Tem méritos. O gancho de Moby dick é bom. Mas uma linguagem meio sem graça. Teve aquela coisa do Aronofsky de se distanciar do realismo no final que é legal. Consegue conectar uns temas bem diferentes de jeito incomum, obesidade, depressão, paternidade, morte, etc. Mas aqui e acolá umas coisas no roteiro que não convencem, uns personagens mal construídos...
tem personagens interessantes, com algumas características fora do óbvio e uns bons diálogos. Tem um jogo entre o erotismo e o esvaziamento dele até interessante, ora os personagens não querem se aproximar, se tocar, ora querem mas parece que de um jeito vazio, ora se sente algum libido na tela. mas sei lá, da um pouco de impressão que esses méritos não foram tão fundo quanto podiam. acho que faltou genialidade.
Lindo e sensível. Tem a manha de abordar temas difíceis na sutileza, o que torna tudo mais convincente. A metáfora do moleque querendo ir embora pra Marte agrega poesia para o filme, e é interessante como não é colocado de jeito simplista, apenas como uma fuga. Pode ser interpretada como tal, mas está também ligada a algo que genuinamente encanta ele. É bonito o moleque da periferia que se permite sonhar com coisas muito distantes.
Tem aquele ritmo frenético que deixa a gente meio perdido, principalmente por fugir um bocado do óbvio no enredo (o que é um grande mérito). Não gosto tanto dessa velocidade que pra mim parece linguagem da publicidade. Mas no fim das contas, constrói um cenário bem divertido de mulheres seguras de si e homens estúpidos
tem uma coisa esperta (talvez involuntariamente) em fazer documentário sem narração: o filme fica menos datado. usando uma linguagem mais aberta ele deixa mais margem pro espectador pra completar a mensagem. pra mim vendo hoje o filme é interessante, mostrando inclusive as contradições dessa geração. o cineasta certamente tinha suas simpatias, e se tivesse feito um discurso mais direto falaria merda aos olhos de hoje
Por coincidência vi na mesma semana 3 filmes que falam sobre ou tangenciam o tema do ônus da maternidade: esse, o Mães Paralelas e o A Filha Perdida. Esse foi certamente o pior deles. Sei lá, sensação de que às vezes o esforço pra ser descolado é tanto que se deixa de falar o que importa... Ou pelo menos de falar algo que faça sentido. A salada entre os diversos temas aí foi tanta (violência de gênero, fetiche, transhumanismo, maternidade), que não falaram coisas realmente interessantes em cada um desses temas
O bordão do personagem, que em outros países como aqui virou o nome do filme, já meio que anuncia a intenção de brincar com gêneros mas romper com ele. Bem bacana como brinca com comédia, drama e outros.
Interessante como como tem uma onda meio parecida com El perro que no calla. Acho que tá tendo uma coisa de olhar introspectivo para o absurdo do cotidiano no cinema latinoamericano.
É tipo um Dona Flor e seus 2 maridos, sem o clima gostoso da Bahia e sem a conversão da mulher em personagem emponderado no final. Foi gostoso ver uma representação cinematográfica do "primeiro astronauta espanhol" (rs), Carrero Blanco. Começou até bem, fica repetitivo depois. A parte mal construída do triângulo amoroso não ajuda.
Acho que muita gente pode achar só um filme meio chato. Mas pra mim que as paisagens que mostra têm um significado especial, achei que relatou mais ou menos bem a vibe desse lugar... Nisso de seguir o vento e ir estudando a humanidade em torno dele me lembrou o lindo As Viagens do vento, do Ciro Guerra
Simples, direto ao ponto, mas história bem contada. Consegue mostrar complexidade na situação de uma prostituta de classe média. Sente-se como ela vai progressivamente afinando na situação. As situações a que está sujeita (violência, chantagens, etc). As situações são convincentes, há um realismo interessante. Gostei de não explorar gratuitamente cenas sexuais.
Tema importante, mas roteiro ruim, personagens mal construídos, clichés de filme de tribunal... Porém foi interessante conhecer a tal da lei Dreher. Me fez pensar, no mesmo sentido, como foi ruim nossa lei de anistia no Brasil.
Bem interessantes as palas metalinguísticas e os momentos em que "derruba" a 4a parede. Muito boas as primeiras performances torrenciais meio depressivas meio psicóticas do humorista. Também é muito interessante como o filme cruza estilos, o stand-up com o musical, o lírico com o pop. Há uma parte em que o filme se perde um tanto, parece se apegar ao melodrama e deixar essas outras qualidades de lado, os personagens ficam mais sem graça do que começaram.
Me ajudou a entender de onde veio o Level 5: como que o contraste de uma terra estrangeira chamou atenção para questões universais, a relação dos japonenses com os jogos eletrônicos que inspirou o roteiro e a estética dele. Mas Level 5 se comunicou mais comigo, com seu didatismo sobre Okinawa.
O que achei interessante foi como polvilhou a história com pequenas derrotas cotidianas, como perder o carro ou errar o caminho. Com isso constrói o clima daquelas épocas em que tudo dá errado, ou que jovens na verdade não sabem bem o que estão fazendo.
Super interessante! Só fiquei com impressão que dava pra aproveitar mais os entrevistados se explorassem mais outros temas e histórias pessoais deles que não se ligassem diretamente com a fronteira no primeiro momento
É realmente muito massa ver esses filmes futuro do pretérito. Ver o futuro imaginado no passado. Como quase sempre, soa esteticamente anacrônico, chega a ser engraçado. Mas impressionante como no essencial, nas grandes questões para o futuro, ele acerta bastante. E genial ele fazer isso tecendo esse fio do passado até o futuro, e amarrando tantas coisas (morte, amor, memória, esquecimento, narrativas) nele.
O Rio do Desejo
3.4 45Drama bem feito. Tragédia grega nada grega, com bons bregas ao fundo.
O Que Arde
3.4 11Quase peguei um resfriado
Nada de Novo no Front
4.0 614 Assista AgoraFilme de guerra bem feito. Pena que é um filme de guerra
RRR: Revolta, Rebelião, Revolução
4.1 325 Assista AgoraMaravilhoso. Bobo, como não podia deixar de ser. Mas maravilhoso.
A Baleia
4.0 1,0K Assista AgoraTem méritos. O gancho de Moby dick é bom. Mas uma linguagem meio sem graça. Teve aquela coisa do Aronofsky de se distanciar do realismo no final que é legal. Consegue conectar uns temas bem diferentes de jeito incomum, obesidade, depressão, paternidade, morte, etc. Mas aqui e acolá umas coisas no roteiro que não convencem, uns personagens mal construídos...
Paris, 13° Distrito
3.8 33 Assista Agoratem personagens interessantes, com algumas características fora do óbvio e uns bons diálogos. Tem um jogo entre o erotismo e o esvaziamento dele até interessante, ora os personagens não querem se aproximar, se tocar, ora querem mas parece que de um jeito vazio, ora se sente algum libido na tela. mas sei lá, da um pouco de impressão que esses méritos não foram tão fundo quanto podiam. acho que faltou genialidade.
Marte Um
4.1 304 Assista AgoraLindo e sensível. Tem a manha de abordar temas difíceis na sutileza, o que torna tudo mais convincente. A metáfora do moleque querendo ir embora pra Marte agrega poesia para o filme, e é interessante como não é colocado de jeito simplista, apenas como uma fuga. Pode ser interpretada como tal, mas está também ligada a algo que genuinamente encanta ele. É bonito o moleque da periferia que se permite sonhar com coisas muito distantes.
Babysitter
3.2 7 Assista AgoraTem aquele ritmo frenético que deixa a gente meio perdido, principalmente por fugir um bocado do óbvio no enredo (o que é um grande mérito). Não gosto tanto dessa velocidade que pra mim parece linguagem da publicidade. Mas no fim das contas, constrói um cenário bem divertido de mulheres seguras de si e homens estúpidos
Swingueira
3.7 3Muito louco. Arrisco dizer que o resto do Brasil não sabe desse fenômeno da swingueira cearense
Une Jeunesse Allemande
3.8 5 Assista Agoratem uma coisa esperta (talvez involuntariamente) em fazer documentário sem narração: o filme fica menos datado. usando uma linguagem mais aberta ele deixa mais margem pro espectador pra completar a mensagem. pra mim vendo hoje o filme é interessante, mostrando inclusive as contradições dessa geração. o cineasta certamente tinha suas simpatias, e se tivesse feito um discurso mais direto falaria merda aos olhos de hoje
Titane
3.5 394 Assista AgoraPor coincidência vi na mesma semana 3 filmes que falam sobre ou tangenciam o tema do ônus da maternidade: esse, o Mães Paralelas e o A Filha Perdida. Esse foi certamente o pior deles. Sei lá, sensação de que às vezes o esforço pra ser descolado é tanto que se deixa de falar o que importa... Ou pelo menos de falar algo que faça sentido. A salada entre os diversos temas aí foi tanta (violência de gênero, fetiche, transhumanismo, maternidade), que não falaram coisas realmente interessantes em cada um desses temas
Fortaleza Hotel
3.3 10Fica mais interessante na composição com Greta e para quem tem uma relação com Fortaleza do que como um filme solto
Essa Não é uma Comédia
2.8 2 Assista AgoraO bordão do personagem, que em outros países como aqui virou o nome do filme, já meio que anuncia a intenção de brincar com gêneros mas romper com ele. Bem bacana como brinca com comédia, drama e outros.
Interessante como como tem uma onda meio parecida com El perro que no calla. Acho que tá tendo uma coisa de olhar introspectivo para o absurdo do cotidiano no cinema latinoamericano.
O Cão que Não se Cala
2.9 7Tem as manhas de ser um filme sobre a banalidade do dia dia e o absurdo da vida ao mesmo tempo.
Balada do Amor e do Ódio
3.7 302É tipo um Dona Flor e seus 2 maridos, sem o clima gostoso da Bahia e sem a conversão da mulher em personagem emponderado no final. Foi gostoso ver uma representação cinematográfica do "primeiro astronauta espanhol" (rs), Carrero Blanco. Começou até bem, fica repetitivo depois. A parte mal construída do triângulo amoroso não ajuda.
Aracati
4.0 3Acho que muita gente pode achar só um filme meio chato. Mas pra mim que as paisagens que mostra têm um significado especial, achei que relatou mais ou menos bem a vibe desse lugar...
Nisso de seguir o vento e ir estudando a humanidade em torno dele me lembrou o lindo As Viagens do vento, do Ciro Guerra
A Garota Eslovena
3.1 73 Assista AgoraSimples, direto ao ponto, mas história bem contada. Consegue mostrar complexidade na situação de uma prostituta de classe média. Sente-se como ela vai progressivamente afinando na situação. As situações a que está sujeita (violência, chantagens, etc). As situações são convincentes, há um realismo interessante. Gostei de não explorar gratuitamente cenas sexuais.
O Caso Collini
3.7 59 Assista AgoraTema importante, mas roteiro ruim, personagens mal construídos, clichés de filme de tribunal...
Porém foi interessante conhecer a tal da lei Dreher. Me fez pensar, no mesmo sentido, como foi ruim nossa lei de anistia no Brasil.
Annette
3.5 118 Assista AgoraBem interessantes as palas metalinguísticas e os momentos em que "derruba" a 4a parede. Muito boas as primeiras performances torrenciais meio depressivas meio psicóticas do humorista. Também é muito interessante como o filme cruza estilos, o stand-up com o musical, o lírico com o pop. Há uma parte em que o filme se perde um tanto, parece se apegar ao melodrama e deixar essas outras qualidades de lado, os personagens ficam mais sem graça do que começaram.
Sem Sol
4.2 36 Assista AgoraMe ajudou a entender de onde veio o Level 5: como que o contraste de uma terra estrangeira chamou atenção para questões universais, a relação dos japonenses com os jogos eletrônicos que inspirou o roteiro e a estética dele. Mas Level 5 se comunicou mais comigo, com seu didatismo sobre Okinawa.
Velha Juventude
3.1 12Um filme que transita entre gêneros aproveitando o pior de cada um deles.
The First Lap
3.3 3O que achei interessante foi como polvilhou a história com pequenas derrotas cotidianas, como perder o carro ou errar o caminho. Com isso constrói o clima daquelas épocas em que tudo dá errado, ou que jovens na verdade não sabem bem o que estão fazendo.
Mas fora esse recurso legal, que chatinho hein?
Portuñol
4.0 4Super interessante! Só fiquei com impressão que dava pra aproveitar mais os entrevistados se explorassem mais outros temas e histórias pessoais deles que não se ligassem diretamente com a fronteira no primeiro momento
Nível Cinco
3.7 7É realmente muito massa ver esses filmes futuro do pretérito. Ver o futuro imaginado no passado. Como quase sempre, soa esteticamente anacrônico, chega a ser engraçado. Mas impressionante como no essencial, nas grandes questões para o futuro, ele acerta bastante. E genial ele fazer isso tecendo esse fio do passado até o futuro, e amarrando tantas coisas (morte, amor, memória, esquecimento, narrativas) nele.