Essa série parece um cardápio gourmet, daqueles onde se faz todo um rodeio na descrição dos ingredientes, mas quando a comida chega você percebe que é só um prato feito. No caso, o enredo vai desde mortes em série, "videogame" de realidade virtual, bomba atômica, teorias conspiratórias, física, matemática, história, enfim, uma salada toda enfeitada para disfarçar que se trata de invasão alienígena, ou seja, um tema batido e rebatido à exaustão. É verdade que, tecnicamente, a série é bem realizada, mas o elenco é muito irregular e não ajuda (os cientistas parecem os Power Rangers). Resumindo: dá pra ver, mas não espere muito.
A melhor minissérie já produzida pela TV Globo, disparada. Honrou aquele que foi, e continua sendo, o maior escritor em língua portuguesa, a mais bela da línguas, José Maria de Eça de Queiroz.
Eça de Queiroz começa seu épico romance escrevendo assim:
"A casa que os Maias vieram habitar em Lisboa, no outono de 1875, era conhecida na vizinhança da rua de S. Francisco de Paula, e em todo o bairro das Janelas Verdes, pela casa do Ramalhete ou simplesmente o Ramalhete."
Essa minissérie da Netflix tem uma atmosfera parecida com Twin Peaks, série do início dos anos 90 criada por David Lynch. Não por coincidência, alguns episódios são dirigidos pela filha de David, Jennifer Lynch. A própria protagonista da minissérie, a atriz Naomi Watts, saiu de uma longa e inexpressiva carreira em produções B e C após atuar em um "filme" de David Lynch (Cidade dos Sonhos). Fica a impressão de que a minissérie foi realizada para homenagear Lynch e seu estilo. Todos os personagens parecem estar envolvidos na trama principal e escondem segredos. Mas diferentemente do que acontece na maioria das obras de David Lynch, a minissérie da Netflix até que consegue dar um desfecho razoavelmente compreensivo e até filosófico para a estória. Sem dar spoilers, pode-se dizer que tudo gira em torno da ganância, de pessoas que tenta viver um estilo de vida muito acima de suas reais possibilidades financeiras, chegando mesmo a ficar obcecadas e escravas da cruel associação entre prazer/felicidade e ostentação econômica.
Em vez desse título enigmático, poderia se chamar "Jogos Mortais do SERASA". O elenco é fraco, a produção pobre e a estória uma sucessão de clichês com uma resolução, patética e amoral, copiada do filme "O Albergue". Lembra aqueles inúmeros e imemoráveis filmes, B e C, que abasteciam as locadoras de DVD e VHS. Seja mais esperto do que eu e não caia nessa armadilha,
A minissérie é tecnicamente bem-feita, mas há um problema básico: é necessário conhecer as regras e as nuances do jogo de xadrez para curtir melhor a estória, senão você fica meio perdido. Poderiam ter utilizado um jogo mais conhecido e popular, como damas ou dominó. Mas parece que saber jogar xadrez é considerado um sintoma de inteligência, e não uma habilidade combinatória simples, como tocar um instrumento musical, falar vários idiomas ou ser bom em matemática. Mesmo o domínio dessa habilidade pela protagonista é duvidoso, afinal, ela usa drogas para melhorar o desempenho. E esse é o outro problema: é impossível se identificar e torcer por uma protagonista presunçosa, debochada e egocêntrica. A atriz principal é bonita, mas passa o tempo inteiro com a mesma cara de nada. Enfim, a não ser que você seja fã de xadrez, não perca seu tempo!
O Problema dos 3 Corpos (1ª Temporada)
3.4 159 Assista AgoraEssa série parece um cardápio gourmet, daqueles onde se faz todo um rodeio na descrição dos ingredientes, mas quando a comida chega você percebe que é só um prato feito. No caso, o enredo vai desde mortes em série, "videogame" de realidade virtual, bomba atômica, teorias conspiratórias, física, matemática, história, enfim, uma salada toda enfeitada para disfarçar que se trata de invasão alienígena, ou seja, um tema batido e rebatido à exaustão. É verdade que, tecnicamente, a série é bem realizada, mas o elenco é muito irregular e não ajuda (os cientistas parecem os Power Rangers). Resumindo: dá pra ver, mas não espere muito.
Os Maias
4.2 86A melhor minissérie já produzida pela TV Globo, disparada. Honrou aquele que foi, e continua sendo, o maior escritor em língua portuguesa, a mais bela da línguas, José Maria de Eça de Queiroz.
Eça de Queiroz começa seu épico romance escrevendo assim:
"A casa que os Maias vieram habitar em Lisboa, no outono de 1875, era conhecida na vizinhança da rua de S. Francisco de Paula, e em todo o bairro das Janelas Verdes, pela casa do Ramalhete ou simplesmente o Ramalhete."
Obi-Wan Kenobi
3.4 312 Assista AgoraApenas razoável. Obi-Wan merecia muito mais!
Bem-Vindos à Vizinhança
3.1 261 Assista AgoraEssa minissérie da Netflix tem uma atmosfera parecida com Twin Peaks, série do início dos anos 90 criada por David Lynch. Não por coincidência, alguns episódios são dirigidos pela filha de David, Jennifer Lynch. A própria protagonista da minissérie, a atriz Naomi Watts, saiu de uma longa e inexpressiva carreira em produções B e C após atuar em um "filme" de David Lynch (Cidade dos Sonhos). Fica a impressão de que a minissérie foi realizada para homenagear Lynch e seu estilo. Todos os personagens parecem estar envolvidos na trama principal e escondem segredos. Mas diferentemente do que acontece na maioria das obras de David Lynch, a minissérie da Netflix até que consegue dar um desfecho razoavelmente compreensivo e até filosófico para a estória. Sem dar spoilers, pode-se dizer que tudo gira em torno da ganância, de pessoas que tenta viver um estilo de vida muito acima de suas reais possibilidades financeiras, chegando mesmo a ficar obcecadas e escravas da cruel associação entre prazer/felicidade e ostentação econômica.
Round 6 (1ª Temporada)
4.0 1,2K Assista AgoraEm vez desse título enigmático, poderia se chamar "Jogos Mortais do SERASA". O elenco é fraco, a produção pobre e a estória uma sucessão de clichês com uma resolução, patética e amoral, copiada do filme "O Albergue".
Lembra aqueles inúmeros e imemoráveis filmes, B e C, que abasteciam as locadoras de DVD e VHS.
Seja mais esperto do que eu e não caia nessa armadilha,
O Gambito da Rainha
4.4 931 Assista AgoraA minissérie é tecnicamente bem-feita, mas há um problema básico: é necessário conhecer as regras e as nuances do jogo de xadrez para curtir melhor a estória, senão você fica meio perdido. Poderiam ter utilizado um jogo mais conhecido e popular, como damas ou dominó. Mas parece que saber jogar xadrez é considerado um sintoma de inteligência, e não uma habilidade combinatória simples, como tocar um instrumento musical, falar vários idiomas ou ser bom em matemática. Mesmo o domínio dessa habilidade pela protagonista é duvidoso, afinal, ela usa drogas para melhorar o desempenho. E esse é o outro problema: é impossível se identificar e torcer por uma protagonista presunçosa, debochada e egocêntrica. A atriz principal é bonita, mas passa o tempo inteiro com a mesma cara de nada. Enfim, a não ser que você seja fã de xadrez, não perca seu tempo!