Pensa num "Twister" piorado e com o inglês Richard Armitage desperdiçado como um diretor de escola perdido no meio da caipirada "white trash" americana. É dramalhão familiar demais pra pouco efeito-especial, e pra piorar ainda tem o "alívio cômico" daquela inútil dupla de caipiras imbecis, que nem pra morrer serviram (poderiam, ao menos, ter rendido uma boa cena de morte pra suprir a falta geral de sangue no filme.
O filme começa como se fosse uma versão besteirol da "Globo Filmes" (melhor dizer "Televisa Filmes") para "Três Solteirões e um Bebê"; na metade vira um drama de tribunal à la "Kramer vs. Kramer" (só que sem os bons atores), e mesmo apelando para diversos, e surrados, clichês hollywoodianos, ele não consegue disfarçar sua origem e termina como um legítimo, apelativo e forçoso dramalhão mexicano.
Ainda que mais bem dirigido, e produzido, do que a média do gênero (que é por sinal bem baixa), o longa não consegue fugir dos clichês de sempre: cenas de consumismo (para cumprir as exigências de merchandising), gays afetados e assexuados, piadas escatológicas, e sotaque carioca num filme que se passa em SP. Atrás do verniz esconde-se mais do mesmo: história previsível, personagens estereotipadas e piadas que não funcionam; Paulo Gustavo, usando uma peruca ridícula, apenas repete as mesmas tiradas de seu programa de TV, 220 Volts. O problema principal é a mensagem do filme, extremamente conservadora, de que uma mulher só pode se realizar completamente casando; e a conclusão é ainda pior: “Só se consegue um príncipe se não transar após o primeiro encontro”. Se todo produto da indústria cultural é um retrato de sua época, então esse, é um triste registro do conservadorismo de nossa era.
É nítida a influência do produtor Aldrich, diretor do seminal no gênero “O Que Terá Acontecido a Baby Jane?”, sobre o filme, até pq o diretor Katzin parece mais a vontade dirigindo westerns e filmes de ação . Geraldine Page rouba o filme como a dondoca serial-killer de governantas que investe na bolsa de valores. Os outros personagens, com exceção de Ruth Gordon, são aborrecidos e quase derrubam o filme; mas os diálogos afiados, a interpretação das veteranas, e as ironias do roteiro (a dos selos foi brilhante), compensam o espetáculo.
Só o texto de Nelson Rodrigues se salva do desastre. A idéia da atualização é interessante (favela, office-boy), e poderia ter rendido um ótimo filme; embora a questão seminal sobre a "honra corrompida" de Maria Cecília devesse ser melhor contextualizada para se justificar, numa trama passada em 2013, a busca por uma solução para o "problema" da mocinha. Já o problema principal do filme é que todas as cenas chaves são tão mal executadas que perdem feio pras versões anteriores: o abuso coletivo das irmãs de Ritinha na "festinha" de Werneck não tem um décimo do impacto da primeira versão, feita em 1963! e o filme se resume à bons atores como: Grancindo Jr, Leandra Leal e João Miguel desperdiçados; e por fim temos Letícia Colin numa "interpretação" tão constrangedora, que se resume a fazer caretas, digna de um Framboesa de Ouro.
Assisti uma vez no antigo Telecine Classic, com o titulo de "Criada Para Destruir", numa semana dedicada a filmes 'trash'; e quase dormi. O filme (na verdade telefilme) é lento pra caramba e a criatura é ridiculamente cômica.
Assisti esse filmes há alguns anos no canal MGM Gold, numa época em que a TV por assinatura não era tão obvia e exibia filmes diferentes e/ou raros, como esse, que acredito nunca ter sido lançado comercialmente no Brasil. É meio que uma versão feminina de "Amargo Pesadelo", com o time de jogadoras tendo que escapar da retaliação dos caipiras que perderam um jogo de softball contra elas. É curioso sobretudo pela participação da atriz brasileira Paula Manga (creditada como Paula Hunter) filha de Carlos Manga, diretor de chanchadas clássicas da antiga produtora Atlântida.
Lembro-me de também tê-lo assistido, na Globo, há mais de 20 anos. É realmente bem anos 1980; tudo é exagerado, glamoroso e por isso hoje soa bem brega (e divertido ou trash/cult). É o típico telefilme que juntava dois assuntos, talvez então polêmicos e bastante debatidos na época: os bastidores da carreira de modelo, tema também abordado em: "Fama e Desilusão" (Miss All-American Beauty) e "Bonecas de Papel" (Paper Dolls); e o uso da imagem masculina como objeto sexual, também mostrado em "Clube para Mulheres" (For Ladies Only). Joan Collins era muito famosa na época pelo seriado "Dinastia" e Jon-Erik Hexum trabalhava no seriado "Retrato Falado", quando teve um acidente durante as gravações, e morreu.
Embora tenha a estrutura de teatro filmado o filme consegue te prender, e criar tensão, de forma exemplar. Conhecido também pelo título: "Uma Aposta Milionária".
Só imagino como essa estória, inúmeras vezes anteriormente contada, teria rendido nas mãos de um diretor habilidoso. A produção é boa, mas David Lowell Rich é muito fraco. Douglas Sirk teria "feito miséria' com esse material.
Na verdade o título brasileiro correto deste primeiro filme de Gerd Oswald é: "Amor, Prelúdio de Morte". A tradução literal só foi utilizada no remake de 1991, estrelado por Matt Dillon e Sean Young, dirigido por James Dearden (filho do diretor inglês Basil Dearden).
Engraçado, principalmente por Aniston, Farrell e Spacey. Mas não passa de um remake disfarçado de "Como Enlouquecer seu Chefe" adequado aos tempos de "Se Beber, Não Case!".
Típico telefilme que vale apenas pela presença de Jennifer Jason Leigh. Lembro-me que era exibido com certa frequência na TV com diferentes títulos: "Escravas Brancas" ou "Crime em Osaka".
"You want to see the lambada? I'll SHOW you the lambada." rsrsrs Simplesmente inacreditável! E o pior é que não foi o único filme a se aproveitar da "lambada mania".
Me lembro de assisti-lo, em meados dos anos 90, no antigo Canal 21 com o título de "O Retorno à Casablanca". Vi pela curiosidade de ter o Raul Julia no elenco; mas trata-se de uma obra estranha, visualmente datada e irregular que não consegue usar direito as referências à "Casablanca" nem homenageá-la. Parece ser um telefilme ou episódio de série de TV.
A falta de química entre Tomlin e Travolta é tão bizarra que chega a ser constrangedor, isso aliado a total cafonice da produção tornam "Vivendo Cada Momento" um melodrama simplesmente inacreditável, quase uma comédia involuntária. Um daqueles 'bad movies' que só vendo pra crer!
Essa nada sútil, e desautorizada, cinebiografia do romance real entre Aristóteles Onassis e Jackie Kennedy é tão ruim que se torna irresistível: o roteiro novelesco que parece ter sido escrito por Harold Robbins ou Sidney Sheldon; a tentativa fracassada de alterar o nome dos personagens (os Cassidys ao invés de Kennedys, Onassis trocado por Tomasis, e Maria Callas que se transforma em Sophia Matalas); a interpretação automática (estilo 'Zorba, o Grego') de Anthony Quinn. Tudo contribui para transformá-la num daqueles legítimos casos de 'guilty pleasure'.
No Olho do Tornado
3.0 632 Assista AgoraPensa num "Twister" piorado e com o inglês Richard Armitage desperdiçado como um diretor de escola perdido no meio da caipirada "white trash" americana. É dramalhão familiar demais pra pouco efeito-especial, e pra piorar ainda tem o "alívio cômico" daquela inútil dupla de caipiras imbecis, que nem pra morrer serviram (poderiam, ao menos, ter rendido uma boa cena de morte pra suprir a falta geral de sangue no filme.
Não Aceitamos Devoluções
4.2 363 Assista AgoraO filme começa como se fosse uma versão besteirol da "Globo Filmes" (melhor dizer "Televisa Filmes") para "Três Solteirões e um Bebê"; na metade vira um drama de tribunal à la "Kramer vs. Kramer" (só que sem os bons atores), e mesmo apelando para diversos, e surrados, clichês hollywoodianos, ele não consegue disfarçar sua origem e termina como um legítimo, apelativo e forçoso dramalhão mexicano.
Os Homens São de Marte… E É Pra Lá Que …
3.0 604 Assista AgoraAinda que mais bem dirigido, e produzido, do que a média do gênero (que é por sinal bem baixa), o longa não consegue fugir dos clichês de sempre: cenas de consumismo (para cumprir as exigências de merchandising), gays afetados e assexuados, piadas escatológicas, e sotaque carioca num filme que se passa em SP.
Atrás do verniz esconde-se mais do mesmo: história previsível, personagens estereotipadas e piadas que não funcionam; Paulo Gustavo, usando uma peruca ridícula, apenas repete as mesmas tiradas de seu programa de TV, 220 Volts.
O problema principal é a mensagem do filme, extremamente conservadora, de que uma mulher só pode se realizar completamente casando; e a conclusão é ainda pior: “Só se consegue um príncipe se não transar após o primeiro encontro”. Se todo produto da indústria cultural é um retrato de sua época, então esse, é um triste registro do conservadorismo de nossa era.
A Mansão dos Desaparecidos
3.9 26É nítida a influência do produtor Aldrich, diretor do seminal no gênero “O Que Terá Acontecido a Baby Jane?”, sobre o filme, até pq o diretor Katzin parece mais a vontade dirigindo westerns e filmes de ação .
Geraldine Page rouba o filme como a dondoca serial-killer de governantas que investe na bolsa de valores. Os outros personagens, com exceção de Ruth Gordon, são aborrecidos e quase derrubam o filme; mas os diálogos afiados, a interpretação das veteranas, e as ironias do roteiro (a dos selos foi brilhante), compensam o espetáculo.
Bonitinha, Mas Ordinária
2.5 189Só o texto de Nelson Rodrigues se salva do desastre. A idéia da atualização é interessante (favela, office-boy), e poderia ter rendido um ótimo filme; embora a questão seminal sobre a "honra corrompida" de Maria Cecília devesse ser melhor contextualizada para se justificar, numa trama passada em 2013, a busca por uma solução para o "problema" da mocinha. Já o problema principal do filme é que todas as cenas chaves são tão mal executadas que perdem feio pras versões anteriores: o abuso coletivo das irmãs de Ritinha na "festinha" de Werneck não tem um décimo do impacto da primeira versão, feita em 1963! e o filme se resume à bons atores como: Grancindo Jr, Leandra Leal e João Miguel desperdiçados; e por fim temos Letícia Colin numa "interpretação" tão constrangedora, que se resume a fazer caretas, digna de um Framboesa de Ouro.
Criada Para Destruir
0.8 3 Assista AgoraAssisti uma vez no antigo Telecine Classic, com o titulo de "Criada Para Destruir", numa semana dedicada a filmes 'trash'; e quase dormi. O filme (na verdade telefilme) é lento pra caramba e a criatura é ridiculamente cômica.
Jogos de Sangue
3.0 15Assisti esse filmes há alguns anos no canal MGM Gold, numa época em que a TV por assinatura não era tão obvia e exibia filmes diferentes e/ou raros, como esse, que acredito nunca ter sido lançado comercialmente no Brasil. É meio que uma versão feminina de "Amargo Pesadelo", com o time de jogadoras tendo que escapar da retaliação dos caipiras que perderam um jogo de softball contra elas. É curioso sobretudo pela participação da atriz brasileira Paula Manga (creditada como Paula Hunter) filha de Carlos Manga, diretor de chanchadas clássicas da antiga produtora Atlântida.
A Princesa da Máfia
2.4 1Telefilme "clássico" (e um dos mais reprisados) da época do 'Cinema em Casa' no SBT.
Criando Um Top Model
2.9 6Lembro-me de também tê-lo assistido, na Globo, há mais de 20 anos. É realmente bem anos 1980; tudo é exagerado, glamoroso e por isso hoje soa bem brega (e divertido ou trash/cult).
É o típico telefilme que juntava dois assuntos, talvez então polêmicos e bastante debatidos na época: os bastidores da carreira de modelo, tema também abordado em: "Fama e Desilusão" (Miss All-American Beauty) e "Bonecas de Papel" (Paper Dolls); e o uso da imagem masculina como objeto sexual, também mostrado em "Clube para Mulheres" (For Ladies Only).
Joan Collins era muito famosa na época pelo seriado "Dinastia" e Jon-Erik Hexum trabalhava no seriado "Retrato Falado", quando teve um acidente durante as gravações, e morreu.
Uma Aposta Milionária
3.7 12Embora tenha a estrutura de teatro filmado o filme consegue te prender, e criar tensão, de forma exemplar. Conhecido também pelo título: "Uma Aposta Milionária".
Madame X
3.9 29Só imagino como essa estória, inúmeras vezes anteriormente contada, teria rendido nas mãos de um diretor habilidoso. A produção é boa, mas David Lowell Rich é muito fraco. Douglas Sirk teria "feito miséria' com esse material.
Amor, Prelúdio de Morte
3.7 8Na verdade o título brasileiro correto deste primeiro filme de Gerd Oswald é: "Amor, Prelúdio de Morte". A tradução literal só foi utilizada no remake de 1991, estrelado por Matt Dillon e Sean Young, dirigido por James Dearden (filho do diretor inglês Basil Dearden).
Quero Matar Meu Chefe
3.4 1,7K Assista AgoraEngraçado, principalmente por Aniston, Farrell e Spacey. Mas não passa de um remake disfarçado de "Como Enlouquecer seu Chefe" adequado aos tempos de "Se Beber, Não Case!".
Império da Morte
2.1 3Típico telefilme que vale apenas pela presença de Jennifer Jason Leigh. Lembro-me que era exibido com certa frequência na TV com diferentes títulos: "Escravas Brancas" ou "Crime em Osaka".
O Morto Vivo
3.1 52Exibido pela HBO com o "criativo" título: "O Morto-Vivo".
Elevador para o Além
3.1 42Lembro de assisti-lo na TV com o título de "Pesadelo no 13º Andar".
Lambada! A Dança Proibida
2.4 188"You want to see the lambada? I'll SHOW you the lambada." rsrsrs
Simplesmente inacreditável! E o pior é que não foi o único filme a se aproveitar da "lambada mania".
Projeto Casablanca
2.6 2Me lembro de assisti-lo, em meados dos anos 90, no antigo Canal 21 com o título de "O Retorno à Casablanca". Vi pela curiosidade de ter o Raul Julia no elenco; mas trata-se de uma obra estranha, visualmente datada e irregular que não consegue usar direito as referências à "Casablanca" nem homenageá-la. Parece ser um telefilme ou episódio de série de TV.
O Elevador sem Destino
2.7 87Me lembro de vê-lo no SBT com o seguinte título: "O Elevador Sem Destino".
Pague Para Entrar, Reze Para Sair
3.1 345Esse título nacional "Pague Para Entrar, Reze Para Sair" é SENSACIONAL, muito melhor do que o original "The Funhouse".
A Cada Momento
3.2 3A falta de química entre Tomlin e Travolta é tão bizarra que chega a ser constrangedor, isso aliado a total cafonice da produção tornam "Vivendo Cada Momento" um melodrama simplesmente inacreditável, quase uma comédia involuntária. Um daqueles 'bad movies' que só vendo pra crer!
O Magnata Grego
3.5 11Essa nada sútil, e desautorizada, cinebiografia do romance real entre Aristóteles Onassis e Jackie Kennedy é tão ruim que se torna irresistível: o roteiro novelesco que parece ter sido escrito por Harold Robbins ou Sidney Sheldon; a tentativa fracassada de alterar o nome dos personagens (os Cassidys ao invés de Kennedys, Onassis trocado por Tomasis, e Maria Callas que se transforma em Sophia Matalas); a interpretação automática (estilo 'Zorba, o Grego') de Anthony Quinn. Tudo contribui para transformá-la num daqueles legítimos casos de 'guilty pleasure'.