Fiquei impressionado com os rumos dessa etapa da história. É uma temporada de teor mais denso, com reflexões envolvendo laços familiares, relacionando com conflitos geracionais e de sentimentos. Os conflitos são especialmente voltados à tarefa de educar Lucky, à busca desta por suas raízes e aos vínculos diversos: expectativas de um avô patriarca; pressão sobre o pai; pertencimento de tia Cora à cidade e ao lar; ligação de Lucky com a memória de sua mãe; tentativa da senhora Flores se conectar com Lucky.
Assim como as temporadas anteriores, é interessante a perspectiva de gênero representada. Apesar de um cuidado quanto à pouca idade, envolvendo a ressalva familiar e as obrigações escolares e, em que pese algum antagonismo encontrado, as meninas possuem liberdade de escolha e são respeitadas pela sociedade local. Lucky e suas amigas, cada uma a seu modo, são fortes e aventureiras. Realizam atividades que não são tão esperadas de damas, como explicitado no episódio do Baile do Governador; o enredo envolve uma tentativa de adequação, superada pelo desfecho que privilegia a importância da realização pessoal e da autonomia. Enquanto certos momentos primam por situações cotidianas, outros envolvem perigos iminentes e muitas das soluções do trio não são esperadas de crianças; com feitos heroicos, Pru, Abigail e Fortuna, por vezes, terminam sendo uma espécie de Meninas Superpoderosas, enfrentando as ameaças, mesmo que a comunidade não espere que a salvação venha delas.
Um ponto interessante deste seriado é o pano de fundo. A narrativa abrange os fluxos humanos e as transformações da paisagem: a migração; a estação ferroviária, que, em construção e em operação, contempla o transporte de cargas e de pessoas, favorecendo o crescimento; Miradero, uma pequena cidade de fronteira, ao estilo Velho Oeste, reunindo diferentes povos e objetivos; as tradições locais; a mudança de estação, presente nesta temporada. Javier, Julian e Maricela ganham destaque em certos episódios.
Em um ato de saudosismo ao filme, de 2002, resolvi conferir o seriado. Apesar de certos elos, o destaque está nas muitas diferenças da linha narrativa. Talvez o seriado seja mais direcionado às crianças do que o filme, o que não impede que discussões sérias apareçam, em meio ao clima divertido. De cara, diante do protagonismo feminino, saltam os papéis sociais de gênero, com expectativas (incluindo as de classe) depositadas sobre a filha do chefe da ferrovia. A conexão de Lucky com o cavalo selvagem e sua recepção e integração ao local são pontos importantes nessa primeira temporada. Lucky se adapta à pequena cidade e busca atividades alinhadas aos seus interesses pessoais, ao mesmo tempo em que o seriado mostra, de forma natural, o novo trio em papeis, habitualmente, menos usuais para meninas.
Foi uma grata surpresa. Em meio à direção de arte estupenda, o seriado teve discussões importantes, como: amizade, relações familiares, trote escolar, sequestro de crianças e, principalmente, convenções sociais, gênero, machismo e patriarcado.
Ao repetir sequências, a minissérie, como esperado, traz muitos dos méritos do filme, incluindo a atuação da protagonista, contudo, infelizmente, ocorrem alguns problemas nas mudanças ocorridas. É muito bom ver cenas novas, não utilizadas no longa, mas certos enxertos pecam quando desviam o foco (como as desnecessárias explicações sobre a Jovem Guarda, feitas por um narrador externo). Além disso, a anacronia envolvendo canções, provavelmente, incomoda alguns dos maiores fãs da cantora; uma escolha que, certamente, não foi feita por descuido, mas que contrasta com o didatismo que caracteriza o material adicionado. Enfim, é agradável revisitar a história de Elis, mas a apreciação pode exigir alguma abstração.
como quando D.J. se assusta com Matt, porque ele teria dado "o caminhão" de flores, mas releva o fato de ele ter procurado por ela no consultório dos 12 dentistas de atendimento noturno.
Mas, tá valendo. A performance da D.J. me lembrou, diversas vezes, Monica Geller (a coisa da limpeza fica a cargo do pai e do filho, rs). É delicioso reencontrar as personagens, observar a evolução e conhecer os novos membros.
Embora cansativa em alguns momentos, essa temporada é tocante. Desde o início, ela desperta muitos sentimentos em torno do senso de (i)moralidade e (in)justiça. Por vezes, foi pesado e difícil assistir.
O triste retrato de uma noite marcante, que repercutirá para sempre sobre tantas pessoas e sobre a história de Paris. Caprichando no desenvolvimento, os diretores procuram trazer o terror junto ao público, em meio às imagens, aos depoimentos e à potência do som, no geral.
Sou desses que gostou mais dessa temporada do que da primeira. A construção da trama e o entrosamento que vai se formando entre Grace e Frankie são cativantes.
O filme é divertido, com piadas internas, momentos de meta-linguagem e um humor relacionado com situações embaraçosas às quais um atendente de balcão está sujeito. A câmera como sendo do estabelecimento foi uma boa sacada. O protagonista dialoga com essa câmera/telespectador em sinal de cumplicidade, reforçando a compreensão que ele espera, por parte de quem o assiste.
Spirit: Cavalgando Livre (4ª Temporada)
4.4 2Fiquei impressionado com os rumos dessa etapa da história. É uma temporada de teor mais denso, com reflexões envolvendo laços familiares, relacionando com conflitos geracionais e de sentimentos. Os conflitos são especialmente voltados à tarefa de educar Lucky, à busca desta por suas raízes e aos vínculos diversos: expectativas de um avô patriarca; pressão sobre o pai; pertencimento de tia Cora à cidade e ao lar; ligação de Lucky com a memória de sua mãe; tentativa da senhora Flores se conectar com Lucky.
Spirit: cavalgando livre (temporada 3)
3.9 2Assim como as temporadas anteriores, é interessante a perspectiva de gênero representada. Apesar de um cuidado quanto à pouca idade, envolvendo a ressalva familiar e as obrigações escolares e, em que pese algum antagonismo encontrado, as meninas possuem liberdade de escolha e são respeitadas pela sociedade local.
Lucky e suas amigas, cada uma a seu modo, são fortes e aventureiras. Realizam atividades que não são tão esperadas de damas, como explicitado no episódio do Baile do Governador; o enredo envolve uma tentativa de adequação, superada pelo desfecho que privilegia a importância da realização pessoal e da autonomia.
Enquanto certos momentos primam por situações cotidianas, outros envolvem perigos iminentes e muitas das soluções do trio não são esperadas de crianças; com feitos heroicos, Pru, Abigail e Fortuna, por vezes, terminam sendo uma espécie de Meninas Superpoderosas, enfrentando as ameaças, mesmo que a comunidade não espere que a salvação venha delas.
Spirit: Cavalgando Livre (2º Temporada)
4.1 2Um ponto interessante deste seriado é o pano de fundo. A narrativa abrange os fluxos humanos e as transformações da paisagem: a migração; a estação ferroviária, que, em construção e em operação, contempla o transporte de cargas e de pessoas, favorecendo o crescimento; Miradero, uma pequena cidade de fronteira, ao estilo Velho Oeste, reunindo diferentes povos e objetivos; as tradições locais; a mudança de estação, presente nesta temporada. Javier, Julian e Maricela ganham destaque em certos episódios.
Game of Thrones (1ª Temporada)
4.6 2,3K Assista AgoraEu fico fazendo conexões com a realidade e pensando no quanto são valiosos os direitos humanos, a democracia e todas as conquistas relacionadas.
Spirit: Cavalgando Livre (1ª Temporada)
4.3 4Em um ato de saudosismo ao filme, de 2002, resolvi conferir o seriado. Apesar de certos elos, o destaque está nas muitas diferenças da linha narrativa. Talvez o seriado seja mais direcionado às crianças do que o filme, o que não impede que discussões sérias apareçam, em meio ao clima divertido. De cara, diante do protagonismo feminino, saltam os papéis sociais de gênero, com expectativas (incluindo as de classe) depositadas sobre a filha do chefe da ferrovia.
A conexão de Lucky com o cavalo selvagem e sua recepção e integração ao local são pontos importantes nessa primeira temporada. Lucky se adapta à pequena cidade e busca atividades alinhadas aos seus interesses pessoais, ao mesmo tempo em que o seriado mostra, de forma natural, o novo trio em papeis, habitualmente, menos usuais para meninas.
The OA (Parte 2)
4.3 407Que série, meus amigos!
O Mundo Sombrio de Sabrina (Parte 1)
4.0 645Foi uma grata surpresa. Em meio à direção de arte estupenda, o seriado teve discussões importantes, como: amizade, relações familiares, trote escolar, sequestro de crianças e, principalmente, convenções sociais, gênero, machismo e patriarcado.
JK
3.8 47"A minh'alma chorou tanto
Que de pranto esta vazia
Desde que aqui fiquei
Sem a tua companhia.
Não há pranto sem saudade
Nem amor sem alegria
E é por isso que eu reclamo
Essa tua companhia"
Elis - Viver é Melhor Que Sonhar
3.9 21Ao repetir sequências, a minissérie, como esperado, traz muitos dos méritos do filme, incluindo a atuação da protagonista, contudo, infelizmente, ocorrem alguns problemas nas mudanças ocorridas. É muito bom ver cenas novas, não utilizadas no longa, mas certos enxertos pecam quando desviam o foco (como as desnecessárias explicações sobre a Jovem Guarda, feitas por um narrador externo). Além disso, a anacronia envolvendo canções, provavelmente, incomoda alguns dos maiores fãs da cantora; uma escolha que, certamente, não foi feita por descuido, mas que contrasta com o didatismo que caracteriza o material adicionado. Enfim, é agradável revisitar a história de Elis, mas a apreciação pode exigir alguma abstração.
Fuller House (1ª Temporada)
4.1 237 Assista AgoraAfrontosos. Gostei. E cheios de metalinguagem. Algumas vezes, são nonsenses demais,
como quando D.J. se assusta com Matt, porque ele teria dado "o caminhão" de flores, mas releva o fato de ele ter procurado por ela no consultório dos 12 dentistas de atendimento noturno.
Mas, tá valendo. A performance da D.J. me lembrou, diversas vezes, Monica Geller (a coisa da limpeza fica a cargo do pai e do filho, rs). É delicioso reencontrar as personagens, observar a evolução e conhecer os novos membros.
Orange Is the New Black (6ª Temporada)
4.0 291Embora cansativa em alguns momentos, essa temporada é tocante. Desde o início, ela desperta muitos sentimentos em torno do senso de (i)moralidade e (in)justiça. Por vezes, foi pesado e difícil assistir.
13 de Novembro: Terror em Paris
4.4 25 Assista AgoraO triste retrato de uma noite marcante, que repercutirá para sempre sobre tantas pessoas e sobre a história de Paris. Caprichando no desenvolvimento, os diretores procuram trazer o terror junto ao público, em meio às imagens, aos depoimentos e à potência do som, no geral.
Três é Demais (7ª Temporada)
4.1 22"We all live here"
Grace and Frankie (2ª Temporada)
4.4 151Sou desses que gostou mais dessa temporada do que da primeira. A construção da trama e o entrosamento que vai se formando entre Grace e Frankie são cativantes.
Juana Inés (1ª temporada)
4.3 25Que história! Que circunstâncias! Que obra! Que mulher! Ao longo da narrativa, um misto de sensações.
Mateus, O Balconista
3.6 55O filme é divertido, com piadas internas, momentos de meta-linguagem e um humor relacionado com situações embaraçosas às quais um atendente de balcão está sujeito. A câmera como sendo do estabelecimento foi uma boa sacada. O protagonista dialoga com essa câmera/telespectador em sinal de cumplicidade, reforçando a compreensão que ele espera, por parte de quem o assiste.