Apesar do ritmo, que em alguns momentos sofre quedas na intensidade, e um desfecho um tanto simplório, Tesnota é um bom drama russo. Bem interessante, com uma direção consistente, momentos de tensão e mise en scène bem construídos. Balagov constrói um filme que, através de seu estilo visual claustrofóbico, que se estende para além da moldura do filme, e sua concentração dramática que lembra os Dardennes (especialmente em sua exploração da dinâmica familiar), consegue transmitir a falta de conforto e segurança de um determinado local e período histórico. O jovem diretor, com apenas 26 anos, estabelece uma assinatura muito própria e sugere em seu primeiro longa que é um cineasta para no mínimo se prestar atenção.
Por melhor que seja o talento do elenco, eles não compensam o quanto o roteiro é uma bagunça. Black mostra ser um especialista em misturar tipos durões com piadas fáceis e confusas linhas narrativas. Os acontecimentos são editados de forma frenética, os personagens vão de um lado para o outro e a maneira como alguns chegam do ponto A ao ponto B é obscura. Ao longo do filme inclusive, parece haver algum conflito sobre se o objetivo é matar os predadores ou tentar entendê-los. O filme é cheio de barulho e energia, mas com pouca coerência e tudo na tela recebe o mesmo peso. Em um momento alguém está contando uma piada e no seguinte um cara está com os membros arrancados. E a confusão se torna mais cansativa e visualmente caótica à medida que se aproxima da sua conclusão frenética e apressada, que tenta desesperadamente ser como o filme original. Pontos de trama imprecisos e personagens que tropeçam uns nos outros se juntam a efeitos visuais saídos direto de um videogame dos anos 1990. O filme se apresenta como uma continuação fácil e equivocada que merecia ter recebido um foco narrativo mais nítido para entregar algo mais do que uma investida superficial na nostalgia do filme original dos anos 1980. Sem dúvida irá agradar alguns fãs e deixa uma grande provocação para um próximo filme, mas talvez não tenha a capacidade de alavancar a franquia com força e recrutar novos públicos.
Meu anjo, apesar de não ser satisfatoriamente consistente, é um primeiro filme louvável da diretora que se destaca na representação da natureza humana e da paralisia ética dos personagens. Mesmo tendo alguns momentos exagerados, onde se foge da emoção autêntica do mundo real e onde a estética muitas vezes precedeu ao conteúdo, é emocionalmente vibrante. Consegue enquadrar bem uma relação instável de maneira que permite que cada parte enfrente seus próprios dramas e vícios em vez de apenas nos apresentar conturbações emocionais compartilhadas.
Com uma fotografia irretocável, planos bem escolhidos e boas locações no litoral paulista e em Santos, o longa tem um excelente trabalho visual feito quase que em sua totalidade com luz natural. O ponto fraco é a pouca consistência e previsibilidade de alguns diálogos e textos que podiam ter uma construção mais bem executada. Mas o diretor, também coautor do roteiro, acerta ao explorar bem os desdobramentos que promovem diferentes temas em discussão. A escolha de protagonistas de etnias distintas, o retorno ao lar, filhos que repetem os comportamentos que condenam nos pais e a revelação de uma geração incapaz de lidar com frustrações e renúncias. Todos os temas são colocados de forma singular e com a opção pela leveza. A obra assim ganha pela delicadeza e lucidez com que trata das mágoas existentes nas relações, pela simplicidade dos personagens comuns e o olhar lúdico sobre os acontecimentos construídos com um olhar honesto e muito bem conduzido.
Algumas cenas à parte, há pouco para emocionar ou envolver numa história profundamente mal costurada que deixará parte da platéia bocejando ou revirando os olhos. A freira é abertamente um produto concebido para explorar ainda mais a franquia e que talvez funcione somente para predispor elementos da narrativa que serão depois recobrados em outros filmes do universo. Ou quem sabe para unicamente manter a franquia fresca na mente dos espectadores e arrecadar dinheiro fácil. É também o indicador de que certas ideias podem parecer comercialmente atraentes, mas para tal precisa-se de um roteiro inteligente e um diretor mais preparado. Vamos acreditar que o futuro da franquia não faça disso um hábito.
Em algum momento, como espectadores, ficamos com a agradável sensação de estarmos assistindo a uma narrativa com a qual nos envolvemos intimamente com as conexões familiares que emergem da trama. É neste ponto que é bem sucedido o diretor. E com o valor cinematográfico que emprega no filme, ao evitar apelar para o sofrimento para retratar os dramas familiares, não negligencia em mostrar as contradições e dificuldades que ocorrem dentro de uma família lutando para sobreviver. Juntos, Pizzi e Teles conseguiram fazer com que os espaços da família parecessem tão ricos nos bem escolhidos detalhes e pontos de vistas que optaram para evidenciar os conflitos.
Não é um filme para a geração acostumada com os clichês dos filmes preguiçosos que se utilizam da mentalidade enfadonha de que a equação susto=terror é o que funciona. Optou por explorar a sugestão como elemento de terror e consegue te transportar para uma atmosfera tensa e simbólica, mantendo um interesse constante do espectador em se conectar com os personagens, coisa que poucos filmes do gênero utilizam.
Com um plot twist surpreendente no final, Wilder encerra uma obra de direção e atuações impecáveis e entrega um dos melhores filmes de tribunais já feitos. A reviravolta é incrível e faz repensar todo o restante do filme, deixando o espectador em estado de arrebatamento. É um filme atemporal, repleto de desdobramentos sensacionais que deixa o espectador atento do primeiro ao último minuto e que captou com maestria a essência de Agatha Christie. Filme genial e um dos grandes momentos do cinema.
Filme dinâmico com cortes muito bem feitos, edição primorosa e bom uso de quarta parede como alívios cômicos. Ousado, pretensioso e com boas doses de humor e drama. Os atores estão bem dirigidos e mandam bem nos personagens. Christian Bale me impressiona mais uma vez e não tenho dúvidas que é um grande ator, mostrando aqui mais uma versatilidade em suas atuações. Ryan Gosling, que ainda deixa dúvidas, está muito bem e se mostra promissor. No entanto merecia uma abordagem mais simples e descomplicada do roteiro. Definitivamente não é um filme de alcance de público e que será mais bem degustado para quem tem o conhecimento específico em Economia/Mercado financeiro. Tive que fazer uma pesquisa pós filme para entender o que é realmente CDO e CDS, e até agora não entendi a cena da torre de dominós. Contudo, deve-se reconhecer o esforço na tentativa de ser didático. Mais que uma grande aposta, é um grande risco de produção se colocar num mercado global como o de Hollywood um produto que não se comunica com o grande público de forma simples. O assunto é bem relevante, bem abordado, e explica por dentro a crise de 2008. Ao espectador desavisado demandará paciência e boa vontade para captar a proposta e não ficar entediado. Merecia ter um desenvolvimento melhor já que a proposta é ser informativo e interessante. Mas é um grande filme que tem valor.
Uma boa atuação de Stallone, que na minha opinião é tão ou mais protagonista que Michael B. Jordan, que não passa o mesmo carisma no personagem. Tem bons planos sequências das cenas de luta e os movimentos de câmeras são os melhores da franquia. No entanto é uma tentativa de remake de “Rocky – Um Lutador”, que não chega nem perto do filme de origem, com ingredientes já utilizado nos outros filmes da saga e muito preocupado em deixar um tom de nostalgia/homenagem no decorrer do roteiro, com as mesmas histórias, mesmos dramas e mesma forma de condução. Quem nunca teve contato com filmes anteriores certamente vai perder alguns significados e referências importantes que são colocadas, o que não chega a comprometer a percepção do espectador. Me incomodou o romance inserido na trama não se prestar a nenhuma função dentro do roteiro e ficou meio jogado e sem contribuir com a história. Mas o filme se sustenta bem, é bem cadenciado e editado, chega a emocionar, mas ficou um fechamento de legado que merecia mais criatividade e menos déjà vus.
Premissa interessante, desenvolvimento criou um bom suspense, mas realmente resolveu o filme de forma preguiçosa e simplória. Mas uma boa ideia de roteiro sendo mal tratada.
A trama é bem simplista porém não é rasa, e a condução do roteiro e o formato moderno fazem a diferença. Tem sequências bem bonitas esteticamente e é cativante, conseguindo captar a essência dos anos 60 principalmente na crítica ao ressaltar os aspectos machistas e como era a opressão feminina naquela época. Um filme bem artístico e que nos passa o sentimento de renovação que a nouvelle vague propôs. Anna Karina rouba o filme com seu personagem muito bem atuado.
O roteiro é bom, com uma visão crítica do Brasil e da visão do estrangeiro bem pontuadas na história. Fotografia e arte são razoáveis, mas o que é sofrível são as atuações dos atores. Atores muito fracos que acabam por comprometer a condução do roteiro.
O filme encanta pela sutileza e a atuação de Clark Gable engrandeceu muito o roteiro. Percebe-se que é um filme a frente de seu tempo pelos recursos cinematográficos que apresentou e com uma linguagem bem dinâmica para a época. Certamente mereceu os 5 Oscars que ganhou.
Roteiro maravilhoso, texto muito bom, inteligente e uma bela construção da história. O desfecho do filme foge do clichê natural de vitimização e comum da trajetória do herói. Uma vilã muito bem construída e atuação surpreendente da Rosamund Pike. Mas um bom filme de Fincher que é um dos grandes diretores da nora geração.
As mudanças feitas no remake com relação ao original foram desnecessárias e diminuiriam ao invés de somar. A atuação dos atores e a direção é bem meia boca. O filme se sustenta porque o roteiro é interessante e prende, mas é mal conduzido e não imprime uma leitura mais interessante nem na cinematografia e nem no textual.
Fotografia e movimentação de câmera impecáveis e uma paleta de cores fantástica que torna o filme bonito e com personalidade. O filme tem closeups incríveis e a atuação da Audrey Tautou é boa e convincente no papel da protagonista, mas… deixa a desejar no roteiro. Apesar de interessante, o filme vai se tornando monótono e a história não me empolga até o final. Perde força no andamento e cansa. A parte técnica do filme, marcante e bem cuidada, segura mais a atenção do que desenvolvimento da história.
O roteiro é muito bom, mas podia ser melhor desenvolvido. O filme perde força no meio e algumas partes da trama podiam ter soluções mais inteligentes. Boa atuação dos atores, com uma boa divisão dos arcos na linha do filme e um plot que prende. As reviravoltas são bem interessantes e conclui bem.
Um bom filme, com um humor bem focado na atuação de cada personagem e um roteiro muito bem escrito. Todas as atuações são ótimas mas é uma melhores performances de John Goodman. As reviravoltas do filme podiam ter sido melhor exploradas, mas me divertiu.
Trilha sonora fantástica, roteiro bem desenvolvido e sequencias de ação maravilhosamente trabalhadas. Fotografia impecável e belos planos sequencias. A construção do personagem do Max é o ponto baixo do filme. Mal construido e não convence como herói. Aliás a construção de herói e vilão deixou a desejar e talvez tenha se substituído pelo excesso de ação implementada a obra.
Boa reconstituição de época, principalmente dos figurinos. O roteiro deixa um pouco a desejar e não é tão empolgante e um tanto cansativo. As ótimas atuações de Bale, Emy Adams e Jenifer Lawrence e os bons enquadramentos salvam o filme. Os arcos dos personagens são até bons, mas realmente o roteiro perde força. Mas, é um bom filme. Diverte e prende a atenção mas esperava mais da trama.
Eu esperava mais do filme, mas… pagou o ingresso. Não gosto muito de filmes de terror que exageram nas cenas de sustos (e há várias nesse). Penso que filme de terror tem que dar medo e não susto. E acho que investiram pouco nesse aspecto, e ainda se prenderam a alguns clichês do terror. Mas vale assistir. O filme é muito bem feito, o roteiro é bom, atuações sem comprometer e a música dá um tom aterrorizante a trama.
O roteiro não surpreende, já vimos muito sobre o dilema de conceituação de bem e mal nas animações. Mas se salva pelos debates críticos da vida moderna que permeiam a história, criticando padrões e comportamentos sociais. O trabalho de stop motion é primoroso e a ótima trilha sonora ajuda a compor a bela estética do filme.
Mais do que os efeitos especiais que são péssimos, mesmo levando-se em conta a época de realização, o filme é um amontoado de atuações de fazer Carla Perez e Pelé ganharem um Oscar, com destaque para a canastrice extremamente exacerbada de Sam J. Jones (Flash). Nada se salva. O roteiro é tenebroso e aparenta uma coleção de imagens desconexas e os figurinos e a fotografia lembram uma escola de samba do 3º grupo que foi rebaixada. Nada funcionou no filme a não ser a ótima trilha sonora composta pelo Queen, que é maravilhosa, mas que não chega a salvar o filme de ser uma vergonhosa produção.
Tesnota
3.4 24Apesar do ritmo, que em alguns momentos sofre quedas na intensidade, e um desfecho um tanto simplório, Tesnota é um bom drama russo. Bem interessante, com uma direção consistente, momentos de tensão e mise en scène bem construídos. Balagov constrói um filme que, através de seu estilo visual claustrofóbico, que se estende para além da moldura do filme, e sua concentração dramática que lembra os Dardennes (especialmente em sua exploração da dinâmica familiar), consegue transmitir a falta de conforto e segurança de um determinado local e período histórico. O jovem diretor, com apenas 26 anos, estabelece uma assinatura muito própria e sugere em seu primeiro longa que é um cineasta para no mínimo se prestar atenção.
O Predador
2.5 649Por melhor que seja o talento do elenco, eles não compensam o quanto o roteiro é uma bagunça. Black mostra ser um especialista em misturar tipos durões com piadas fáceis e confusas linhas narrativas. Os acontecimentos são editados de forma frenética, os personagens vão de um lado para o outro e a maneira como alguns chegam do ponto A ao ponto B é obscura. Ao longo do filme inclusive, parece haver algum conflito sobre se o objetivo é matar os predadores ou tentar entendê-los. O filme é cheio de barulho e energia, mas com pouca coerência e tudo na tela recebe o mesmo peso. Em um momento alguém está contando uma piada e no seguinte um cara está com os membros arrancados. E a confusão se torna mais cansativa e visualmente caótica à medida que se aproxima da sua conclusão frenética e apressada, que tenta desesperadamente ser como o filme original. Pontos de trama imprecisos e personagens que tropeçam uns nos outros se juntam a efeitos visuais saídos direto de um videogame dos anos 1990. O filme se apresenta como uma continuação fácil e equivocada que merecia ter recebido um foco narrativo mais nítido para entregar algo mais do que uma investida superficial na nostalgia do filme original dos anos 1980. Sem dúvida irá agradar alguns fãs e deixa uma grande provocação para um próximo filme, mas talvez não tenha a capacidade de alavancar a franquia com força e recrutar novos públicos.
Meu Anjo
3.5 39Meu anjo, apesar de não ser satisfatoriamente consistente, é um primeiro filme louvável da diretora que se destaca na representação da natureza humana e da paralisia ética dos personagens. Mesmo tendo alguns momentos exagerados, onde se foge da emoção autêntica do mundo real e onde a estética muitas vezes precedeu ao conteúdo, é emocionalmente vibrante. Consegue enquadrar bem uma relação instável de maneira que permite que cada parte enfrente seus próprios dramas e vícios em vez de apenas nos apresentar conturbações emocionais compartilhadas.
Mare Nostrum
2.8 15Com uma fotografia irretocável, planos bem escolhidos e boas locações no litoral paulista e em Santos, o longa tem um excelente trabalho visual feito quase que em sua totalidade com luz natural. O ponto fraco é a pouca consistência e previsibilidade de alguns diálogos e textos que podiam ter uma construção mais bem executada. Mas o diretor, também coautor do roteiro, acerta ao explorar bem os desdobramentos que promovem diferentes temas em discussão. A escolha de protagonistas de etnias distintas, o retorno ao lar, filhos que repetem os comportamentos que condenam nos pais e a revelação de uma geração incapaz de lidar com frustrações e renúncias. Todos os temas são colocados de forma singular e com a opção pela leveza. A obra assim ganha pela delicadeza e lucidez com que trata das mágoas existentes nas relações, pela simplicidade dos personagens comuns e o olhar lúdico sobre os acontecimentos construídos com um olhar honesto e muito bem conduzido.
A Freira
2.5 1,5K Assista AgoraAlgumas cenas à parte, há pouco para emocionar ou envolver numa história profundamente mal costurada que deixará parte da platéia bocejando ou revirando os olhos. A freira é abertamente um produto concebido para explorar ainda mais a franquia e que talvez funcione somente para predispor elementos da narrativa que serão depois recobrados em outros filmes do universo. Ou quem sabe para unicamente manter a franquia fresca na mente dos espectadores e arrecadar dinheiro fácil. É também o indicador de que certas ideias podem parecer comercialmente atraentes, mas para tal precisa-se de um roteiro inteligente e um diretor mais preparado. Vamos acreditar que o futuro da franquia não faça disso um hábito.
Benzinho
3.9 348 Assista AgoraEm algum momento, como espectadores, ficamos com a agradável sensação de estarmos assistindo a uma narrativa com a qual nos envolvemos intimamente com as conexões familiares que emergem da trama. É neste ponto que é bem sucedido o diretor. E com o valor cinematográfico que emprega no filme, ao evitar apelar para o sofrimento para retratar os dramas familiares, não negligencia em mostrar as contradições e dificuldades que ocorrem dentro de uma família lutando para sobreviver. Juntos, Pizzi e Teles conseguiram fazer com que os espaços da família parecessem tão ricos nos bem escolhidos detalhes e pontos de vistas que optaram para evidenciar os conflitos.
O Babadook
3.5 2,0KNão é um filme para a geração acostumada com os clichês dos filmes preguiçosos que se utilizam da mentalidade enfadonha de que a equação susto=terror é o que funciona. Optou por explorar a sugestão como elemento de terror e consegue te transportar para uma atmosfera tensa e simbólica, mantendo um interesse constante do espectador em se conectar com os personagens, coisa que poucos filmes do gênero utilizam.
Testemunha de Acusação
4.5 354 Assista AgoraCom um plot twist surpreendente no final, Wilder encerra uma obra de direção e atuações impecáveis e entrega um dos melhores filmes de tribunais já feitos. A reviravolta é incrível e faz repensar todo o restante do filme, deixando o espectador em estado de arrebatamento. É um filme atemporal, repleto de desdobramentos sensacionais que deixa o espectador atento do primeiro ao último minuto e que captou com maestria a essência de Agatha Christie. Filme genial e um dos grandes momentos do cinema.
A Grande Aposta
3.7 1,3KFilme dinâmico com cortes muito bem feitos, edição primorosa e bom uso de quarta parede como alívios cômicos. Ousado, pretensioso e com boas doses de humor e drama. Os atores estão bem dirigidos e mandam bem nos personagens. Christian Bale me impressiona mais uma vez e não tenho dúvidas que é um grande ator, mostrando aqui mais uma versatilidade em suas atuações. Ryan Gosling, que ainda deixa dúvidas, está muito bem e se mostra promissor. No entanto merecia uma abordagem mais simples e descomplicada do roteiro. Definitivamente não é um filme de alcance de público e que será mais bem degustado para quem tem o conhecimento específico em Economia/Mercado financeiro. Tive que fazer uma pesquisa pós filme para entender o que é realmente CDO e CDS, e até agora não entendi a cena da torre de dominós. Contudo, deve-se reconhecer o esforço na tentativa de ser didático. Mais que uma grande aposta, é um grande risco de produção se colocar num mercado global como o de Hollywood um produto que não se comunica com o grande público de forma simples. O assunto é bem relevante, bem abordado, e explica por dentro a crise de 2008. Ao espectador desavisado demandará paciência e boa vontade para captar a proposta e não ficar entediado. Merecia ter um desenvolvimento melhor já que a proposta é ser informativo e interessante. Mas é um grande filme que tem valor.
Creed: Nascido para Lutar
4.0 1,1K Assista AgoraUma boa atuação de Stallone, que na minha opinião é tão ou mais protagonista que Michael B. Jordan, que não passa o mesmo carisma no personagem. Tem bons planos sequências das cenas de luta e os movimentos de câmeras são os melhores da franquia. No entanto é uma tentativa de remake de “Rocky – Um Lutador”, que não chega nem perto do filme de origem, com ingredientes já utilizado nos outros filmes da saga e muito preocupado em deixar um tom de nostalgia/homenagem no decorrer do roteiro, com as mesmas histórias, mesmos dramas e mesma forma de condução. Quem nunca teve contato com filmes anteriores certamente vai perder alguns significados e referências importantes que são colocadas, o que não chega a comprometer a percepção do espectador. Me incomodou o romance inserido na trama não se prestar a nenhuma função dentro do roteiro e ficou meio jogado e sem contribuir com a história. Mas o filme se sustenta bem, é bem cadenciado e editado, chega a emocionar, mas ficou um fechamento de legado que merecia mais criatividade e menos déjà vus.
Rua Cloverfield, 10
3.5 1,9KPremissa interessante, desenvolvimento criou um bom suspense, mas realmente resolveu o filme de forma preguiçosa e simplória. Mas uma boa ideia de roteiro sendo mal tratada.
O Bando à Parte
4.1 211A trama é bem simplista porém não é rasa, e a condução do roteiro e o formato moderno fazem a diferença. Tem sequências bem bonitas esteticamente e é cativante, conseguindo captar a essência dos anos 60 principalmente na crítica ao ressaltar os aspectos machistas e como era a opressão feminina naquela época. Um filme bem artístico e que nos passa o sentimento de renovação que a nouvelle vague propôs. Anna Karina rouba o filme com seu personagem muito bem atuado.
Orfeu do Carnaval
3.7 123 Assista AgoraO roteiro é bom, com uma visão crítica do Brasil e da visão do estrangeiro bem pontuadas na história. Fotografia e arte são razoáveis, mas o que é sofrível são as atuações dos atores. Atores muito fracos que acabam por comprometer a condução do roteiro.
Aconteceu Naquela Noite
4.2 332 Assista AgoraO filme encanta pela sutileza e a atuação de Clark Gable engrandeceu muito o roteiro. Percebe-se que é um filme a frente de seu tempo pelos recursos cinematográficos que apresentou e com uma linguagem bem dinâmica para a época. Certamente mereceu os 5 Oscars que ganhou.
Garota Exemplar
4.2 5,0K Assista AgoraRoteiro maravilhoso, texto muito bom, inteligente e uma bela construção da história. O desfecho do filme foge do clichê natural de vitimização e comum da trajetória do herói. Uma vilã muito bem construída e atuação surpreendente da Rosamund Pike. Mas um bom filme de Fincher que é um dos grandes diretores da nora geração.
Sob o Domínio do Medo
2.8 420 Assista AgoraAs mudanças feitas no remake com relação ao original foram desnecessárias e diminuiriam ao invés de somar. A atuação dos atores e a direção é bem meia boca. O filme se sustenta porque o roteiro é interessante e prende, mas é mal conduzido e não imprime uma leitura mais interessante nem na cinematografia e nem no textual.
O Fabuloso Destino de Amélie Poulain
4.3 5,0K Assista AgoraFotografia e movimentação de câmera impecáveis e uma paleta de cores fantástica que torna o filme bonito e com personalidade. O filme tem closeups incríveis e a atuação da Audrey Tautou é boa e convincente no papel da protagonista, mas… deixa a desejar no roteiro. Apesar de interessante, o filme vai se tornando monótono e a história não me empolga até o final. Perde força no andamento e cansa. A parte técnica do filme, marcante e bem cuidada, segura mais a atenção do que desenvolvimento da história.
Prazeres Mortais
3.3 304 Assista AgoraO roteiro é muito bom, mas podia ser melhor desenvolvido. O filme perde força no meio e algumas partes da trama podiam ter soluções mais inteligentes. Boa atuação dos atores, com uma boa divisão dos arcos na linha do filme e um plot que prende. As reviravoltas são bem interessantes e conclui bem.
O Grande Lebowski
3.9 1,1K Assista AgoraUm bom filme, com um humor bem focado na atuação de cada personagem e um roteiro muito bem escrito. Todas as atuações são ótimas mas é uma melhores performances de John Goodman. As reviravoltas do filme podiam ter sido melhor exploradas, mas me divertiu.
Mad Max: Estrada da Fúria
4.2 4,7K Assista AgoraTrilha sonora fantástica, roteiro bem desenvolvido e sequencias de ação maravilhosamente trabalhadas. Fotografia impecável e belos planos sequencias. A construção do personagem do Max é o ponto baixo do filme. Mal construido e não convence como herói. Aliás a construção de herói e vilão deixou a desejar e talvez tenha se substituído pelo excesso de ação implementada a obra.
Trapaça
3.4 2,2K Assista AgoraBoa reconstituição de época, principalmente dos figurinos. O roteiro deixa um pouco a desejar e não é tão empolgante e um tanto cansativo. As ótimas atuações de Bale, Emy Adams e Jenifer Lawrence e os bons enquadramentos salvam o filme. Os arcos dos personagens são até bons, mas realmente o roteiro perde força. Mas, é um bom filme. Diverte e prende a atenção mas esperava mais da trama.
Invocação do Mal 2
3.8 2,1K Assista AgoraEu esperava mais do filme, mas… pagou o ingresso. Não gosto muito de filmes de terror que exageram nas cenas de sustos (e há várias nesse). Penso que filme de terror tem que dar medo e não susto. E acho que investiram pouco nesse aspecto, e ainda se prenderam a alguns clichês do terror. Mas vale assistir. O filme é muito bem feito, o roteiro é bom, atuações sem comprometer e a música dá um tom aterrorizante a trama.
Os Boxtrolls
3.6 296 Assista AgoraO roteiro não surpreende, já vimos muito sobre o dilema de conceituação de bem e mal nas animações. Mas se salva pelos debates críticos da vida moderna que permeiam a história, criticando padrões e comportamentos sociais. O trabalho de stop motion é primoroso e a ótima trilha sonora ajuda a compor a bela estética do filme.
Flash Gordon
3.0 137 Assista AgoraMais do que os efeitos especiais que são péssimos, mesmo levando-se em conta a época de realização, o filme é um amontoado de atuações de fazer Carla Perez e Pelé ganharem um Oscar, com destaque para a canastrice extremamente exacerbada de Sam J. Jones (Flash). Nada se salva. O roteiro é tenebroso e aparenta uma coleção de imagens desconexas e os figurinos e a fotografia lembram uma escola de samba do 3º grupo que foi rebaixada. Nada funcionou no filme a não ser a ótima trilha sonora composta pelo Queen, que é maravilhosa, mas que não chega a salvar o filme de ser uma vergonhosa produção.