Conhecia essa música como todos os da minha geração também conhecem, sabia da presença apenas do Michael, Lionel, Diana e Cyndi, e desconhecia quaisquer outros detalhes. Como curto diversas músicas dessa época (especialmente do MJ, Cyndi, Billy Joel), foi um documentário prazeroso de assistir, vendo em tão boa resolução cantores que admiro e regando mais um pouco a rivalidade Prince x MJ. :)
Filmão! Eu já tinha curtido Lanthimos em The Lobster e adorado The Favourite, então estava com altas expectativas - que foram todas cumpridas! Willem Dafoe e Mark Ruffalo estão muito bem, mas o destaque é da protagonista. Emma Stone arrasa com os maneirismos, as sutilezas e as diferenças fonéticas que evidenciam muito bem a evolução e o amadurecimento da personagem... curto muito La La Land, mas este é o melhor trabalho da sua carreira (dos que eu já vi, pelo menos =D)! Todo o universo steampunk, o roteiro criativo, as escolhas do cenário, o estilo do Lanthimos das câmeras e enquadramentos, o bom uso do preto e branco, o figurino... tudo incrível! Somente acho que o filme poderia ser um pouco mais curto e objetivo no terço final, mas nada que prejudique a história. Filmão!
Olivia Colman, Emma Stone e Rachel Weisz estão fenomenais. Já era admirador da Colman por outros trabalhos, mas aqui ela realmente se destaca (Oscar mais que merecido, na minha opinião). Além das atuações, roteiro supimpa e direção incrível! Curti muito as lentes diferentes e a maneira que a câmera se locomovia, por exemplo. Fotografia, maquiagem, figurino, enfim... filme completo e bom demais! =D
Muito dividido quanto a esse filme... ao mesmo tempo que tem diálogos incríveis, atuações maravilhosas e cenas memoráveis (como o primeiro término entre Portman e Law), o roteiro deixou as personagens extremamente desagradáveis e imaturas! Ao mesmo tempo que tudo é muito bem escrito, 80% dos problemas se resolveriam com uma conversa sincera e digna. Sinto que o texto é exatamente sobre isso - até que ponto vale a pena a honestidade dentro de uma relação? Apesar do filme tendenciar a uma resposta do tipo "tem coisas que são melhores não ditas", ele usa como argumento personagens que mentem, ao invés de conversarem de forma honesta, o que acaba distorcendo totalmente a mensagem que quer difundir. A mensagem que parece sugerir é: "olha só, eu fui sincero com meu parceiro e agora tudo está ruim"; mas o que deveria ser é "eu menti sobre meus sentimentos e não fui honesto, e quando finalmente conversei com meu parceiro sobre - ou ele descobriu sobre - ficou tudo muito ruim e terminamos".
Enfim, tem pontos à favor e muitos pontos contra. Apesar dos detalhes que não gostei, o filme é magnético e apreciei e muito diversas cenas, diálogos, atuações... vale a pena conferir!
Como um fã descarado de animação, já era hora de conhecer esta. O filme entrega diversos bons momentos e boas músicas (assisti dublado), acho que não me conectei mais com a história somente devido a minha falta de interesse ou afinidade com o tema... porém, isso não diminui suas qualidades =)
Eu estava animado para esse, mas simplesmente senti que o roteiro falhou no desenvolvimento. A sutileza com que quiseram lidar com o argumento não funcionou para mim, senti falta de cenas mais expositivas, mais confrontantes, senti falta de mais embate - e olha que sou fã do "deixar para a imaginação" e do texto mais tênue... Destaque para a atuação da Natalie Portman!
Quanto mais penso sobre, menos gosto. Tecnicamente bem feito, com uma fotografia interessante, construção de narrativa atrativa e cenas que realmente nos prendem pelo absurdo.
Não sei se eu que estava com muitas expectativas, porém, algumas das pontas do roteiro não fecham, não me conectei com nenhuma personagem e realmente achei todos muito chatos - ao ponto de não me importar por suas trajetórias (e aí o filme me perde). O plot twist do final muda mais uma vez o ponteiro do que o filme parecia estar querendo dizer... Então é sobre um jovem psicopata? É sobre inveja? É sobre um amor obsessivo? Ou é sobre a descoberta do belo contra o mundano? Não sei, quando um roteiro tenta ser muitas coisas acaba não reforçando nenhuma mensagem.
Apesar disso, é sim um filme que vale a pena pela direção de arte e pelas atuações!
Barbie é um filme-evento e acho que toda a espera e o marketing entregaram uma obra mais que satisfatória. É uma comédia super despretensiosa, com uma veia técnica-artística de Gerwig muito clara.
Direção, fotografia, cenografia, maquiagem, figurino, direção de arte, construção de mundo - tudo muito caprichado e de primeira. Minha única ressalva é em relação ao roteiro. Apesar de sarcástico, ácido e consciente da própria fábula (que tornaram o filme delicioso quando em torno do mundo rosa), achei que ele perde um pouco a força no meio da trama, exatamente quando eles chegam ao mundo real e têm que lidar com a questão das duas humanas principais. O filme consegue voltar aos trilhos no último terço, quando voltam para BarbieLand, e isso faz com que eu tenha mais certeza de que o roteiro foi primoroso em sua construção de mundo fantástico e em sua consciência da própria artificialidade.
Margot Robbie e Kate McKinnon estão muito boas nos papeis, mas não consegui curtir as atuações da America Ferrera e da Ariana Greenblatt, não senti verdade na relação das duas em nenhum momento - o que acho que era essencial para a história. Já Ryan Gosling, em minha opinião, roubou o filme todo - atuação incrível, comédia-física de qualidade, timing perfeito! Aposto e espero mais que só uma nomeação para ele nas premiações...
Ainda digerindo o filme como um todo. Que espetáculo técnico, artístico, histórico... Foram mais de 3h de diálogos intensos e pesados, com muita política estadunidense e muito papo físico. O filme exige bastante sim, mas todo o esforço é recompensado pelo primor que ele entrega.
A obra tem uma coleção de cenas memoráveis - o teste da bomba, o interrogatório, os discursos, a conversa com o presidente, etc. etc. Porém, as que mais me impactaram (além da sequência Trinity, óbvio) foram os diálogos com Einstein e as cenas focadas no Strauss, méritos do roteiro e das atuações.
Acho que a pergunta essencial que o filme gira em torno e tenta responder é: quais foram os princípios éticos de Oppenheimer em relação à construção e à utilização da bomba? Esse questionamento foi feito na época e ainda persiste. Apesar de ter a consciência que tenho o benefício dos anos e da História, acredito ser de muita ingenuidade pensar que os EUA fabricariam tal arma e não a utilizariam; acharam que o discurso seria "olha aqui, gente, nós temos uma arma mortal" e todos colocariam o rabo entre as pernas e se renderiam?
A questão é que não precisamos responder essas perguntas com muita avidez - a bomba foi utilizada, as explosões em Hiroshima e Nagasaki se tornaram uma das manchas mais obscuras da História, sabemos como tudo se passou.
Entretanto, acredito que Nolan poderia ter investido e ousado mais em suas colocações com Oppenheimer. Sei da dificuldade ética que é fazer esse filme (e, na verdade, qualquer filme biográfico), porém - por mais que conseguimos subjetivamente inferir posicionamentos, a partir principalmente da atuação do protagonista - acho que o roteiro poderia ter ousado mais nessa questão.
Cillian Murphy, Robert Downey Jr e Emily Blunt foram os destaques, com certeza, mas as participações do Kenneth Branagh e do Tom Conti foram especiais demais. Ah, e eu acho que a experiência de assistir a esse filme no cinema tem um resultado MUITO diferente de assisti-lo em casa, vale muito a pena. Filmão =)
Mais um filme da Segunda Guerra...? Sim, mas com uma pegada bem diferente. Uma comédia que se passa nesse período, com o ponto de vista de um criança que tem como melhor amigo um Hittler-imaginário, não poderia ter nada de bacana, certo? Errado! Que filme bom! Atuação mirim do Roman Davis MUITO boa, fiquei impressionado com o carisma e a performance. Se tem um defeito é o plot twist previsível, mas a execução foi bem tocante. Curti bastante mesmo :)
Já assisti faz um tempo e quase me arrepio novamente ao me lembrar da cena em que descobrimos os túneis na parede.
Direção primorosa, com jogos de luz e sombra, enquadramentos e sequências muito boas. Roteiro caprichadíssimo e bem redondinho. Não tem jeito, merece toda a fama que tem.
Abandono paterno, homossexualidade, religião, depressão clínica, distúrbios alimentares, obesidade severa e suicídio - tudo em um emaranhado complicado, um roteiro que troceça, um único cenário e cinco personagens.
Charlie se afastou da filha por um amor intenso, que quando faleceu o deixou amontoado em crises depressivas e distúrbios alimentares. Toda adicção tem sutis pinceladas de suicídio, e entendemos de cara que Charlie quer morrer. A cena em que vemos sua frustração ser descontada na comida incomoda e muito. Na verdade, diversas cenas no filme incomodam - a maioria ou relacionada com a precária saúde da personagem, ou com a crueldade com que sua filha o trata. Sim, o trauma do abandono paterno deixa marcas, mas acredito que o roteiro pesou muito a mão na personagem da Sadie Sink. Sua rebeldia deixa pouca margem para empatia e o que sobra mesmo é crueldade sem desenvolvimento. A cena final é linda, apesar de totalmente angustiante, e Brendan Fraser apresentou um trabalho impecável - Oscar merecido, na minha opinião.
Um filme irregular, mas jogando luz em um tema necessário e difícil de se encarar.
Acabei dando a mesma nota pra X e Pearl, mas acredito que são ótimos por motivos diferentes. Enquanto o primeiro apresenta um roteiro slasher refinado e que prende logo no início, principalmente pelo incômodo dos antagonistas idosos, o segundo tem uma estética e fotografia maravilhosas que com certeza recriou e se apropriou de estilos com propriedade. Os dois também têm atuações excelentes, mas Mia Goth em Pearl é o que chama a atenção, merecia uma indicação ao Oscar com toda certeza. Animado pra MaXXXine =)
4.0/4.5 (ainda decidindo) principalmente pela direção e pela sensação experimental que a obra traz (duas pedras dialogando, os créditos finais no meio do filme que não enganaram ninguém, etc). O roteiro é um pouco previsível (loucura pensar isso, mas digo em relação ao relacionamento mãe-filha e como aquilo tudo terminaria com um abraço e com a personagem central valorizando sua vida pacata e sua relação com marido e filha), mas o que inova é o meio narrativo e as formas de exposição.
Atuações bacanas também, Michelle Yeoh, Ke Huy Quan e Stephanie Hsu são os destaques, ao meu ver... (apesar do trabalho incrível da Yeoh, meu Oscar de melhor atriz continua sendo da Blanchett em Tár, rs...)
O filme é um tanto elitista e pretensioso? Em partes sim, seus dialógos e situações ultra-específicas da dita "alta cultura" nos colocam em posição bem desconfortável no começo do filme, principalmente os 20min iniciais com a entrevista de abertura e a conversa seguinte entre dois maestros. Porém, isso tudo no início ao invés de me afastar, me intrigou, e logo me vi conquistado e mergulhado na narrativa. Direção e fotografia incríveis, roteiro poderoso e, principalmente, atuação magistral da protagonista. O filme é uma colaboração e o próprio diretor falou que não funcionaria sem Blanchett - e concondo 100%. Lydia me pareceu tão real que virei estatística e, como muitos, ao final procurei o nome dela no Google para comparar sua vida real e fictícia - até meu queixo cair e perceber que o filme era até melhor do que eu havia imaginado.
Um roteiro poderoso, direção de arte e fotografia incríveis, e atuações de Hopkins e Colman maravilhosas. Um filme doloroso, angustiante e muito, muito triste.
Atuações de altíssimo nível, indicações para Kidman, Bardem e Simmons mais que merecidas... Gosto muito de filmes que retratam bastidores e etc, mas não pude deixar de me incomodar após saber que mexeram demais nos eventos reais para casar melhor com o suspense proposto.
Os destaques são tanto a atuação de Nicole e de Javier quanto a própria química entre eles. As cenas dela montando as cenas do show em sua mente e dando seus pitacos durante leitura e ensaio são onde Kidman mais brilha. O arco da traição de Desi e o amor que ambos sentiam um pelo outro é um dos fatores que prendem a atenção do espectador. Apesar da narrativa batida de "ela (ou ele) só queria ser amada", o final em que ela trava após ouvir o marido entrar em cena emociona.
Enfim, um ótimo filme, que poderia ter sido irretocável. :)
Li o livro recentemente, o qual gostei bastante, e achei que seria de difícil adaptação, mas conseguiu surpreender de várias formas. Só acredito que ficou devendo
mais menções sobre a própria infância da Leda - que explica muita coisa - e também sobre a dinâmica dela com o ex-marido - no livro fica claro sua ausência por conta do trabalho.
O legal da história é a representação de personagens sem maniqueísmos ou extremos. Destaque mais que merecido para Olivia Colman :-)
Sabemos que muito do terror - se não quase tudo - é regido pelos aspectos técnicos de um filme, e curti muito o resultado disso em Maligno, principalmente o trabalho de câmera e da iluminação! No entanto, me incomodei um pouco com o desenvolvimento do roteiro, senti que faltou carisma para a protagonista (mais pelo roteiro do que pela atuação), acho que a história pediu mais simpatia pela personagem do que conseguiu provocar. Além disso, me incomodei um pouco com o toque trash - que costumo gostar - presente no filme desde arranjos sonoros até a constituição do próprio vilão
- quase tão invencível quanto Michael Myers (quantos tiros aqueles policiais erraram? será que seria tão fácil assim aquela fuga em uma delegacia?). Além disso tudo, sinto que o roteiro não conseguiu se decidir em como contar essa história, a lógica bizarra da explicação sobre o teratoma "irmão gêmeo" da protagonista vai contra algumas sequências e decisões criativas, como a telecinese. Acredito que faltou um trabalho maior aqui, não necessariamente para definir um caminho, mas talvez para correlacioná-los.
Mesmo assim, Maligno conseguiu me prender, não cansou, sustentou a tensão e o suspense até o fim e ainda por cima conseguiu surpreender. Uma decisão que não entendi - e vi aqui outras pessoas comentando também - foi a do título, que não tem relação direta alguma com a história, ao meu ver. Também não curti muito o final claramente montado para uma sequência. Por que não fechar o filme de maneira mais satisfatória? De resto, um bom filme!
Não sei o que escrever... Problemático & chato & reciclagem de ideias que já tiveram abordagem mais que satisfatória no original. Mais um para a lista de sequências que não só se contentam em não acrescentar nada, como também forçam a ideia de um roteiro de tal forma que causam ruptura, incoerência e inverossimilhança entre as obras da "franquia".
Um filme com uma mensagem boa e necessária, que diverte em algumas passagens, mas com uma abordagem que tropeça muito. Em relação ao elenco de peso, não consegui curtir a atuação do James Corden, não fui convencido nas passagens que exigiam mais emoção de sua parte. Por sua vez, Meryl Streep com toda a certeza carrega The Prom, suas cenas são as mais interessantes do filme. Infelizmente, Nicole Kidman está super mal aproveitada pelo roteiro (a cena em que ela tem mais destaque é uma das sequências mais bacanas), que também não dá espaço para a personagem de Jo Ellen Pellman crescer e se desenvolver. Kerry Washington e Ariana DeBose estão ótimas aqui também. É uma pena, estava com altas expectativas :(
A Noite que Mudou o Pop
4.2 160 Assista AgoraConhecia essa música como todos os da minha geração também conhecem, sabia da presença apenas do Michael, Lionel, Diana e Cyndi, e desconhecia quaisquer outros detalhes. Como curto diversas músicas dessa época (especialmente do MJ, Cyndi, Billy Joel), foi um documentário prazeroso de assistir, vendo em tão boa resolução cantores que admiro e regando mais um pouco a rivalidade Prince x MJ. :)
Pobres Criaturas
4.1 1,2K Assista AgoraFilmão! Eu já tinha curtido Lanthimos em The Lobster e adorado The Favourite, então estava com altas expectativas - que foram todas cumpridas!
Willem Dafoe e Mark Ruffalo estão muito bem, mas o destaque é da protagonista. Emma Stone arrasa com os maneirismos, as sutilezas e as diferenças fonéticas que evidenciam muito bem a evolução e o amadurecimento da personagem... curto muito La La Land, mas este é o melhor trabalho da sua carreira (dos que eu já vi, pelo menos =D)!
Todo o universo steampunk, o roteiro criativo, as escolhas do cenário, o estilo do Lanthimos das câmeras e enquadramentos, o bom uso do preto e branco, o figurino... tudo incrível!
Somente acho que o filme poderia ser um pouco mais curto e objetivo no terço final, mas nada que prejudique a história.
Filmão!
A Favorita
3.9 1,2K Assista AgoraOlivia Colman, Emma Stone e Rachel Weisz estão fenomenais. Já era admirador da Colman por outros trabalhos, mas aqui ela realmente se destaca (Oscar mais que merecido, na minha opinião).
Além das atuações, roteiro supimpa e direção incrível! Curti muito as lentes diferentes e a maneira que a câmera se locomovia, por exemplo. Fotografia, maquiagem, figurino, enfim... filme completo e bom demais! =D
O Exorcista do Papa
2.8 359 Assista AgoraPéssimo. Diversos furos no roteiro, conveniências demais, atuações que não convencem, direção e cortes de cenas desagradáveis, enfim... bomba!
Closer: Perto Demais
3.9 3,3K Assista AgoraDan: You think love is simple. You think the heart is like a diagram.
Larry: Have you ever seen a human heart? It looks like a fist, wrapped in blood!
Muito dividido quanto a esse filme... ao mesmo tempo que tem diálogos incríveis, atuações maravilhosas e cenas memoráveis (como o primeiro término entre Portman e Law), o roteiro deixou as personagens extremamente desagradáveis e imaturas! Ao mesmo tempo que tudo é muito bem escrito, 80% dos problemas se resolveriam com uma conversa sincera e digna.
Sinto que o texto é exatamente sobre isso - até que ponto vale a pena a honestidade dentro de uma relação? Apesar do filme tendenciar a uma resposta do tipo "tem coisas que são melhores não ditas", ele usa como argumento personagens que mentem, ao invés de conversarem de forma honesta, o que acaba distorcendo totalmente a mensagem que quer difundir.
A mensagem que parece sugerir é: "olha só, eu fui sincero com meu parceiro e agora tudo está ruim"; mas o que deveria ser é "eu menti sobre meus sentimentos e não fui honesto, e quando finalmente conversei com meu parceiro sobre - ou ele descobriu sobre - ficou tudo muito ruim e terminamos".
Enfim, tem pontos à favor e muitos pontos contra. Apesar dos detalhes que não gostei, o filme é magnético e apreciei e muito diversas cenas, diálogos, atuações... vale a pena conferir!
Spirit - O Corcel Indomável
3.8 619 Assista AgoraComo um fã descarado de animação, já era hora de conhecer esta.
O filme entrega diversos bons momentos e boas músicas (assisti dublado), acho que não me conectei mais com a história somente devido a minha falta de interesse ou afinidade com o tema... porém, isso não diminui suas qualidades =)
Segredos de um Escândalo
3.5 323 Assista AgoraEu estava animado para esse, mas simplesmente senti que o roteiro falhou no desenvolvimento. A sutileza com que quiseram lidar com o argumento não funcionou para mim, senti falta de cenas mais expositivas, mais confrontantes, senti falta de mais embate - e olha que sou fã do "deixar para a imaginação" e do texto mais tênue...
Destaque para a atuação da Natalie Portman!
Saltburn
3.5 858Quanto mais penso sobre, menos gosto. Tecnicamente bem feito, com uma fotografia interessante, construção de narrativa atrativa e cenas que realmente nos prendem pelo absurdo.
Não sei se eu que estava com muitas expectativas, porém, algumas das pontas do roteiro não fecham, não me conectei com nenhuma personagem e realmente achei todos muito chatos - ao ponto de não me importar por suas trajetórias (e aí o filme me perde).
O plot twist do final muda mais uma vez o ponteiro do que o filme parecia estar querendo dizer... Então é sobre um jovem psicopata? É sobre inveja? É sobre um amor obsessivo? Ou é sobre a descoberta do belo contra o mundano? Não sei, quando um roteiro tenta ser muitas coisas acaba não reforçando nenhuma mensagem.
Apesar disso, é sim um filme que vale a pena pela direção de arte e pelas atuações!
Barbie
3.9 1,6K Assista AgoraBarbie é um filme-evento e acho que toda a espera e o marketing entregaram uma obra mais que satisfatória. É uma comédia super despretensiosa, com uma veia técnica-artística de Gerwig muito clara.
Direção, fotografia, cenografia, maquiagem, figurino, direção de arte, construção de mundo - tudo muito caprichado e de primeira. Minha única ressalva é em relação ao roteiro. Apesar de sarcástico, ácido e consciente da própria fábula (que tornaram o filme delicioso quando em torno do mundo rosa), achei que ele perde um pouco a força no meio da trama, exatamente quando eles chegam ao mundo real e têm que lidar com a questão das duas humanas principais. O filme consegue voltar aos trilhos no último terço, quando voltam para BarbieLand, e isso faz com que eu tenha mais certeza de que o roteiro foi primoroso em sua construção de mundo fantástico e em sua consciência da própria artificialidade.
Margot Robbie e Kate McKinnon estão muito boas nos papeis, mas não consegui curtir as atuações da America Ferrera e da Ariana Greenblatt, não senti verdade na relação das duas em nenhum momento - o que acho que era essencial para a história. Já Ryan Gosling, em minha opinião, roubou o filme todo - atuação incrível, comédia-física de qualidade, timing perfeito! Aposto e espero mais que só uma nomeação para ele nas premiações...
Oppenheimer
4.0 1,1KAinda digerindo o filme como um todo. Que espetáculo técnico, artístico, histórico... Foram mais de 3h de diálogos intensos e pesados, com muita política estadunidense e muito papo físico. O filme exige bastante sim, mas todo o esforço é recompensado pelo primor que ele entrega.
A obra tem uma coleção de cenas memoráveis - o teste da bomba, o interrogatório, os discursos, a conversa com o presidente, etc. etc. Porém, as que mais me impactaram (além da sequência Trinity, óbvio) foram os diálogos com Einstein e as cenas focadas no Strauss, méritos do roteiro e das atuações.
Acho que a pergunta essencial que o filme gira em torno e tenta responder é: quais foram os princípios éticos de Oppenheimer em relação à construção e à utilização da bomba? Esse questionamento foi feito na época e ainda persiste. Apesar de ter a consciência que tenho o benefício dos anos e da História, acredito ser de muita ingenuidade pensar que os EUA fabricariam tal arma e não a utilizariam; acharam que o discurso seria "olha aqui, gente, nós temos uma arma mortal" e todos colocariam o rabo entre as pernas e se renderiam?
A questão é que não precisamos responder essas perguntas com muita avidez - a bomba foi utilizada, as explosões em Hiroshima e Nagasaki se tornaram uma das manchas mais obscuras da História, sabemos como tudo se passou.
Entretanto, acredito que Nolan poderia ter investido e ousado mais em suas colocações com Oppenheimer. Sei da dificuldade ética que é fazer esse filme (e, na verdade, qualquer filme biográfico), porém - por mais que conseguimos subjetivamente inferir posicionamentos, a partir principalmente da atuação do protagonista - acho que o roteiro poderia ter ousado mais nessa questão.
Cillian Murphy, Robert Downey Jr e Emily Blunt foram os destaques, com certeza, mas as participações do Kenneth Branagh e do Tom Conti foram especiais demais. Ah, e eu acho que a experiência de assistir a esse filme no cinema tem um resultado MUITO diferente de assisti-lo em casa, vale muito a pena.
Filmão =)
Jojo Rabbit
4.2 1,6K Assista AgoraMais um filme da Segunda Guerra...? Sim, mas com uma pegada bem diferente. Uma comédia que se passa nesse período, com o ponto de vista de um criança que tem como melhor amigo um Hittler-imaginário, não poderia ter nada de bacana, certo? Errado!
Que filme bom! Atuação mirim do Roman Davis MUITO boa, fiquei impressionado com o carisma e a performance. Se tem um defeito é o plot twist previsível, mas a execução foi bem tocante.
Curti bastante mesmo :)
Parasita
4.5 3,6K Assista AgoraJá assisti faz um tempo e quase me arrepio novamente ao me lembrar da cena em que descobrimos os túneis na parede.
Direção primorosa, com jogos de luz e sombra, enquadramentos e sequências muito boas. Roteiro caprichadíssimo e bem redondinho. Não tem jeito, merece toda a fama que tem.
A Baleia
4.0 1,0K Assista AgoraAbandono paterno, homossexualidade, religião, depressão clínica, distúrbios alimentares, obesidade severa e suicídio - tudo em um emaranhado complicado, um roteiro que troceça, um único cenário e cinco personagens.
Charlie se afastou da filha por um amor intenso, que quando faleceu o deixou amontoado em crises depressivas e distúrbios alimentares. Toda adicção tem sutis pinceladas de suicídio, e entendemos de cara que Charlie quer morrer. A cena em que vemos sua frustração ser descontada na comida incomoda e muito. Na verdade, diversas cenas no filme incomodam - a maioria ou relacionada com a precária saúde da personagem, ou com a crueldade com que sua filha o trata.
Sim, o trauma do abandono paterno deixa marcas, mas acredito que o roteiro pesou muito a mão na personagem da Sadie Sink. Sua rebeldia deixa pouca margem para empatia e o que sobra mesmo é crueldade sem desenvolvimento.
A cena final é linda, apesar de totalmente angustiante, e Brendan Fraser apresentou um trabalho impecável - Oscar merecido, na minha opinião.
Um filme irregular, mas jogando luz em um tema necessário e difícil de se encarar.
Pearl
3.9 994Acabei dando a mesma nota pra X e Pearl, mas acredito que são ótimos por motivos diferentes. Enquanto o primeiro apresenta um roteiro slasher refinado e que prende logo no início, principalmente pelo incômodo dos antagonistas idosos, o segundo tem uma estética e fotografia maravilhosas que com certeza recriou e se apropriou de estilos com propriedade.
Os dois também têm atuações excelentes, mas Mia Goth em Pearl é o que chama a atenção, merecia uma indicação ao Oscar com toda certeza.
Animado pra MaXXXine =)
Tudo em Todo O Lugar ao Mesmo Tempo
4.0 2,1K Assista Agora4.0/4.5 (ainda decidindo) principalmente pela direção e pela sensação experimental que a obra traz (duas pedras dialogando, os créditos finais no meio do filme que não enganaram ninguém, etc). O roteiro é um pouco previsível (loucura pensar isso, mas digo em relação ao relacionamento mãe-filha e como aquilo tudo terminaria com um abraço e com a personagem central valorizando sua vida pacata e sua relação com marido e filha), mas o que inova é o meio narrativo e as formas de exposição.
Atuações bacanas também, Michelle Yeoh, Ke Huy Quan e Stephanie Hsu são os destaques, ao meu ver... (apesar do trabalho incrível da Yeoh, meu Oscar de melhor atriz continua sendo da Blanchett em Tár, rs...)
Tár
3.7 395 Assista AgoraO filme é um tanto elitista e pretensioso? Em partes sim, seus dialógos e situações ultra-específicas da dita "alta cultura" nos colocam em posição bem desconfortável no começo do filme, principalmente os 20min iniciais com a entrevista de abertura e a conversa seguinte entre dois maestros. Porém, isso tudo no início ao invés de me afastar, me intrigou, e logo me vi conquistado e mergulhado na narrativa.
Direção e fotografia incríveis, roteiro poderoso e, principalmente, atuação magistral da protagonista. O filme é uma colaboração e o próprio diretor falou que não funcionaria sem Blanchett - e concondo 100%.
Lydia me pareceu tão real que virei estatística e, como muitos, ao final procurei o nome dela no Google para comparar sua vida real e fictícia - até meu queixo cair e perceber que o filme era até melhor do que eu havia imaginado.
Meu Pai
4.4 1,2K Assista AgoraUm roteiro poderoso, direção de arte e fotografia incríveis, e atuações de Hopkins e Colman maravilhosas. Um filme doloroso, angustiante e muito, muito triste.
Animais Fantásticos: Os Segredos de Dumbledore
3.3 571Hmm, que sabor...
Apresentando os Ricardos
3.2 179Atuações de altíssimo nível, indicações para Kidman, Bardem e Simmons mais que merecidas... Gosto muito de filmes que retratam bastidores e etc, mas não pude deixar de me incomodar após saber que mexeram demais nos eventos reais para casar melhor com o suspense proposto.
Os destaques são tanto a atuação de Nicole e de Javier quanto a própria química entre eles. As cenas dela montando as cenas do show em sua mente e dando seus pitacos durante leitura e ensaio são onde Kidman mais brilha. O arco da traição de Desi e o amor que ambos sentiam um pelo outro é um dos fatores que prendem a atenção do espectador. Apesar da narrativa batida de "ela (ou ele) só queria ser amada", o final em que ela trava após ouvir o marido entrar em cena emociona.
Enfim, um ótimo filme, que poderia ter sido irretocável. :)
A Filha Perdida
3.6 573Li o livro recentemente, o qual gostei bastante, e achei que seria de difícil adaptação, mas conseguiu surpreender de várias formas. Só acredito que ficou devendo
mais menções sobre a própria infância da Leda - que explica muita coisa - e também sobre a dinâmica dela com o ex-marido - no livro fica claro sua ausência por conta do trabalho.
O legal da história é a representação de personagens sem maniqueísmos ou extremos. Destaque mais que merecido para Olivia Colman :-)
Maligno
3.3 1,2KProf. Quirrell, temos visita!
Sabemos que muito do terror - se não quase tudo - é regido pelos aspectos técnicos de um filme, e curti muito o resultado disso em Maligno, principalmente o trabalho de câmera e da iluminação! No entanto, me incomodei um pouco com o desenvolvimento do roteiro, senti que faltou carisma para a protagonista (mais pelo roteiro do que pela atuação), acho que a história pediu mais simpatia pela personagem do que conseguiu provocar. Além disso, me incomodei um pouco com o toque trash - que costumo gostar - presente no filme desde arranjos sonoros até a constituição do próprio vilão
- quase tão invencível quanto Michael Myers (quantos tiros aqueles policiais erraram? será que seria tão fácil assim aquela fuga em uma delegacia?).
Além disso tudo, sinto que o roteiro não conseguiu se decidir em como contar essa história, a lógica bizarra da explicação sobre o teratoma "irmão gêmeo" da protagonista vai contra algumas sequências e decisões criativas, como a telecinese. Acredito que faltou um trabalho maior aqui, não necessariamente para definir um caminho, mas talvez para correlacioná-los.
Mesmo assim, Maligno conseguiu me prender, não cansou, sustentou a tensão e o suspense até o fim e ainda por cima conseguiu surpreender.
Uma decisão que não entendi - e vi aqui outras pessoas comentando também - foi a do título, que não tem relação direta alguma com a história, ao meu ver. Também não curti muito o final claramente montado para uma sequência. Por que não fechar o filme de maneira mais satisfatória?
De resto, um bom filme!
O Mundo Mágico de Bela
3.2 24 Assista AgoraNão sei o que escrever... Problemático & chato & reciclagem de ideias que já tiveram abordagem mais que satisfatória no original. Mais um para a lista de sequências que não só se contentam em não acrescentar nada, como também forçam a ideia de um roteiro de tal forma que causam ruptura, incoerência e inverossimilhança entre as obras da "franquia".
Bernardo e Bianca na Terra dos Cangurus
3.3 36 Assista AgoraQuase um 2,5, a cena da Joanna tentando pegar os ovos do McLeach foi o ponto alto do filme para mim, valorizaram muito a nota. :)
A Festa de Formatura
3.1 238Um filme com uma mensagem boa e necessária, que diverte em algumas passagens, mas com uma abordagem que tropeça muito. Em relação ao elenco de peso, não consegui curtir a atuação do James Corden, não fui convencido nas passagens que exigiam mais emoção de sua parte. Por sua vez, Meryl Streep com toda a certeza carrega The Prom, suas cenas são as mais interessantes do filme. Infelizmente, Nicole Kidman está super mal aproveitada pelo roteiro (a cena em que ela tem mais destaque é uma das sequências mais bacanas), que também não dá espaço para a personagem de Jo Ellen Pellman crescer e se desenvolver. Kerry Washington e Ariana DeBose estão ótimas aqui também. É uma pena, estava com altas expectativas :(