Uma "dramédia" afiada, bem escrita no humor, na construção de seus personagens e na forma crítica que discute como a cultura afro-anericana é trabalhada e principalmente consumida pelos estadunidenses.Onde fica clara a predileção, por consumirem apenas um pequeno aspecto dessa cultura. Apenas quando ela é pausterizada, colocada de forma servil, e estereotipada. E a luta de "Monk" é demonstrar esse outro aspecto, mas suas ações em prol disso são minimizadas e colocadas em lugar comum. Òtima atuação de Jefrey Wright que consegue colocar todos os aspectos de uma dificil e ironica personalidade, cansada de se curvar ao que o mercantilismo midiatico á respeito da cultura afro procura. E também se desdobrando no cuidado com uma retalhada e disfuncional familia, cercada de segredos e ressentimentos. Filme competente e agil nos assuntos abordados. E que nos faz pensar o quanto representatividade é importante, pra não ficarmos presos em uma superficie bem rasa ao tratar de etnia e cultura, que por muito tempo é estereotipada e negligenciada. Filmaço.
Muito bonito, "bittersweet", algo próximo do real, do romance real, sem se prender a cliches, é a vida real, com escolhas reais. Tratado com maturidade, sutileza e alguma melancolia. Gostei, porque parece algo próximo da gente, experiencias parecidas com as nossas, vividas, vivenciadas, em menor ou maior grau.
È dificil entender o que o fã da Marvel espera dos filmes após os eventos de "Guerra Infinita" e "Ultimato". O que viria depois seriam esses filmes pra meio que preparar o publico pra coisas maiores que viessem depois, em conjunto com as series do serviço de stream. E acho que esse cumpre seu papel. divertido rapido, uma história de encontros e reencontros forçados onde cada protagonista tem sua importancia, seu momento e dentro disso constrói uma qumica legitima onde cada uma demonstra seu talento e carisma. Brie Larson, aqui consegue essa construção mais afinada de sua Capitã/ Carol com suas agruras e fardos a serem carregados, na sua falta, seja com suas obrigações como heroína humana e falha ou seja como uma membro ausente de uma familia falha. Seus momentos com Monica (Teynoah Parris, perfeita) trazem essa culpa e o não saber como agir. Gosto muito de Iman Vilani como Ms. Marvel o olhar infantil e de idolatria pra sua heroína e idolo. O deslumbre dela em estar em contato com Carol e Fury são bem divertidos.Mas que é bem aquele ditado : nunca conheça seus heróis. Apesar de todo "Hate" acho que o filme se sustenta sobre a concentração desse trío, que pra mim funciona muito bem nos momentos comicos e nonsense, assim como onde ha a necessidade de um certo drama. Me divertiu, acho que da pra fazer melhor, assim com em outras produções da Marvel mas não é terra arrasada. È um caminho a ser pavimentado, pra coisas maiores que vem por aí.
Ahsoka conseguiu, assim como "o Mandaloriano" antes, ser mais competente, inspirado emocional e divertido do que essa ultima enfadonha trilogia de "Star Wars" no cinema. Motivos..acho que são os mesmos : personagens mais ricos e cativantes, história solida que busca o novo, mas referencia com maestria o que ja foi feito. Seja na trilogia antiga de George Lucas, ou nas animações de onde os personagens vieram. E aqui algo mais positivo é perceber a força desses persoangens que talvez pra velha guarda de fã seja colocado em segundo plano, mas que tem sua força e profundidade não devendo nada a mitologia e personagens antigos e cânones a mais tempo. O elenco ta perfeito Rosario Dawson é Ahsoka, na ferocidade das batalhas, na calma e tranqulidade ao falar, na sabedoria auspiciosa, de uma Jedi remanescente, uma Ronin. A novata Natasha Liu Bordizzo, perfeita também na rebelde e geniosa Sabine um contraponto a Ahsoka que enxerga em sua relação com ela, os mesmo desafios e dilemas em sua relação com seu antigo mestre Anakin. A série consegue ser nostalgica, abraçando fãs antigos, soa como um agradecimento aos fãs das animações que por muitos (inclusive eu) foram deixadas de lado e soa original e unica demonstrando o caminho a ser seguido no futuro. Referenciando e homenageando o passado, mas sem deixar de criar novas histórias com personagens profundos e carismaticos. Ray Stevenson (Baylan Skoll) esta orgulhoso, la de uma galaxia, bem bem distante.
Acho que o maior mérito do filme é tratar de assuntos tão sérios e atuais com leveza, sarcasmo e muita comédia, boa comédia aliás. Isso tem a ver com a dupla que escreve o roteiro (Noah Baumbach e a tbm diretora Greta Gerwig) numa escrita rapida, cheia de situações e referencias, misturando critica social com tiradas ótimas, que faz que qualquer menção preguiçosa a um panfletrarismo e a um "lacre" seja rechaçada com uma piada boa e o carisma do talentoso elenco. O filme diverte, é imersivo e fantasioso, lembra "Toy Story," "Show de Truman", mas se apoia em sua própria história e no elenco afiado e talentoso que transmite a fantasia e ao mesmo a veracidade permitida num filme que trata de algo como "uma crise existencial em bonecos" . Há a critica ao consumismo, ao patriarcado, ao "men's world". Há o clichê premeditado de situações, onde talvez o masculino se sinta ofendido, por ver suas proprias atitudes enraizadas, perpetradas. Mas o que fica, e o que realmente importa são as mensagens de aceitação, de reconhecer a si mesmo, da importancia de ser vc, sem a necessidade de uma objetificação e de se afirmar através dos outros. O filme mesmo sendo leve e divertido nos faz pensar e nos identificar como seres unicos e importantes, dentro da nossa própria "barbielândia".
Um retrato bem contundente do meio da década de 90, com seus estilos, cultura pop efervescente, musica e também escândalos. Quando a internet ainda engatinhava a revelação da fita de Pamela cai como uma bomba na carreira em ascensão da modelo/atriz que já queria alçar voos maiores do que "Baywatch". Já pra Tommy foi uma publicidade negativa pra já fadada ao fim, carreira com seu Motleycrue, o ostracismo era questão de tempo. A qualidade da atuação de Lilly james como Pam, é bem nítida e rica, acredito que foi desafiador, fisica e emocionalmente e ela tem desempenho louvável, transmitindo com exatidão toda amargura, magoa e tristeza de ver algo intimo levado a publico da maneira mais nojenta e covarde. Conseguiu uma atuação soberba ao encarar esse "Man's world" com sensatez e inteligência coisa que Tommy Lee não tinha nem de longe. Stan também perfeito. A série joga luz sobre vários aspectos da história e a situa de forma muito competente, dando voz a Pamela e a sua luta de se manter integra em um momento onde ela era apenas vista como um objeto. A visão da série da voz e redenção a essa mulher que sempre foi tratada como objeto de desejo, mas que antes de tudo era uma mulher linda, talentosa doce e carinhosa.
O fechamento perfeito dessa trilogia, desse arco muito bem construído por James Gunn. Um grupo de heróis quase obscuro da Marvel, que com carisma de personagens e elenco, e com histórias simples e bem amarradas encantou o publico, aqui fechando com chave de ouro nesse terceiro filme. Emocional e emocionante, aqui percebemos toda uma linha de construção do personagem Rocket, os "porques" de ele ser e agir assim, pistas e diálogos colocados nos dois primeiros filmes, soam tão verdadeiros e significativos aqui , que nos fazem querer rever aqueles dois ótimos filmes. Outra personagem que teve uma construção muito rica foi Nebula, há um cuidado, todo um tom de Karen Gillan num trabalho primoroso. O filme salta aos olhos na beleza, na trilha sonora sempre um show a parte e na interação da equipe, aqui mais experiente, mas não menos maluca. Essas histórias contadas com esmero por James Gunn nos deixara saudades e só tenho q desejar toda sorte do mundo a ele nessa sua nova fase profissional. Quanto aos guardiões fica minha vontade de como Rocket voar com eles mais uma vez " No céu azul, belo e infinito."
Talvez esse filme fale com pessoas de forma diferente, a história foge do linear comum, remonta de uma maneira ao mesmo tempo simples e continua, mas também funciona como memorias escolhidas, pinceladas de Sophie sobre seu convívio com seu pai Calum em uma férias qdo ela ainda era uma pré adolescente. E tinha no jovem pai afoito com a necessidade de agradar uma visão não completa do relacionamento que eles tinham ou que ela gostaria que tivessem. O modo que é construído nos faz presenciar a delicadeza dessa relação pai e filha permeada de situações tocantes e bem singelas. Com outras carregadas de melancolismo e contemplação triste. Difícil distinguir o sentimento predominante em todo o filme, mas ele deixa claro que é importante valorizar o que temos. Os momentos com as pessoas que nos são importantes e perceber as pequenas nuances e sinais de que nem tudo é o que parece.
O filme é provocador, ferino, instigante. com um humor negro, e corrosivo, permeado de sátiras e de momentos bem vergonha alheia. Há critica social, as vezes rebuscadas e simples outras carregadas de significados bem colocados. Lutas de classes, questionamentos sobre direitos iguais (Alô Caio Castro !) o filme por mais de suas 2hs expõe feridas que incomodam, questionam o momento, jogando luz para questões que deviam estar no passado. Parece que nenhuma fala, nenhuma cena filmada pelo excelente diretor Ruben Östlund, é em vão. E o elenco prima pela entrega. O filme de forma até meio caricatural critica o "way of life" dos mais abastados, fazendo graça e piada de suas inabilidades, quando o dinheiro já não é tão importante. Ótimo filme que dentro do que se propõe inova e questiona, não de maneira sisuda e piegas, mas sim com bom humor, mas tbm de maneira aguda, amarga e provocativa.
Acho que colocar a série apenas no nicho de melhor adaptação de jogos para séries é muito pouco, quando na verdade ela tem excelência em ambientação pós apocalipse e nesse gênero de zumbis, e mesmo quando na verdade pelo menos até agora eles não foram o principal mal a ser combatido. E a série por mais de um episódio deixava claro que o mal do homem é o próprio homem . O jogo é excelente, e a reconstituição de passagens dele é um deleite para os fãs, mas a série demonstrou sua força e riqueza ao se distanciar dele, ao se colocar sobre novas e/outras histórias. No aspecto da humanidade dos personagens, nas suas personalidades, algo que o jogo apenas acena, mas aqui há uma construção rica, muito bem feita principalmente pelo acerto do elenco principal e seus dois atores principais, que primam pela química entrega e atuações totalmente emocionais. Uma primeira temperada madura, visceral, que cumpre o prometido, respeita o que foi feitos nos jogos e expande a visão pra outra mídia de forma rica e inclusiva sob vários aspectos.
Acho que a inovação, a personalidade, e a criatividade do filme ta na ousadia e na inovação de trazer um drama comum, familiar revestido numa caótica epopéia de ficção cientifica misturando as acrobacias das artes marciais e a nonsense de desenhos animados. Porque se você dissecar o filme sem todas essas alegorias trata-se de um drama familiar que poderia apenas soar mais do mesmo, batido e piegas, mas com a rapidez e inventividade do roteiro ele se torna atraente, instigante, vívido. Muito se apoiando no primor de atuações de seu elenco principal. Muito aqui concentrado no trio principal do núcleo familiar. E claro a Jamie Lee Curtis, despida de qualquer vaidade, mas em uma atuação que há muito não se via dela. O filme pode afastar aquele não aberto a essa questão de multiverso e na história que ás vezes não soa tão linear. Mas mais uma vez, visto apenas como história, é sobre recomeçar, valorizar e curtir o caminho e sobre aquela velha e simples pergunta : e se?
Achei um bom filme dentro da já consolidada carreira de Shyamalan. Talvez um pouco abaixo de "Fragmentado", mas muito melhor do que "old". Aqui ele cria um ambiente claustrofóbico, inquietante e urgente. Ambienta perfeitamente a sensação de urgência e de limite com uma musica forte e pulsante carregada de suspense. Ele pega uma história que parece girar em torno de negacionismo, algum fervor religioso, misturando até com crimes motivados por intolerância, mas a premissa maior é fé e até onde vc iria ao amar uma pessoa ou sua família, onde esse limite acabaria. Gostei de Leonard e a atuação de Dave Bautista da uma credibilidade, que você compra as razões e circunstancias de forma quase instantânea. Um bom Thriller sobrenatural com alguns significados e atitudes bem próximas do nosso cotidiano, sejam elas metafóricas ou literais.
Acho que em meio a conturbada fase atual da Marvel, onde para muitos , há mais erros que acertos dificilmente She-Hulk passaria pelo crivo dos fãs mais xiitas ou dos "nerdolas Boomers" que se doem com um protagonismo feminino forte (Vide Capitã Marvel). Pra mim she hulk é um acerto desde sua atriz principal (Tatiana Maslany <3) que coloca em Jen Walters uma advogada correta, sagaz com algum complexo de inferioridade, mas que se demonstra muito resoluta no que acredita. E ainda ganha de presente do primo, "um kit hulk", que no começo renega mas quem com passar do tempo a abraça, e o usa ás vezes pra situações nem tão heroicas. Adorei o humor, meio "comédia romântica de tribunal" lembrando "Ally Macbeal", mas sem perder a pegada de heróis, com varias participações bem legais e dentro do contexto. Coadjuvantes inspirados (Nkki !!!) e o bom e carismático uso da quebra da quarta parede, por Tatiana/ Jenn fizeram dessa série um diferencial dentro da tal "formula Marvel" que ja se demonstra desgastada. Torço pela sua continuação e pela exploração maior desses personagens dentro de outras séries ou mesmo em filmes.
Mais que tentar "humanizar" o desumano, a série prima em vários momentos por ampliar a visão a respeito de todo caso, dando voz e legitimidade a vitimas, familiares pessoas envolvidas direta ou indiretamente em todo caso. Levantar além dos aspectos psicológicos e de formação de Dahmer ,jogar luz pro momento e lugar tanto no tempo, quanto na sociedade americana do começo dos anos 90. A omissão da policia ao se tratar de um caso envolvendo relações homo afetivas, um preconceito e mal caratismo desdenhador. Um medo da Aids que assolava esse grupo de pessoas, e o tratamento diferenciado a Dahmer em detrimento das vitimas vindas de minorias e sendo mais pobres. Há também um enfoque no poder midiático que o caso toma, toda essa coisa americana de glamourizar assassinos jogados na mídia com um tipo de fascínio. O que continua acontecendo mesmo até hoje. Acho que tudo ja foi dito sobre a atuação de Evan o credenciando a prêmios nas próximas premiações. Os coadjuvantes estão perfeitos também. Destaque para Richard Jenkins (o pai de Dahmer), e NIecy Nash a vizinha combativa e desconfiada. Acerto da Netflix e Murphy que conseguiram uma série dramática, tensa e com justiça e respeito para com as vitimas desse cruel e insano assassino.
Acho que condensado em um especial de Halloween com pouco mais de 50 min. Lobisomem, funciona bem e é um acerto dessa fase meio que conturbada da Marvel. Direção de arte e fotografia que remete a clássicos do terror antigo(Lobisomem dos anos 40) e também há algum expressionismo alemão fazem dele um belo achado. O tom cartunesco das falas, o ar gótico e sombrio e uma interpretação segura e carismática de Gael Garcia Bernal, nos prendem numa caçada instigante onde não fica claro de imediato quem realmente é a caça ou caçador. Um achado também, Laura Donnely como a "Badass" Elsa Bloodstone que tem uma pegada meio Jessica Jones, até em sua semelhança física. Belo cartão de visita de um personagem obscuro do universo da Marvel, mas que tem um pé cravado no sombrio e sobrenatural. Pode vir daí uma leva de personagens com esse perfil, tanto em participações em séries e filmes . E também por que não em um filme próprio do supergrupo "Filhos da Meia Noite" ?
Um filme indie, feito por atores desconhecidos, tirando Dafoe que faz tudo(e sempre perfeitamente !! ) que traz talvez nisso a veracidade, a realidade quase documental de pessoas vivendo a beira da sociedade em lugar onde o luxo e a fantasia tão buscada por crianças e adultos, por mais perto que esteja, se demonstra longe e inalcançável. O dia dia duro de uma mãe solteira que luta para educar/sobreviver a filha pequena, tão livre e cheia de vida.. transformando as pequenas conquistas e agruras de serem pobres em algo menos triste e desesperador. A menina é linda carismática, esperta e desaforada como toda criança deve ser quando colocada tão em contato com dificuldades desde cedo. O elenco infantil é todo perfeito, imagino a dificuldade de lidar no set, mas conseguem se expressar tão verdadeiramente bem que é impossível não se encantar. Belo, cheio de pequenos momentos emocionantes mas não piegas, com um final que arrebata num misto de melancolia e libertação.
Acho que é o filme mais aleatório do tido "Aranhaverso", da Sony. Funciona pouco como filme de origem, apesar dos esforços e competência de Jared Leto e Matt Smith que são acima da média. Mas história não ajuda, não empolga, os efeitos são razoáveis pra bons mas o personagem não é atraente o bastante para ter uma certa imersão na história. Esse filme me lembra muito os filmes dos Anos 90-2000 onde a marvel engatinhava e acredito, nem pensar com clareza em MCU. Filmes fracos, aleatórios que não se comunicavam (Demolidor, Motoqueiro Fantasma), apesar que ainda acho dessa mesma leva "Blade", mais importante e funcional que esse. Espero melhor sorte nas próximas abordagens nessas produções dos vilões do Homem Aranha.
, acho que começou com um pé na porta mas foi nivelando chegando no final mais comedido, sem um banho de sangue que apregoava.
,Mas não se ater aos quadrinhos é uma marca da série desde o começo, e nem por isso, a desqualifica. Há mais qualidade na abordagem dos personagens, é um enriquecimento no material já muito bom de Garth Ennis. Anthony Starr mantém a toada da loucura e do sadismo. E o "timing" pra intolerância ideológica/politica demonstra a qualidade, importância e urgência de certos questionamentos em nossa sociedade real e não menos caótica e sombria.
Extremamente necessário, urgente.O filme de forma leve e totalmente não pretensiosa aponta dedos e expõe feridas de maneira eficaz, sem vitimismo, "o mimimi" e "lacração", até porque pra mim isso não existe. O que existe é uma vontade muito grande de ser representado e de se fazer ouvir, de demonstrar lutas verdadeiras, que muitos privilegiados não enxergam ou não querem enxergar. Provocativo, ousado, simples o que para muitos jovens soam comum e banal, para jovens pertencentes a minoria num ambiente totalmente opressor como o acadêmico, a menina desacordada no meio da sua sala de moradia cai como uma bomba. Há uma divisão de pensamentos e ideias totalmente concebíveis e vc tomado por empatia e por vivencias, também acredita que certos caminhos por mais tortuosos, as vezes são os melhores a serem tomados. O preconceito a discriminação, o tratamento desigual é mostrado de forma subjetiva e ao mesmo tempo intensa, tensa, forte e emocional, mas não piegas. È aquilo...é aquilo e pronto, não há como negar, nos detalhes e mesmo na truculência, no close...é sublime e visceral. Obra competente, que trata de forma leve e atual um dos aspectos mais degradantes da sociedade. Embutido num thriller com toques de comédia adolescente, vem uma mensagem direta e certeira, que nos faz refletir o meio em q vivemos e o modo como vivemos. Perfeito !!
Um dos primeiros filmes dirigidos por Tony Scott, irmão de Ridley, que ficaria mais conhecido depois do Blockbuster eterno "Top Gun". Aqui contando com um elenco ótimo e inusitado, demonstra certa qualidade, na edição, fotografia e em algumas partes da trilha, bem colocadas em alguns bom momentos do filme . Mas a história não prende, não engrena, como história de vampiros, de amor ou mesmo um "Erotic Chic". Falta um bom roteiro com algum didatismo ao redor da mitologia, que fica muito solta e sem um mínimo de explicações. Apesar do elenco talentoso e belo ("Deneuve, lindíssima !!), falta química entre eles. O que faz você pouco se importar com o desfecho da história. Pode soar hoje como cult, mas pra mim é esquecível normal, e muito se deve pelo roteiro pouco trabalhado e inspirado.
Um dos melhores de Del toro, melhor até que seu "oscarizado", " A forma da agua" mas por se tratar de um film noir com um toque mais sombrio, acabou esnobado pela academia, no fraquissimo Oscar desse ano. Mas a competência visual, de fotografia e de reconstituição de época esta lá . A atuação perfeita de Bradley também o credenciava a uma melhor sorte, há um crescimento e declínio do personagem, muito visível na sua atuação que acompanha cada mudança, e no fim entrega algo muito coeso com o resultado do filme. Remake competente de um filme dos anos 40, que perde um pouco da força no segundo ato, mas que entrega um filme intenso e instigante até seu momento final.
Acho que fica claro nesse bom documentário os três pontos que levaram ao fracasso e também a uma tragédia anunciada esse festival de 99 : ganancia de seus produtores, um Line up, cheio de bandas do momento, que mais apareciam por polemicas fora do palco por que seus talentos, em cima dele, e um publico seletivo, endinheirado, com um tédio e uma raiva sem nenhum motivo aparente. Que pouco conhecia a história que o nome "Woodstock" trazia até ali, para muitos era apenas um fim de semana de drogas, curtição e "sexo não consensual". O doc também deixa claro, uma quase culpa da MTV, por naquele momento musical, focar mais seus holofotes em "boys band" pré fabricadas, mudando o foco tanto da indústria musical quanto mercadológica, passando ali a ser vista, na transmissão do festival para a TV paga, como inimiga. Importante registro de um momento na história da musica e comportamental, onde se percebe como uma sociedade jovem, pobre de ideais e de representatividade artística, podem ser destrutiva e selvagem.
A escrita acida e totalmente engraçada de James Gunn com o carisma inquestionável de John Cena fez com que o personagem mais odiado desde o ultimo "Esquadrão suicida" passasse a ser senão o mais, um dos mais queridos dos vilões da DC atualmente. O tom sarcástico e violento ao longo dos episódios não perde o ritmo, mesmo tratando de assuntos sisudos(racismo, supremacia, negacionismo) a série é divertida ágil demonstrando toda a química do elenco (Danielle Brooks e Freddie Stroma ótimos !!) entre eles, e o proposto por Gunn através da sua escrita e direção.
Ficção Americana
3.8 373 Assista AgoraUma "dramédia" afiada, bem escrita no humor, na construção de seus personagens e na forma crítica que discute como a cultura afro-anericana é trabalhada e principalmente consumida pelos estadunidenses.Onde fica clara a predileção, por consumirem apenas um pequeno aspecto dessa cultura. Apenas quando ela é pausterizada, colocada de forma servil, e estereotipada. E a luta de "Monk" é demonstrar esse outro aspecto, mas suas ações em prol disso são minimizadas e colocadas em lugar comum. Òtima atuação de Jefrey Wright que consegue colocar todos os aspectos de uma dificil e ironica personalidade, cansada de se curvar ao que o mercantilismo midiatico á respeito da cultura afro procura. E também se desdobrando no cuidado com uma retalhada e disfuncional familia, cercada de segredos e ressentimentos. Filme competente e agil nos assuntos abordados. E que nos faz pensar o quanto representatividade é importante, pra não ficarmos presos em uma superficie bem rasa ao tratar de etnia e cultura, que por muito tempo é estereotipada e negligenciada. Filmaço.
Vidas Passadas
4.2 743 Assista AgoraMuito bonito, "bittersweet", algo próximo do real, do romance real, sem se prender a cliches, é a vida real, com escolhas reais. Tratado com maturidade, sutileza e alguma melancolia. Gostei, porque parece algo próximo da gente, experiencias parecidas com as nossas, vividas, vivenciadas, em menor ou maior grau.
E nem precisava ter referenciado "Brilho eterno de uma mente sem lembrança" e tocado Leonard Cohen..mas qdo o fez, me ganhou mais e mais.
.Tocante e singelo, filmaço.
O Corvo
34O visual do Bill Skarsgård..
As Marvels
2.7 405 Assista AgoraÈ dificil entender o que o fã da Marvel espera dos filmes após os eventos de "Guerra Infinita" e "Ultimato". O que viria depois seriam esses filmes pra meio que preparar o publico pra coisas maiores que viessem depois, em conjunto com as series do serviço de stream. E acho que esse cumpre seu papel. divertido rapido, uma história de encontros e reencontros forçados onde cada protagonista tem sua importancia, seu momento e dentro disso constrói uma qumica legitima onde cada uma demonstra seu talento e carisma.
Brie Larson, aqui consegue essa construção mais afinada de sua Capitã/ Carol com suas agruras e fardos a serem carregados, na sua falta, seja com suas obrigações como heroína humana e falha ou seja como uma membro ausente de uma familia falha. Seus momentos com Monica (Teynoah Parris, perfeita) trazem essa culpa e o não saber como agir. Gosto muito de Iman Vilani como Ms. Marvel o olhar infantil e de idolatria pra sua heroína e idolo. O deslumbre dela em estar em contato com Carol e Fury são bem divertidos.Mas que é bem aquele ditado : nunca conheça seus heróis. Apesar de todo "Hate" acho que o filme se sustenta sobre a concentração desse trío, que pra mim funciona muito bem nos momentos comicos e nonsense, assim como onde ha a necessidade de um certo drama. Me divertiu, acho que da pra fazer melhor, assim com em outras produções da Marvel mas não é terra arrasada. È um caminho a ser pavimentado, pra coisas maiores que vem por aí.
Ahsoka (1ª Temporada)
4.0 138 Assista AgoraAhsoka conseguiu, assim como "o Mandaloriano" antes, ser mais competente, inspirado emocional e divertido do que essa ultima enfadonha trilogia de "Star Wars" no cinema. Motivos..acho que são os mesmos : personagens mais ricos e cativantes, história solida que busca o novo, mas referencia com maestria o que ja foi feito. Seja na trilogia antiga de George Lucas, ou nas animações de onde os personagens vieram. E aqui algo mais positivo é perceber a força desses persoangens que talvez pra velha guarda de fã seja colocado em segundo plano, mas que tem sua força e profundidade não devendo nada a mitologia e personagens antigos e cânones a mais tempo. O elenco ta perfeito Rosario Dawson é Ahsoka, na ferocidade das batalhas, na calma e tranqulidade ao falar, na sabedoria auspiciosa, de uma Jedi remanescente, uma Ronin. A novata Natasha Liu Bordizzo, perfeita também na rebelde e geniosa Sabine um contraponto a Ahsoka que enxerga em sua relação com ela, os mesmo desafios e dilemas em sua relação com seu antigo mestre Anakin. A série consegue ser nostalgica, abraçando fãs antigos, soa como um agradecimento aos fãs das animações que por muitos (inclusive eu) foram deixadas de lado e soa original e unica demonstrando o caminho a ser seguido no futuro. Referenciando e homenageando o passado, mas sem deixar de criar novas histórias com personagens profundos e carismaticos.
Ray Stevenson (Baylan Skoll) esta orgulhoso, la de uma galaxia, bem bem distante.
Barbie
3.9 1,6K Assista AgoraAcho que o maior mérito do filme é tratar de assuntos tão sérios e atuais com leveza, sarcasmo e muita comédia, boa comédia aliás. Isso tem a ver com a dupla que escreve o roteiro (Noah Baumbach e a tbm diretora Greta Gerwig) numa escrita rapida, cheia de situações e referencias, misturando critica social com tiradas ótimas, que faz que qualquer menção preguiçosa a um panfletrarismo e a um "lacre" seja rechaçada com uma piada boa e o carisma do talentoso elenco. O filme diverte, é imersivo e fantasioso, lembra "Toy Story," "Show de Truman", mas se apoia em sua própria história e no elenco afiado e talentoso que transmite a fantasia e ao mesmo a veracidade permitida num filme que trata de algo como "uma crise existencial em bonecos" . Há a critica ao consumismo, ao patriarcado, ao "men's world". Há o clichê premeditado de situações, onde talvez o masculino se sinta ofendido, por ver suas proprias atitudes enraizadas, perpetradas. Mas o que fica, e o que realmente importa são as mensagens de aceitação, de reconhecer a si mesmo, da importancia de ser vc, sem a necessidade de uma objetificação e de se afirmar através dos outros. O filme mesmo sendo leve e divertido nos faz pensar e nos identificar como seres unicos e importantes, dentro da nossa própria "barbielândia".
Pam & Tommy
3.8 68Um retrato bem contundente do meio da década de 90, com seus estilos, cultura pop efervescente, musica e também escândalos. Quando a internet ainda engatinhava a revelação da fita de Pamela cai como uma bomba na carreira em ascensão da modelo/atriz que já queria alçar voos maiores do que "Baywatch". Já pra Tommy foi uma publicidade negativa pra já fadada ao fim, carreira com seu Motleycrue, o ostracismo era questão de tempo. A qualidade da atuação de Lilly james como Pam, é bem nítida e rica, acredito que foi desafiador, fisica e emocionalmente e ela tem desempenho louvável, transmitindo com exatidão toda amargura, magoa e tristeza de ver algo intimo levado a publico da maneira mais nojenta e covarde. Conseguiu uma atuação soberba ao encarar esse "Man's world" com sensatez e inteligência coisa que Tommy Lee não tinha nem de longe. Stan também perfeito. A série joga luz sobre vários aspectos da história e a situa de forma muito competente, dando voz a Pamela e a sua luta de se manter integra em um momento onde ela era apenas vista como um objeto. A visão da série da voz e redenção a essa mulher que sempre foi tratada como objeto de desejo, mas que antes de tudo era uma mulher linda, talentosa doce e carinhosa.
Guardiões da Galáxia: Vol. 3
4.2 803 Assista AgoraO fechamento perfeito dessa trilogia, desse arco muito bem construído por James Gunn. Um grupo de heróis quase obscuro da Marvel, que com carisma de personagens e elenco, e com histórias simples e bem amarradas encantou o publico, aqui fechando com chave de ouro nesse terceiro filme. Emocional e emocionante, aqui percebemos toda uma linha de construção do personagem Rocket, os "porques" de ele ser e agir assim, pistas e diálogos colocados nos dois primeiros filmes, soam tão verdadeiros e significativos aqui , que nos fazem querer rever aqueles dois ótimos filmes. Outra personagem que teve uma construção muito rica foi Nebula, há um cuidado, todo um tom de Karen Gillan num trabalho primoroso. O filme salta aos olhos na beleza, na trilha sonora sempre um show a parte e na interação da equipe, aqui mais experiente, mas não menos maluca. Essas histórias contadas com esmero por James Gunn nos deixara saudades e só tenho q desejar toda sorte do mundo a ele nessa sua nova fase profissional. Quanto aos guardiões fica minha vontade de como Rocket voar com eles mais uma vez " No céu azul, belo e infinito."
Aftersun
4.1 705Talvez esse filme fale com pessoas de forma diferente, a história foge do linear comum, remonta de uma maneira ao mesmo tempo simples e continua, mas também funciona como memorias escolhidas, pinceladas de Sophie sobre seu convívio com seu pai Calum em uma férias qdo ela ainda era uma pré adolescente. E tinha no jovem pai afoito com a necessidade de agradar uma visão não completa do relacionamento que eles tinham ou que ela gostaria que tivessem. O modo que é construído nos faz presenciar a delicadeza dessa relação pai e filha permeada de situações tocantes e bem singelas. Com outras carregadas de melancolismo e contemplação triste. Difícil distinguir o sentimento predominante em todo o filme, mas ele deixa claro que é importante valorizar o que temos. Os momentos com as pessoas que nos são importantes e perceber as pequenas nuances e sinais de que nem tudo é o que parece.
Temos tbm nesse filme uma das versões mais tristes de "Losing my religion" do REM, que já me é triste por si só.
Triângulo da Tristeza
3.6 730 Assista AgoraO filme é provocador, ferino, instigante. com um humor negro, e corrosivo, permeado de sátiras e de momentos bem vergonha alheia. Há critica social, as vezes rebuscadas e simples outras carregadas de significados bem colocados. Lutas de classes, questionamentos sobre direitos iguais (Alô Caio Castro !) o filme por mais de suas 2hs expõe feridas que incomodam, questionam o momento, jogando luz para questões que deviam estar no passado. Parece que nenhuma fala, nenhuma cena filmada pelo excelente diretor Ruben Östlund, é em vão. E o elenco prima pela entrega. O filme de forma até meio caricatural critica o "way of life" dos mais abastados, fazendo graça e piada de suas inabilidades, quando o dinheiro já não é tão importante. Ótimo filme que dentro do que se propõe inova e questiona, não de maneira sisuda e piegas, mas sim com bom humor, mas tbm de maneira aguda, amarga e provocativa.
The Last of Us (1ª Temporada)
4.4 1,2K Assista AgoraAcho que colocar a série apenas no nicho de melhor adaptação de jogos para séries é muito pouco, quando na verdade ela tem excelência em ambientação pós apocalipse e nesse gênero de zumbis, e mesmo quando na verdade pelo menos até agora eles não foram o principal mal a ser combatido. E a série por mais de um episódio deixava claro que o mal do homem é o próprio homem . O jogo é excelente, e a reconstituição de passagens dele é um deleite para os fãs, mas a série demonstrou sua força e riqueza ao se distanciar dele, ao se colocar sobre novas e/outras histórias. No aspecto da humanidade dos personagens, nas suas personalidades, algo que o jogo apenas acena, mas aqui há uma construção rica, muito bem feita principalmente pelo acerto do elenco principal e seus dois atores principais, que primam pela química entrega e atuações totalmente emocionais. Uma primeira temperada madura, visceral, que cumpre o prometido, respeita o que foi feitos nos jogos e expande a visão pra outra mídia de forma rica e inclusiva sob vários aspectos.
Tudo em Todo O Lugar ao Mesmo Tempo
4.0 2,1K Assista AgoraAcho que a inovação, a personalidade, e a criatividade do filme ta na ousadia e na inovação de trazer um drama comum, familiar revestido numa caótica epopéia de ficção cientifica misturando as acrobacias das artes marciais e a nonsense de desenhos animados. Porque se você dissecar o filme sem todas essas alegorias trata-se de um drama familiar que poderia apenas soar mais do mesmo, batido e piegas, mas com a rapidez e inventividade do roteiro ele se torna atraente, instigante, vívido. Muito se apoiando no primor de atuações de seu elenco principal. Muito aqui concentrado no trio principal do núcleo familiar. E claro a Jamie Lee Curtis, despida de qualquer vaidade, mas em uma atuação que há muito não se via dela. O filme pode afastar aquele não aberto a essa questão de multiverso e na história que ás vezes não soa tão linear. Mas mais uma vez, visto apenas como história, é sobre recomeçar, valorizar e curtir o caminho e sobre aquela velha e simples pergunta : e se?
Batem à Porta
3.1 563 Assista AgoraAchei um bom filme dentro da já consolidada carreira de Shyamalan. Talvez um pouco abaixo de "Fragmentado", mas muito melhor do que "old". Aqui ele cria um ambiente claustrofóbico, inquietante e urgente. Ambienta perfeitamente a sensação de urgência e de limite com uma musica forte e pulsante carregada de suspense. Ele pega uma história que parece girar em torno de negacionismo, algum fervor religioso, misturando até com crimes motivados por intolerância, mas a premissa maior é fé e até onde vc iria ao amar uma pessoa ou sua família, onde esse limite acabaria. Gostei de Leonard e a atuação de Dave Bautista da uma credibilidade, que você compra as razões e circunstancias de forma quase instantânea. Um bom Thriller sobrenatural com alguns significados e atitudes bem próximas do nosso cotidiano, sejam elas metafóricas ou literais.
Mulher-Hulk: Defensora de Heróis
3.1 469 Assista AgoraAcho que em meio a conturbada fase atual da Marvel, onde para muitos , há mais erros que acertos dificilmente She-Hulk passaria pelo crivo dos fãs mais xiitas ou dos "nerdolas Boomers" que se doem com um protagonismo feminino forte (Vide Capitã Marvel). Pra mim she hulk é um acerto desde sua atriz principal (Tatiana Maslany <3) que coloca em Jen Walters uma advogada correta, sagaz com algum complexo de inferioridade, mas que se demonstra muito resoluta no que acredita. E ainda ganha de presente do primo, "um kit hulk", que no começo renega mas quem com passar do tempo a abraça, e o usa ás vezes pra situações nem tão heroicas. Adorei o humor, meio "comédia romântica de tribunal" lembrando "Ally Macbeal", mas sem perder a pegada de heróis, com varias participações bem legais e dentro do contexto. Coadjuvantes inspirados (Nkki !!!) e o bom e carismático uso da quebra da quarta parede, por Tatiana/ Jenn fizeram dessa série um diferencial dentro da tal "formula Marvel" que ja se demonstra desgastada. Torço pela sua continuação e pela exploração maior desses personagens dentro de outras séries ou mesmo em filmes.
Quebra essa aí K.E.V.I.N .
Dahmer: Um Canibal Americano
4.0 671 Assista AgoraMais que tentar "humanizar" o desumano, a série prima em vários momentos por ampliar a visão a respeito de todo caso, dando voz e legitimidade a vitimas, familiares pessoas envolvidas direta ou indiretamente em todo caso. Levantar além dos aspectos psicológicos e de formação de Dahmer ,jogar luz pro momento e lugar tanto no tempo, quanto na sociedade americana do começo dos anos 90. A omissão da policia ao se tratar de um caso envolvendo relações homo afetivas, um preconceito e mal caratismo desdenhador. Um medo da Aids que assolava esse grupo de pessoas, e o tratamento diferenciado a Dahmer em detrimento das vitimas vindas de minorias e sendo mais pobres. Há também um enfoque no poder midiático que o caso toma, toda essa coisa americana de glamourizar assassinos jogados na mídia com um tipo de fascínio. O que continua acontecendo mesmo até hoje. Acho que tudo ja foi dito sobre a atuação de Evan o credenciando a prêmios nas próximas premiações. Os coadjuvantes estão perfeitos também. Destaque para Richard Jenkins (o pai de Dahmer), e NIecy Nash a vizinha combativa e desconfiada. Acerto da Netflix e Murphy que conseguiram uma série dramática, tensa e com justiça e respeito para com as vitimas desse cruel e insano assassino.
Lobisomem na Noite
3.5 200 Assista AgoraAcho que condensado em um especial de Halloween com pouco mais de 50 min. Lobisomem, funciona bem e é um acerto dessa fase meio que conturbada da Marvel. Direção de arte e fotografia que remete a clássicos do terror antigo(Lobisomem dos anos 40) e também há algum expressionismo alemão fazem dele um belo achado. O tom cartunesco das falas, o ar gótico e sombrio e uma interpretação segura e carismática de Gael Garcia Bernal, nos prendem numa caçada instigante onde não fica claro de imediato quem realmente é a caça ou caçador. Um achado também, Laura Donnely como a "Badass" Elsa Bloodstone que tem uma pegada meio Jessica Jones, até em sua semelhança física. Belo cartão de visita de um personagem obscuro do universo da Marvel, mas que tem um pé cravado no sombrio e sobrenatural. Pode vir daí uma leva de personagens com esse perfil, tanto em participações em séries e filmes . E também por que não em um filme próprio do supergrupo "Filhos da Meia Noite" ?
Projeto Flórida
4.1 1,0KUm filme indie, feito por atores desconhecidos, tirando Dafoe que faz tudo(e sempre perfeitamente !! ) que traz talvez nisso a veracidade, a realidade quase documental de pessoas vivendo a beira da sociedade em lugar onde o luxo e a fantasia tão buscada por crianças e adultos, por mais perto que esteja, se demonstra longe e inalcançável. O dia dia duro de uma mãe solteira que luta para educar/sobreviver a filha pequena, tão livre e cheia de vida.. transformando as pequenas conquistas e agruras de serem pobres em algo menos triste e desesperador. A menina é linda carismática, esperta e desaforada como toda criança deve ser quando colocada tão em contato com dificuldades desde cedo. O elenco infantil é todo perfeito, imagino a dificuldade de lidar no set, mas conseguem se expressar tão verdadeiramente bem que é impossível não se encantar. Belo, cheio de pequenos momentos emocionantes mas não piegas, com um final que arrebata num misto de melancolia e libertação.
Morbius
2.3 521Acho que é o filme mais aleatório do tido "Aranhaverso", da Sony. Funciona pouco como filme de origem, apesar dos esforços e competência de Jared Leto e Matt Smith que são acima da média. Mas história não ajuda, não empolga, os efeitos são razoáveis pra bons mas o personagem não é atraente o bastante para ter uma certa imersão na história. Esse filme me lembra muito os filmes dos Anos 90-2000 onde a marvel engatinhava e acredito, nem pensar com clareza em MCU. Filmes fracos, aleatórios que não se comunicavam (Demolidor, Motoqueiro Fantasma), apesar que ainda acho dessa mesma leva "Blade", mais importante e funcional que esse. Espero melhor sorte nas próximas abordagens nessas produções dos vilões do Homem Aranha.
The Boys (3ª Temporada)
4.2 560 Assista AgoraÓtima temporada, com um fechamento ok, que nos deixa ansiosos pra uma próxima
, acho que começou com um pé na porta mas foi nivelando chegando no final mais comedido, sem um banho de sangue que apregoava.
Emergência
3.5 128 Assista AgoraExtremamente necessário, urgente.O filme de forma leve e totalmente não pretensiosa aponta dedos e expõe feridas de maneira eficaz, sem vitimismo, "o mimimi" e "lacração", até porque pra mim isso não existe. O que existe é uma vontade muito grande de ser representado e de se fazer ouvir, de demonstrar lutas verdadeiras, que muitos privilegiados não enxergam ou não querem enxergar. Provocativo, ousado, simples o que para muitos jovens soam comum e banal, para jovens pertencentes a minoria num ambiente totalmente opressor como o acadêmico, a menina desacordada no meio da sua sala de moradia cai como uma bomba. Há uma divisão de pensamentos e ideias totalmente concebíveis e vc tomado por empatia e por vivencias, também acredita que certos caminhos por mais tortuosos, as vezes são os melhores a serem tomados. O preconceito a discriminação, o tratamento desigual é mostrado de forma subjetiva e ao mesmo tempo intensa, tensa, forte e emocional, mas não piegas. È aquilo...é aquilo e pronto, não há como negar, nos detalhes e mesmo na truculência, no close...é sublime e visceral. Obra competente, que trata de forma leve e atual um dos aspectos mais degradantes da sociedade. Embutido num thriller com toques de comédia adolescente, vem uma mensagem direta e certeira, que nos faz refletir o meio em q vivemos e o modo como vivemos. Perfeito !!
Fome de Viver
3.8 349 Assista AgoraUm dos primeiros filmes dirigidos por Tony Scott, irmão de Ridley, que ficaria mais conhecido depois do Blockbuster eterno "Top Gun". Aqui contando com um elenco ótimo e inusitado, demonstra certa qualidade, na edição, fotografia e em algumas partes da trilha, bem colocadas em alguns bom momentos do filme . Mas a história não prende, não engrena, como história de vampiros, de amor ou mesmo um "Erotic Chic". Falta um bom roteiro com algum didatismo ao redor da mitologia, que fica muito solta e sem um mínimo de explicações. Apesar do elenco talentoso e belo ("Deneuve, lindíssima !!), falta química entre eles. O que faz você pouco se importar com o desfecho da história. Pode soar hoje como cult, mas pra mim é esquecível normal, e muito se deve pelo roteiro pouco trabalhado e inspirado.
O Beco do Pesadelo
3.5 496 Assista AgoraUm dos melhores de Del toro, melhor até que seu "oscarizado", " A forma da agua" mas por se tratar de um film noir com um toque mais sombrio, acabou esnobado pela academia, no fraquissimo Oscar desse ano. Mas a competência visual, de fotografia e de reconstituição de época esta lá . A atuação perfeita de Bradley também o credenciava a uma melhor sorte, há um crescimento e declínio do personagem, muito visível na sua atuação que acompanha cada mudança, e no fim entrega algo muito coeso com o resultado do filme. Remake competente de um filme dos anos 40, que perde um pouco da força no segundo ato, mas que entrega um filme intenso e instigante até seu momento final.
Music Box - Woodstock 99: Peace, Love, And Rage
3.9 38 Assista AgoraAcho que fica claro nesse bom documentário os três pontos que levaram ao fracasso e também a uma tragédia anunciada esse festival de 99 : ganancia de seus produtores, um Line up, cheio de bandas do momento, que mais apareciam por polemicas fora do palco por que seus talentos, em cima dele, e um publico seletivo, endinheirado, com um tédio e uma raiva sem nenhum motivo aparente. Que pouco conhecia a história que o nome "Woodstock" trazia até ali, para muitos era apenas um fim de semana de drogas, curtição e "sexo não consensual". O doc também deixa claro, uma quase culpa da MTV, por naquele momento musical, focar mais seus holofotes em "boys band" pré fabricadas, mudando o foco tanto da indústria musical quanto mercadológica, passando ali a ser vista, na transmissão do festival para a TV paga, como inimiga. Importante registro de um momento na história da musica e comportamental, onde se percebe como uma sociedade jovem, pobre de ideais e de representatividade artística, podem ser destrutiva e selvagem.
Pacificador (1ª Temporada)
4.2 339 Assista AgoraA escrita acida e totalmente engraçada de James Gunn com o carisma inquestionável de John Cena fez com que o personagem mais odiado desde o ultimo "Esquadrão suicida" passasse a ser senão o mais, um dos mais queridos dos vilões da DC atualmente. O tom sarcástico e violento ao longo dos episódios não perde o ritmo, mesmo tratando de assuntos sisudos(racismo, supremacia, negacionismo) a série é divertida ágil demonstrando toda a química do elenco (Danielle Brooks e Freddie Stroma ótimos !!) entre eles, e o proposto por Gunn através da sua escrita e direção.
A aparição da liga da Justiça no ultimo episódio foi tão nosense, me fez rir demais !!