minha visão, primeiro uma mais simples: o tal do 'shimmer' faz com a terra justamente o que o câncer por exemplo faz com o organismo dos seres vivos, tem algumas qualidades da vida, cresce e se prolifera como ela mas visando a destruição. As formas aleatórias e 'novas' representam muito bem o dilema que algo que cresce só pra morrer e, aparentemente, não tem nenhum propósito, causa em nós, humanos, que dependemos muito de explicações, sentido, razão, causas, etc, e essas formas são a representação do absurdo. Além disso são também uma 'afronta', uma 'corrupção' da vida, como a personagem lá diz. É o próprio incompreensível. Eu até diria que é a própria morte. O 'alien' é o câncer, elas o sistema imunológico (o crédito pra essa teoria do sistema imunológico vai pra um anônimo da internet)
Agora uma mais desenvolvida: Todas as personagens carregam consigo algum acontecimento marcante o suficiente pra motivá-las a se arriscar nessa jornada, e embora alguns desses acontecimentos tenham explicitamente a ver com o câncer em si (a chefe da expedição lá que tá doente, a mãe que perdeu a filha pra leucemia) eu sinto que a ligação é muito mais com eventos que te modificam profundamente, como um trauma ou o luto do que com a doença especificamente. E todos esses eventos representam uma mudança no extremo interior de quem passa por eles. Como uma espécie de mutação no DNA msmo, que é o seu centro, a chave e o código pra te desvendar, ou seja, toda a sua noção de 'EU' e aonde essa mudança dá início, se espalhando pra outras áreas, mas num nível emocional, mental e espiritual. E isso porque uma das características desses eventos traumáticos que falei é que eles geralmente desafiam todas as noções e conceitos que uma pessoa criou anteriormente pra entender a si próprio e o mundo, a morte cruel de uma criança por exemplo te faz questionar o propósito da vida e do sofrimento e se a própria existência no geral não é vazia de qualquer sentido. Daí, após a vivência desses eventos, duas coisas podem acontecer: 1- a renovação do olhar sobre a própria existência (a modificação com sucesso do DNA, o centro de tudo o que te define, tudo o que te constitui), representado por esse ser idêntico a você, a sua cópia, que acaba tomando, renovando e substituindo todas aquelas caracterìsticas que você achava que constituiam a parte essencial do seu eu, o seu DNA, culminando numa espécie de reencarnação, renascimento; ou 2- a perda de toda estabilidade, o desespero, o abandono de si, dos seus alicerces e parâmetros, a desfragmentação e a autodestruição (que é o que acontece com qualquer um dos outros personagens na floresta, e os que chegam até o fim mas são consumidos).
A autodestruição aqui é a chave: Desde o começo, quando a doutora tá explicando como as células se reproduzem, ela já toca nesse ponto, e sei que em uma cena falam exatamente sobre isso, uma das personagens diz que nem todo mundo é suicida mas todos se autodestroem, seja através de vícios, de autosabotagem, seja através da agressão intencional a elementos da sua vida que supostamente deveriam te completar (a mulher traindo o marido lá): é algo que praticamente tá codificado no gene humano. Muito importante a diferença entre a destruição através do suicídio, que é física e encerra a continuidade da vida, e a outra, que é imaterial, preservando a capacidade pra reparação e pra cura. E é esse último passo, essa última distinção, que faltava pra essa forma alienígena se aperfeiçoar na imitação da vida da terra, era algo que ela não era capaz de fazer. E é assim que a doutora consegue 'vencer' a sua cópia, ela faz uma mímica da autodestruição. Só que, por mais que pareça que ela tenha sido destruída no final, essa autodestruição 'aprendida' com a doutora foi justamente onde ela sucedeu, 'se adaptou para possuir', para se propagar para o resto da Terra. Parte do DNA alien já estava na doutora, fazendo com que aquele local na 'zona' por onde ele entrou e cresceu não fosse mais necessário, era só uma espécie de crisálida.
Agora, porque essa forma simplesmente não deixava as outras pessoas saírem vivas se ela queria tanto se espalhar pelo resto da Terra? Duas coisas: Primeiro que ela não 'queria' exatamente, querer é um conceito que ela simplesmente não tem, ela não é inteligente ou senciente, é como o câncer, uma célula, é só algo que cresce e se reproduz, sem qualquer propósito e sentido, o sentido é a gente que dá (até como a própria vida dependendo de como vc vê). E segundo, praticamente todo mundo que entrou, até onde sabemos, cedeu, desistiu, enlouqueceu, se matou e não chegou nesse estágio final, uma porque a própria natureza dessa coisa alienígena criou um 'predador' graças às modificações nos animais e esse predador ia eliminando os humanos ou qualquer coisa mais fraca (aí você pode pensar em evolucionismo e como o mais forte dentro de uma espécie é o principal agente de sua propagação) e duas porque a primeira forma de autodestruição aprendida, que aconteceu com o suicído do marido após ele passar por todas as provações, ainda era imperfeita, apenas uma imagem, não foi o bastante para que o DNA alien se assimilasse harmoniosamente com o gene humano e implicava a destruição iminente do seu hospedeiro (o marido se suicida na 'zona'/o marido quase morre quando volta pra casa). A segunda forma, aprendida com a luta entre a doutora e sua cópia, estava aperfeiçoada, pois não implicou em autodestruição do hospedeiro, que é o passo essencial para substitui-lo com sucesso e garantir sua sobrevida fora da 'zona', o DNA se assimilou harmoniosamente. Aí voltamos praquilo que eu disse das duas destruições. A primeira autodestruição, a do marido, era física, como o suicídio, a segunda não, era imaterial e transcendente.
Se auto-destruir para viver eternamente, bem contra-intuitivo, mas a autodestruição, o que numa planta ou num animal não significa nada, no humano possui um significado profundo, e esse é o da reencarnação, da vida após a 'morte', do sentido da vida reencontrado depois de um trauma, da reconstrução, do retorno das cinzas. A forma de vida alien achou uma maneira de se adaptar aos homens imitando aquilo que existe de mais humano neles, que é a capacidade de passar por várias 'mortes' e renascer depois, e tudo isso ainda respeitando aquilo que eu disse sobre a falta de propósito ou inteligência nessa forma de vida, simplesmente porque ela apenas encontrou um hospedeiro perfeito, no caso o mais forte deles. E o poder desse hospedeiro é o de vencer a própria morte.
É uma versão do 'Invasores de Corpos', só que mais voltada pro aspecto existencial de uma transformação e pras mudanças profundas pelas quais as pessoas passam após grandes acontecimentos. (até o fato do casal ter feito parte do exército serve pra indicar um pouco isso, devido aos horrores que soldados vivenciam na guerra e que acabam afetando e revirando suas vidas msmo mtos anos após o término dela, PTSD e tal)
ps: ficou longo pra porra e sou péssimo pra me articular, mas espero que dê pra pegar alguma coisa ps2: deve ter um monte de coisa errada, me avisem ps3: spoiler
Direção porreta, é meio desajeitada e até bem pouco sutil, e por incrível que pareça tem algo maravilhoso nisso. a força dela tá em outro lugar, na exploração de um edifício em ruínas por exemplo.
terminaria perfeito se acabasse ali com ele no carro, olhando pro semáforo, tava preparado pra avaliar mais alto até se fechasse assim, mas não deu, acabou se arrastando pra onde não precisava, mas finais são sempre complicados, né. Fico aqui observando oq vai ser da carreira desse cara
Me lembrou um pouco 'The Lovers', no sentido de ter essa figura 'estrangeira' que vem e chacoalha as estruturas de um império dormente e embotado, revelando só na sua passagem a fossa espiritual de qualquer pessoa com quem ela se relaciona, embora naquele filme essa missão não seja dada a uma pessoa apenas e também não apenas a pessoas. Também pela trilha sonora e alguns pequenos momentos que indicam a existência de uma presença à parte de toda aquela realidade imediatamente visível e tomada pelo desespero urbano por estar em outro lugar e em outro tempo, quase uma fantasia escondida sob todo o entulho e o lodo, esperando não exatamente pra ser notada, mas pra ser convidada de volta ao seu trono, que foi tomado por uma força usurpadora e carreirista de apatia e de um clamor pelo nada, parasitando aos poucos nos corpos até se tornar familiar e cotidiana, ou como uma personagem diz "é tudo tão chato que não tem nada pra se fixar, e isso é bom".
Terrorzão dos bons hein. Tive que ver aquele final de novo pra entender que realmente era um final, a delimitação entre a floresta e o amanhecer no topo da colina, independente de qlqr mitologia, é o fim de uma jornada. (esse filme é o que 'Força Maior' seria se fosse um terror)
Puta merda que filmaço. Eu não tô acreditando nessa nota, mas é irrelevante. A direção desse Gilroy tá fenomenal, melhorou e muito desde o Nightcrawler e embora sejam coisas bem distintas na sua camada mais superficial, senti a msma energia viva que rege 'The Leftovers' percorrendo por todo o filme, um troço urgente e sobrenatural msmo. Muito bom.
A perseguição no 'a most violent year' foi uma das cenas mais intimidantes e certeiras que já vi. A desse filme não chega perto, mas mostra muito bem onde ele quer chegar e quais vias ele vai tomar pra tanto, fugindo sempre que possível de umas extravagâncias viciadas aí. Gostei.
Mas que filme daora hein. Gostei bastante dos 2 anteriores do Thor apesar de serem evidentemente falhos (principalmente o primeiro) mas tá claro que o tom leve não exatamente favoreceu e muito o universo tanto quanto o ordenou e o promoveu em todo seu potencial. É engraçado e espetacular de uma maneira sincera e orgânica, algo que guardiões da galáxia por exemplo se esforça demais pra alcançar e nessa acaba caindo em várias armadilhas (sentimentalismo genérico pra compensar um humor postiço e exagerado). A criatividade pulsante e viva do diretor contamina praticamente tudo no filme, e acontece essa coisa rara que é ver um puta dum show caríssimo exalar um pouco de personalidade e honestidade. As cores ali representam exatamente o que o filme é no fundo. recomendo pras crianças e pra seus irmãos mais velhos e cada reclamação das 'piadinhas' vinda de umas almas viciadas só deixam a experiência melhor. obs: eu veria um filme inteiro de 3 horas só com o jeff goldblum nesse personagem e aquela véia do lado dele.
nossa senhora, que ator horrível aquele que fez o filho, muito, muito ruim, me deu até uma tristeza de como a ruindade dele, não só do ator mas do personagem também, contaminou um filme que até então tava indo bem. isso é o que acontece quando você põe o filho do produtor pra atuar
Nossa senhora, que filme bonito. A sensação é de ficar vendo um lago com a água mais cristalina q tem. Mas o mais impressionante é como uma história tão intimamente extraordinária e mágica consegue ser contada através de fatos e memórias tão ordinárias, no bom sentido, e de uma forma tão orgânica. Tá tudo ali pra vc, sem q nada precise ser distorcido.... pura paciência e serenidade. E as duas atrizes lá são uma gracinha.
preferia um final sem a existência desse plot twist. Fechando com o cara realmente matando a esposa e inventando a amante e com o acidente que matou a esposa do policial não sendo mais do que um catalisador pra ele desenvolver a sensibilidade necessária pra penetrar as camadas de fingimento do marido sinto que o filme realmente teria FORÇA, algo mais próximo de um roteiro do Taylor Sheridan, por exemplo. A força dele aqui é só estrutural, é a de olhar pra um roteiro e ver uma história 'fechadinha' e 'bonitinha', sem pontas soltas, o que não deixa de ser impressionante, mas infelizmente acaba se apoiando demais nisso e perdendo um grande potencial além da materialidade do roteiro. O final super far fetched é só a consequência básica dessa substituição de foco. Podia ser mais 'Filme', é o que quero dizer..
Aniquilação
3.4 1,6Kminha visão, primeiro uma mais simples: o tal do 'shimmer' faz com a terra justamente o que o câncer por exemplo faz com o organismo dos seres vivos, tem algumas qualidades da vida, cresce e se prolifera como ela mas visando a destruição. As formas aleatórias e 'novas' representam muito bem o dilema que algo que cresce só pra morrer e, aparentemente, não tem nenhum propósito, causa em nós, humanos, que dependemos muito de explicações, sentido, razão, causas, etc, e essas formas são a representação do absurdo. Além disso são também uma 'afronta', uma 'corrupção' da vida, como a personagem lá diz. É o próprio incompreensível. Eu até diria que é a própria morte. O 'alien' é o câncer, elas o sistema imunológico (o crédito pra essa teoria do sistema imunológico vai pra um anônimo da internet)
Agora uma mais desenvolvida: Todas as personagens carregam consigo algum acontecimento marcante o suficiente pra motivá-las a se arriscar nessa jornada, e embora alguns desses acontecimentos tenham explicitamente a ver com o câncer em si (a chefe da expedição lá que tá doente, a mãe que perdeu a filha pra leucemia) eu sinto que a ligação é muito mais com eventos que te modificam profundamente, como um trauma ou o luto do que com a doença especificamente. E todos esses eventos representam uma mudança no extremo interior de quem passa por eles. Como uma espécie de mutação no DNA msmo, que é o seu centro, a chave e o código pra te desvendar, ou seja, toda a sua noção de 'EU' e aonde essa mudança dá início, se espalhando pra outras áreas, mas num nível emocional, mental e espiritual. E isso porque uma das características desses eventos traumáticos que falei é que eles geralmente desafiam todas as noções e conceitos que uma pessoa criou anteriormente pra entender a si próprio e o mundo, a morte cruel de uma criança por exemplo te faz questionar o propósito da vida e do sofrimento e se a própria existência no geral não é vazia de qualquer sentido.
Daí, após a vivência desses eventos, duas coisas podem acontecer: 1- a renovação do olhar sobre a própria existência (a modificação com sucesso do DNA, o centro de tudo o que te define, tudo o que te constitui), representado por esse ser idêntico a você, a sua cópia, que acaba tomando, renovando e substituindo todas aquelas caracterìsticas que você achava que constituiam a parte essencial do seu eu, o seu DNA, culminando numa espécie de reencarnação, renascimento; ou 2- a perda de toda estabilidade, o desespero, o abandono de si, dos seus alicerces e parâmetros, a desfragmentação e a autodestruição (que é o que acontece com qualquer um dos outros personagens na floresta, e os que chegam até o fim mas são consumidos).
A autodestruição aqui é a chave: Desde o começo, quando a doutora tá explicando como as células se reproduzem, ela já toca nesse ponto, e sei que em uma cena falam exatamente sobre isso, uma das personagens diz que nem todo mundo é suicida mas todos se autodestroem, seja através de vícios, de autosabotagem, seja através da agressão intencional a elementos da sua vida que supostamente deveriam te completar (a mulher traindo o marido lá): é algo que praticamente tá codificado no gene humano. Muito importante a diferença entre a destruição através do suicídio, que é física e encerra a continuidade da vida, e a outra, que é imaterial, preservando a capacidade pra reparação e pra cura. E é esse último passo, essa última distinção, que faltava pra essa forma alienígena se aperfeiçoar na imitação da vida da terra, era algo que ela não era capaz de fazer. E é assim que a doutora consegue 'vencer' a sua cópia, ela faz uma mímica da autodestruição. Só que, por mais que pareça que ela tenha sido destruída no final, essa autodestruição 'aprendida' com a doutora foi justamente onde ela sucedeu, 'se adaptou para possuir', para se propagar para o resto da Terra. Parte do DNA alien já estava na doutora, fazendo com que aquele local na 'zona' por onde ele entrou e cresceu não fosse mais necessário, era só uma espécie de crisálida.
Agora, porque essa forma simplesmente não deixava as outras pessoas saírem vivas se ela queria tanto se espalhar pelo resto da Terra? Duas coisas: Primeiro que ela não 'queria' exatamente, querer é um conceito que ela simplesmente não tem, ela não é inteligente ou senciente, é como o câncer, uma célula, é só algo que cresce e se reproduz, sem qualquer propósito e sentido, o sentido é a gente que dá (até como a própria vida dependendo de como vc vê). E segundo, praticamente todo mundo que entrou, até onde sabemos, cedeu, desistiu, enlouqueceu, se matou e não chegou nesse estágio final, uma porque a própria natureza dessa coisa alienígena criou um 'predador' graças às modificações nos animais e esse predador ia eliminando os humanos ou qualquer coisa mais fraca (aí você pode pensar em evolucionismo e como o mais forte dentro de uma espécie é o principal agente de sua propagação) e duas porque a primeira forma de autodestruição aprendida, que aconteceu com o suicído do marido após ele passar por todas as provações, ainda era imperfeita, apenas uma imagem, não foi o bastante para que o DNA alien se assimilasse harmoniosamente com o gene humano e implicava a destruição iminente do seu hospedeiro (o marido se suicida na 'zona'/o marido quase morre quando volta pra casa). A segunda forma, aprendida com a luta entre a doutora e sua cópia, estava aperfeiçoada, pois não implicou em autodestruição do hospedeiro, que é o passo essencial para substitui-lo com sucesso e garantir sua sobrevida fora da 'zona', o DNA se assimilou harmoniosamente. Aí voltamos praquilo que eu disse das duas destruições. A primeira autodestruição, a do marido, era física, como o suicídio, a segunda não, era imaterial e transcendente.
Se auto-destruir para viver eternamente, bem contra-intuitivo, mas a autodestruição, o que numa planta ou num animal não significa nada, no humano possui um significado profundo, e esse é o da reencarnação, da vida após a 'morte', do sentido da vida reencontrado depois de um trauma, da reconstrução, do retorno das cinzas. A forma de vida alien achou uma maneira de se adaptar aos homens imitando aquilo que existe de mais humano neles, que é a capacidade de passar por várias 'mortes' e renascer depois, e tudo isso ainda respeitando aquilo que eu disse sobre a falta de propósito ou inteligência nessa forma de vida, simplesmente porque ela apenas encontrou um hospedeiro perfeito, no caso o mais forte deles. E o poder desse hospedeiro é o de vencer a própria morte.
É uma versão do 'Invasores de Corpos', só que mais voltada pro aspecto existencial de uma transformação e pras mudanças profundas pelas quais as pessoas passam após grandes acontecimentos. (até o fato do casal ter feito parte do exército serve pra indicar um pouco isso, devido aos horrores que soldados vivenciam na guerra e que acabam afetando e revirando suas vidas msmo mtos anos após o término dela, PTSD e tal)
ps: ficou longo pra porra e sou péssimo pra me articular, mas espero que dê pra pegar alguma coisa
ps2: deve ter um monte de coisa errada, me avisem
ps3: spoiler
A Nona Configuração
3.5 12puta atuaçao a desse scott wilson
Sem Amor
3.8 319Direção porreta, é meio desajeitada e até bem pouco sutil, e por incrível que pareça tem algo maravilhoso nisso. a força dela tá em outro lugar, na exploração de um edifício em ruínas por exemplo.
A Forma da Água
3.9 2,7Kaquele poema do final eh bem bonito
Rio
3.0 8que filmão hein. esse diretor manja muito de criar um ambiente de tensão e histórias instigantes com pouquissimos elementos. Agora quanto ao final
terminaria perfeito se acabasse ali com ele no carro, olhando pro semáforo, tava preparado pra avaliar mais alto até se fechasse assim, mas não deu, acabou se arrastando pra onde não precisava, mas finais são sempre complicados, né. Fico aqui observando oq vai ser da carreira desse cara
Newness
3.4 233quem diria q frases do face era a resposta pro mal do tinder
Grande Saída
3.1 10Me lembrou um pouco 'The Lovers', no sentido de ter essa figura 'estrangeira' que vem e chacoalha as estruturas de um império dormente e embotado, revelando só na sua passagem a fossa espiritual de qualquer pessoa com quem ela se relaciona, embora naquele filme essa missão não seja dada a uma pessoa apenas e também não apenas a pessoas.
Também pela trilha sonora e alguns pequenos momentos que indicam a existência de uma presença à parte de toda aquela realidade imediatamente visível e tomada pelo desespero urbano por estar em outro lugar e em outro tempo, quase uma fantasia escondida sob todo o entulho e o lodo, esperando não exatamente pra ser notada, mas pra ser convidada de volta ao seu trono, que foi tomado por uma força usurpadora e carreirista de apatia e de um clamor pelo nada, parasitando aos poucos nos corpos até se tornar familiar e cotidiana, ou como uma personagem diz "é tudo tão chato que não tem nada pra se fixar, e isso é bom".
Projeto Flórida
4.1 1,0K- Do you know why this is my favorite tree?
- Why?
- Cause it tipped over and it's still growing.
O Ritual
3.2 476Terrorzão dos bons hein. Tive que ver aquele final de novo pra entender que realmente era um final, a delimitação entre a floresta e o amanhecer no topo da colina, independente de qlqr mitologia, é o fim de uma jornada. (esse filme é o que 'Força Maior' seria se fosse um terror)
Roman J. Israel
3.2 209Puta merda que filmaço. Eu não tô acreditando nessa nota, mas é irrelevante. A direção desse Gilroy tá fenomenal, melhorou e muito desde o Nightcrawler e embora sejam coisas bem distintas na sua camada mais superficial, senti a msma energia viva que rege 'The Leftovers' percorrendo por todo o filme, um troço urgente e sobrenatural msmo. Muito bom.
O Paradoxo Cloverfield
2.7 779ahhh vai tomar no cu. que filme ruim meu deus.
Doce Virginia
2.9 86A perseguição no 'a most violent year' foi uma das cenas mais intimidantes e certeiras que já vi. A desse filme não chega perto, mas mostra muito bem onde ele quer chegar e quais vias ele vai tomar pra tanto, fugindo sempre que possível de umas extravagâncias viciadas aí. Gostei.
Thor: Ragnarok
3.7 1,9K Assista AgoraMas que filme daora hein. Gostei bastante dos 2 anteriores do Thor apesar de serem evidentemente falhos (principalmente o primeiro) mas tá claro que o tom leve não exatamente favoreceu e muito o universo tanto quanto o ordenou e o promoveu em todo seu potencial. É engraçado e espetacular de uma maneira sincera e orgânica, algo que guardiões da galáxia por exemplo se esforça demais pra alcançar e nessa acaba caindo em várias armadilhas (sentimentalismo genérico pra compensar um humor postiço e exagerado). A criatividade pulsante e viva do diretor contamina praticamente tudo no filme, e acontece essa coisa rara que é ver um puta dum show caríssimo exalar um pouco de personalidade e honestidade. As cores ali representam exatamente o que o filme é no fundo. recomendo pras crianças e pra seus irmãos mais velhos e cada reclamação das 'piadinhas' vinda de umas almas viciadas só deixam a experiência melhor.
obs: eu veria um filme inteiro de 3 horas só com o jeff goldblum nesse personagem e aquela véia do lado dele.
A Mulher do Pântano
2.9 305a própria ruindade materializada. direção, montagem e trilha sonora lixo, não tanto qnto o cerne da coisa toda msmo
Lady Bird: A Hora de Voar
3.8 2,1Kinvadir violentamente o coração das pessoas é a justiça de uma obra bonita
Confronto no Pavilhão 99
3.7 219não gostei. muito violento.
Os Amantes
3.2 22nossa senhora, que ator horrível aquele que fez o filho, muito, muito ruim, me deu até uma tristeza de como a ruindade dele, não só do ator mas do personagem também, contaminou um filme que até então tava indo bem. isso é o que acontece quando você põe o filho do produtor pra atuar
O Valor de Um Homem
3.6 39aquela cena do review de uma entrevista de emprego eh um negócio doloroso de ver
A Síndrome de Berlim
3.2 165pqp q pesadelo
O Sul
4.2 22Nossa senhora, que filme bonito. A sensação é de ficar vendo um lago com a água mais cristalina q tem. Mas o mais impressionante é como uma história tão intimamente extraordinária e mágica consegue ser contada através de fatos e memórias tão ordinárias, no bom sentido, e de uma forma tão orgânica. Tá tudo ali pra vc, sem q nada precise ser distorcido.... pura paciência e serenidade. E as duas atrizes lá são uma gracinha.
Três Anúncios Para um Crime
4.2 2,0Kesse filme é tipo uma música de uns 4 estilos diferentes sem nunca trair a si msma
O Corpo
4.1 1,0KFilmão. Mas
preferia um final sem a existência desse plot twist. Fechando com o cara realmente matando a esposa e inventando a amante e com o acidente que matou a esposa do policial não sendo mais do que um catalisador pra ele desenvolver a sensibilidade necessária pra penetrar as camadas de fingimento do marido sinto que o filme realmente teria FORÇA, algo mais próximo de um roteiro do Taylor Sheridan, por exemplo. A força dele aqui é só estrutural, é a de olhar pra um roteiro e ver uma história 'fechadinha' e 'bonitinha', sem pontas soltas, o que não deixa de ser impressionante, mas infelizmente acaba se apoiando demais nisso e perdendo um grande potencial além da materialidade do roteiro. O final super far fetched é só a consequência básica dessa substituição de foco. Podia ser mais 'Filme', é o que quero dizer..
Um Contratempo
4.2 2,0KAlunaço fiel de Hitchcock, mais exatamente de 'Disque M para Matar'. Muito bom.
Viagem ao Inferno 2
3.4 249Megalomaníaco demais pqp! Os australianos devem ter ficado lisonjeados. Gostei!
Oh, shit! Flying kangaroos!