifense, pernambucano, nordestino, brasileiro. Orgulho de fazer parte desse grupo anarquista de tradição, que (sobre)vive respirando a lama desses mangues. Meu sentimento é de ter assistido esse filme desde sempre. Ri bastante também.
A escolha pelo preto e branco é mais que adequada e a composição é um caos perfeito. Cada cena exala poesia. O elenco é impecável - destaque ao Irandhir Santos, que é foda, só vejo o cara fazendo filme bom. Nanda, Juliano e Matheus que só tornaram o filme mais identificável e bonito de se ver. Sobre a nudez, cito o próprio diretor "Eu não faço filme com nudez para 'agressividar', eu faço para conquistar. E a nudez é só uma consequência"; o filme coloca a nudez e o sexo como normal, natural, necessário ou válvula de escape. Cheguei ao final do filme (se eu realmente cheguei ao final) refletindo sobre esses valores sociais invertidos, sei lá qual o problema de declamar um poema tão lindo para a sua amada pelado em cima de seu carro?
Enfim, tô com vergonha de ter escrito um poema tão grande (ou comentário sei lá, tudo pra mim é poesia agora, de cachaça a raparigas). Mas é isso, direto para a lista de favoritos e obrigatoriamente sujeito a ver de novo e de novo e de novo.
O Som ao Redor
3.8 1,1K Assista AgoraMuita gente reclamando que a narrativa é lenta, não achei. Acho sim que o filme deseja passar uma narrativa-momento, que acompanha o pensamento e as reflexões. O filme deseja passar a vida como ela é, com altos e baixos, mas nem sempre com reviravoltas surpreendentes e desfechos impressionantes - atual fórmula da "indústria" cinematográfica. Kléber Mendonça Filho passou por cima de tudo isso, rejeitando a produção de um filme comercial descartável e optando por algo permanente, filosófico, atual, universal e que permite a inclusão de novos artistas. Outra coisa incrível é que "O Som ao Redor andou sozinho", Kléber não investiu nada ou quase nada com a propaganda do filme; como recifense e brasileiro vê-lo crescer aos olhos do público e da crítica especializada é catártico. Indicação ao Oscar mais que merecida.