Ray Torquato

O original de 92 é um filme de roteiro muito bem amarrado e recheado de piadas. A escolha do diretor deveria ser condizente com essas prerrogativas, o que não acontece aqui. Guy Ritchie não é um bom contador de histórias. A história com ele fica atropelada e os números musicais forçados. O gênio do Will Smith não é um desastre, mas fica longe ainda do original, onde o Robin Williams fez mais de 50 imitações para o filme, permanecendo imbatível. Na verdade a melhor coisa no filme é de fato o Will Smith, já que o filme só desenvolve quando ele aparece na pele do gênio. O Jafar e o Iago estão igualmente ruins e só não são mais apagados que o sultão.

. Destaque para o figurino, que ficou ok. Alladin 1992 >>>>>>> Alladin 2019.

Pra mim a série podia ter terminado na quarta temporada. O final teria sido épico, com Norman perdido em devaneios de sua mãe tocando piano no natal. Foi um encerramento brilhante e não precisavam ter avançado no roteiro da obra clássica de Hitchcock, como havia sido combinado na concepção da série. Uma quinta temporada criou as expectativas de um ritmo alucinante nos episódios vindouros, com uma morte a cada episódio, explorando o lado psicopata e sem limites do assassino, o que não aconteceu. O que houve na verdade foi uma humanização e martirização sem noção do personagem. Terem polpado Maryon Crane foi uma grande baixa, pois tirou o ápice hediondo da trajetória do personagem o colocando como uma espécie de justiceiro ao matar o marido traidor. Fizeram de Norman um mártir bonzinho, descaracterizando completamente a história da forma como vinda sendo contada. Temporada descartável, com poucos momentos de destaque.

Eu vi o último episódio em inglês e o final é espetacular. Se quisessem podiam acabar assim mesmo a série.
Mas ficou um gostinho de quero mais e fico feliz em saber que vai ter uma quinta temporada com o Norman como todos já o conhecem. Spoiler:
Norma não escapou da morte e o lado louco do Norman saltou de vez pra fora de si.