Desde 2012 três obras cinematográficas narraram muito bem o universo dos figurões-gestores que controlam do alto a vida das pessoas, por meio das instituições financeiras. Em 2012 "O capital" do Costa Gravas isso é narrado por meio de uma crítica explicita e direta ao banditismo institucionalizado do sistema financeiro contemporâneo que levou as crises recentes de 2008, além de mostrar um cotidiano de relações sociais extremamente reificado e deteriorado. O mesmo acontece em o Lobo de Wall Street de 2013 com o Scorcese como diretor e o Di Caprio como protagonista, mas com uma enfase maior ao próprio cotidiano destes indivíduos. Em 2014 em Welcome to New York com o Gerrard De Pardieu de protagonista, temos a descrição deste mesmo estado deteriorado e reificado das relações por meio de um figurão (ex-presidente do FMI) que assedia e estupra duas mulheres, mas sai impune. O filme narra de forma mais profunda o vazio interno do protagonista, que a despeito do seu poder, sente isso e tenta sublimar com o sexo. Nos três filmes há uma descrição/narração do que poderíamos dizer de um processo de deteriorização da vida, pois, em um mundo reificado pelo capital o que sobra pra preencher o vazio são só os prazeres imediatos, sem haver chance para utopias. Em suma três ótimos filmes para revelar certas nuanças do capitalismo tardio, em sua dimensão reificante.
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3.3 56 Assista AgoraDesde 2012 três obras cinematográficas narraram muito bem o universo dos figurões-gestores que controlam do alto a vida das pessoas, por meio das instituições financeiras. Em 2012 "O capital" do Costa Gravas isso é narrado por meio de uma crítica explicita e direta ao banditismo institucionalizado do sistema financeiro contemporâneo que levou as crises recentes de 2008, além de mostrar um cotidiano de relações sociais extremamente reificado e deteriorado. O mesmo acontece em o Lobo de Wall Street de 2013 com o Scorcese como diretor e o Di Caprio como protagonista, mas com uma enfase maior ao próprio cotidiano destes indivíduos. Em 2014 em Welcome to New York com o Gerrard De Pardieu de protagonista, temos a descrição deste mesmo estado deteriorado e reificado das relações por meio de um figurão (ex-presidente do FMI) que assedia e estupra duas mulheres, mas sai impune. O filme narra de forma mais profunda o vazio interno do protagonista, que a despeito do seu poder, sente isso e tenta sublimar com o sexo. Nos três filmes há uma descrição/narração do que poderíamos dizer de um processo de deteriorização da vida, pois, em um mundo reificado pelo capital o que sobra pra preencher o vazio são só os prazeres imediatos, sem haver chance para utopias. Em suma três ótimos filmes para revelar certas nuanças do capitalismo tardio, em sua dimensão reificante.