Pedro Ambrozio Jarcovis

Agora faz um certo tempo que não vejo esse filme, e, às vezes, me encosto em algum lugar e me recordo dos tempos em que tinha meus amigos na infância. Acho que por isso creio que cada um que assiste esse filme o admira tanto. Quando começa o filme, cada um vê um pedaço de sua história sendo contada por esse maravilhoso e incrível filme que, com tanta inocência, nos ensina muito sobre a vida.

Depois de ver cinco trailers com a mesma música de fundo, mesmas falas, atores que se confundiam em suas atuações padronizadas, começa então um filme mudo e sem cores.
Apenas esse começo já mostra bem o que O Artista representou para mim quando o assisti. Após sua uma hora e tantos de filme, comecei a acreditar no cinema novamente e vi que Hugo Cabret foi covardemente derrotado no Oscar por um filme que é uma verdadeira obra de arte. O Artista é um filme para quem gosta de cinema e para quem não gosta, começar a gostar.
Assistam O Artista, pois filmes como esse mostram que ainda há muita magia para correr nas telas dos cinemas cada dia mais industriais.

Apocalypse Now não um filme de guerra como qualquer outro. Nele, não há batalhas épicas. Nele não há heróis e, principalmente, nele não há glória. Apocalypse Now olha a guerra por um prisma totalmente diferente de qualquer coisa que eu já vi.
A guerra de Apocalypse Now é uma guerra fútil, vazia e destrutiva tanto para quem morre quanto para quem continua vivo. A guerra é um processo de perda de inocência e perda de si mesmo, e os soldados vão, pouco a pouco, enxergando cada um de si próprios se entregando aos braços do animal que existe dentro de cada um de nós, despertado e aniquilado pela própria guerra, como se nota na cena do sacrifício.
Coppola acertou em cheio ao começar o filme com uma música chamada The End. Isso revela bem a proposta do filme: A partir dali, cada um que é parte da guerra começa a se destinar ao seu próprio fim.