Aproveito o espaço para discordar das pessoas que estão questionando as indicações ao Oscar que esse filme recebeu. Eu, pelo contrário, ainda acrescentaria indicação em Melhor Atriz e Roteiro Original. Mas deixando o Oscar de lado... Que filme brilhante! A trama tão bem construída e desenvolvida, aos poucos os protagonistas vão revelando novos traços (principalmente a Alma). E quanto ao final, é de cair o queixo! Uma revelação que poderia ter sido mostrada de modo convencional como uma revira volta aterrorizante, se torna apenas mais um elemento do enredo que mesmo assim surpreende e provoca reflexões. Direção primorosa, ótimo trabalho técnico (figurino impecável, trilha-sonora fascinante) e atuações marcantes!
Um filme que tinha tudo para criar um clima de tensão, curiosidade e provocar dúvidas, mas a única coisa que causa é tédio e faz você criar uma expectativa enorme sobre o desfecho com o propósito de que o filme melhore. No entanto quando o crime é desvendado não surpreende e se torna um melodrama desnecessário. Contudo é belo esteticamente e o elenco cumpre bem sua função.
Conseguiu ser pior que o primeiro. Estrutura do filme: - Cena aleatória - Ana e Christian transando - Cena aleatória - Ana e Christian transando - [repete o filme inteiro]
Assim como Carol (de Todd Haynes), Moonlight conseguiu me encantar pela delicadeza, pelos detalhes mais sutis e pelo silêncio que significa um amontoado de coisas. Talvez como aconteceu com Carol, o trabalho de Barry Jenkins seja visto como algo monótono devido à ausência de exageros e de erotismo em excesso, mas com certeza o tempo o transformará num clássico inquestionável. O elenco faz um dos melhores trabalhos em anos. Naomie Harris e Mahershala Ali estão dignos de todos os prêmios que concorrem nesta temporada.
Um filme que queria ser sobre alguma coisa, mas acabou sendo sobre nada. Visualmente impecável, porém um amontoado de cenas aleatórias e estranhas que falham em fazer refletir.
Aparentemente simples, porém realista e inteligente. Um retrato do Brasil, tanto em aspectos positivos quanto negativos. O filme aborda perfeitamente a corrupção e agressividade de muitas construtoras, que aproveitam de privilégios que possuem para passar por cima da lei. Interessante também a crítica feita a falsa meritocracia que tantos pregam, sendo que na maioria das vezes conseguem bons cargos (engenharia, jornais, publicidade, etc) aqueles que possuem parentesco e contato com os poderosos; há uma crítica também direcionada para pessoas que estão constantemente na mídia e acabam se apoiando em causas religiosas, a fim de passar uma boa imagem, mesmo que resultando numa hipocrisia imensa. No entanto Aquarius traz também as belezas de Recife, a beleza que existe na simplicidade e na música brasileira. Sônia Braga está espetacular. Sua atuação é tão natural que ela parece brincar em tela, parece simplesmente viver. A cena em que ela dança "O Quintal do Vizinho" é tão linda e poética que coloquei a música no "repeat" assim que cheguei em casa. Clara é uma personagem inesquecível, uma mulher guerreira, coerente e sábia.
Instantaneamente se tornou um dos meus favoritos. Precisei de alguns dia para conseguir refletir sobre essa bela história por completo. É uma trama triste, levando em conta que Addie foi criada por uma mãe imprudente e que vieo a falecer, então a pequena acabou sendo colocada na responsabilidade de um vigarista para levá-la para morar com tios que ela não conhece. Apesar desse fundo tão sensível, vemos uma história que nos provoca risos e mais risos, de tão divertida e fofa que é. Diante de circunstâncias desfavoráveis, uma criança e um adulto tão diferentes - e inicialmente conflituosos - unem-se para alcançar seus objetivos, um contando com a ajuda do outro o tempo inteiro, até que no fim o sentimento de amor torna-se visível. Ao final do filme eu não soube o que sentir por Addie, se teria feito a mesma coisa que ela. Porém sei que a esperta garotinha fez o que foi dito por seu coração. Atuações maravilhosas, especialmente por parte da Tatum O'Neal. Que interpretação fantástica! Não tenho palavras para descrever os risos que ela me causou a cada momento de esperteza e doçura.
Tinha tudo para ser um dos melhores do gênero, mas acabou sendo mais um desastre. A equipe de edição quebrou o clima diversas vezes, ao inserir cenas regravadas de formas inadequadas. Há alguns momentos bem constrangedores:
Três helicópteros caem durante o filme e ninguém morre, ninguém fica ferido; o El Diablo mal conhecendo a equipe se refere como "família"; os personagens saem da ilusão facilmente, e a Enchantress sendo descrita como tão poderosa leva socos e fica apanhando, sendo que poderia ter destruído tudo em questão de minutos. Não aguentei o que seria a vilã do filme passando a narrativa inteira fazendo um anel no céu e rebolando o tempo inteiro. SEM CONDIÇÕES!
Se não fosse por Margot Robbie o filme não teria nenhuma graça. Enquanto ela não está em cena o filme é praticamente morto, já que nem as cenas de ação são empolgantes. Viola Davis também cumpre seu trabalho de forma decente. Não posso dizer o mesmo de Jared Leto e Cara Delevigne, que passaram um vexame dos grandes e estão dignos de Framboesa. Fiquei extremamente incomodado enquanto o Coringa estava em cena, de tão forçado e exagerado que deixaram. Uma decepção!
Não é o melhor filme da franquia, porém um bom filme. A estrutura é repetitiva (flashbacks, perseguição, alguém da CIA ajuda o Bourne secretamente) e possui um pouco menos ação que os antecessores. O excesso de câmera tremida me cansou em alguns momentos, mas de qualquer forma é uma boa execução do Greengrass e a história convence. O final sugere que haverá continuação, então espero que no próximo filme renovem um pouco.
Encantador! Apesar do reencontro no final do filme ter menos emoção que o esperado, é uma obra tão cheia de esperança e amor, e possui uma mensagem tão linda sobre perseverança e superação das limitações. Depois da decepção que foi "O Bom Dinossauro" a Pixar volta com um filme tecnicamente impecável e com uma de suas melhores lições de vida. OBS: E que curta-metragem introdutório maravilhoso! Enchi os olhos de lágrimas com tamanha perfeição.
Há alguns elementos bem comuns na trama: um romance entre uma garota pobre e que não atende aos padrões de moda, e um cara bonito e rico. A diferença aqui é que ele sofre de tetraplegia desde um acidente no trânsito, o que o deixou com sequelas físicas e psicológicas. Louisa parece ser uma forma de Will mudar sua visão sobre o mundo, enxergar a vida de forma mais positiva, abrir a mente para novas perspectivas. Há boa sintonia entre o casal protagonista, uma trilha-sonora agradável, situações realmente engraçadas e momentos bem comoventes (eu particularmente fiquei com os olhos brilhando na cena da dança), mas o filme aborda um tema muito delicado e parece amedrontado em explorar os aspectos que levam às tomadas de decisões que acontecem.
Havia pessoas com paraplegia na sessão que eu estava, e me perguntei que tipo de perspectiva esse filme oferecia para as pessoas com deficiência que estivessem assistindo. Compreendo a decisão de Will em buscar a eutanásia para fazer seu sofrimento ir embora, mas a película deveria ter explorado melhor essa opção dele. Por que a presença de Louisa em sua vida não foi o suficiente? Por que mesmo depois de tantos momentos maravilhosos que o fizeram sorrir após meses não serviram? Deveriam ter explorado melhor esse aspectos psicológicos dele. Apenas uma cena de cinco minutos foi utilizada para que ele se expressasse como se sentia, mas ainda não foi o suficiente. Por mais que o sofrimento exista para muitas pessoas com tetraplegia, acho que uma mensagem mais positiva poderia ter sido passada, o filme não teve maturidade suficiente para tratar do assunto.
"Criação parece ter vindo da imperfeição. Parece ter saído de um anseio e de uma frustração, e isso é de onde eu acho que a linguagem veio. Quer dizer, ela veio de nosso desejo de transcender nosso isolamento e ter algum tipo de conexão com o outro. E tinha que ser fácil quando era apenas a simples questão sobrevivência. Como você sabe, 'água'. Nós criamos um som para isso. Ou 'Um tigre dente-de-sabre bem atrás de você'. Criamos um som para isso. Mas quando fica realmente interessante, eu acho que é quando usamos esse mesmo sistema de símbolos para comunicar todas as coisas abstratas e intangíveis que estamos enfrentando. O que é 'frustração'? Ou o que é 'raiva' ou 'amor'? Quando eu digo 'amor', o som sai da minha boca e atinge o ouvido de outra pessoa, viaja através de um canal em seu cérebro através de suas memórias de 'amor' ou 'falta de amor', e os outros registram o que estou dizendo e eles entendem. Mas como eu sei que eles entendem? As palavras são inertes. Elas são apenas símbolos. Elas estão mortas, sabe? E muito da nossa experiência é intangível. Muito do que nós percebemos não pode ser expressa. É indizível. E ainda assim você sabe, quando nos comunicamos uns com os outros e nós sentimos que estamos conectados e pensamos que estamos sendo compreendidos, eu acho que nós temos um sentimento de comunhão quase espiritual. E esse sentimento pode ser transitório, mas eu acho que é o que vivemos."
Melhor coisa: rever e confirmar o quanto esse filme é fantástico! A esnobada nas premiações que Naomi Watts sofreu com esse filme jamais será compensada, nem se derem todos os prêmios do mundo pra ela. Sr. Lynch, volte para o cinema, por favor!
Roteiro bem escrito, porém 50 minutos do filme poderiam ser cortados facilmente. Em quase 3h de duração, apenas a segunda metade tornou-se interessante. Boas atuações, porém Jennifer Jason Leigh está incrível e indubitavelmente ofusca o restante do elenco. Mais fraco que os trabalhos anteriores do Tarantino.
O melhor exemplo de amor materno! Independente de como Jack veio ao mundo, Joy/Ma o amou incondicionalmente sempre. Ótimas interpretações de Brie Larson, Joan Allen e, principalmente, Jacob Tremblay (que aparece em todas as cenas e não apresenta qualquer justificativa para a produtora estar fazendo campanha como coadjuvante). A história é comovente por diversos fatos, tais como
o fato de uma jovem estar há sete anos sem ver a luz do dia, presa em um quarto e sendo estuprada quase que diariamente; uma criança criada sem liberdade, contato com outras pessoas e vulnerável a doenças devido a falta de anticorpos; a difícil adaptação de Joy ao voltar para sua vida normal
Incrível como Tom Hooper utiliza dos mesmos ângulos de câmera em praticamente todas as cenas. É como se não fizesse diferença alguma, como se não fosse influenciar na percepção do público. Como em seu trabalho anterior, Os Miseráveis, Hooper nos entrega uma película melodramática e que mesmo com uma boa equipe técnica e boas atuações, o resultado não sai satisfatório. A culpa não se deve somente à ele, mas também ao roteiro de Lucinda Coxon, que não tem qualquer profundidade e é recheado de inconsistências no enredo
(mais notável quando Gerda está toda feliz maquiando a Lili e de uma hora pra outra está chorando por causa disso; ou o fato de Einar não se importar em ter relações sexuais com a sua esposa até se travestir pela primeira vez, dando a impressão - para que não conhece sobre o assunto - de que ele se identificou como mulher somente depois de vestir-se como uma)
. A trilha-sonora é o ponto alto do filme, apesar de alguns pontos aleatórios. Alicia Vikander chama toda atenção e ofusca Eddie Redmayne em praticamente todas as cenas que estão juntos. Me chama atenção essa aclamação para o Redmayne nos comentários, pois para mim ele não causou comoção alguma. O que vemos é uma necessidade em fazer o telespectador enxergar o quanto ele se esforça e o quanto o papel é complexo, e mesmo em meio a tantas lágrimas e lamentações não provoca qualquer emoção.
David O. Russell é um dos diretores mais superestimados de Hollywood, com toda certeza. Joy veio para re-afirmar isso! "Ah, mas o filme está com críticas mornas"
60% no Rotten Tomatoes é muito para esse filme. Claro que Jennifer Lawrence é uma atriz talentosa e que tem bastante futuro em Hollywood, mas nos filmes de O. Russell ele sempre tenta usar a mesma fórmula (excesso de overacting), o que me desagrada bastante. Como se não bastasse, vemos um filme que não tem praticamente nada de positivo do início ao fim: trilha-sonora irritante e aleatória; edição que parece ter sido feita no Nero Vision de tão ruim; roteiro forçado e descaradamente mentiroso, com direito a sonhos pseudo-complexos e narrações do além; excesso de personagens mal desenvolvimentos, formando uma completa bagunça. Jennifer Lawrence é o único elemento que não se sai mal no filme, porém não merece indicação a prêmio algum aqui. 1/5
Todd Haynes demonstrando, como sempre, seu amor pelo cinema enquanto arte. Percebe-se claramente pouco apelo comercial ou para premiações em sua execução. O que está realmente visível é a sua tentativa — bem sucedida — de emocionar o público e retratar uma época, onde os desejos mais profundos eram oprimidos. O filme é apresentado como um clássico, graças à direção segura de Haynes, fotografia impecável e uma trilha sonora encantadora. Cate Blanchett (Carol) e Rooney Mara (Therese) se comunicam com os olhares e entregam performances inesquecíveis. Um dos melhores filmes do ano, com toda certeza! ❤
Cores vibrantes, um espetáculo visual e uma bela trilha-sonora, porém senti falta de momentos mágicos e algum tipo de emoção. Os personagens - a maioria deles - são extremamente caricatos e mesmo assim falham muitas vezes em provocar algum riso. Com exceção de Rooney Mara (Tiger Tilly) e Levi Miller (Peter), que estão ótimos e demonstram esforço, as atuações me incomodaram bastante. A representação das fadas também decepcionou, afinal são apenas "pontos brilhantes", bem diferente do que estávamos acostumados a ver. E o filme não deixou nada que respondesse a seguinte questão: "Como Gancho/Hook se torna um vilão logo em seguida?". Fiquei realmente desapontado que o diretor de alguns dos meus filmes favoritos (Orgulho e Preconceito, Desejo e Reparação) tenha falhado aqui e que um ator com potencial como Levi Miller tenha começado com esse filme.
Diálogos simples, porém inteligentes. É o tipo de filme que faço questão de rever sempre. Um retrato fiel e sensível de nossa realidade. O elenco inteiro simplesmente deu show! Porém o brilho é, com toda certeza, de Regina Casé. Observei algumas coisas interessantes no filme: 1.
Durante a entrevista para a TV, a Bárbara fala que "estilo é ser quem você é, que não tem segredo", porém só faltou bater na Val quando ela foi servir com as xícaras novas. Isso me faz refletir o quanto muitas pessoas posam de humildes e caridosas, quando na verdade não são.
Val sempre achou Bárbara uma mulher boa, a quem ela devia muita gratidão. Interessante observar isso, já que muitas domésticas recebem menos do que devem e se sentem gratas aos seus patrões, afirmando que são pessoas maravilhosas e de bom coração.
Muitas pessoas acharam, mesmo que sem querer, que Jéssica estava sendo inconveniente e abusada. Infelizmente está "impregnada" na gente essa noção de que as pessoas de condições financeiras inferiores devem se acanhar e sempre dizerem "Não" por educação (como a Val havia dito). José Carlos ofereceu o quarto de hóspedes, Bárbara mandou sentar naquela mesa... Por que ela deveria ter dito que "Não"?
José Carlos sempre foi rico, e (talvez) por isso fosse uma pessoa mais tranquila e menos segregador. Bárbara tornou-se rica, e isso mostra o quanto a nova classe média brasileira está representada no filme; trata-se de pessoas que por acabarem de conseguir uma boa condição, sentem-se acima de quem ainda é pobre.
Trama Fantasma
3.7 803 Assista AgoraAproveito o espaço para discordar das pessoas que estão questionando as indicações ao Oscar que esse filme recebeu. Eu, pelo contrário, ainda acrescentaria indicação em Melhor Atriz e Roteiro Original.
Mas deixando o Oscar de lado... Que filme brilhante! A trama tão bem construída e desenvolvida, aos poucos os protagonistas vão revelando novos traços (principalmente a Alma). E quanto ao final, é de cair o queixo! Uma revelação que poderia ter sido mostrada de modo convencional como uma revira volta aterrorizante, se torna apenas mais um elemento do enredo que mesmo assim surpreende e provoca reflexões.
Direção primorosa, ótimo trabalho técnico (figurino impecável, trilha-sonora fascinante) e atuações marcantes!
Assassinato no Expresso do Oriente
3.4 938 Assista AgoraUm filme que tinha tudo para criar um clima de tensão, curiosidade e provocar dúvidas, mas a única coisa que causa é tédio e faz você criar uma expectativa enorme sobre o desfecho com o propósito de que o filme melhore. No entanto quando o crime é desvendado não surpreende e se torna um melodrama desnecessário.
Contudo é belo esteticamente e o elenco cumpre bem sua função.
Beleza Oculta
3.7 887 Assista AgoraQuando me perguntarem sobre esse filme: "Olha, eu achei um mico".
Cinquenta Tons Mais Escuros
2.5 763 Assista AgoraConseguiu ser pior que o primeiro.
Estrutura do filme:
- Cena aleatória
- Ana e Christian transando
- Cena aleatória
- Ana e Christian transando
- [repete o filme inteiro]
Moonlight: Sob a Luz do Luar
4.1 2,4K Assista AgoraAssim como Carol (de Todd Haynes), Moonlight conseguiu me encantar pela delicadeza, pelos detalhes mais sutis e pelo silêncio que significa um amontoado de coisas.
Talvez como aconteceu com Carol, o trabalho de Barry Jenkins seja visto como algo monótono devido à ausência de exageros e de erotismo em excesso, mas com certeza o tempo o transformará num clássico inquestionável.
O elenco faz um dos melhores trabalhos em anos. Naomie Harris e Mahershala Ali estão dignos de todos os prêmios que concorrem nesta temporada.
Demônio de Neon
3.2 1,2K Assista AgoraUm filme que queria ser sobre alguma coisa, mas acabou sendo sobre nada. Visualmente impecável, porém um amontoado de cenas aleatórias e estranhas que falham em fazer refletir.
Aquarius
4.2 1,9K Assista AgoraAparentemente simples, porém realista e inteligente. Um retrato do Brasil, tanto em aspectos positivos quanto negativos. O filme aborda perfeitamente a corrupção e agressividade de muitas construtoras, que aproveitam de privilégios que possuem para passar por cima da lei. Interessante também a crítica feita a falsa meritocracia que tantos pregam, sendo que na maioria das vezes conseguem bons cargos (engenharia, jornais, publicidade, etc) aqueles que possuem parentesco e contato com os poderosos; há uma crítica também direcionada para pessoas que estão constantemente na mídia e acabam se apoiando em causas religiosas, a fim de passar uma boa imagem, mesmo que resultando numa hipocrisia imensa. No entanto Aquarius traz também as belezas de Recife, a beleza que existe na simplicidade e na música brasileira.
Sônia Braga está espetacular. Sua atuação é tão natural que ela parece brincar em tela, parece simplesmente viver. A cena em que ela dança "O Quintal do Vizinho" é tão linda e poética que coloquei a música no "repeat" assim que cheguei em casa. Clara é uma personagem inesquecível, uma mulher guerreira, coerente e sábia.
Lua de Papel
4.3 156 Assista AgoraInstantaneamente se tornou um dos meus favoritos. Precisei de alguns dia para conseguir refletir sobre essa bela história por completo. É uma trama triste, levando em conta que Addie foi criada por uma mãe imprudente e que vieo a falecer, então a pequena acabou sendo colocada na responsabilidade de um vigarista para levá-la para morar com tios que ela não conhece. Apesar desse fundo tão sensível, vemos uma história que nos provoca risos e mais risos, de tão divertida e fofa que é.
Diante de circunstâncias desfavoráveis, uma criança e um adulto tão diferentes - e inicialmente conflituosos - unem-se para alcançar seus objetivos, um contando com a ajuda do outro o tempo inteiro, até que no fim o sentimento de amor torna-se visível. Ao final do filme eu não soube o que sentir por Addie, se teria feito a mesma coisa que ela. Porém sei que a esperta garotinha fez o que foi dito por seu coração.
Atuações maravilhosas, especialmente por parte da Tatum O'Neal. Que interpretação fantástica! Não tenho palavras para descrever os risos que ela me causou a cada momento de esperteza e doçura.
Esquadrão Suicida
2.8 4,0K Assista AgoraTinha tudo para ser um dos melhores do gênero, mas acabou sendo mais um desastre. A equipe de edição quebrou o clima diversas vezes, ao inserir cenas regravadas de formas inadequadas. Há alguns momentos bem constrangedores:
Três helicópteros caem durante o filme e ninguém morre, ninguém fica ferido; o El Diablo mal conhecendo a equipe se refere como "família"; os personagens saem da ilusão facilmente, e a Enchantress sendo descrita como tão poderosa leva socos e fica apanhando, sendo que poderia ter destruído tudo em questão de minutos. Não aguentei o que seria a vilã do filme passando a narrativa inteira fazendo um anel no céu e rebolando o tempo inteiro. SEM CONDIÇÕES!
Jason Bourne
3.5 460 Assista AgoraNão é o melhor filme da franquia, porém um bom filme. A estrutura é repetitiva (flashbacks, perseguição, alguém da CIA ajuda o Bourne secretamente) e possui um pouco menos ação que os antecessores. O excesso de câmera tremida me cansou em alguns momentos, mas de qualquer forma é uma boa execução do Greengrass e a história convence. O final sugere que haverá continuação, então espero que no próximo filme renovem um pouco.
Procurando Dory
4.0 1,8K Assista AgoraEncantador! Apesar do reencontro no final do filme ter menos emoção que o esperado, é uma obra tão cheia de esperança e amor, e possui uma mensagem tão linda sobre perseverança e superação das limitações. Depois da decepção que foi "O Bom Dinossauro" a Pixar volta com um filme tecnicamente impecável e com uma de suas melhores lições de vida.
OBS: E que curta-metragem introdutório maravilhoso! Enchi os olhos de lágrimas com tamanha perfeição.
Olhos da Justiça
3.2 449 Assista AgoraQue agonia esse final. Ele cavando por horas e não cai uma gota de suor na testa.
Como Eu Era Antes de Você
3.7 2,3K Assista AgoraHá alguns elementos bem comuns na trama: um romance entre uma garota pobre e que não atende aos padrões de moda, e um cara bonito e rico. A diferença aqui é que ele sofre de tetraplegia desde um acidente no trânsito, o que o deixou com sequelas físicas e psicológicas. Louisa parece ser uma forma de Will mudar sua visão sobre o mundo, enxergar a vida de forma mais positiva, abrir a mente para novas perspectivas. Há boa sintonia entre o casal protagonista, uma trilha-sonora agradável, situações realmente engraçadas e momentos bem comoventes (eu particularmente fiquei com os olhos brilhando na cena da dança), mas o filme aborda um tema muito delicado e parece amedrontado em explorar os aspectos que levam às tomadas de decisões que acontecem.
Havia pessoas com paraplegia na sessão que eu estava, e me perguntei que tipo de perspectiva esse filme oferecia para as pessoas com deficiência que estivessem assistindo. Compreendo a decisão de Will em buscar a eutanásia para fazer seu sofrimento ir embora, mas a película deveria ter explorado melhor essa opção dele. Por que a presença de Louisa em sua vida não foi o suficiente? Por que mesmo depois de tantos momentos maravilhosos que o fizeram sorrir após meses não serviram? Deveriam ter explorado melhor esse aspectos psicológicos dele. Apenas uma cena de cinco minutos foi utilizada para que ele se expressasse como se sentia, mas ainda não foi o suficiente. Por mais que o sofrimento exista para muitas pessoas com tetraplegia, acho que uma mensagem mais positiva poderia ter sido passada, o filme não teve maturidade suficiente para tratar do assunto.
Acordar para a Vida
4.3 789"Criação parece ter vindo da imperfeição. Parece ter saído de um anseio e de uma frustração, e isso é de onde eu acho que a linguagem veio. Quer dizer, ela veio de nosso desejo de transcender nosso isolamento e ter algum tipo de conexão com o outro. E tinha que ser fácil quando era apenas a simples questão sobrevivência. Como você sabe, 'água'. Nós criamos um som para isso. Ou 'Um tigre dente-de-sabre bem atrás de você'. Criamos um som para isso. Mas quando fica realmente interessante, eu acho que é quando usamos esse mesmo sistema de símbolos para comunicar todas as coisas abstratas e intangíveis que estamos enfrentando. O que é 'frustração'? Ou o que é 'raiva' ou 'amor'? Quando eu digo 'amor', o som sai da minha boca e atinge o ouvido de outra pessoa, viaja através de um canal em seu cérebro através de suas memórias de 'amor' ou 'falta de amor', e os outros registram o que estou dizendo e eles entendem. Mas como eu sei que eles entendem? As palavras são inertes. Elas são apenas símbolos. Elas estão mortas, sabe? E muito da nossa experiência é intangível. Muito do que nós percebemos não pode ser expressa. É indizível. E ainda assim você sabe, quando nos comunicamos uns com os outros e nós sentimos que estamos conectados e pensamos que estamos sendo compreendidos, eu acho que nós temos um sentimento de comunhão quase espiritual. E esse sentimento pode ser transitório, mas eu acho que é o que vivemos."
Cidade dos Sonhos
4.2 1,7K Assista AgoraMelhor coisa: rever e confirmar o quanto esse filme é fantástico!
A esnobada nas premiações que Naomi Watts sofreu com esse filme jamais será compensada, nem se derem todos os prêmios do mundo pra ela.
Sr. Lynch, volte para o cinema, por favor!
Os Oito Odiados
4.1 2,4K Assista AgoraRoteiro bem escrito, porém 50 minutos do filme poderiam ser cortados facilmente. Em quase 3h de duração, apenas a segunda metade tornou-se interessante. Boas atuações, porém Jennifer Jason Leigh está incrível e indubitavelmente ofusca o restante do elenco. Mais fraco que os trabalhos anteriores do Tarantino.
O Quarto de Jack
4.4 3,3K Assista AgoraO melhor exemplo de amor materno! Independente de como Jack veio ao mundo, Joy/Ma o amou incondicionalmente sempre. Ótimas interpretações de Brie Larson, Joan Allen e, principalmente, Jacob Tremblay (que aparece em todas as cenas e não apresenta qualquer justificativa para a produtora estar fazendo campanha como coadjuvante). A história é comovente por diversos fatos, tais como
o fato de uma jovem estar há sete anos sem ver a luz do dia, presa em um quarto e sendo estuprada quase que diariamente; uma criança criada sem liberdade, contato com outras pessoas e vulnerável a doenças devido a falta de anticorpos; a difícil adaptação de Joy ao voltar para sua vida normal
A Garota Dinamarquesa
4.0 2,2K Assista AgoraIncrível como Tom Hooper utiliza dos mesmos ângulos de câmera em praticamente todas as cenas. É como se não fizesse diferença alguma, como se não fosse influenciar na percepção do público. Como em seu trabalho anterior, Os Miseráveis, Hooper nos entrega uma película melodramática e que mesmo com uma boa equipe técnica e boas atuações, o resultado não sai satisfatório. A culpa não se deve somente à ele, mas também ao roteiro de Lucinda Coxon, que não tem qualquer profundidade e é recheado de inconsistências no enredo
(mais notável quando Gerda está toda feliz maquiando a Lili e de uma hora pra outra está chorando por causa disso; ou o fato de Einar não se importar em ter relações sexuais com a sua esposa até se travestir pela primeira vez, dando a impressão - para que não conhece sobre o assunto - de que ele se identificou como mulher somente depois de vestir-se como uma)
Joy: O Nome do Sucesso
3.4 777 Assista AgoraDavid O. Russell é um dos diretores mais superestimados de Hollywood, com toda certeza. Joy veio para re-afirmar isso!
"Ah, mas o filme está com críticas mornas"
60% no Rotten Tomatoes é muito para esse filme. Claro que Jennifer Lawrence é uma atriz talentosa e que tem bastante futuro em Hollywood, mas nos filmes de O. Russell ele sempre tenta usar a mesma fórmula (excesso de overacting), o que me desagrada bastante. Como se não bastasse, vemos um filme que não tem praticamente nada de positivo do início ao fim: trilha-sonora irritante e aleatória; edição que parece ter sido feita no Nero Vision de tão ruim; roteiro forçado e descaradamente mentiroso, com direito a sonhos pseudo-complexos e narrações do além; excesso de personagens mal desenvolvimentos, formando uma completa bagunça. Jennifer Lawrence é o único elemento que não se sai mal no filme, porém não merece indicação a prêmio algum aqui.
1/5
Carol
3.9 1,5K Assista AgoraTodd Haynes demonstrando, como sempre, seu amor pelo cinema enquanto arte. Percebe-se claramente pouco apelo comercial ou para premiações em sua execução. O que está realmente visível é a sua tentativa — bem sucedida — de emocionar o público e retratar uma época, onde os desejos mais profundos eram oprimidos. O filme é apresentado como um clássico, graças à direção segura de Haynes, fotografia impecável e uma trilha sonora encantadora. Cate Blanchett (Carol) e Rooney Mara (Therese) se comunicam com os olhares e entregam performances inesquecíveis. Um dos melhores filmes do ano, com toda certeza! ❤
Carol
3.9 1,5K Assista AgoraTorrent Tour.
kat.cr/carol-2015-dvdscr-xvid-ac3-evo-t11777660.html
Jogos Vorazes: A Esperança - O Final
3.6 1,9K Assista AgoraInconformado que a saga terminou com aquela cena!
Peter Pan
3.2 559 Assista AgoraCores vibrantes, um espetáculo visual e uma bela trilha-sonora, porém senti falta de momentos mágicos e algum tipo de emoção. Os personagens - a maioria deles - são extremamente caricatos e mesmo assim falham muitas vezes em provocar algum riso. Com exceção de Rooney Mara (Tiger Tilly) e Levi Miller (Peter), que estão ótimos e demonstram esforço, as atuações me incomodaram bastante. A representação das fadas também decepcionou, afinal são apenas "pontos brilhantes", bem diferente do que estávamos acostumados a ver. E o filme não deixou nada que respondesse a seguinte questão: "Como Gancho/Hook se torna um vilão logo em seguida?".
Fiquei realmente desapontado que o diretor de alguns dos meus filmes favoritos (Orgulho e Preconceito, Desejo e Reparação) tenha falhado aqui e que um ator com potencial como Levi Miller tenha começado com esse filme.
Que Horas Ela Volta?
4.3 3,0K Assista AgoraDiálogos simples, porém inteligentes. É o tipo de filme que faço questão de rever sempre. Um retrato fiel e sensível de nossa realidade.
O elenco inteiro simplesmente deu show! Porém o brilho é, com toda certeza, de Regina Casé.
Observei algumas coisas interessantes no filme:
1.
Durante a entrevista para a TV, a Bárbara fala que "estilo é ser quem você é, que não tem segredo", porém só faltou bater na Val quando ela foi servir com as xícaras novas. Isso me faz refletir o quanto muitas pessoas posam de humildes e caridosas, quando na verdade não são.
2.
Val sempre achou Bárbara uma mulher boa, a quem ela devia muita gratidão. Interessante observar isso, já que muitas domésticas recebem menos do que devem e se sentem gratas aos seus patrões, afirmando que são pessoas maravilhosas e de bom coração.
3.
Muitas pessoas acharam, mesmo que sem querer, que Jéssica estava sendo inconveniente e abusada. Infelizmente está "impregnada" na gente essa noção de que as pessoas de condições financeiras inferiores devem se acanhar e sempre dizerem "Não" por educação (como a Val havia dito). José Carlos ofereceu o quarto de hóspedes, Bárbara mandou sentar naquela mesa... Por que ela deveria ter dito que "Não"?
4.
José Carlos sempre foi rico, e (talvez) por isso fosse uma pessoa mais tranquila e menos segregador. Bárbara tornou-se rica, e isso mostra o quanto a nova classe média brasileira está representada no filme; trata-se de pessoas que por acabarem de conseguir uma boa condição, sentem-se acima de quem ainda é pobre.