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"Oásis de horror em meio a um deserto de tédio."

Últimas opiniões enviadas

  • Murilo

    Nos primeiros anos de sua carreira, Luc Besson fez memoráveis filmes com assassinos profissionais e também se aventurou com desenvoltura por outros rumos. A partir da década de 2000, a criatividade, o talento e a capacidade de inovar parecem ter minguado, transformando-se Besson num produtor e roteirista de filmes de ação genéricos e dispensáveis. Por isso, quando ele retorna ao tema que lhe é caro, a pergunta é inevitável: presenciaremos Besson voltando a ser jovem na maturidade, ostentando a perícia que já revelou ter, ou transitará na zona de conformo, versão diluída do diretor que um dia foi?

    O início de Anna tem um jeitinho de piloto automático. Pouca novidade e a estrutura de usar cenas anteriores àqueles acontecimentos que acabamos de presenciar - mostrando que aquilo que pensávamos ter visto necessitava ser ressignificado, revelando novas intenções - soa como artifício para mascarar a fragilidade do roteiro e seus lugares-comuns. A partir da metade, porém, a trama anda um pouco e passa a merecer mais atenção. É que Besson realmente tem talento e, mesmo lidando com elementos batidos, sabe revitalizá-los com uma caracterização intrigante de personagem, uma decupagem bem pensada, um diálogo inteligente ou outra trucagem qualquer que dê à história alguma vida e estilo. Gosto em especial de uma conversa que ocorre dentro de um armário.

    O elenco vai bem, inclusive a criticada protagonista, porém o personagem do Cillian Murphy é mais marcante quanto menos sabemos dele - depois murcha um pouco, mas continua sendo bem defendido. As cenas de ação são irregulares: a primeira de escala maior, que se passa em um restaurante, é bastante eficaz, alguma outra funciona, mas aquela que se prestaria a ser o clímax, envolvendo a extração de certa personagem em uma embaixada, mostra-se insípida e burocrática.

    Tudo ponderado, e considerando o desfecho de certo modo previsível (embora devesse funcionar como o plot twist mais chocante em um filme cheio deles) mas bem orquestrado, existe esperança para Besson. Sabe escrever, sabe dirigir e editar, falta-lhe um algo que não sei o que é, e que talvez esteja em alguma embaixada russa ou em alguma agência da CIA, para que se redescubra como o diretor de O Profissional.

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  • Murilo

    Em 2010 achei médio, revi há alguns meses e vi as qualidades. A melhor coisa de A Rede Social, embora desde a direção até o som, passando pelas atuações e pela montagem, é mesmo seu afiadíssimo roteiro, que aborda de maneira não-panfletária discussões que se tornariam seminais na década seguinte. O mais notável é que as discussões sobre a misoginia, a invasão da privacidade e a falta de ética que estão na raiz dessas big techs estão todas lá, mas acessá-las demanda do espectador uma atenção ativa, pois a camada mais superficial é, realmente, a origem do Facebook. Aaron Sorkin e David Fincher tratam o espectador como ser pensante e inteligente, capaz de prospectar temas por trás dos fatos, e tomara que um dia A Rede Social tenha continuação - as redes, infelizmente, continuam dando motivos para filmes pouco otimistas.

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  • Murilo

    Chama a atenção que o diretor Jim Sheridan (conhecido por filmes dramáticos como Meu Pé Esquerdo, Terra da Discórdia e outros) e o roteirista Terence Winter (que escreveu O Lobo de Wall Street, vários episódios de Sopranos e foi showrunner da excelente Boardwalk Empire) não tenham abdicado em nada dos respectivos estilos elegantes de dirigir e escrever e conseguem que dê liga nessa obra da qual, a princípio, se poderia esperar que fosse até mais underground. Trabalharam muito bem, pois Fique Rico ou Morra tentando não abdica da violência e do peso que há em sua história, mas a abordagem geral não soa apelativa, extremo ruim, nem demasiadamente romanceada, extremo idem, já que desde os aspectos visuais até o roteiro tudo é bem polido, mas não limpinho, o que retiraria a vitalidade da narrativa. Ótima direção de fotografia, elenco de apoio de primeira (e o protagonista, numa curiosa espécie de autointerpretação, não compromete), trata-se de um dos melhores filmes produzidos na década de 2000 com a temática da vida nos guetos, espremida entre as facções. Como deficiência, nota-se que falta ao filme música, que apesar de ter supostamente salvado 50 Cent, aparece bem timidamente e de forma raramente contagiante, quando poderia assumir um crescendo à medida em que ocupa mais e mais espaços na vida do protagonista.

    Nota: ver e comparar com 8 Mille - A Rua das Ilusões.

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  • Bella
    Bella

    Olá, Murilo. Como vai você?

    Outro dia, falaram de Curitiba e me lembrei desse amigo que só troquei mensagens virtuais e que disse que morava lá.
    Por aqui algumas coisas mudaram, eu me formei! Agora sou jornalista, mas não atuo como e nem tenho mais ambição para isso. Não nasci para viver em um mundo onde controlem o meu jeito de pensar, se vou escrever, quero escrever meus próprios valores e pensamentos, mesmo que sejam equivocados. Mas respondendo sua pergunta depois, o tema foi o luto na pandemia, fiz um podcast hahaha (essa é uma das maravilhas de estudar comunicação), não tive formatura, só a coleção e está bom, depois fui como convidado e é o melhor dos mundos, você vive aquilo sem as formalidades e não gasta muito com vestido e nem com empresa de formatura.
    Minha mãe está super bem, mas é estranho ver a idade chegando para ela e ver que a vulnerabilidade chega para todos não importa o quão forte você seja.
    Por outro lado, outras coisas continuam iguais, vivo numa relação de amor e ódio com o meu trabalho, foi bem difícil me ajustar a toda essa falsidade e puxadas inesperadas de tapete sem vender muito da minha alma. Mas trabalhar é isso né, vender a alma kkk Mas agora coordeno um time e é bem legal. E graças a esse trabalho tive experiências bem legais, fui para Paris :0 por exemplo.
    Sigo perdida no que quero ser e fazer, mas estou experimentando um pouquinho a cada dia e riscando possibilidades na minha lista.
    Confesso que esse ano tem sido um ano de bastante descobertas e vivi experiências bem interessantes nesses últimos meses, é muito louco achar que você sabe sobre tudo si mesma e todo dia descobrir que não. Tem sido mesmo uma jornada, agora tenho até um clube do livro e tenho lido muito, bom, pelo menos mais do que lia antes.
    Mas e você? Se acostumou com os áudios na velocidade 2x? Eu adoro esse recurso, as pessoas são enroladas demais gravando áudio, se preocupam mais com o som da própria voz do que com o conteúdo, eu acelero tudo. Não tenho tempo a perder, mas também assim que vivo minha vida haha sem tempo, irmão! Hahah
    Já ganhou alguma maratona? Ainda está no mesmo trabalho? Acho que ele era mais perto da sua casa, né? Se não me falha a melhora, você tinha uma irmã e uma sobrinha, estou certa? Elas estão bem? Acho que tinha comentado algo sobre seu pai também, ele está bem?
    O que aconteceu na sua vida nesse tempo?
    Espero que tudo esteja bem de verdade e você esteja feliz :D Eu estou :)

  • Bella
    Bella

    Oie, Muri! Tudo bom??
    Desculpe o sumiço, tenho andado tão cansada! Esse semestre será o mais louco da minha vida, TCC e trabalho. Olha, escritórios são horríveis! Quanta falsidade! Fico chocada! Mas sigo firme.
    Graças a Deus, meus sentidos voltaram. Imagina passar uma vida sem sentir o gosto das coisas? Ia ser horrível! Esse era o meu maior medo, pois para mim não a sensação melhor do que saborear uma boa refeição ou uma boa sobremesa rs
    Não acredito que me enganou, estava esperando tanto ver sua visão taxista e despreocupado com a vida.
    É estranho pensar que 2021 está quase acabando e nós nem conseguimos lidar com 2020. Roubaram anos preciosos das nossas vidas e nós nunca conseguiremos recupera-los.
    Hahah Qual o problema com a nova ferramenta? (Agora não tão nova) É um recurso útil para as pessoas que não são muito objetivas, entendo o whatsapp como uma ferramenta de mensagens rápidas e ela facilita. Conversas sérias deveriam ser feitas olho a olho, ou então ligação. Uma pena que não é bem assim.
    Aliás, estava pensando que morte horrível a do romantismo, nossos relacionamentos não terão história para contar... não teremos cartas de amor ou noites de aventura, pois agora o mundo é muito conectado e perigoso. Imagina só, olha netinho como seu avô me amava e mostro um vídeo dele dançando no tik tok. Pavoroso!
    “Dançar um tanto argentino, é claro” – Que pena!
    Enfim, me mande notícias e conte como anda tudo por aí! Seu pai e irmãs estão bem? Cactos? E a vida no novo apartamento passado alguns meses? Me conte tudo!
    PS: É claro que se não fosse a tecnologia não teríamos esses registros maravilhosos de conversa com um completo estranho em site de filmes... Acho isso um pouco mágico, não? Vai ver ela não mate tanto as coisas assim.

  • Bella
    Bella

    Graças a Deus toda essa fase ruim já passou e agora estamos todas bem e seguindo! Mesmo que com um presidente genocida e com a incerteza da chegada da vacina hehe Vamo que vamo!

    As coisas estão melhores e o surto já passou, mas ainda quero achar outro lugar para trabalhar. Fico muito feliz que você está ousando e investindo em coisas novas! Queria muitoo ver essa mudança, se bem que com “estilo dramático Agostinho carrara urbano” acho que ficou bem claro! Hehe

    E sem contar que com o isolamento, não parece que o tempo passa. Todos os dias são iguais e ainda estamos vivendo uma continuação de 2020.
    Nossa! É muito tempo! E o que faremos para comemorar essa data tão importante?
    Achei muito legal! Obrigada pela sua webamizade <3

    Curti o som :)

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