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Últimas opiniões enviadas

  • Régis Muni 💎🌿

    Fazia tempo que eu não encontrava uma série tão profunda, complexa e soturna. Gostei muito, muito mesmo. "Baby Reindeer" (2024) explora diversos temas que são, simultaneamente, pesados e delicados – tal como a própria forma em que tudo isso é retratado.

    Como disse a Amanda Castejon em seu comentário: "É uma série sobre stalker, sobre abuso, sobre masculinidade, transsexualidade, sobre afeto, sobre retornar a hábitos adoecedores." É exatamente isso; não poderia ter sido colocado em melhores palavras.

    Trilha sonora e fotografia impecáveis. Destaque para a música "Sposa son disprezzata", de Oya Ergün, que despertou o meu interesse em ouvir outros títulos da ópera barroca.

    Sobre ter sido baseada em fatos reais, fui dar uma pesquisada e descobri que a série, "embora tome certa liberdade criativa, retrata uma versão dramatizada da experiência real de Richard Gadd (o ator que faz o protagonista)", mas que "o desfecho da verdadeira Martha (não identificada) não é claro, com Gadd indicando que sua situação foi 'resolvida', sem entrar em detalhes sobre um possível encarceramento".

    De todo modo, feita essa análise mais objetiva, vamos aos meus comentários pessoais e subjetivos:

    Comentário contando partes do filme. Mostrar.

    1. Tirando de fora o lado maníaco da Martha (se é que é possível), achei ela bem fofa em várias coisas. A sua risada, o fato de ela ser extremamente afetuosa, a sua maneira absolutamente única de se comunicar – até mesmo a sua forma estranha e adorável de escrever quase tudo errado, com erros que são compreensíveis se você for pensar no ponto de vista de um nativo em inglês britânico.
    A baixa estatura e o formato redondo de seu corpo também a tornam uma personagem absolutamente icônica. Mas nada supera o seu jeitinho fofo de chamá-lo de "Baby Reindeer" e de "Reindeer". A palavra já tem uma sonoridade fofa. O sotaque da Martha deixa ainda melhor. Aliás, me apaixonei pelo sotaque dela.
    No fim das contas, ela realmente amou o Donny, ainda que da forma mais doentia possível.

    2. A Teri é, como disseram em algum outro comentário, a única personagem realmente saudável da série. Foi brilhante e de uma importância única termos uma personagem trans retratada de forma tão elegante, delicada e empoderada. "Teri rainha, o resto nadinha."

    3. Achei muito importante a cena em que a Martha diz ao Donny, logo no primeiro encontro: "Alguém te machucou, não foi? Me diz quem foi. EU QUERO NOMES." Ela realmente tinha razão; ela soube enxergar nele a dor e o trauma. No fundo do meu coração, eu fiquei torcendo para o Donny dizer nome e endereço, para o estupr4d0r receber uma visitinha da nossa querida Martha. Pena que não aconteceu.

    4. Se tem uma coisa que podemos apreender disso tudo, é que a polícia britânica (e talvez todas as outras) não é nada eficiente, sendo, em muitas ocasiões, a verdadeira complacência em forma de instituição.

    Enfim, é isso. Esse é o tipo de série que, embora às custas de um embrulho no estômago, nos faz refletir de verdade – afinal, essa é (ou deveria ser) a verdadeira função da arte. E, de quebra, nos coloca um sinal de alerta para os stalkers que existem na vida real. Não devemos ignorar os sinais. Qualquer segurança ainda é pouca.

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  • Régis Muni 💎🌿

    Apenas para contextualizar: o desenho original, "Avatar: A Lenda de Aang", transformou a minha vida e foi a minha luz nos momentos mais escuros. Assisti ao desenho quatro vezes (todos os episódios, quatro vezes seguidas). Tenho uma tatuagem da Tribo da Água no antebraço. Em 2013, passei três semanas escrevendo uma resenha sobre a história, nos mínimos detalhes. (🔗bit.ly/resenhaaang)

    Digo isso apenas para evidenciar minha paixão (obsessão?) por Avatar. Para mim, essa série não é algo trivial. É uma oportunidade de ouro para corrigir o desastre feito por M. Night Shyamalan naquele terrível filme live-action de 2010 – algo tão mal executado que chega a ser imperdoável.

    Portanto, estabeleço como critérios (1) o quanto esse live-action da Netflix supera a versão de Shyamalan e (2) o quanto ele é fiel e digno em relação à série original, o quanto faz jus ao desenho que todos nós amamos. Sob essa análise, não posso concordar com a enxurrada de comentários negativos que fãs (ou haters) estão fazendo.

    Nada nessa vida é perfeito. Claro, foi necessário condensar 23 episódios em 6. É óbvio que seria preciso abreviar e recortar muita coisa. O fato de esse live-action ser uma colcha de retalhos não é um demérito. O que precisamos analisar é a qualidade dessa colcha, o quanto ela está à altura do desenho original. Quanto da essência, da alma, está presente. Quanto a isso, não tenho queixas. Para mim, os produtores conseguiram preservar o essencial.

    Com exceção, talvez, do Sokka, que está muito menos sarcástico, os personagens estão muito fiéis aos originais. O Aang é levemente melancólico, mas acredito que isso faça mais sentido do que o poço de alegria que vemos no original. Até mesmo a Katara, que por enquanto não demonstrou tanto ressentimento acumulado, conseguiu retratar uma doçura e uma determinação que são características da personagem original.

    Meus elogios especiais vão para os atores que interpretam Zuko e Ozai. Atuações impecáveis, que superaram todas as minhas expectativas.

    Também ouvi dizer que os produtores do live-action pretendem divergir em alguns aspectos do desenho original. Não vejo isso como um problema. Um pouco de liberdade criativa é importante para uma adaptação apropriada aos novos formatos, bem como para revitalizar uma história que, afinal, tem quase 20 anos.

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