Por Jef Corrêa SANDMAN (1988 – 1996), do selo Vertigo da DC Comics, é a minha HQ favorita (até o presente momento em que escrevo), então quando soube da adaptação em série fui com baixa expectativa para assisti-la, pois a série seria da Netflix (que anda com adaptações ruins e duvidosas). E, por não ser da HBO, que era meu maior Desejo (mas como sabemos: “O Desejo é sempre cruel”), fiquei com os pés no chão, ainda que a cabeça às vezes ia pras nuvens imaginando as cenas da HQ transpostas pro audiovisual. Assisti à série com baixa expectativa. Maratonei a primeira temporada (com 10 episódios) no dia da estreia (05/08/2022) da manhã à noite. Apesar das mudanças que já eram esperadas em uma adaptação (etnia e mudança de gênero etc), o que gerou Desespero em alguns, achei uma série boa, não foi uma Destruição da obra-prima que é a HQ (jamais será, pois a HQ sempre poderá ser lida). É respeitosa aos quadrinhos, podendo agradar principalmente quem não conhece a HQ (ou conhece e não tem vontade de lê-la), é uma adaptação honesta, com ótimos momentos e que valeu a espera. Possui as reflexões filosóficas, o terror, a fantasia, a rica mitologia e toda grandiosidade, ainda que haja ALGUMAS ressalvas, afinal NÃO existe série perfeita. É Delírio acreditar em perfeição. Talvez no Sonhar exista este Deleite de série não feita, mas NÃO aqui no Mundo Desperto.
Sandman tem muitos pontos positivos, com certeza, mas há também os negativos que não podem ser esquecidos, e que escrevi abaixo.
PONTOS NEGATIVOS: 💀Sonho de personalidade emotiva, quase chorão na maior parte do tempo (os olhos do Tom parecem sempre chorosos). Faltou mais imponência, mais arrogância, personalidade mais distante e seca que o define bem no início Ele é um Perpétuo e não um ser humanos, oras. 💀Direção ‘basicona’, pouco inventiva para uma série que fala sobre sonhos/fantasia. Chega a ser genérico em muitas vezes. Falta surrealismo, onirismo. Pouca ousadia nas cenas de pesadelos. Poderia fazer algo mais inspirado, psicodélico, assustador, mas ficaram no feijão com arroz. A HQ é mais ousada e inovadora na linguagem. Deveriam ter tentado alguns experimentalismos narrativos. 💀 Faltou a nudez e a sensualidade que há nos quadrinhos, que é pra maiores. 💀Não curti as mudanças no primeiro episódio: da questão do filho que quer ser amado pelo pai, cujo pai não gosta dele e ser morto por acidente pelo filho que faz tudo pra agradar o pai. E o mal desenvolvimento em mostrar como a “doença do sono” afetou as pessoas no mundo, focando apenas na Unity Kincaid. 💀A punição do Alex Burgess foi mais leve que no original, pois nos quadrinhos não é só dormir para sempre, é ter pesadelos em que ele acha que vai acordar, mas tá preso nele pra sempre com o Eterno Despertar. Muito melhor que o “Sono Eterno”. Os realizadores da Série ficaram com medo do protagonista e perder a empatia do público e ser visto como mau. 💀Nos quadrinhos, o John Dee não entrega seu amuleto de proteção para sua motorista Rosemary. Ele a mata. Algo mais chocante e aterrorizante. Já, na série, produtores foram covardes pra evitar chocar o público, principalmente o público adolescente que assisti à Netflix. 💀 Mudança aparente na personalidade do Caim. Na HQ, O Caim é mais ESCROTO e maligno, sendo oposto do irmão, Abel. Ele tenta enganar o Sonho ao dizer que não tem mais um objeto criado por ele. 💀 Toda a manipulação do Coríntio como antagonista/vilão da série, tentando desde o começo fugir do Sonhar, e posteriormente aparecendo para todos em praticamente todos momentos importantes na 1ª temporada. Aparições em excesso. Além de forçado, é bem clichê e saída fácil. Se fosse o Desejo (com aparições MODERADAS) seria melhor e faria mais sentido, já que era pra por um antagonista mesmo. 💀A Morte da Corvo Jessamy pra gerar empatia de modo fácil no público. 💀Furo de roteiro de Jessamy ao estar na Terra vigiando Oneiros e não reportar para Lucienne no Sonhar durante o tempo que o Morpheus está aprisionado. 💀O uso do artifício da morte de Jessamy para fazer com que o Lorde Moldador se vingue de Alex Burgess (filho do Rodrick Burgess) pro público achar plausível. 💀Trilha sonora original pouco inspirada e bem apática. Não se destaca, não emociona, só conduz as cenas. 💀Falta das canções clássicas sobre sonho ao longo da temporada, pois as canções têm destaque nas HQs, principalmente no episódio da Johanna ConstanTAINE “Dream a Little Dream of Me” (episódio 3), onde as canções deveriam ser o tema. 💀Diminuição das cenas de violência em cenas que precisariam de mais impacto, como, por exemplo, no bom episódio 5, “Sem Parar” (“24 horas”, no original, edição 6). Poderia ser bem melhor. 💀Mesclar a personalidade de Johanna ConstanTAINE com a do John Constantine em vez de dar uma personalidade própria pra personagem. Outro incômodo foi a atuação caricata da atriz Jenna Coleman ao interpretar a Johanna, que é fodona das HQs, mas na série não se destaca, soa FALSAMENTE canastrona, artificial, não tem carisma de John Constantine nem mesmo da versão em HQ, além de ser mal aproveitada na série. Não tive empatia por ela, nem vi carisma na personagem. 💀Visual de Lúcifer com aquelas asas de borracha e aquele cabelinho meio zoado (só estou sendo chato mesmo). Não achei a Gwendoline Christie intimadora o suficiente quando precisava ser. Não pelo fato de ser mulher, mas por atuação mesmo. Dou como exemplo a ótima atriz Tilda Swinton como o anjo Gabriel em Constantine. Ela expressa melhor a androginia pro personagem e assemelhar-se-ia melhor ao David Bowie (referência original de Lúcifer nas HQs). Ou seja, não é por ser mulher, pois Tilda é mulher, e sim por Gwendoline Christie ser uma atriz mais limitada pra dramaticidade. Talvez outra atriz fosse uma escolha + acertada. 💀 Abondarem a ideia de Triunvirato do Inferno (Lúcifer, Azazel e Belzebu) e deixar apenas Lúcifer como líder. Removeram uma dinâmica interessante na HQ que poderia render na série. 💀 Visual da Mazeeken (namorada/amiga/amante de Lúcifer) que não é aterrorizante, asqueroso como a HQ onde possui o rosto deformado, desfigurado e esquelético. A remoção da característica vocal dela. De falar “de forma embolada e ininteligível”. Na série, a maquiagem é ruim e amadora. Além de não causar repulsa, parece uma maquiagem de filme B. 💀Matthew ajudar Sonho a vencer Lúcifer no Duelo. Momento de diálogo expositivo que tenta gerar tensão, mas acaba ficando forçado. 💀Visual da Desespero que NÃO expressa Desespero algum (e nem parece ser dos Perpétuos). Não curti. Poderiam ter mantido o original dela nua nesse caso (as talvez uma galerinha sensível se incomodas….), ou adaptado pra algo mais assustador, melancólico QUE DEMONSTRA DESESPERO! E não uma atriz vestindo uma roupa qualquer que nada diz sobre a personagem 💀Visual do Inferno pouco inspirado. Nada ameaçador. Parece um Fundo Verde e não um lugar de tortura, dor e sofrimento. Provavelmente faltou verba pra fazê-lo ou resolveram economizar dinheiro dos R$ 15 milhões aproximados por episódio. 💀Atuação bem fraquinha da menina que interpreta a Rose Walker. Tá, esse pode ser apenas implicância minha. 💀Mal uso do clima/atmosfera de terror/dark das HQs, que lá é bem executado. 💀Abel não ser gago como nas HQs. Faltou representatividade para os gagos. O que configura ‘gagofobia’, haha. 💀 O episódio bônus “Calíope”(11), lançado no dia 19/08/2022, soa por vez amador com atuações fracas, visual de baixo orçamento apesar de manter a essência da HQ original nos dias atuais (edição 17). 💀 Não curti colocar os episódios bônus (11), adicionados no dia 19/08/2022, “Sonho de Mil gatos” e “Calíope” juntos como um episódio de 1 hora e pouco. Custava separá-los? Seria melhor se tivessem feito isso. Até porque são tramas soltas, são contos que enriquecem a mitologia de Sandman e adicionam novos elementos. Separá-los mostraria a unicidade de cada história. Decisão ruim. PONTOS POSITIVOS: ✨A maior parte do texto do Neil Gaiman está mantido fielmente, e as modificações/acréscimos não incomodam tanto. ✨ Neil Gaiman estar envolvido e ser produtor executivo é um ponto positivo pra manter o cerne da obra, para não desvirtuá-la. ✨A série mantém um bom tom durante a temporada, conseguindo ir do terror ao fantástico, apresentar toda mitologia rica de Sandman aos poucos, ir da melancolia a euforia sem dificuldade. ✨Boa fotografia e escolha de paleta de cores. ✨Efeitos especiais regulares na maior parte da série (achei que seria pior). ✨Boa atuação/interpretação/caracterização do Tom como Sandman (exceto nas vezes em que ele parece que está chorando o tempo todo, sendo sensível e bonzinho pra gerar empatia com o público logo de cara). ✨Boas atuações/caracterizações da Morte, Desejo, Lucinne, do comediante que dubla o corvo Matthew, do Merv dublado pelo Mark Hammil, do ator que faz o John Dee, do ator que faz o Rodrick Burgess, do Coríntio, Stephen Fry como Verde do Violinista. ✨Boa adaptação da história “Homens de boa Fortuna” (edição 14), onde aparece pela primeira vez o Rob Gadling, com a história “O som das suas asas” (edição 08), da primeira aparição da Morte. Bom episódio! ✨Boa adaptação do episódio 5: “Sem parar” (“24 horas”, edição 06, nas HQs)”, que mesmo diminuindo BEM o impacto e violência, ainda sim manteve a essência da ideia (o que é muito raro considerando ser da Netflix). ✨Mudança no início da absorção de poderes pra gárgula Gregory em vez de pegar com Caim e Abel, pois não causaria nada ao espectador. Achei legal, pois criou um draminha pro pessoal ver bichinho de CGI morrer. Sempre funciona pra emocionar matar bicho e criança. ✨Adaptação do duelo de Corozon vs Kai'ckul no Inferno por Lúcifer vs Kai'ckul ao criar uma tensão mais espiritual, etérea de batalha de vida ou morte que um “Duelo de Rap” como nas HQs. Deu mais importância a Lúcifer e de quebra criou um antagonismo pro próximo arco da segunda temporada (Estação das Brumas). E dou mais créditos aos produtores porque esse duelo da HQ seria difícil de adaptar e poderia ter ficado bobo, mas não ficou. Pronto pra série de TV! ✨Boa adaptação do episódio: “Colecionadores” (edição 17, nas HQs) Adaptação ótima. Ficou fiel à HQ. Consegue causar tensão e estranheza como no original. E todos os acréscimos aqui enriqueceram o episódio. ✨A adaptação de John Dee ser filho de Ethel com Rodrick que encaixou bem pra trama, pois pra esta série não faria sentido o Dee ser um supervilão. ✨Adaptação da Lyta Hall (junto com o Hector Hall, que está morto) ser amiga que criou a Rose Walker como uma boa solução, pois na HQ a Rose chega ser babá do Daniel Hall, então eles já antecipam a ligação das duas, apresentando ambas pro público já ficar de olho na Lyta, que será importante no futuro. ✨ O episódio bônus (11) “Sonho de Mil gatos”, em animação, foi um frescor narrativo por ser em uma animação (onde há menos limites e mais liberdade). É um bom episódio. Bem conduzido, com a essência da HQ original (edição 18).
CONCLUSÃO: Vale a pena assistir (nem que seja pra conhecer e depois ler os quadrinhos que, esses sim, são obras-primas). É uma boa série, no geral, exceto se a pessoa for purista ou reacionária, pois aí não gostará. É o Destino dessas pessoas não gostarem. Não foi um “Sonho realizado” (pois no meu Devaneio a série teria o orçamento de O senhor dos Anéis ou Game of Thrones e seria da HBO), contudo está longe de ser um Pesadelo assustador como achei que fosse. Nem mesmo a “Morte” de uma obra da nona arte que tanto gosto. A série está mais pra um vórtice que atrai decisões boas e ruins, coisas legais, boas adaptações e má adaptações, atenuações, contradições, forçação, assim como é a Realidade. A série tem tudo para melhorar mais e mais – pois terá + orçamento – nas próximas temporadas, afinal é um dos novos hits da Netflix. Não custa sonhar… Se, pelo menos, mil fãs sonharem juntos no mundo talvez a série torne-se excelente. Ainda tenho Esperança. O Sonho não acabou.
SANDMAN é a minha HQ favorita até hoje, então eu fui com baixa expectativa por ser da Netflix (que anda com adaptações ruins e duvidosas), e não da HBO, que era meu maior Desejo, mas como sabemos, o Desejo é sempre cruel. Assisti com baixa expectativa a toda a primeira temporada (os 10 primeiros episódios) no dia da estreia e terminei no mesmo dia. Apesar das mudanças que já eram esperadas em uma adaptação (etnia e mudança de gênero), o que gerou Desespero em alguns, achei uma série boa, não foi uma Destruição da obra-prima que é a HQ (jamais será, pois a HQ sempre poderá ser lida), foi respeitosa aos quadrinhos, no geral, podendo agradar principalmente quem não conhece a HQ (ou conhece e não tem vontade de lê-la), é uma adaptação honesta, com ótimos momentos e que valeu a espera, ainda que haja ALGUMAS ressalvas, afinal NÃO existe série perfeita. É Delírio acreditar em perfeição. Talvez no Sonhar exista este Deleite de série não feita, mas NÃO aqui no Mundo Desperto.
ABAIXO minhas observações COM SPOILERS! SÓ LEIA SE ASSISTIU.
PONTOS NEGATIVOS: - Sonho de personalidade emotiva, quase chorão na maior parte do tempo. Faltou mais imponência, mais arrogância, personalidade mais distante e seca que o define bem no início. – Direção ‘basicona’, pouco inventiva pra uma série que fala sobre sonhos/fantasia. A HQ é mais ousada na linguagem. – Não curti as mudanças no primeiro episódio: da questão do filho que quer ser amado pelo pai, cujo pai não gosta dele e ser morto por acidente pelo filho que faz tudo pra agradar o pai. – Toda a manipulação do Coríntio como antagonista/vilão da série, tentando desde o começo fugir do Sonhar, e posteriormente aparecendo para todos os momentos importantes na 1ª temporada. Além de forçado, é bem clichê e saída fácil. – A Morte da Corvo Jessamy pra gerar empatia de modo fácil no público. – Furo de roteiro de Jessamy ao estar na Terra vigiando Oneiros e não reportar para Lucienne no Sonhar durante o tempo que o Morpheus está aprisionado. – O uso do artifício da morte de Jessamy para fazer com que o Lorde Moldador se vingue de Alex Burgess (filho do Rodrick Burgess) pro público achar plausível. – Trilha sonora original pouco inspirada e bem apática. – Falta das canções clássicas sobre sonho ao longo da temporada, principalmente no episódio da Johanna ConstanTAINE. – Pouca ousadia nas cenas de sonhos/pesadelos. Poderia fazer algo mais inspirado, psicodélico, assustador, mas ficaram no feijão com arroz. – Diminuição das cenas de violência em cenas que precisariam de mais impacto, como, por exemplo, no bom episódio “24 horas”. Poderia ser bem melhor. – Mesclar a personalidade de Johanna ConstanTAINE com a do John Constantine em vez de deixar uma personalidade própria pra ela, assim como a atuação caricata da Johanna, que é fodona das HQs. – Visual de Lúcifer com aquelas asas de borracha e aquele cabelinho. Não achei a Gwendoline Christie intimadora o suficiente quando precisava ser. Não pelo fato de ser mulher, mas por atuação mesmo. – Visual da Desespero que NÃO expressa Desespero (e nem parece ser dos Perpétuos). Não curti. Poderiam ter mantido o original nesse caso ou adaptado pra algo mais assustador, melancólico e não uma atriz vestindo uma roupa qualquer. – Visual do Inferno pouco inspirado. Nada ameaçador. Parece um Fundo Verde e não um lugar de tortura, dor e sofrimento. – Atuação bem fraquinha da menina que interpreta a Rose Walker. – Momentos excessivamente sentimentais que beiram ao piegas, como a do Pesadelo que quer ser Sonho e o Morpheus, bonzinho, reconsiderar muito rápido. – Mal uso do clima/atmosfera de terror/dark das HQs, que é bem executado. PONTOS POSITIVOS: – A maior parte do texto do Neil Gaiman está mantido fielmente, e as modificações/acréscimos não incomodam. – A série mantém um bom tom durante a temporada, conseguindo ir do terror ao fantástico, da melancolia a euforia sem dificuldade. - Boa fotografia e escolha de paleta de cores – Efeitos especiais regulares na maior parte da série (achei que seria pior). – Boa atuação/interpretação/caracterização do Tom como Sandman (exceto nas vezes em que ele parece que está chorando o tempo todo, sendo sensível e bonzinho pra gerar empatia com o público logo de cara). – Boas atuações/caracterizações da Morte, Desejo, Lucinne, do comediante que dubla o corvo Matthew, do Merv dublado pelo Mark Hammil, do ator que faz o John Dee, do ator que faz o Rodrick Burgess, do Coríntio, Stephen Fry como Verde do Violinista. – Boa adaptação da história “Homens de boa Fortuna”, edição 14 (onde aparece pela primeira vez o Rob Gadling), com a história “O som das suas asas”, edição 08, da primeira aparição da Morte. Bom episódio! – Boa adaptação (pros padrões da Netflix, claro) do episódio 5: "Sem parar" (“24 horas, nos quadrinhos)”, que mesmo diminuindo o impacto e violência, manteve a essência da ideia. – Mudança no início da absorção de poderes pra gárgula Gregory em vez de pegar com Caim e Abel. – Adaptação do duelo de Corozon com Kai'ckul no Inferno por Lúcifer x Kai'ckul ao criar uma tensão mais espiritual, etérea de batalha de vida ou morte que “Duelo um de Rap” como nas HQs. Até porque isso seria difícil de adaptar e poderia ter ficado bobo, mas não ficou. – Boa adaptação da parte dos “Colecionadores”. Ficou ótima. Consegue causar tensão e estranheza como no original. – A adaptação de John Dee ser filho de Ethel com Rodrick que encaixou bem pra trama.
CONCLUSÃO: Vale a pena assistir; exceto se a pessoa for purista ou reacionária, pois aí não gostará. É o Destino dessas pessoas não gostarem. Não foi um “Sonho realizado” (pois no meu devaneio a série teria o orçamento de O senhor dos Anéis ou Game of Thrones e seria da HBO), contudo está longe de ser um pesadelo assustador como achei que fosse. Ou mesmo a “Morte” de uma obra da nona arte que tanto gosto. A série está mais pra um vórtice que atrai decisões boas e ruins, assim como é a Realidade. A série tem tudo pra melhorar mais e mais nas próximas temporadas (se não for cancelada, é claro). E, quem sabe, se tornar um dos hits da Netflix pro futuro. Não custa sonhar… Ainda tenho esperança. O Sonho não acabou.
Deixa eu me lembrar... Ah sim... Sahsiyet. Estou aqui pra escrever sobre Sahsiyet. Sa... o que mesmo? Sahsiyet (2018) é uma minissérie turca de drama e mistério. A sinopse é simples: um senhor viúvo de 65 anos, Agah Beyoğlu, é um oficial de justiça aposentado que foi diagnosticado com Alzheimer em estágio inicial. Sabendo que esquecerá de tudo futuramente, resolve fazer algo para ser lembrado: punir os bandidos "esquecidos" pela polícia. E com esse enredo simples, a série turca aborda temas como memória (individual e coletiva) x Alzheimer (individual e coletivo), Justiça x Lei x vingança, sexismo e submissão feminina na sociedade turca, corrupção, preconceitos contra ciganos, entre outros. Tudo isso em 12 episódios de 1 hora. Senhor Agah não é o único protagonista da história, pois o divide com a jovem e determinada policial Nevra Elmas, a única mulher do departamento de polícia de homicídios da Turquia. Nevra sofre todo o machismo do ambiente e tem que descobrir quem é o primeiro serial killer que anda deixando mensagens enigmáticas para ela. As histórias do senhor Agah e de Nevra estão de alguma forma interligadas numa teia de acontecimentos inesperados que envolve muita investigação, mistérios a serem descobertos e muito sangue culpado (e inocente) derramado. Sahsiyet possui uma narrativa com ótimos diálogos, frases marcantes, cenas memoráveis e personagens principais planos, principalmente o Senhor Agah, que é brilhantemente interpretado por Haluk Bilginer. Atuação que rendeu-lhe um merecido Emmy. Do quesito técnico, destaca-se a fotografia de uma Turquia em tons de neon em Istambul e Kambura (cenários importantes para trama). E não posso me esquecer da trilha sonora que mistura música flamenca, turca, tecno e rock. Sahsiyet é uma série para se lembrar que há boas produções audiovisuais, em todo mundo, esperando para serem vistas e apreciadas. Olé!
12. O fim está no começo. 11. Até lá o tempo contará… tique-taque, tique-taque, tique-taque... 10. Para finalizar, Dark provou-se uma excelente série que ficará para a história no panteão televisivo. Talvez daqui a 3 anos ou quem sabe 33 anos, surja uma série tão relevante quanto ela. Outra falha na Matrix. Mas agora, no presente, Dark merece toda a aclamação recebida. 9. Para o meu eu do futuro: espero que você aprenda com essa série a tornar suas histórias melhores independentemente da complexidade. 8. Uma aula para novos escritores e roteiristas: pensem em tudo com antecedência. 7. Tudo isso com boas atuações, fotografia, direção e referências. 6. Esbanjando um roteiro com muitos pontos de virada, cliffhangers e plotwists de explodir cabeças. 5. Uma série de muitas intrigas, romance proibido, profecias, alegorias religiosas, paradoxos como o de Booststrap, A barca de Teseu, o Fio de Ariadne e muito mistério envolvendo o número 3 e a cor amarela, e claro, ótimos diálogos oriundos de máximas e dilemas filosóficos nos 26 episódios. 4. Para o meu eu do passado: Dark (2017-2020) é uma série alemã da Netflix que trata de um tema manjado e complexo na ficção científica: viagem no tempo. A exceção é que em Dark, o roteiro é coeso e primoroso tal qual o filme O Predestinado (2014). Nas 3 temporadas, acompanhamos as vidas das principais famílias da série e as mudanças temporais ocorridas na cidade de Winden nos anos 1921,1953, 1954, 1986, 1987, 2019, 2020, 2052 e 2053. 3. Esta é uma resenha do meu eu do presente para os meus eus do futuro e do passado. 2. O começo está no fim. 1. Leia os parágrafos de baixo pra cima.
Years and Years” (2019) é uma minissérie britânica da HBO com apenas 6 episódios. A minissérie trata basicamente sobre política, tecnologia e relações humanas. É considerada uma distopia. A sinopse é a seguinte: “À medida em que o Reino Unido é sacudido com instáveis avanços políticos, econômicos e tecnológicos, seguimos a família Lyons enquanto suas vidas complexas convergem a uma noite crucial em 2019. Então, pelos próximos 15 anos, as reviravoltas do cotidiano são exploradas quando descobrimos que a família Lyons fará parte de tudo isso.” Nos 6 episódios de quase uma hora cada, “Years and Years” nos apresenta uma distopia próxima da nossa realidade que é ASSUSTADORAMENTE REAL. A série mostra toda a repressão de governos autoritários da extrema-direita e da extrema-esquerda enquanto aborda sobre homossexualidade, transexualidade e… transhumanismo (o futuro que é presente)! “Years and Years” é sobre crises econômicas, Fake News, a escolha voluntária pela ignorância, guerras, uma pandemia… E isso sempre sem desviar do foco de como a tecnologia nos escraviza enquanto paradoxalmente nos ajuda. Não há mais como viver sem tecnologia e a série deixa isso bem claro. Aposto que você lembrou de “Black Mirror” ao ler esta mini resenha, e sim leitor(a), há muito “Black Mirror” em “Years and Years”. Diria que é mais “Black Mirror” que “Black Mirror”. É muito “Years and Years.” Vale acompanhar cada segundo dos 6 episódios a vida da família Lyons. Surpreender-se, emocionar-se, indignar-se, chocar-se e temer pelo nosso futuro. Há ótimas atuações, uma montagem excelente para o passar dos anos, e diálogos memoráveis e reflexivos. Improvável assistir sem refletir sobre o nosso mundo e nós mesmos. Então não é recomendada para pessoas otimistas, goodvibes, que esperam que o futuro seja belo e cor-de-rosa, pois não será. “Years and Years” é uma grande obra audiovisual de ficção especulativa que merece ser vista e refletida agora, depois e ao passar dos anos.
The Midnight Gospel é uma animação adulta sobre as viagens de Clancy através de universos simulados onde ele procura alguém para entrevistar para o seu podcast, SpaceCast, pra ficar famoso. Um enredo simples, com uma animação lisérgica e psicodélica, muito colorida e acelerada. Uma viagem audiovisual. O desenho, que tem dedo do criador de Hora de aventura, Pendetlon Ward, e do comediante Duncan, retrata sobre diversos assuntos sensíveis como uso de drogas para expandir a consciência, meditação, espiritualidade, religião, aprender a escutar o outro, e principalmente, a aceitação da Morte. A Morte está em todos os episódios. TMG é um desenho pautado no diálogo, assim como um Podcast. E por sinal, os diálogos são o que mais importam aqui, pois são reflexivos, poderosos, marcantes, emocionantes e transformadores. TMG é o tipo de arte que faz refletir por horas enquanto assiste e quando se termina os 8 episódios da Temporada 1. Grata surpresa de 2020. Um desenho pra levar pra vida.
"Flebag" (2016-2019) é uma série que foi terminada (ou seja, não será cancelada, tem final) de 2 temporadas, no total de 12 episódios; 6 episódios cada temporada de apenas uns 25 minutinhos do seu dia tão atarefado. Não que isso valha como argumento, mas a série tem 8,7 no IMBD, 100% da crítica no Rotten Tomatoes, 93% do público e nota 92 no Metacritc e 7.9 do público. Bons números, né?
Tá, mas sobre o que é essa Fleabag aí, cara? Você deve estar se perguntando. Eis a sinopse abaixo, curioso(a): Sinopse: Phoebe é uma jovem adulta lidando com problemas quase universais sob o ponto de vista feminino: problemas de relacionamento, frustração sexual e profissional, conflitos familiares. Uma mulher moderna vivendo em Londres, ela está tentando curar uma ferida enquanto recusa ajuda daqueles à sua volta, mantendo seu perfil intimidante o mais intacto possível."
"Fleabag" é uma série divertida, um humor inteligente que não possui risada de platéia de fundo. Aborda vários assuntos do nosso "Zeitgeist": amor, machismo, feminismo, relacionamentos superfícies x tradicionais, tóxicos, sexo, sexualidade feminina, família, religião e muitos outros. Tudo isso com uma protagonista inteligente, sarcástica e problemática lutando contra sua compulsão sexual para se aceitar enquanto indivíduo nessa nossa sociedade moderna e líquida.
O que "Fleabag" também tem de interessante é o uso da Quebra da Quarta Parede - muito bem utilizada - pela protagonista, nos fazendo cúmplice das peripécias desta. Com um humor afiado (humor inglês, né?), irônico, a série conquista pelos personagens ricamente humanizados, falhos, identificáveis. Em cada episódio somos apresentados a uma faceta da protagonista vivida brilhantemente pela (devorada de Emmys) Phoebe Waller-Bridge. Phoebe é o corpo, alma e coração da série. Atua, escreve e produz. Seu "timing" de humor é notável. A mulher brilha. Usa muito bem do humor físico, "deadpan", usa de tiradas sagazes e piadas certeiras. Assim como, claro, o bom roteiro conduzido por uma boa narrativa dinâmica e funcional. Os episódios são curtinhos, todos bem redondinhos, recheados de situações divertidas e reflexivas. Te faz querer assistir mais e mais. Cuidado que vicia. Foi assim que maratonei todos os 12 episódios em horas para minha surpresa. "Fleabag" é uma série para rir, refletir, se emocionar (talvez?) e perceber o quanto a modernidade molda quem somos, poderíamos ter sido e seremos.
"Undone" (2019) é uma série que está disponível na Amazon Prime. Se é da Amazon, logo não está na Netflix. "Mas eu não tenho Amazon Prime, como eu assisto?" Duas opções: faça a assinatura de 1 mês grátis ou aprenda a baixar. No momento há somente 1 temporada com 8 episódios de 30 minutinhos cada. A série aparenta estar encerrada, mas talvez haja continuação. É uma série pouco falada, o que é uma pena, apesar de ser de alta qualidade. No Rotten Tomatoes ela tem 100% da crítica e 93% do público, no IMBD tá com 8,3 e no Metacritics tá com 86 da crítica e 8.4 do público. Ótimas notas.
E sobre o que é essa Undone aí? Sinopse: Undone explora a natureza elástica da realidade através de Alma, a personagem principal. Após sofrer um acidente de carro que por pouco não tira sua vida, Alma descobre que possui controle sobre o tempo e usa essa habilidade para descobrir a verdade sobre a morte de seu pai. É uma série de ficção que usa da técnica de rotoscopia nos atores (na qual os atores são gravados em vídeo e, em seguida, os animadores retraçam as imagens). A série, dos criadores de Bojack Horseman, é basicamente carregada pela atuação da protagonista Alma vivida muito bem pela Rosa Salazar (que fez a Alita em "Alita, anjo de batalha"), com destaques para Jacob Winograd, vivido por Bob Odenkirk (que fez o Saul em "Breaking Bad" e "Better Call Saul"). Alma é uma personagem forte, teimosa, sarcástica que faz de tudo para lutar pelo que acredita. Ao descobrir sua habilidade de manejar o tempo, tenta de todas as formas salvar seu pai e convencer os outros que não está louca. "Undone" aborda diversos assuntos como depressão, loucura, expectativas, ser adulto na sociedade, metafísica, entre outros. Os episódios possuem ótimas linhas de diálogo, ritmo dinâmico, jamais sendo cansativo ou monótono, com a trama sempre avançando enquanto segredos são revelados e arcos de personagens fechados. Há tensão, aventura, humor, mistério. Tudo isso atrelado a um roteiro funcional e engajante. "Undone" usa bem de experimentalismo na direção para contar uma boa história sobre pai e filha. É divertida, inteligente, instigante, viciante. É aquela série pouco falada que merece mais reconhecimento. Muito mais.
Estou aqui pra contar a história do hacker depressivo antissocial anarquista que queria mudar o mundo nestes 5 anos (2015 – 2019), Elliot Alderson e seu companheiro inseparável, Mr. Robot.
Em agosto de 2015, comecei a assistir aleatoriamente uma série sobre hackers em uma procura por novas séries daquele ano. Entre várias, encontrei uma de nome curioso, uma tal de "Mr. Robot" que havia estreado em junho. Nunca tinha ouvido falar. Ninguém do meu ciclo de amigos conhecia, mesmo assim eu resolvi assistir ao episódio piloto porque carecia de uma nova Lost e uma nova Breaking Bad na minha vida. Uma decisão arriscada (pois poderia ser um honeypot televisivo), mas provou-se acertada, visto que a série era um antivírus para minha carência de seriados.
Nos 10 minutos iniciais da série, eu já fui capturado pela premissa e já me apaixonei pelo protagonista Elliot Alderson. Um rapaz que trabalhava em uma empresa de segurança de dia e um vigilante hacker à noite. Personagem complexo: solitário, depressivo, viciado em morfina e com o desejo de salvar o mundo do topo dos 1% dos 1% que brincam de Deus sem permissão e controlam o mundo. Eu me afeiçoei rapidamente ao enredo e ao personagem que, quebrava a 4ª parede e nos chamava de amigo.
A série sobre hackers, escrita e dirigida pelo magnífico Sam Esmail seduziu-me como uma malware por seus diálogos memoráveis, discussões politico/filosóficas, seus ganchos e reviravoltas, além, claro, de personagens bens construídos e tridimensionais. Poderia também citar sua bela fotografia, sua ótima direção, sua trilha sonora cativante, ótimas atuações com atores bem escolhidos para os papéis que interpretavam.
Naquele dia eu percebi que aquela série estaria no meu top séries da vida. Já estava mais viciado que o Elliot por morfina. Aquela série tinha algo de especial não só pelo estilo peculiar, mas pela sua escolha de narrativa audiovisual. Sam Esmail era ousado em sua forma de contar uma história, fazia arte como poucos.
Com todas as referências à Cultura Hacker, filmes como Matrix, Clube da Luta, Psicopata Americano e outras milhares de referências que não caberiam aqui, Mr. Robot tornava-se uma experiência única ao telespectador. Ganhando, inclusive – e merecidamente –, um Globo de ouro de melhor série dramática em 2016; porém devido ao hiato entre temporadas (pela qualidade exigida por Sam Esmail) acabou sendo esquecida pelo grande público, caindo no ostracismo, mas jamais pelos fãs como eu que admiravam a série.
Com o passar das temporadas, Mr. Robot com sua trama inteligente, soturna, enigmática me fez vibrar, emocionar, refletir, sentir admiração e inveja de Sam Esmail e por vezes pensar: “Por que não pensei nisso antes?”. Mr. Robot é uma série que acompanho de 2015, uma das melhores séries que já assisti na vida, que terminou ontem, dia 22/12/19 com seu episódio especial duplo na quarta temporada, o episódio de número 13, totalizando 45 episódios divididos por temporadas (temporada 1 com 10, temporada 2 com 12, temporada 3 com 10, temporada 4 com 13, ou 12, se considerar o episódio dividido como um só).
Uma série que jamais esquecerei. Que sempre admirarei, me inspirarei e sentirei saudades. Saudades da Fsociety, Dark Army, White Rose, Price, Dom, Leon, Krista, Tyrell, Darlene, Angela, Mr. Robot, Elliot Alderson…
Obrigado, amigo Sam Esmail, por ter criado esta série, por nos proporcionar entretenimento inteligente e de qualidade. Parabenizo a todos os atores, roteiristas, toda a equipe responsável por essa obra-prima da TV, um clássico moderno que ressoará no tempo. O Um entre mu1tos zer0s. Sei que você jamais lerá isso, friend, mas, mesmo assim, te agradeço. Domo Arigatou, Mr. Roboto.
“Não se fazem mais desenhos bons como antigamente.” Um mantra repetido a exaustão. A grande verdade é que não se procura sobre as pérolas das animações que estão apenas esperando para serem assistidas. O Segredo Além do Jardim (Over The Garden Wall, 2014) é um desses desenhos que você deve assistir e admitir que há muita coisa boa sendo feita e que pode estar perdendo apenas por não procurar. Assim como Gravity Falls, O Segredo Além do Jardim vale cada segundo empregado para assisti-lo. O Segredo Além do Jardim é uma minissérie de 10 episódios que foi exibida no Cartoon Network cuja maioria dos episódios têm cerca de 11 minutos, que passam tão rápido que mal se percebe o tanto de história que foi contada ali. A trama da animação é sobre dois irmãos, Wirt (dublado por Elijah Wood) e Greg (Collin Dean) que se perderam na misteriosa floresta chamada de “O Desconhecido” (The Unknown).
A animação tem um clima de fantasia estilo conto de fadas dos irmãos Grimm pautada no realismo fantástico e surrealismo e outros clássicos europeus que com certeza inspiraram a obra assim como a obra literária A Divina Comédia (Divina Commedia, 1304) de Dante Alighieri e seus simbolismos, suspense e mistério na medida certa e pitadas de um humor leve.
UMA ANIMAÇÃO SINGULAR E ENCANTADORA
O que torna O Segredo Além do Jardim especial é sua animação de qualidade que se mantém em todos os episódios. Com cores vivas e fortes, a paleta de cores é de encher os olhos. Nos momentos de mistério e melancolia a paleta de cores traz uma rima narrativa com as tonalidade de cores frias, enquanto nos momentos mais alegres e cômicos, as cores quentes predominam. E não posso jamais esquecer de citar a bela trilha sonora que desde os créditos iniciais arrebata os corações com belas e características melodias Folk, Jazz, Canto Lírico e canções de raízes americanas. Um show a parte! As músicas são deliciosas de se ouvir, e quando se percebe já se está cantarolando e assoviando as canções.
Ao iniciar da jornada, nos créditos de abertura, uma bela canção tema Into The Unknown cantada pelo simpático sapo (Jack Jones) e sendo executada por ele ao piano já demonstra o clima lírico e épico de fábulas que está por vir . O prelúdio de um desenho inesquecível. Uma trama fechada como um bom livro de contos de fadas.
“Guiados pela névoa sob a luz suave da lua tudo o que foi perdido é revelado nossos longos fardos pesados meros ecos da Primavera mas de onde viemos e onde vamos parar? se os sonhos não podem se tornar realidade então porque não fingir? oh, como o vento suave acena em meio às folhas enquanto as cores do outono caem dançado em um redemoinho de memórias de ouro as mais belas mentiras de todas as mais belas mentiras de todas”
A produção de O Segredo Além do Jardim começou em 2013 com o episódio piloto “Tome of the Unknown: Harvest Melody” do criador Patrick McHale, que anteriormente trabalhou em As Trapalhadas de Flapjack (The Marvelous Misadventures of Flapjack , 2008) e Hora de aventura (Adventure Time, 2010).
Após o sucesso do piloto, Patrick McHale recebeu o prêmio Bruce Corwin de melhor curta-metragem de animação. Em 2013 recebeu uma menção honrosa no Festival Internacional de Animação de Ottawa. Em novembro do ano seguinte “The Old Grist Mill”, o primeiro episódio foi ao ar.
O QUE FAZ O SEGREDO ALÉM DO JARDIM MEMORÁVEL?
Os episódios são focados nos diferentes irmãos: Wirt, o mais velho, é sério, inseguro e tenta ser a todo tempo responsável. Wirt gosta de poesia e tocar clarinete. Já seu irmão menor, Greg, é um menino doce, imaginativo, despreocupado e brincalhão, que anda por todo lado com seu sapo, onde busca em todos os episódios nomeá-lo. Nos 10 episódios da minissérie, os irmãos lidam com diversos dilemas, passam por uma escola de animais, uma taberna, conhecem diversos personagens excêntricos como um velho homem rico que busca encontrar uma mulher fantasma que ronda sua casa, um grupo de abóboras falantes, uma banda de sapos, uma velha assustadora que vive em uma cabana isolada, e claro, o vilão da história, a Besta! Tudo isso na companhia de Beatrice, a passarinha azul mais simpática e direta nas falas da Cultura Pop. Além, é claro, de se conhecerem mais intimamente e se ajudarem a lidar com o perigo do Desconhecido. Uma grande jornada de autoconhecimento com muitos subtextos, referências literárias e com uma sensibilidade ímpar para desenhos do gênero.
O Segredo Além do Jardim é belo porque nos faz voltar à magia da infância com todos mistérios, fantasia e aventura. Com um simples traço da animação, que por vezes lembra uma pintura a óleo, com os enquadramentos as canções gostosas de ouvir que embalam os capítulos, consegue ser profundo em seus curtos episódios sem ser piegas. Um mergulho no assombroso e puro mundo da fantasia dos livros em audiovisual. Uma joia rara da animação dos anos 2000 para cá. A prova que há muita arte, muita coisa boa por aí, basta que esteja disposto a procurar. Fato concreto (Rock fact): O Segredo Além do Jardim é maravilhoso. Assista e não se arrependerá de adentrar O Desconhecido.
Anos passaram após o fim de Lost e eu pensei: "Será que surgirão outras séries tão boas e instigantes?", eis que depois de um tempo sou apresentando a Game of Thrones, que gostei, mas não me tornei fã, então, depois descobri minha segunda série favorita: Breaking Bad, e após o término de Breaking Bad comecei a acompanhar Homeland, que parei no início da 2ª temporada (e ei de voltar, pois é uma boa série que merece) e então, sem nada pra fazer, lembro-me de uma série com uma premissa interessante de drama policial, um tipo de Seven pra TV: True Detective. Uma série policial bem instigante, dramática, intensa, filosófica com atuações monstruosas de Matthew McConaughey ( principalmente) e Woody Harrelson. Que roubam a cena e destacam-se, fazem a série ser o que é. True Detective tem o selo HBO de qualidade. Alta qualidade visual. Que com apenas 8 episódios dessa antologia de uma hora fizeram uma série com roteiro bem amarrado, sem pressa e sem episódios fillers pra durar mais temporadas e convincente. True Detective mais parece um filme de suspense dividido em 8 partes. Uma série inteligente e muito boa para quem curte o estilo.
"Black Mirror" é uma série bem real apesar de apresentar futuros distópicos. Real no sentido que estamos caminhando para esse sombrio futuro tecnológico que a antologia desses 7 episódios, 3 da primeira e segunda temporadas e o seu especial de Natal abordam.
A série britânica aborda em seus episódios fechados (cada um uma história diferente) tramas de humor negro e críticas ácidas e à sociedade, algumas diretas outras mais indiretas e alguns sub textos que trazem reflexão do espectador de imediato como o consumismo, (uso/ mal uso/ dependência da) tecnologia, ( falta de) interação social, banalização da violência, política, culto à celebridades e ao ridículo, entre outras coisas relevantes no cenário contemporâneo.
Uma série com toques de ficção cientifica/ suspense/ drama como "Além da imaginação" e " Night Visions", duas ótimas que seguiam esse estilo de antologias. O diferencial de "Black Mirror" é que soa atual, mais científica e menos sobrenatural. A realidade é mais obscura que o que misticismo e isso é o que assusta. A tecnologia está presente em todos episódios, entretanto de forma diferente. Os episódios fogem das narrativas clichês e, na maioria da vezes, conseguem surpreender e fazer refletir sobre o assunto abordado. Mais do que qualquer vilão de filme de terror a série mostra que não há maior vilão que nós mesmos e que o que fazemos com nossas próprias invenções.
Charlie Brooker, o criador da série, em uma entrevista ao jornal inglês The Guardian, disse: “Se a tecnologia é uma droga – e parece ser uma droga – então quais são os efeitos colaterais?"
Acorde! Você que está lendo, acorde. Você está dentro de um sonho. Dentro de uma narrativa que Mark Zuckerberg criou pra você. E nessa narrativa você pode ser quem quiser, usar a personalidade que quiser, você é um anfitrião nesse parque de FacebookWorld...
Westworld é uma das coisas boas de 2016. WestWorld não está na Netflix, mas sim na HBO com a difícil tarefa de substituir Game of Thrones em seu horário. E com certeza cumpriu bem. O roteiro, a fotografia, atuações, trilha sonora, Plotwists são todos impecáveis e a narrativa é bem amarrada. E o que falar da atuação de Anthony Fucking Hopkins? O cara brilha a cada aparição. Um seriado que tem ótimos questionamentos filosóficos, bons personagens, tramas interessantes e que em seus 10 episódios com uma Season Finale sensacional. Com toda certeza, entrará pro Hall das séries de qualidade. Bem-vindos ao parque! E que venha a segunda temporada em 2018!
Ei, você que está lendo! Você mesmo amigo! Você é real? Pense numa série foda. Então, Mr Robot é ela. Se você procura uma série inteligente cheia de suspense e teorias, achou. Já chegou em 2015 chutando bundas. Uma série onde as metáforas de cada episódio são construídas de forma significativa, usando da analogia cibernética para dramas corriqueiros e existencialistas. A tecnologia é apenas uma forma dos seres humanos e isolarem se compartilharem suas angustias e mostrarem através das redes sociais a vida que gostariam de ter através de fotos felizes, contudo demonstram muito de sua ignorancia através de comentários preconceituosos disfarçados de opinião. Não há debates, há verdades unilaterais. Será que somos quem realmente mostramos ser nas redes socais? O que as pessoas escondem? Quem queremos ser e quem somos?
Uma série tensa, com dramas e reflexões universais como solidão, loucura, revolução, que usa da quebra da quarta parede, ótimas sacadas,desenvolvendo bem sensação de vazio e pertencimento na sociedade aos olhos de um hacker. Tudo isso com um protagonista carismático, introspectivo, quase misantropo e esquisito, Elliot Anderson.
Uma produção que não está na Netflix nem na HBO mas é uma das melhores séries que teve início nesse ano, sem dúvidas! Mr Robot não tem episódio chato, não tem enrolação, a história, envolve e te faz questionar e desde os primeiros minutos de sua exibição já te deixa grudado na tela de seu computador, TV ou Smartphone esperando por uma história de alto nível, my friend. " Nossa democracia foi hackeada"
Para quem acha que “Os Simpsons”, “Family Guy” e “South Park” são desenhos para adultos que já foram longe demais nas piadas e questionamentos, com certeza não assistiram a polêmica animação do Adult Swim chamada “Mr Pickles”, uma comédia obscura. A animação possui em sua primeira temporada 10 episódios, cada um com seus 11 minutos. Com uma abertura em ritmo de Black Metal, Mr Pickles mostra a que veio. Entre os temas polêmicos da animação, são abordados satanismo, pedofilia, necrofilia, sadomasoquismo, violência gratuita, entre outros tabus da sociedade. Não recomendável para pessoas religiosas e menores de 18 anos. Mr Pickles é uma animação criada pela dupla Will Carsola & Dave Stewart. Se gosta de humor negro, ácido, com pegadas hardcore, Mr Pickles é o que estava faltando na sua coleção.
Banshee pode ser resumida com a frase:“Tiro, porrada e bomba!” A história de Banshee é cheia de ótimos personagens, diálogos, ação, aventura, boas tiradas – um pipocão para ninguém botar defeito! Tudo muito bem produzido a nível cinematográfico. A cada abertura novos elementos da história são sutilmente apresentados e se estiver assistindo, não tire a série depois dos créditos, pois sempre há um cena pós-créditos que introduz elementos importantes a episódios futuros.
Do mesmo roteirista de True Blood, é extremamente dinâmica e não se perde em nenhum episódio! Adrenalina pura! Frenética! Incrível como ela vicia. Sempre tudo pode ser resolvido com porrada, sexo e muito sangue. Lucas Hood enfrenta desde fanáticos religiosos holandeses, índios donos de cassino, mafiosos ucranianos, estupradores, neonazistas e pessoas do seu passado como ladrão, onde sua história é contada por ótimos flashbacks. O roteiro apesar de simples, é bem contado e envolvente. Uma série que deve estar na lista de qualquer seriemaníaco. Impossível se entendiar com as aventuras de Lucas Hood na cidadezinha de Banshee.
Ei, você que está lendo! Você mesmo amigo! Você é real? Pense numa série foda. Então, Mr Robot é ela. Se você procura uma série inteligente cheia de suspense e teorias, achou. Já chegou em 2015 chutando bundas. Uma série onde as metáforas de cada episódio são construídas de forma significativa, usando da analogia cibernética para dramas corriqueiros e existencialistas. A tecnologia é apenas uma forma dos seres humanos e isolarem se compartilharem suas angustias e mostrarem através das redes sociais a vida que gostariam de ter através de fotos felizes, contudo demonstram muito de sua ignorância através de comentários preconceituosos disfarçados de opinião. Não há debates, há verdades unilaterais. Será que somos quem realmente mostramos ser nas redes socais? O que as pessoas escondem? Quem queremos ser e quem somos?
Uma série tensa, com dramas e reflexões universais como solidão, loucura, revolução, que usa da quebra da quarta parede, ótimas sacadas,desenvolvendo bem sensação de vazio e pertencimento na sociedade aos olhos de um hacker. Tudo isso com um protagonista carismático, introspectivo, quase misantropo e esquisito, Elliot Anderson.
Uma produção que não está na Netflix nem na HBO mas é uma das melhores séries que teve no ano de 2015 , sem dúvidas! Mr Robot não tem episódio chato, não tem enrolação, a história, envolve e te faz questionar e desde os primeiros minutos de sua exibição já te deixa grudado na tela de seu computador, TV ou Smartphone esperando por uma história de alto nível, my friend. " Nossa democracia foi hackeada"
"Black Mirror" é uma série bem real apesar de apresentar futuros distópicos. Real no sentido que estamos caminhando para esse sombrio futuro tecnológico que a antologia desses 7 episódios, 3 da primeira e segunda temporadas e o seu especial de Natal abordam.
A série britânica aborda em seus episódios fechados (cada um uma história diferente) tramas de humor negro e críticas ácidas e à sociedade, algumas diretas outras mais indiretas e alguns sub textos que trazem reflexão do espectador de imediato como o consumismo, (uso/ mal uso/ dependência da) tecnologia, ( falta de) interação social, banalização da violência, política, culto à celebridades e ao ridículo, entre outras coisas relevantes no cenário contemporâneo.
Uma série com toques de ficção cientifica/ suspense/ drama como "Além da imaginação" e " Night Visions", duas ótimas que seguiam esse estilo de antologias. O diferencial de "Black Mirror" é que soa atual, mais científica e menos sobrenatural. A realidade é mais obscura que o que misticismo e isso é o que assusta. A tecnologia está presente em todos episódios, entretanto de forma diferente. Os episódios fogem das narrativas clichês e, na maioria da vezes, conseguem surpreender e fazer refletir sobre o assunto abordado. Mais do que qualquer vilão de filme de terror a série mostra que não há maior vilão que nós mesmos e que o que fazemos com nossas próprias invenções.
Charlie Brooker, o criador da série, em uma entrevista ao jornal inglês The Guardian, disse: “Se a tecnologia é uma droga – e parece ser uma droga – então quais são os efeitos colaterais?""
Nesses 13 episódios a série se saiu muito bem! Uma ótima série nacional, e no geral. O erotismo das atrizes em cena— todas belas— e sua atuação convencem bem. Luna e Magali as falsas magras, e Karin representante das gostosonas. Nenhum episódio foi desinteressante ou dispensável, todos foram bons. Karin, Luna e Magali são um ótimo trio de protagonistas, cheia de defeitos, não estereotipadas e idiossincráticas. Assim como o Ariel, que é um bom antagonista. Destaque para o Oscar, ao meu ver, um dos melhores personagens pelo que acontece com ele. Boa sacada do roteirista. Só senti falta de um pouco mais de ousadia da série, apesar do roteiro ser bem escrito e a série bem dirigida com o estado de São Paulo sendo bem colocado na ambientação para que conheçamos a elite da sociedade e a influência do mundo da prostituição direta e indiretamente nela, ainda está um pouco 'conservador' visto que é uma série sobre o uso do Marketing no sexo. Então eu esperava que houvesse menos tabus, que mais do sexo fosse abordado, como homens que pagam garotas de programa para fazerem orgias, algo que falasse sobre sexo anal, fetiches e parafilias, e toda pluralidade sexual que há nesse meio. A série terminou bem, dando um gancho legal pra próxima temporada. Espero que na 2ª temporada, a qual aguardo com muita ansiedade abordem mais temas polêmicos e que a qualidade se mantenha. E que venha a 2ª temporada que a Oceano Azul está me inundando de bom entretenimento. ;)
Umas das melhores séries, senão a melhor que tive o prazer de acompanhar em minha curta existência devido a seu conteúdo, sua narrativa, fotografia, qualidade técnica, poucos furos de roteiro, seu drama, sua intensidade, sua dualidade. Breaking Bad com suas 5 temporadas conseguiu se tornar uma série fantástica com episódios memoráveis. Personagens que “tacam o foda-se/chutam o balde” contra as adversidades da vida. Representado muito bem pelo querido protagonista Walter White interpretado brilhantemente por Bryan Cranston que conduz a série indiscutivelmente e é o elemento principal nessa cadeia de ligações químicas. Uma série que lentamente vai te viciando como metanfetamina. Cujo um grande amigo me indicou, apresentando-me este ótimo produto, que de início eu não levei muito fé, mas depois de um tempo que experimentei queria que todos amigos “usassem” comigo. Realmente é da boa, Bitch! Breaking Bad é uma série que fala de drogas sem fazer apologias, que mostra a podridão humana, que fala de transformações, de escolhas, de confianças, perdas e do ser humano nos seus limites. Aprendi com Walter White tudo que um homem pode fazer em prol da família, independente do quão amoral possa ser. Aprendi com Jesse Pinkman e seus “bitchs” que não devemos perder nossa humanidade mesmo nas nossas más escolhas. Aprendi com Hank a lutar pelos seus objetivos e ir até o fim naquilo em que se acredita. Aprendi com a Skyler sobre honestidade, lealdade e principalmente sobre amar acima de tudo, mesmo que todos possam estar contra você. Personagens de várias cores e tons. Série de situações divertidas, imprevisíveis, reflexivas, de uma realidade cruel. Breaking Bad fez a todos os seus admiradores sentirem-se em todos os episódios “Breaking Good”. Uma série que nunca esquecerei e com certeza a Cultura Pop também não. Que estará marcada pra sempre na minha memória e na memória de outros que o “traficante” Vince Gilligan viciou. Albuquerque era minha casa, Pollos Hermanos minha lanchonete. Obrigado, Breaking Bad por ser uma excelente série. Obrigado, AMC por ter acreditado no potencial dela. A todos os atores que representaram ótimos papéis, a toda trilha sonora marcante, a todas as frases que ficarão e principalmente a química que rolou entre nós.
Alguns estão “Breaking Sad” por ela ter acabado, mas eu estou feliz por ela ter começado. Breaking Bad não terminou, seu legado continuará, e se vocês tiverem problemas pra se recuperar da depressão pós-Breaking Bad, Saul Goodman poderá resolver. Better Call Saul! #GoobyeBreakingBad
Full Metal Alchemist Brotherhood é um excelente anime Com partes cômicas e dramáticas bem equilibradas e com bastante tensão. Além da complexidade da trama, com seus avanços e revelações. O Anime tem excelentes protagonistas que o espectador torce e se apega para que recuperem seus corpos. Ed e Al são muito carismáticos. O amor de irmãos dos dois é muito convincente. Os secundários como Mustang, Hughes, Armstrong, Izumi, May, Ling, Scar, como antagonista e Hoheiheim, como personagem chave, são ótimos, bem diferenciados, únicos e marcantes. Os homunculus são grande vilões, cada um com sua característica marcante, princialmente, Greed, meu favorito deles. Assim como o "pai" que é um grande vilão. Full Metal consegue ter a combinação perfeita de personagens bons ( são muitos! E a maioria é muito interessenta! dava pra ter muitos spin-offs) e enredo. Além de uma ótima trilha sonora do anime e a bela animação. As coregrafias de luta são espetaculares assim como os efeitos visuais da alquimia. Um dos meus animes favoritos que me marcou bastante. Recomendado a todos. Com certeza memorável. É a lei da troca equivalente: ao assistir prepare para dar boas risadas, se entreter, se emocionar, refletir e pertencer a Amestris, Ishval, Xing. ;)
Bem legal as releituras dos contos de Edgar Allan Poe para a modernidade paulistana. Bem ousada a aposta para uma produção nacional. Curti, apesar de alguns atuações um pouco comprometidas, contudo as histórias são legais e conseguiram me prender nestes 5 capítulos. O clima de suspense é bem legal, apesar das histórias serem ao meu, mesmo para quem não leu os contos previsíveis. E caso tenha lido o conto, torna-se ainda mais interessante. Espero que venham mais séries nacionais como essas. Uma boa proposta. ;) Recomendo para quem curte Edgar Allan Poe ( dã) e para quem curte histórias do gênero. ;)
Sandman (1ª Temporada)
4.1 590 Assista AgoraSandman Netflix (2022)
Por Jef Corrêa
SANDMAN (1988 – 1996), do selo Vertigo da DC Comics, é a minha HQ favorita (até o presente momento em que escrevo), então quando soube da adaptação em série fui com baixa expectativa para assisti-la, pois a série seria da Netflix (que anda com adaptações ruins e duvidosas).
E, por não ser da HBO, que era meu maior Desejo (mas como sabemos: “O Desejo é sempre cruel”), fiquei com os pés no chão, ainda que a cabeça às vezes ia pras nuvens imaginando as cenas da HQ transpostas pro audiovisual.
Assisti à série com baixa expectativa. Maratonei a primeira temporada (com 10 episódios) no dia da estreia (05/08/2022) da manhã à noite.
Apesar das mudanças que já eram esperadas em uma adaptação (etnia e mudança de gênero etc), o que gerou Desespero em alguns, achei uma série boa, não foi uma Destruição da obra-prima que é a HQ (jamais será, pois a HQ sempre poderá ser lida). É respeitosa aos quadrinhos, podendo agradar principalmente quem não conhece a HQ (ou conhece e não tem vontade de lê-la), é uma adaptação honesta, com ótimos momentos e que valeu a espera. Possui as reflexões filosóficas, o terror, a fantasia, a rica mitologia e toda grandiosidade, ainda que haja ALGUMAS ressalvas, afinal NÃO existe série perfeita. É Delírio acreditar em perfeição.
Talvez no Sonhar exista este Deleite de série não feita, mas NÃO aqui no Mundo Desperto.
Sandman tem muitos pontos positivos, com certeza, mas há também os negativos que não podem ser esquecidos, e que escrevi abaixo.
PONTOS NEGATIVOS:
💀Sonho de personalidade emotiva, quase chorão na maior parte do tempo (os olhos do Tom parecem sempre chorosos). Faltou mais imponência, mais arrogância, personalidade mais distante e seca que o define bem no início Ele é um Perpétuo e não um ser humanos, oras.
💀Direção ‘basicona’, pouco inventiva para uma série que fala sobre sonhos/fantasia. Chega a ser genérico em muitas vezes. Falta surrealismo, onirismo. Pouca ousadia nas cenas de pesadelos. Poderia fazer algo mais inspirado, psicodélico, assustador, mas ficaram no feijão com arroz.
A HQ é mais ousada e inovadora na linguagem. Deveriam ter tentado alguns experimentalismos narrativos.
💀 Faltou a nudez e a sensualidade que há nos quadrinhos, que é pra maiores.
💀Não curti as mudanças no primeiro episódio: da questão do filho que quer ser amado pelo pai, cujo pai não gosta dele e ser morto por acidente pelo filho que faz tudo pra agradar o pai. E o mal desenvolvimento em mostrar como a “doença do sono” afetou as pessoas no mundo, focando apenas na Unity Kincaid.
💀A punição do Alex Burgess foi mais leve que no original, pois nos quadrinhos não é só dormir para sempre, é ter pesadelos em que ele acha que vai acordar, mas tá preso nele pra sempre com o Eterno Despertar. Muito melhor que o “Sono Eterno”.
Os realizadores da Série ficaram com medo do protagonista e perder a empatia do público e ser visto como mau.
💀Nos quadrinhos, o John Dee não entrega seu amuleto de proteção para sua motorista Rosemary. Ele a mata. Algo mais chocante e aterrorizante.
Já, na série, produtores foram covardes pra evitar chocar o público, principalmente o público adolescente que assisti à Netflix.
💀 Mudança aparente na personalidade do Caim. Na HQ, O Caim é mais ESCROTO e maligno, sendo oposto do irmão, Abel. Ele tenta enganar o Sonho ao dizer que não tem mais um objeto criado por ele.
💀 Toda a manipulação do Coríntio como antagonista/vilão da série, tentando desde o começo fugir do Sonhar, e posteriormente aparecendo para todos em praticamente todos momentos importantes na 1ª temporada. Aparições em excesso.
Além de forçado, é bem clichê e saída fácil. Se fosse o Desejo (com aparições MODERADAS) seria melhor e faria mais sentido, já que era pra por um antagonista mesmo.
💀A Morte da Corvo Jessamy pra gerar empatia de modo fácil no público.
💀Furo de roteiro de Jessamy ao estar na Terra vigiando Oneiros e não reportar para Lucienne no Sonhar durante o tempo que o Morpheus está aprisionado.
💀O uso do artifício da morte de Jessamy para fazer com que o Lorde Moldador se vingue de Alex Burgess (filho do Rodrick Burgess) pro público achar plausível.
💀Trilha sonora original pouco inspirada e bem apática. Não se destaca, não emociona, só conduz as cenas.
💀Falta das canções clássicas sobre sonho ao longo da temporada, pois as canções têm destaque nas HQs, principalmente no episódio da Johanna ConstanTAINE “Dream a Little Dream of Me” (episódio 3), onde as canções deveriam ser o tema.
💀Diminuição das cenas de violência em cenas que precisariam de mais impacto, como, por exemplo, no bom episódio 5, “Sem Parar” (“24 horas”, no original, edição 6). Poderia ser bem melhor.
💀Mesclar a personalidade de Johanna ConstanTAINE com a do John Constantine em vez de dar uma personalidade própria pra personagem. Outro incômodo foi a atuação caricata da atriz Jenna Coleman ao interpretar a Johanna, que é fodona das HQs, mas na série não se destaca, soa FALSAMENTE canastrona, artificial, não tem carisma de John Constantine nem mesmo da versão em HQ, além de ser mal aproveitada na série. Não tive empatia por ela, nem vi carisma na personagem.
💀Visual de Lúcifer com aquelas asas de borracha e aquele cabelinho meio zoado (só estou sendo chato mesmo). Não achei a Gwendoline Christie intimadora o suficiente quando precisava ser. Não pelo fato de ser mulher, mas por atuação mesmo. Dou como exemplo a ótima atriz Tilda Swinton como o anjo Gabriel em Constantine. Ela expressa melhor a androginia pro personagem e assemelhar-se-ia melhor ao David Bowie (referência original de Lúcifer nas HQs). Ou seja, não é por ser mulher, pois Tilda é mulher, e sim por Gwendoline Christie ser uma atriz mais limitada pra dramaticidade. Talvez outra atriz fosse uma escolha + acertada.
💀 Abondarem a ideia de Triunvirato do Inferno (Lúcifer, Azazel e Belzebu) e deixar apenas Lúcifer como líder. Removeram uma dinâmica interessante na HQ que poderia render na série.
💀 Visual da Mazeeken (namorada/amiga/amante de Lúcifer) que não é aterrorizante, asqueroso como a HQ onde possui o rosto deformado, desfigurado e esquelético. A remoção da característica vocal dela. De falar “de forma embolada e ininteligível”.
Na série, a maquiagem é ruim e amadora. Além de não causar repulsa, parece uma maquiagem de filme B.
💀Matthew ajudar Sonho a vencer Lúcifer no Duelo. Momento de diálogo expositivo que tenta gerar tensão, mas acaba ficando forçado.
💀Visual da Desespero que NÃO expressa Desespero algum (e nem parece ser dos Perpétuos). Não curti. Poderiam ter mantido o original dela nua nesse caso (as talvez uma galerinha sensível se incomodas….), ou adaptado pra algo mais assustador, melancólico QUE DEMONSTRA DESESPERO! E não uma atriz vestindo uma roupa qualquer que nada diz sobre a personagem
💀Visual do Inferno pouco inspirado. Nada ameaçador. Parece um Fundo Verde e não um lugar de tortura, dor e sofrimento. Provavelmente faltou verba pra fazê-lo ou resolveram economizar dinheiro dos R$ 15 milhões aproximados por episódio.
💀Atuação bem fraquinha da menina que interpreta a Rose Walker. Tá, esse pode ser apenas implicância minha.
💀Mal uso do clima/atmosfera de terror/dark das HQs, que lá é bem executado.
💀Abel não ser gago como nas HQs. Faltou representatividade para os gagos. O que configura ‘gagofobia’, haha.
💀 O episódio bônus “Calíope”(11), lançado no dia 19/08/2022, soa por vez amador com atuações fracas, visual de baixo orçamento apesar de manter a essência da HQ original nos dias atuais (edição 17).
💀 Não curti colocar os episódios bônus (11), adicionados no dia 19/08/2022, “Sonho de Mil gatos” e “Calíope” juntos como um episódio de 1 hora e pouco. Custava separá-los? Seria melhor se tivessem feito isso. Até porque são tramas soltas, são contos que enriquecem a mitologia de Sandman e adicionam novos elementos. Separá-los mostraria a unicidade de cada história. Decisão ruim.
PONTOS POSITIVOS:
✨A maior parte do texto do Neil Gaiman está mantido fielmente, e as modificações/acréscimos não incomodam tanto.
✨ Neil Gaiman estar envolvido e ser produtor executivo é um ponto positivo pra manter o cerne da obra, para não desvirtuá-la.
✨A série mantém um bom tom durante a temporada, conseguindo ir do terror ao fantástico, apresentar toda mitologia rica de Sandman aos poucos, ir da melancolia a euforia sem dificuldade.
✨Boa fotografia e escolha de paleta de cores.
✨Efeitos especiais regulares na maior parte da série (achei que seria pior).
✨Boa atuação/interpretação/caracterização do Tom como Sandman (exceto nas vezes em que ele parece que está chorando o tempo todo, sendo sensível e bonzinho pra gerar empatia com o público logo de cara).
✨Boas atuações/caracterizações da Morte, Desejo, Lucinne, do comediante que dubla o corvo Matthew, do Merv dublado pelo Mark Hammil, do ator que faz o John Dee, do ator que faz o Rodrick Burgess, do Coríntio, Stephen Fry como Verde do Violinista.
✨Boa adaptação da história “Homens de boa Fortuna” (edição 14), onde aparece pela primeira vez o Rob Gadling, com a história “O som das suas asas” (edição 08), da primeira aparição da Morte. Bom episódio!
✨Boa adaptação do episódio 5: “Sem parar” (“24 horas”, edição 06, nas HQs)”, que mesmo diminuindo BEM o impacto e violência, ainda sim manteve a essência da ideia (o que é muito raro considerando ser da Netflix).
✨Mudança no início da absorção de poderes pra gárgula Gregory em vez de pegar com Caim e Abel, pois não causaria nada ao espectador. Achei legal, pois criou um draminha pro pessoal ver bichinho de CGI morrer. Sempre funciona pra emocionar matar bicho e criança.
✨Adaptação do duelo de Corozon vs Kai'ckul no Inferno por Lúcifer vs Kai'ckul ao criar uma tensão mais espiritual, etérea de batalha de vida ou morte que um “Duelo de Rap” como nas HQs. Deu mais importância a Lúcifer e de quebra criou um antagonismo pro próximo arco da segunda temporada (Estação das Brumas).
E dou mais créditos aos produtores porque esse duelo da HQ seria difícil de adaptar e poderia ter ficado bobo, mas não ficou. Pronto pra série de TV!
✨Boa adaptação do episódio: “Colecionadores” (edição 17, nas HQs) Adaptação ótima. Ficou fiel à HQ. Consegue causar tensão e estranheza como no original. E todos os acréscimos aqui enriqueceram o episódio.
✨A adaptação de John Dee ser filho de Ethel com Rodrick que encaixou bem pra trama, pois pra esta série não faria sentido o Dee ser um supervilão.
✨Adaptação da Lyta Hall (junto com o Hector Hall, que está morto) ser amiga que criou a Rose Walker como uma boa solução, pois na HQ a Rose chega ser babá do Daniel Hall, então eles já antecipam a ligação das duas, apresentando ambas pro público já ficar de olho na Lyta, que será importante no futuro.
✨ O episódio bônus (11) “Sonho de Mil gatos”, em animação, foi um frescor narrativo por ser em uma animação (onde há menos limites e mais liberdade). É um bom episódio. Bem conduzido, com a essência da HQ original (edição 18).
CONCLUSÃO:
Vale a pena assistir (nem que seja pra conhecer e depois ler os quadrinhos que, esses sim, são obras-primas). É uma boa série, no geral, exceto se a pessoa for purista ou reacionária, pois aí não gostará. É o Destino dessas pessoas não gostarem.
Não foi um “Sonho realizado” (pois no meu Devaneio a série teria o orçamento de O senhor dos Anéis ou Game of Thrones e seria da HBO), contudo está longe de ser um Pesadelo assustador como achei que fosse. Nem mesmo a “Morte” de uma obra da nona arte que tanto gosto.
A série está mais pra um vórtice que atrai decisões boas e ruins, coisas legais, boas adaptações e má adaptações, atenuações, contradições, forçação, assim como é a Realidade.
A série tem tudo para melhorar mais e mais – pois terá + orçamento – nas próximas temporadas, afinal é um dos novos hits da Netflix.
Não custa sonhar…
Se, pelo menos, mil fãs sonharem juntos no mundo talvez a série torne-se excelente.
Ainda tenho Esperança.
O Sonho não acabou.
Sandman (1ª Temporada)
4.1 590 Assista AgoraSANDMAN é a minha HQ favorita até hoje, então eu fui com baixa expectativa por ser da Netflix (que anda com adaptações ruins e duvidosas), e não da HBO, que era meu maior Desejo, mas como sabemos, o Desejo é sempre cruel.
Assisti com baixa expectativa a toda a primeira temporada (os 10 primeiros episódios) no dia da estreia e terminei no mesmo dia.
Apesar das mudanças que já eram esperadas em uma adaptação (etnia e mudança de gênero), o que gerou Desespero em alguns, achei uma série boa, não foi uma Destruição da obra-prima que é a HQ (jamais será, pois a HQ sempre poderá ser lida), foi respeitosa aos quadrinhos, no geral, podendo agradar principalmente quem não conhece a HQ (ou conhece e não tem vontade de lê-la), é uma adaptação honesta, com ótimos momentos e que valeu a espera, ainda que haja ALGUMAS ressalvas, afinal NÃO existe série perfeita.
É Delírio acreditar em perfeição. Talvez no Sonhar exista este Deleite de série não feita, mas NÃO aqui no Mundo Desperto.
ABAIXO minhas observações COM SPOILERS! SÓ LEIA SE ASSISTIU.
PONTOS NEGATIVOS:
- Sonho de personalidade emotiva, quase chorão na maior parte do tempo. Faltou mais imponência, mais arrogância, personalidade mais distante e seca que o define bem no início.
– Direção ‘basicona’, pouco inventiva pra uma série que fala sobre sonhos/fantasia.
A HQ é mais ousada na linguagem.
– Não curti as mudanças no primeiro episódio: da questão do filho que quer ser amado pelo pai, cujo pai não gosta dele e ser morto por acidente pelo filho que faz tudo pra agradar o pai.
– Toda a manipulação do Coríntio como antagonista/vilão da série, tentando desde o começo fugir do Sonhar, e posteriormente aparecendo para todos os momentos importantes na 1ª temporada. Além de forçado, é bem clichê e saída fácil.
– A Morte da Corvo Jessamy pra gerar empatia de modo fácil no público.
– Furo de roteiro de Jessamy ao estar na Terra vigiando Oneiros e não reportar para Lucienne no Sonhar durante o tempo que o Morpheus está aprisionado.
– O uso do artifício da morte de Jessamy para fazer com que o Lorde Moldador se vingue de Alex Burgess (filho do Rodrick Burgess) pro público achar plausível.
– Trilha sonora original pouco inspirada e bem apática.
– Falta das canções clássicas sobre sonho ao longo da temporada, principalmente no episódio da Johanna ConstanTAINE.
– Pouca ousadia nas cenas de sonhos/pesadelos. Poderia fazer algo mais inspirado, psicodélico, assustador, mas ficaram no feijão com arroz.
– Diminuição das cenas de violência em cenas que precisariam de mais impacto, como, por exemplo, no bom episódio “24 horas”. Poderia ser bem melhor.
– Mesclar a personalidade de Johanna ConstanTAINE com a do John Constantine em vez de deixar uma personalidade própria pra ela, assim como a atuação caricata da Johanna, que é fodona das HQs.
– Visual de Lúcifer com aquelas asas de borracha e aquele cabelinho. Não achei a Gwendoline Christie intimadora o suficiente quando precisava ser. Não pelo fato de ser mulher, mas por atuação mesmo.
– Visual da Desespero que NÃO expressa Desespero (e nem parece ser dos Perpétuos). Não curti. Poderiam ter mantido o original nesse caso ou adaptado pra algo mais assustador, melancólico e não uma atriz vestindo uma roupa qualquer.
– Visual do Inferno pouco inspirado. Nada ameaçador. Parece um Fundo Verde e não um lugar de tortura, dor e sofrimento.
– Atuação bem fraquinha da menina que interpreta a Rose Walker.
– Momentos excessivamente sentimentais que beiram ao piegas, como a do Pesadelo que quer ser Sonho e o Morpheus, bonzinho, reconsiderar muito rápido.
– Mal uso do clima/atmosfera de terror/dark das HQs, que é bem executado.
PONTOS POSITIVOS:
– A maior parte do texto do Neil Gaiman está mantido fielmente, e as modificações/acréscimos não incomodam.
– A série mantém um bom tom durante a temporada, conseguindo ir do terror ao fantástico, da melancolia a euforia sem dificuldade.
- Boa fotografia e escolha de paleta de cores
– Efeitos especiais regulares na maior parte da série (achei que seria pior).
– Boa atuação/interpretação/caracterização do Tom como Sandman (exceto nas vezes em que ele parece que está chorando o tempo todo, sendo sensível e bonzinho pra gerar empatia com o público logo de cara).
– Boas atuações/caracterizações da Morte, Desejo, Lucinne, do comediante que dubla o corvo Matthew, do Merv dublado pelo Mark Hammil, do ator que faz o John Dee, do ator que faz o Rodrick Burgess, do Coríntio, Stephen Fry como Verde do Violinista.
– Boa adaptação da história “Homens de boa Fortuna”, edição 14 (onde aparece pela primeira vez o Rob Gadling), com a história “O som das suas asas”, edição 08, da primeira aparição da Morte. Bom episódio!
– Boa adaptação (pros padrões da Netflix, claro) do episódio 5: "Sem parar" (“24 horas, nos quadrinhos)”, que mesmo diminuindo o impacto e violência, manteve a essência da ideia.
– Mudança no início da absorção de poderes pra gárgula Gregory em vez de pegar com Caim e Abel.
– Adaptação do duelo de Corozon com Kai'ckul no Inferno por Lúcifer x Kai'ckul ao criar uma tensão mais espiritual, etérea de batalha de vida ou morte que “Duelo um de Rap” como nas HQs. Até porque isso seria difícil de adaptar e poderia ter ficado bobo, mas não ficou.
– Boa adaptação da parte dos “Colecionadores”. Ficou ótima. Consegue causar tensão e estranheza como no original.
– A adaptação de John Dee ser filho de Ethel com Rodrick que encaixou bem pra trama.
CONCLUSÃO:
Vale a pena assistir; exceto se a pessoa for purista ou reacionária, pois aí não gostará. É o Destino dessas pessoas não gostarem.
Não foi um “Sonho realizado” (pois no meu devaneio a série teria o orçamento de O senhor dos Anéis ou Game of Thrones e seria da HBO), contudo está longe de ser um pesadelo assustador como achei que fosse. Ou mesmo a “Morte” de uma obra da nona arte que tanto gosto.
A série está mais pra um vórtice que atrai decisões boas e ruins, assim como é a Realidade.
A série tem tudo pra melhorar mais e mais nas próximas temporadas (se não for cancelada, é claro). E, quem sabe, se tornar um dos hits da Netflix pro futuro. Não custa sonhar…
Ainda tenho esperança.
O Sonho não acabou.
Şahsiyet
4.2 5Deixa eu me lembrar... Ah sim... Sahsiyet. Estou aqui pra escrever sobre Sahsiyet.
Sa... o que mesmo?
Sahsiyet (2018) é uma minissérie turca de drama e mistério. A sinopse é simples: um senhor viúvo de 65 anos, Agah Beyoğlu, é um oficial de justiça aposentado que foi diagnosticado com Alzheimer em estágio inicial. Sabendo que esquecerá de tudo futuramente, resolve fazer algo para ser lembrado: punir os bandidos "esquecidos" pela polícia.
E com esse enredo simples, a série turca aborda temas como memória (individual e coletiva) x Alzheimer (individual e coletivo), Justiça x Lei x vingança, sexismo e submissão feminina na sociedade turca, corrupção, preconceitos contra ciganos, entre outros. Tudo isso em 12 episódios de 1 hora.
Senhor Agah não é o único protagonista da história, pois o divide com a jovem e determinada policial Nevra Elmas, a única mulher do departamento de polícia de homicídios da Turquia. Nevra sofre todo o machismo do ambiente e tem que descobrir quem é o primeiro serial killer que anda deixando mensagens enigmáticas para ela.
As histórias do senhor Agah e de Nevra estão de alguma forma interligadas numa teia de acontecimentos inesperados que envolve muita investigação, mistérios a serem descobertos e muito sangue culpado (e inocente) derramado.
Sahsiyet possui uma narrativa com ótimos diálogos, frases marcantes, cenas memoráveis e personagens principais planos, principalmente o Senhor Agah, que é brilhantemente interpretado por Haluk Bilginer. Atuação que rendeu-lhe um merecido Emmy.
Do quesito técnico, destaca-se a fotografia de uma Turquia em tons de neon em Istambul e Kambura (cenários importantes para trama). E não posso me esquecer da trilha sonora que mistura música flamenca, turca, tecno e rock. Sahsiyet é uma série para se lembrar que há boas produções audiovisuais, em todo mundo, esperando para serem vistas e apreciadas. Olé!
Dark (3ª Temporada)
4.3 1,3K12. O fim está no começo.
11. Até lá o tempo contará… tique-taque, tique-taque, tique-taque...
10. Para finalizar, Dark provou-se uma excelente série que ficará para a história no panteão televisivo. Talvez daqui a 3 anos ou quem sabe 33 anos, surja uma série tão relevante quanto ela. Outra falha na Matrix. Mas agora, no presente, Dark merece toda a aclamação recebida.
9. Para o meu eu do futuro: espero que você aprenda com essa série a tornar suas histórias melhores independentemente da complexidade.
8. Uma aula para novos escritores e roteiristas: pensem em tudo com antecedência.
7. Tudo isso com boas atuações, fotografia, direção e referências.
6. Esbanjando um roteiro com muitos pontos de virada, cliffhangers e plotwists de explodir cabeças.
5. Uma série de muitas intrigas, romance proibido, profecias, alegorias religiosas, paradoxos como o de Booststrap, A barca de Teseu, o Fio de Ariadne e muito mistério envolvendo o número 3 e a cor amarela, e claro, ótimos diálogos oriundos de máximas e dilemas filosóficos nos 26 episódios.
4. Para o meu eu do passado: Dark (2017-2020) é uma série alemã da Netflix que trata de um tema manjado e complexo na ficção científica: viagem no tempo. A exceção é que em Dark, o roteiro é coeso e primoroso tal qual o filme O Predestinado (2014). Nas 3 temporadas, acompanhamos as vidas das principais famílias da série e as mudanças temporais ocorridas na cidade de Winden nos anos 1921,1953, 1954, 1986, 1987, 2019, 2020, 2052 e 2053.
3. Esta é uma resenha do meu eu do presente para os meus eus do futuro e do passado.
2. O começo está no fim.
1. Leia os parágrafos de baixo pra cima.
Years and Years
4.5 270Years and Years” (2019) é uma minissérie britânica da HBO com apenas 6 episódios. A minissérie trata basicamente sobre política, tecnologia e relações humanas. É considerada uma distopia.
A sinopse é a seguinte:
“À medida em que o Reino Unido é sacudido com instáveis avanços políticos, econômicos e tecnológicos, seguimos a família Lyons enquanto suas vidas complexas convergem a uma noite crucial em 2019. Então, pelos próximos 15 anos, as reviravoltas do cotidiano são exploradas quando descobrimos que a família Lyons fará parte de tudo isso.”
Nos 6 episódios de quase uma hora cada, “Years and Years” nos apresenta uma distopia próxima da nossa realidade que é ASSUSTADORAMENTE REAL. A série mostra toda a repressão de governos autoritários da extrema-direita e da extrema-esquerda enquanto aborda sobre homossexualidade, transexualidade e… transhumanismo (o futuro que é presente)! “Years and Years” é sobre crises econômicas, Fake News, a escolha voluntária pela ignorância, guerras, uma pandemia…
E isso sempre sem desviar do foco de como a tecnologia nos escraviza enquanto paradoxalmente nos ajuda. Não há mais como viver sem tecnologia e a série deixa isso bem claro.
Aposto que você lembrou de “Black Mirror” ao ler esta mini resenha, e sim leitor(a), há muito “Black Mirror” em “Years and Years”. Diria que é mais “Black Mirror” que “Black Mirror”. É muito “Years and Years.”
Vale acompanhar cada segundo dos 6 episódios a vida da família Lyons. Surpreender-se, emocionar-se, indignar-se, chocar-se e temer pelo nosso futuro.
Há ótimas atuações, uma montagem excelente para o passar dos anos, e diálogos memoráveis e reflexivos. Improvável assistir sem refletir sobre o nosso mundo e nós mesmos.
Então não é recomendada para pessoas otimistas, goodvibes, que esperam que o futuro seja belo e cor-de-rosa, pois não será. “Years and Years” é uma grande obra audiovisual de ficção especulativa que merece ser vista e refletida agora, depois e ao passar dos anos.
The Midnight Gospel (1ª Temporada)
4.5 455 Assista AgoraThe Midnight Gospel é uma animação adulta sobre as viagens de Clancy através de universos simulados onde ele procura alguém para entrevistar para o seu podcast, SpaceCast, pra ficar famoso. Um enredo simples, com uma animação lisérgica e psicodélica, muito colorida e acelerada. Uma viagem audiovisual.
O desenho, que tem dedo do criador de Hora de aventura, Pendetlon Ward, e do comediante Duncan, retrata sobre diversos assuntos sensíveis como uso de drogas para expandir a consciência, meditação, espiritualidade, religião, aprender a escutar o outro, e principalmente, a aceitação da Morte. A Morte está em todos os episódios.
TMG é um desenho pautado no diálogo, assim como um Podcast. E por sinal, os diálogos são o que mais importam aqui, pois são reflexivos, poderosos, marcantes, emocionantes e transformadores.
TMG é o tipo de arte que faz refletir por horas enquanto assiste e quando se termina os 8 episódios da Temporada 1.
Grata surpresa de 2020. Um desenho pra levar pra vida.
Fleabag (2ª Temporada)
4.7 888 Assista Agora"Flebag" (2016-2019) é uma série que foi terminada (ou seja, não será cancelada, tem final) de 2 temporadas, no total de 12 episódios; 6 episódios cada temporada de apenas uns 25 minutinhos do seu dia tão atarefado. Não que isso valha como argumento, mas a série tem 8,7 no IMBD, 100% da crítica no Rotten Tomatoes, 93% do público e nota 92 no Metacritc e 7.9 do público. Bons números, né?
Tá, mas sobre o que é essa Fleabag aí, cara? Você deve estar se perguntando. Eis a sinopse abaixo, curioso(a):
Sinopse: Phoebe é uma jovem adulta lidando com problemas quase universais sob o ponto de vista feminino: problemas de relacionamento, frustração sexual e profissional, conflitos familiares. Uma mulher moderna vivendo em Londres, ela está tentando curar uma ferida enquanto recusa ajuda daqueles à sua volta, mantendo seu perfil intimidante o mais intacto possível."
"Fleabag" é uma série divertida, um humor inteligente que não possui risada de platéia de fundo. Aborda vários assuntos do nosso "Zeitgeist": amor, machismo, feminismo, relacionamentos superfícies x tradicionais, tóxicos, sexo, sexualidade feminina, família, religião e muitos outros.
Tudo isso com uma protagonista inteligente, sarcástica e problemática lutando contra sua compulsão sexual para se aceitar enquanto indivíduo nessa nossa sociedade moderna e líquida.
O que "Fleabag" também tem de interessante é o uso da Quebra da Quarta Parede - muito bem utilizada - pela protagonista, nos fazendo cúmplice das peripécias desta.
Com um humor afiado (humor inglês, né?), irônico, a série conquista pelos personagens ricamente humanizados, falhos, identificáveis.
Em cada episódio somos apresentados a uma faceta da protagonista vivida brilhantemente pela (devorada de Emmys) Phoebe Waller-Bridge. Phoebe é o corpo, alma e coração da série. Atua, escreve e produz. Seu "timing" de humor é notável. A mulher brilha. Usa muito bem do humor físico, "deadpan", usa de tiradas sagazes e piadas certeiras. Assim como, claro, o bom roteiro conduzido por uma boa narrativa dinâmica e funcional.
Os episódios são curtinhos, todos bem redondinhos, recheados de situações divertidas e reflexivas. Te faz querer assistir mais e mais. Cuidado que vicia. Foi assim que maratonei todos os 12 episódios em horas para minha surpresa.
"Fleabag" é uma série para rir, refletir, se emocionar (talvez?) e perceber o quanto a modernidade molda quem somos, poderíamos ter sido e seremos.
Undone (1ª Temporada)
4.3 132 Assista Agora"Undone" (2019) é uma série que está disponível na Amazon Prime.
Se é da Amazon, logo não está na Netflix.
"Mas eu não tenho Amazon Prime, como eu assisto?"
Duas opções: faça a assinatura de 1 mês grátis ou aprenda a baixar.
No momento há somente 1 temporada com 8 episódios de 30 minutinhos cada. A série aparenta estar encerrada, mas talvez haja continuação.
É uma série pouco falada, o que é uma pena, apesar de ser de alta qualidade.
No Rotten Tomatoes ela tem 100% da crítica e 93% do público, no IMBD tá com 8,3 e no Metacritics tá com 86 da crítica e 8.4 do público. Ótimas notas.
E sobre o que é essa Undone aí?
Sinopse: Undone explora a natureza elástica da realidade através de Alma, a personagem principal. Após sofrer um acidente de carro que por pouco não tira sua vida, Alma descobre que possui controle sobre o tempo e usa essa habilidade para descobrir a verdade sobre a morte de seu pai.
É uma série de ficção que usa da técnica de rotoscopia nos atores (na qual os atores são gravados em vídeo e, em seguida, os animadores retraçam as imagens).
A série, dos criadores de Bojack Horseman, é basicamente carregada pela atuação da protagonista Alma vivida muito bem pela Rosa Salazar (que fez a Alita em "Alita, anjo de batalha"), com destaques para Jacob Winograd, vivido por Bob Odenkirk (que fez o Saul em "Breaking Bad" e "Better Call Saul").
Alma é uma personagem forte, teimosa, sarcástica que faz de tudo para lutar pelo que acredita. Ao descobrir sua habilidade de manejar o tempo, tenta de todas as formas salvar seu pai e convencer os outros que não está louca.
"Undone" aborda diversos assuntos como depressão, loucura, expectativas, ser adulto na sociedade, metafísica, entre outros.
Os episódios possuem ótimas linhas de diálogo, ritmo dinâmico, jamais sendo cansativo ou monótono, com a trama sempre avançando enquanto segredos são revelados e arcos de personagens fechados.
Há tensão, aventura, humor, mistério. Tudo isso atrelado a um roteiro funcional e engajante.
"Undone" usa bem de experimentalismo na direção para contar uma boa história sobre pai e filha. É divertida, inteligente, instigante, viciante. É aquela série pouco falada que merece mais reconhecimento. Muito mais.
Mr. Robot (4ª Temporada)
4.6 370_Hell0 Fr1end, Hell0 Fr1end.mov
Estou aqui pra contar a história do hacker depressivo antissocial anarquista
que queria mudar o mundo nestes 5 anos (2015 – 2019), Elliot Alderson e seu
companheiro inseparável, Mr. Robot.
Em agosto de 2015, comecei a assistir aleatoriamente uma série sobre
hackers em uma procura por novas séries daquele ano. Entre várias,
encontrei uma de nome curioso, uma tal de "Mr. Robot" que havia estreado
em junho. Nunca tinha ouvido falar. Ninguém do meu ciclo de amigos
conhecia, mesmo assim eu resolvi assistir ao episódio piloto porque carecia
de uma nova Lost e uma nova Breaking Bad na minha vida. Uma decisão
arriscada (pois poderia ser um honeypot televisivo), mas provou-se acertada,
visto que a série era um antivírus para minha carência de seriados.
Nos 10 minutos iniciais da série, eu já fui capturado pela premissa e já me
apaixonei pelo protagonista Elliot Alderson. Um rapaz que trabalhava em
uma empresa de segurança de dia e um vigilante hacker à noite.
Personagem complexo: solitário, depressivo, viciado em morfina e com o
desejo de salvar o mundo do topo dos 1% dos 1% que brincam de Deus sem
permissão e controlam o mundo.
Eu me afeiçoei rapidamente ao enredo e ao personagem que, quebrava a 4ª
parede e nos chamava de amigo.
A série sobre hackers, escrita e dirigida pelo magnífico Sam Esmail
seduziu-me como uma malware por seus diálogos memoráveis, discussões
politico/filosóficas, seus ganchos e reviravoltas, além, claro, de personagens
bens construídos e tridimensionais. Poderia também citar sua bela fotografia,
sua ótima direção, sua trilha sonora cativante, ótimas atuações com atores
bem escolhidos para os papéis que interpretavam.
Naquele dia eu percebi que aquela série estaria no meu top séries da vida.
Já estava mais viciado que o Elliot por morfina. Aquela série tinha algo de
especial não só pelo estilo peculiar, mas pela sua escolha de narrativa
audiovisual. Sam Esmail era ousado em sua forma de contar uma história,
fazia arte como poucos.
Com todas as referências à Cultura Hacker, filmes como Matrix, Clube da
Luta, Psicopata Americano e outras milhares de referências que não
caberiam aqui, Mr. Robot tornava-se uma experiência única ao
telespectador. Ganhando, inclusive – e merecidamente –, um Globo de ouro
de melhor série dramática em 2016; porém devido ao hiato entre temporadas
(pela qualidade exigida por Sam Esmail) acabou sendo esquecida pelo
grande público, caindo no ostracismo, mas jamais pelos fãs como eu que
admiravam a série.
Com o passar das temporadas, Mr. Robot com sua trama inteligente, soturna,
enigmática me fez vibrar, emocionar, refletir, sentir admiração e inveja de
Sam Esmail e por vezes pensar: “Por que não pensei nisso antes?”.
Mr. Robot é uma série que acompanho de 2015, uma das melhores séries que
já assisti na vida, que terminou ontem, dia 22/12/19 com seu episódio
especial duplo na quarta temporada, o episódio de número 13, totalizando
45 episódios divididos por temporadas (temporada 1 com 10, temporada 2
com 12, temporada 3 com 10, temporada 4 com 13, ou 12, se considerar o
episódio dividido como um só).
Uma série que jamais esquecerei. Que sempre admirarei, me inspirarei e
sentirei saudades. Saudades da Fsociety, Dark Army, White Rose, Price,
Dom, Leon, Krista, Tyrell, Darlene, Angela, Mr. Robot, Elliot Alderson…
Obrigado, amigo Sam Esmail, por ter criado esta série, por nos proporcionar
entretenimento inteligente e de qualidade. Parabenizo a todos os atores,
roteiristas, toda a equipe responsável por essa obra-prima da TV, um clássico
moderno que ressoará no tempo. O Um entre mu1tos zer0s. Sei que você
jamais lerá isso, friend, mas, mesmo assim, te agradeço. Domo Arigatou, Mr.
Roboto.
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O Segredo Além do Jardim
4.7 222 Assista Agora“Não se fazem mais desenhos bons como antigamente.” Um mantra repetido a exaustão. A grande verdade é que não se procura sobre as pérolas das animações que estão apenas esperando para serem assistidas. O Segredo Além do Jardim (Over The Garden Wall, 2014) é um desses desenhos que você deve assistir e admitir que há muita coisa boa sendo feita e que pode estar perdendo apenas por não procurar. Assim como Gravity Falls, O Segredo Além do Jardim vale cada segundo empregado para assisti-lo.
O Segredo Além do Jardim é uma minissérie de 10 episódios que foi exibida no Cartoon Network cuja maioria dos episódios têm cerca de 11 minutos, que passam tão rápido que mal se percebe o tanto de história que foi contada ali. A trama da animação é sobre dois irmãos, Wirt (dublado por Elijah Wood) e Greg (Collin Dean) que se perderam na misteriosa floresta chamada de “O Desconhecido” (The Unknown).
A animação tem um clima de fantasia estilo conto de fadas dos irmãos Grimm pautada no realismo fantástico e surrealismo e outros clássicos europeus que com certeza inspiraram a obra assim como a obra literária A Divina Comédia (Divina Commedia, 1304) de Dante Alighieri e seus simbolismos, suspense e mistério na medida certa e pitadas de um humor leve.
UMA ANIMAÇÃO SINGULAR E ENCANTADORA
O que torna O Segredo Além do Jardim especial é sua animação de qualidade que se mantém em todos os episódios. Com cores vivas e fortes, a paleta de cores é de encher os olhos. Nos momentos de mistério e melancolia a paleta de cores traz uma rima narrativa com as tonalidade de cores frias, enquanto nos momentos mais alegres e cômicos, as cores quentes predominam. E não posso jamais esquecer de citar a bela trilha sonora que desde os créditos iniciais arrebata os corações com belas e características melodias Folk, Jazz, Canto Lírico e canções de raízes americanas. Um show a parte! As músicas são deliciosas de se ouvir, e quando se percebe já se está cantarolando e assoviando as canções.
Ao iniciar da jornada, nos créditos de abertura, uma bela canção tema Into The Unknown cantada pelo simpático sapo (Jack Jones) e sendo executada por ele ao piano já demonstra o clima lírico e épico de fábulas que está por vir . O prelúdio de um desenho inesquecível. Uma trama fechada como um bom livro de contos de fadas.
“Guiados pela névoa
sob a luz suave da lua
tudo o que foi perdido é revelado
nossos longos fardos pesados
meros ecos da Primavera
mas de onde viemos
e onde vamos parar?
se os sonhos não podem se tornar realidade
então porque não fingir?
oh, como o vento suave
acena em meio às folhas
enquanto as cores do outono caem
dançado em um redemoinho
de memórias de ouro
as mais belas mentiras de todas
as mais belas mentiras de todas”
A produção de O Segredo Além do Jardim começou em 2013 com o episódio piloto “Tome of the Unknown: Harvest Melody” do criador Patrick McHale, que anteriormente trabalhou em As Trapalhadas de Flapjack (The Marvelous Misadventures of Flapjack , 2008) e Hora de aventura (Adventure Time, 2010).
Após o sucesso do piloto, Patrick McHale recebeu o prêmio Bruce Corwin de melhor curta-metragem de animação. Em 2013 recebeu uma menção honrosa no Festival Internacional de Animação de Ottawa. Em novembro do ano seguinte “The Old Grist Mill”, o primeiro episódio foi ao ar.
O QUE FAZ O SEGREDO ALÉM DO JARDIM MEMORÁVEL?
Os episódios são focados nos diferentes irmãos: Wirt, o mais velho, é sério, inseguro e tenta ser a todo tempo responsável. Wirt gosta de poesia e tocar clarinete. Já seu irmão menor, Greg, é um menino doce, imaginativo, despreocupado e brincalhão, que anda por todo lado com seu sapo, onde busca em todos os episódios nomeá-lo.
Nos 10 episódios da minissérie, os irmãos lidam com diversos dilemas, passam por uma escola de animais, uma taberna, conhecem diversos personagens excêntricos como um velho homem rico que busca encontrar uma mulher fantasma que ronda sua casa, um grupo de abóboras falantes, uma banda de sapos, uma velha assustadora que vive em uma cabana isolada, e claro, o vilão da história, a Besta! Tudo isso na companhia de Beatrice, a passarinha azul mais simpática e direta nas falas da Cultura Pop. Além, é claro, de se conhecerem mais intimamente e se ajudarem a lidar com o perigo do Desconhecido. Uma grande jornada de autoconhecimento com muitos subtextos, referências literárias e com uma sensibilidade ímpar para desenhos do gênero.
O Segredo Além do Jardim é belo porque nos faz voltar à magia da infância com todos mistérios, fantasia e aventura. Com um simples traço da animação, que por vezes lembra uma pintura a óleo, com os enquadramentos as canções gostosas de ouvir que embalam os capítulos, consegue ser profundo em seus curtos episódios sem ser piegas. Um mergulho no assombroso e puro mundo da fantasia dos livros em audiovisual.
Uma joia rara da animação dos anos 2000 para cá. A prova que há muita arte, muita coisa boa por aí, basta que esteja disposto a procurar.
Fato concreto (Rock fact): O Segredo Além do Jardim é maravilhoso. Assista e não se arrependerá de adentrar O Desconhecido.
True Detective (1ª Temporada)
4.7 1,6K Assista AgoraAnos passaram após o fim de Lost e eu pensei: "Será que surgirão outras séries tão boas e instigantes?", eis que depois de um tempo sou apresentando a Game of Thrones, que gostei, mas não me tornei fã, então, depois descobri minha segunda série favorita: Breaking Bad, e após o término de Breaking Bad comecei a acompanhar Homeland, que parei no início da 2ª temporada (e ei de voltar, pois é uma boa série que merece) e então, sem nada pra fazer, lembro-me de uma série com uma premissa interessante de drama policial, um tipo de Seven pra TV: True Detective. Uma série policial bem instigante, dramática, intensa, filosófica com atuações monstruosas de Matthew McConaughey ( principalmente) e Woody Harrelson. Que roubam a cena e destacam-se, fazem a série ser o que é.
True Detective tem o selo HBO de qualidade. Alta qualidade visual. Que com apenas 8 episódios dessa antologia de uma hora fizeram uma série com roteiro bem amarrado, sem pressa e sem episódios fillers pra durar mais temporadas e convincente. True Detective mais parece um filme de suspense dividido em 8 partes.
Uma série inteligente e muito boa para quem curte o estilo.
Black Mirror (1ª Temporada)
4.4 1,3K Assista Agora"Black Mirror" é uma série bem real apesar de apresentar futuros distópicos. Real no sentido que estamos caminhando para esse sombrio futuro tecnológico que a antologia desses 7 episódios, 3 da primeira e segunda temporadas e o seu especial de Natal abordam.
A série britânica aborda em seus episódios fechados (cada um uma história diferente) tramas de humor negro e críticas ácidas e à sociedade, algumas diretas outras mais indiretas e alguns sub textos que trazem reflexão do espectador de imediato como o consumismo, (uso/ mal uso/ dependência da) tecnologia, ( falta de) interação social, banalização da violência, política, culto à celebridades e ao ridículo, entre outras coisas relevantes no cenário contemporâneo.
Uma série com toques de ficção cientifica/ suspense/ drama como "Além da imaginação" e " Night Visions", duas ótimas que seguiam esse estilo de antologias. O diferencial de "Black Mirror" é que soa atual, mais científica e menos sobrenatural. A realidade é mais obscura que o que misticismo e isso é o que assusta. A tecnologia está presente em todos episódios, entretanto de forma diferente. Os episódios fogem das narrativas clichês e, na maioria da vezes, conseguem surpreender e fazer refletir sobre o assunto abordado.
Mais do que qualquer vilão de filme de terror a série mostra que não há maior vilão que nós mesmos e que o que fazemos com nossas próprias invenções.
Charlie Brooker, o criador da série, em uma entrevista ao jornal inglês The Guardian, disse: “Se a tecnologia é uma droga – e parece ser uma droga – então quais são os efeitos colaterais?"
Westworld (1ª Temporada)
4.5 1,3KAcorde! Você que está lendo, acorde. Você está dentro de um sonho. Dentro de uma narrativa que Mark Zuckerberg criou pra você. E nessa narrativa você pode ser quem quiser, usar a personalidade que quiser, você é um anfitrião nesse parque de FacebookWorld...
Westworld é uma das coisas boas de 2016. WestWorld não está na Netflix, mas sim na HBO com a difícil tarefa de substituir Game of Thrones em seu horário. E com certeza cumpriu bem.
O roteiro, a fotografia, atuações, trilha sonora, Plotwists são todos impecáveis e a narrativa é bem amarrada. E o que falar da atuação de Anthony Fucking Hopkins? O cara brilha a cada aparição.
Um seriado que tem ótimos questionamentos filosóficos, bons personagens, tramas interessantes e que em seus 10 episódios com uma Season Finale sensacional.
Com toda certeza, entrará pro Hall das séries de qualidade.
Bem-vindos ao parque! E que venha a segunda temporada em 2018!
Mr. Robot (1ª Temporada)
4.5 1,0KEi, você que está lendo! Você mesmo amigo! Você é real? Pense numa série foda. Então, Mr Robot é ela. Se você procura uma série inteligente cheia de suspense e teorias, achou. Já chegou em 2015 chutando bundas. Uma série onde as metáforas de cada episódio são construídas de forma significativa, usando da analogia cibernética para dramas corriqueiros e existencialistas. A tecnologia é apenas uma forma dos seres humanos e isolarem se compartilharem suas angustias e mostrarem através das redes sociais a vida que gostariam de ter através de fotos felizes, contudo demonstram muito de sua ignorancia através de comentários preconceituosos disfarçados de opinião. Não há debates, há verdades unilaterais. Será que somos quem realmente mostramos ser nas redes socais? O que as pessoas escondem? Quem queremos ser e quem somos?
Uma série tensa, com dramas e reflexões universais como solidão, loucura, revolução, que usa da quebra da quarta parede, ótimas sacadas,desenvolvendo bem sensação de vazio e pertencimento na sociedade aos olhos de um hacker. Tudo isso com um protagonista carismático, introspectivo, quase misantropo e esquisito, Elliot Anderson.
Uma produção que não está na Netflix nem na HBO mas é uma das melhores séries que teve início nesse ano, sem dúvidas! Mr Robot não tem episódio chato, não tem enrolação, a história, envolve e te faz questionar e desde os primeiros minutos de sua exibição já te deixa grudado na tela de seu computador, TV ou Smartphone esperando por uma história de alto nível, my friend.
" Nossa democracia foi hackeada"
Mr. Pickles (1ª Temporada)
4.3 109 Assista AgoraPara quem acha que “Os Simpsons”, “Family Guy” e “South Park” são desenhos para adultos que já foram longe demais nas piadas e questionamentos, com certeza não assistiram a polêmica animação do Adult Swim chamada “Mr Pickles”, uma comédia obscura.
A animação possui em sua primeira temporada 10 episódios, cada um com seus 11 minutos. Com uma abertura em ritmo de Black Metal, Mr Pickles mostra a que veio. Entre os temas polêmicos da animação, são abordados satanismo, pedofilia, necrofilia, sadomasoquismo, violência gratuita, entre outros tabus da sociedade. Não recomendável para pessoas religiosas e menores de 18 anos.
Mr Pickles é uma animação criada pela dupla Will Carsola & Dave Stewart.
Se gosta de humor negro, ácido, com pegadas hardcore, Mr Pickles é o que estava faltando na sua coleção.
Banshee (1ª Temporada)
4.2 166 Assista AgoraBanshee pode ser resumida com a frase:“Tiro, porrada e bomba!”
A história de Banshee é cheia de ótimos personagens, diálogos, ação, aventura, boas tiradas – um pipocão para ninguém botar defeito! Tudo muito bem produzido a nível cinematográfico. A cada abertura novos elementos da história são sutilmente apresentados e se estiver assistindo, não tire a série depois dos créditos, pois sempre há um cena pós-créditos que introduz elementos importantes a episódios futuros.
Do mesmo roteirista de True Blood, é extremamente dinâmica e não se perde em nenhum episódio! Adrenalina pura! Frenética! Incrível como ela vicia. Sempre tudo pode ser resolvido com porrada, sexo e muito sangue. Lucas Hood enfrenta desde fanáticos religiosos holandeses, índios donos de cassino, mafiosos ucranianos, estupradores, neonazistas e pessoas do seu passado como ladrão, onde sua história é contada por ótimos flashbacks.
O roteiro apesar de simples, é bem contado e envolvente. Uma série que deve estar na lista de qualquer seriemaníaco. Impossível se entendiar com as aventuras de Lucas Hood na cidadezinha de Banshee.
Mr. Robot (1ª Temporada)
4.5 1,0KEi, você que está lendo! Você mesmo amigo! Você é real? Pense numa série foda. Então, Mr Robot é ela. Se você procura uma série inteligente cheia de suspense e teorias, achou. Já chegou em 2015 chutando bundas. Uma série onde as metáforas de cada episódio são construídas de forma significativa, usando da analogia cibernética para dramas corriqueiros e existencialistas. A tecnologia é apenas uma forma dos seres humanos e isolarem se compartilharem suas angustias e mostrarem através das redes sociais a vida que gostariam de ter através de fotos felizes, contudo demonstram muito de sua ignorância através de comentários preconceituosos disfarçados de opinião. Não há debates, há verdades unilaterais. Será que somos quem realmente mostramos ser nas redes socais? O que as pessoas escondem? Quem queremos ser e quem somos?
Uma série tensa, com dramas e reflexões universais como solidão, loucura, revolução, que usa da quebra da quarta parede, ótimas sacadas,desenvolvendo bem sensação de vazio e pertencimento na sociedade aos olhos de um hacker. Tudo isso com um protagonista carismático, introspectivo, quase misantropo e esquisito, Elliot Anderson.
Uma produção que não está na Netflix nem na HBO mas é uma das melhores séries que teve no ano de 2015 , sem dúvidas! Mr Robot não tem episódio chato, não tem enrolação, a história, envolve e te faz questionar e desde os primeiros minutos de sua exibição já te deixa grudado na tela de seu computador, TV ou Smartphone esperando por uma história de alto nível, my friend.
" Nossa democracia foi hackeada"
Black Mirror (2ª Temporada)
4.4 753 Assista Agora"Black Mirror" é uma série bem real apesar de apresentar futuros distópicos. Real no sentido que estamos caminhando para esse sombrio futuro tecnológico que a antologia desses 7 episódios, 3 da primeira e segunda temporadas e o seu especial de Natal abordam.
A série britânica aborda em seus episódios fechados (cada um uma história diferente) tramas de humor negro e críticas ácidas e à sociedade, algumas diretas outras mais indiretas e alguns sub textos que trazem reflexão do espectador de imediato como o consumismo, (uso/ mal uso/ dependência da) tecnologia, ( falta de) interação social, banalização da violência, política, culto à celebridades e ao ridículo, entre outras coisas relevantes no cenário contemporâneo.
Uma série com toques de ficção cientifica/ suspense/ drama como "Além da imaginação" e " Night Visions", duas ótimas que seguiam esse estilo de antologias. O diferencial de "Black Mirror" é que soa atual, mais científica e menos sobrenatural. A realidade é mais obscura que o que misticismo e isso é o que assusta. A tecnologia está presente em todos episódios, entretanto de forma diferente. Os episódios fogem das narrativas clichês e, na maioria da vezes, conseguem surpreender e fazer refletir sobre o assunto abordado.
Mais do que qualquer vilão de filme de terror a série mostra que não há maior vilão que nós mesmos e que o que fazemos com nossas próprias invenções.
Charlie Brooker, o criador da série, em uma entrevista ao jornal inglês The Guardian, disse: “Se a tecnologia é uma droga – e parece ser uma droga – então quais são os efeitos colaterais?""
Cosmos: Uma Odisséia No Espaço Tempo
4.8 344Muito bom o piloto. ;)
O Negócio (1ª Temporada)
4.2 162 Assista AgoraNesses 13 episódios a série se saiu muito bem! Uma ótima série nacional, e no geral. O erotismo das atrizes em cena— todas belas— e sua atuação convencem bem. Luna e Magali as falsas magras, e Karin representante das gostosonas. Nenhum episódio foi desinteressante ou dispensável, todos foram bons. Karin, Luna e Magali são um ótimo trio de protagonistas, cheia de defeitos, não estereotipadas e idiossincráticas. Assim como o Ariel, que é um bom antagonista. Destaque para o Oscar, ao meu ver, um dos melhores personagens pelo que acontece com ele. Boa sacada do roteirista.
Só senti falta de um pouco mais de ousadia da série, apesar do roteiro ser bem escrito e a série bem dirigida com o estado de São Paulo sendo bem colocado na ambientação para que conheçamos a elite da sociedade e a influência do mundo da prostituição direta e indiretamente nela, ainda está um pouco 'conservador' visto que é uma série sobre o uso do Marketing no sexo. Então eu esperava que houvesse menos tabus, que mais do sexo fosse abordado, como homens que pagam garotas de programa para fazerem orgias, algo que falasse sobre sexo anal, fetiches e parafilias, e toda pluralidade sexual que há nesse meio.
A série terminou bem, dando um gancho legal pra próxima temporada.
Espero que na 2ª temporada, a qual aguardo com muita ansiedade abordem mais temas polêmicos e que a qualidade se mantenha.
E que venha a 2ª temporada que a Oceano Azul está me inundando de bom entretenimento. ;)
Breaking Bad (5ª Temporada)
4.8 3,0K Assista AgoraUmas das melhores séries, senão a melhor que tive o prazer de acompanhar em minha curta existência devido a seu conteúdo, sua narrativa, fotografia, qualidade técnica, poucos furos de roteiro, seu drama, sua intensidade, sua dualidade.
Breaking Bad com suas 5 temporadas conseguiu se tornar uma série fantástica com episódios memoráveis. Personagens que “tacam o foda-se/chutam o balde” contra as adversidades da vida. Representado muito bem pelo querido protagonista Walter White interpretado brilhantemente por Bryan Cranston que conduz a série indiscutivelmente e é o elemento principal nessa cadeia de ligações químicas.
Uma série que lentamente vai te viciando como metanfetamina. Cujo um grande amigo me indicou, apresentando-me este ótimo produto, que de início eu não levei muito fé, mas depois de um tempo que experimentei queria que todos amigos “usassem” comigo. Realmente é da boa, Bitch!
Breaking Bad é uma série que fala de drogas sem fazer apologias, que mostra a podridão humana, que fala de transformações, de escolhas, de confianças, perdas e do ser humano nos seus limites.
Aprendi com Walter White tudo que um homem pode fazer em prol da família, independente do quão amoral possa ser.
Aprendi com Jesse Pinkman e seus “bitchs” que não devemos perder nossa humanidade mesmo nas nossas más escolhas.
Aprendi com Hank a lutar pelos seus objetivos e ir até o fim naquilo em que se acredita.
Aprendi com a Skyler sobre honestidade, lealdade e principalmente sobre amar acima de tudo, mesmo que todos possam estar contra você.
Personagens de várias cores e tons. Série de situações divertidas, imprevisíveis, reflexivas, de uma realidade cruel.
Breaking Bad fez a todos os seus admiradores sentirem-se em todos os episódios “Breaking Good”.
Uma série que nunca esquecerei e com certeza a Cultura Pop também não. Que estará marcada pra sempre na minha memória e na memória de outros que o “traficante” Vince Gilligan viciou. Albuquerque era minha casa, Pollos Hermanos minha lanchonete.
Obrigado, Breaking Bad por ser uma excelente série. Obrigado, AMC por ter acreditado no potencial dela. A todos os atores que representaram ótimos papéis, a toda trilha sonora marcante, a todas as frases que ficarão e principalmente a química que rolou entre nós.
Alguns estão “Breaking Sad” por ela ter acabado, mas eu estou feliz por ela ter começado.
Breaking Bad não terminou, seu legado continuará, e se vocês tiverem problemas pra se recuperar da depressão pós-Breaking Bad, Saul Goodman poderá resolver.
Better Call Saul!
#GoobyeBreakingBad
Fullmetal Alchemist: Brotherhood
4.7 391Full Metal Alchemist Brotherhood é um excelente anime Com partes cômicas e dramáticas bem equilibradas e com bastante tensão. Além da complexidade da trama, com seus avanços e revelações.
O Anime tem excelentes protagonistas que o espectador torce e se apega para que recuperem seus corpos. Ed e Al são muito carismáticos. O amor de irmãos dos dois é muito convincente. Os secundários como Mustang, Hughes, Armstrong, Izumi, May, Ling, Scar, como antagonista e Hoheiheim, como personagem chave, são ótimos, bem diferenciados, únicos e marcantes. Os homunculus são grande vilões, cada um com sua característica marcante, princialmente, Greed, meu favorito deles. Assim como o "pai" que é um grande vilão. Full Metal consegue ter a combinação perfeita de personagens bons ( são muitos! E a maioria é muito interessenta! dava pra ter muitos spin-offs) e enredo. Além de uma ótima trilha sonora do anime e a bela animação. As coregrafias de luta são espetaculares assim como os efeitos visuais da alquimia.
Um dos meus animes favoritos que me marcou bastante. Recomendado a todos. Com certeza memorável.
É a lei da troca equivalente: ao assistir prepare para dar boas risadas, se entreter, se emocionar, refletir e pertencer a Amestris, Ishval, Xing. ;)
Contos do Edgar (1ª Temporada)
3.8 69Bem legal as releituras dos contos de Edgar Allan Poe para a modernidade paulistana. Bem ousada a aposta para uma produção nacional. Curti, apesar de alguns atuações um pouco comprometidas, contudo as histórias são legais e conseguiram me prender nestes 5 capítulos. O clima de suspense é bem legal, apesar das histórias serem ao meu, mesmo para quem não leu os contos previsíveis. E caso tenha lido o conto, torna-se ainda mais interessante.
Espero que venham mais séries nacionais como essas. Uma boa proposta. ;)
Recomendo para quem curte Edgar Allan Poe ( dã) e para quem curte histórias do gênero. ;)
Smallville: As Aventuras do Superboy (1ª Temporada)
3.9 256 Assista AgoraPelo que me lembro, o início era bem maneiro.