O Lynch se explicando é uma das coisas mais genias que eu já vi na Tv. Em 8 de abril de 1990, a bomba atômica da Tv explodiu, sem nem mesmo nós fãs de Twin Peaks percebermos, muito menos o dito fã de seriado, aquele que acha La Casa de Papel uma das melhores séries já feitas e, talvez até o próprio Lynch, na época com o seu audacioso projeto, não imaginaria o tamanho de tal feito. E agora com mais um marco na Tv eu percebo como fui contaminado pela radiação que foi se propagando desde aquele primeiro episódio, o primeiro "Damn good coffee" aliás, o damn good coffee é mais sobre a experiência do que o sabor e isso diz muito sobre a obra. Twin Peaks não só voltou a ser a melhor coisa na televisão, ela é a televisão desde o seu acontecimento.
Era de se se esperar que a Netflix manteria o nível de Black Mirror, só isso bastaria para a temporada já valer a pena. Entretanto, a série conseguiu subir ainda mais de patamar. Até então, tínhamos um retrato escatólogo sobre como o mal uso da tecnologia pode nos afetar - este ponto poderia ser ilustrado em vários episódios onde a sociedade se tornou não só dependente, mas escrava da tecnologia. Essas críticas são muito bem vindas, porém, nem Black Mirror está salva da necessidade patológica de sermos surpreendidos, de algo novo. Para que isso não aconteça, os roteiristas precisam se superar a cada episódio. Bom, eles conseguiram e com maestria.
Escolhi falar do episódio 3x4 - San Junipero, o episódio que mais mexeu comigo.
Contém Spoilers!
O melhor, mais humano e reflexivo episódio de Black Mirror
É aquele tipo de episódio que desafia até a própria série. Mexeram com a mente de todo mundo e nos deixaram apavorados com o futuro. Mal-estar em doses cavalares, mas sem cair no repetitivo. Em 'San Junipero', nos é oferecido o benefício da dúvida. Afinal, é o episódio mais subjetivo e aberto da série.
Pode representar o avanço máximo da ciência em detrimento da religião, mas não é uma exaltação à ciência. Brincam de Deus e com o questionamento que vem assolando o homem desde o princípio dos tempos: Existe vida após a morte? Mas, apesar disso, é o episódio mais sentimental e bíblico da série.
A ideia de um paraíso artificial poderia mudar todo o curso natural da humanidade? Até os céticos ficariam balançados com a possibilidade e, ironicamente, se você não acredita em nada e escolhe repousar eternamente em um paraíso artificial; bom, suas definições de convicções foram atualizadas.
Entretanto, a genialidade do episódio não para por aí. Em uma espécie de terapia à base de nostalgia, idosos que já estão perto da morte têm a chance de conhecer San Junipero. A principio parece ser um lugar de libertação, onde as pessoas vivem a melhor das épocas - jovens no auge do vigor físico e da beleza, dançando, se divertindo, jogando fliperama... Acontece que, San Junipero é apenas um lugar de passagem. Onde é possível apenas 'turistar' ou ser permanente. Seu tempo é curto, afinal você está morrendo. É preciso escolher entre a sedutora proposta de viver sem dor (física) e sem as demais preocupações de uma vida terrena ou optar pelo desconhecido onde, sei lá, você poderia reencontrar seus entes queridos.
O homem com o poder de escolher o que fazer depois da morte. Quais as implicações que isso poderia causar? É através da história de amor entre Yorkie e Kelly que, de forma brilhante, Black Mirror nos proporciona sua mais ambiciosa e profunda reflexão.
Para isso acontecer, foi preciso recorrer para o sentimento, uma bela história de amor entre uma garota introvertida e uma mulher bem resolvida. O tempo é o elemento chave para isso. No começo era meio vago o porquê da Kelly ficar tão aflita e preocupada em se divertir. Com o desenrolar do episódio, o tempo vai se afunilando e fazendo com que fiquemos ainda mais envolvidos com as duas. É quase que imprescindível que fiquemos pelo menos um pouco envolvidos. Se você está achando que Black Mirror não está sendo Black Mirror e tem preconceito com romances, é bem provável que você irá odiar este episódio. Com o final, você entende as motivações das duas e as consequências de suas escolhas. A Kelly abdicou da esperança de encontrar sua família e a Yorkie finalmente se libertou.Obviamente, para a Yorkie a escolha foi mais fácil, ela sofreu com a repressão dos seus pais e viveu a maior parte da sua vida em estado vegetativo - fruto de um acidente provocado por essa repressão. San Junipero representa a chance de finalmente viver. Ela nunca tinha dançado nem feito coisas banais, como sexo. Imaginem um futuro onde as pessoas que estão nesta terrível condição possam ter este tipo de escolha? É bastante esperançoso, não? Já a Kelly, teve um relacionamento de 49 anos e uma filha. Ao optar por San Junipero ela trairia seu marido, este que não conseguiria viver sabendo que sua filha não estaria lá. Agora está por conta do espectador refletir sobre tudo que foi apresentado.
Será que o final é feliz mesmo? A ambiguidade do final mais o amor entre as duas, mostra que Black Mirror mesmo não chocando consegue ser brilhante.
O conceito simbólico de céu e inferno pode ser representado pelos diferentes ambientes de San Junipero, o que nos remete ao personagem do fliperama. Um rapaz que está sempre ali, na boate, talvez em busca de um grande amor. Será ele um turista ou um permanente? A boate é um lugar meio termo, um lugar de passagem onde você pode encontrar o amor ou a decepção. Quagmire é o lugar de aflição onde as pessoas estão procurando sentir algo. San Junipero pode proporcionar uma linda história de amor ou um eterno mergulho sem volta na solidão, arrependimento e desespero.
The Knick estreia no mundo das séries entregando uma temporada primorosa. A série tem o mérito de explorar muito bem os seus personagens, mas muito bem mesmo. Interligando incom questões sociais e, um contexto histórico perfeitamente aplicado. A produção incrível e as técnicas de filmagem do Soderbergh, são mais um trunfo. Além disso, todo esse contexto histórico, desperta curiosidade, fazendo de The Knick uma série inspiradora. Vemos a história sendo construída. O avanço da medicina, os avanços e desavanços da sociedade. Tudo isso sem medo de chocar. O personagem principal é arrogante, viciado e brilhante. Ainda bem que o Clive Owen aceitou o desafio de encarar a Tv.
Aziz Ansari estrela e produz a própria série bota a mãe e o pai pra trabalhar nela e, pega a Claire Danes em um dos episódios. Parece o Clint Eastwood em seus filmes, haha,
Quando o Kevin morre, ele só precisava fazer uma simples tarefa para poder ressuscitar, que era cantar. Entretanto, não é tão fácil quanto parece. As vezes precisamos nos desprender totalmente das amarras e simplesmente cantar.
Depois de uma série de cenas bem bestinhas e algumas estupidas mesmo, tipo a fuga de bicicleta; eu resolvi não dar continuidade. Sense8 mistura alguns momentos tensos com outros bem apelativos e bestas. Em alguns momentos nem parecia série da Netflix, mas sim de algum canal adolescente onde o diretor obrigatoriamente deve agradar o seu público alvo. Fazer uma série como essa não é fácil, por isso não vou meter porrada nos Wachowski.
Eu tô angustiado, meu coração tá apertado. Série como essa não se vê mais por aí. Eu comparo Mad Men com os road movies que eu tanto prezo. Os personagens estão sempre à procura de autoconhecimento, se descobrindo e não necessariamente precisam de uma estrada e um possante para isso. É claro que nós meros expectadores não fugimos dessa sina, essa procura é constante. Don Draper é um dos personagens mais marcantes da Tv e não estamos tão distante dele como pensamos.
O exemplo do Leonard, na belíssima cena onde o Don o abraça. Ah, que cena! É a minha favorita de toda a série. Ele é um cara que mesmo depois de ter se casado, ter tido filhos e ter construído uma vida razoavelmente boa, não aprendeu o que é amor. Leonard se sente invisível aos olhos das outras pessoas, incluindo sua própria família. Quando ele resolve desabafar num retiro espiritual hippie, vem um dos momentos mais brilhantes de toda a série a meu ver. ''Sonhei que estava em uma prateleira de uma geladeira. Alguém fecha a porta a luz apaga e sei que todos estão lá fora comendo. Então eles abrem a porta e você os vê sorrindo. Eles estão felizes por verem você, mas talvez não estejam olhando para você... E talvez não peguem você... Então a porta se fecha de novo. A luz apaga. '' Peraí, mas esse sou eu! essa foi minha reação ao ver a cena. Com o Don acontece algo parecido. Mesmo sendo um cara reconhecido e desejado por todas as mulheres e o Leonard seja apenas um cara comum, que sempre passa despercebido, quando ele fala como se sente usando a metáfora da prateleira, a empatia é instantânea. Para essas ultimas cenas cabem muitas interpretações, não podíamos esperar menos de Matthew Weiner que foi bastante relevante em The Sopranos. Dois finais geniais, que baita diretor.
"Let's say goodnight to everybody. Goodnight moon. Goodnight stars. Goodnight po-pos. Goodnight fiends. Goodnight hoppers. Goodnight hustlers. Goodnight scammers. Goodnight to everybody. Goodnight to one and all."
Acredito que todos os eps ''históricos'' de Mad Men merecem um 10. Todos com uma riqueza de detalhes impressionante, onde dificilmente veremos em outra série.
A cena final não surpreende quem vem acompanhando o trabalho do Weiner. Só mais sete agora, o que me deixa muito triste.
Depois de ter terminado ''Isabella'', pensei: Que porra é essa que eu estou assistindo aqui? isso em 2013... Quem viu na época acho que não captou tamanha revolução que foi essa série.
Puta merda! e só foi o segundo episódio. Eu particularmente sou fã do personagem, o mais engraçado é que ficamos torcendo pra que a tortura psicológica do Joffrey tivesse fim, mas terminou com um desfecho tão surpreendente quanto o do Red Wedding. Cena tecnicamente e artisticamente perfeita! Aprende aí globo como se faz casamentos.
Andor (1ª Temporada)
4.2 173 Assista AgoraÉ a melhor coisa já feita no universo Star Wars desde a Fortaleza Escondida.
Twin Peaks (3ª Temporada)
4.4 621 Assista AgoraQueira levar um amigo pra beber no Roadhouse, pedir Pabst Blue Ribbon e arrumar uma briga!
Twin Peaks (3ª Temporada)
4.4 621 Assista AgoraO Lynch se explicando é uma das coisas mais genias que eu já vi na Tv.
Em 8 de abril de 1990, a bomba atômica da Tv explodiu, sem nem mesmo nós fãs de Twin Peaks percebermos, muito menos o dito fã de seriado, aquele que acha La Casa de Papel uma das melhores séries já feitas e, talvez até o próprio Lynch, na época com o seu audacioso projeto, não imaginaria o tamanho de tal feito.
E agora com mais um marco na Tv eu percebo como fui contaminado pela radiação que foi se propagando desde aquele primeiro episódio, o primeiro "Damn good coffee" aliás, o damn good coffee é mais sobre a experiência do que o sabor e isso diz muito sobre a obra. Twin Peaks não só voltou a ser a melhor coisa na televisão, ela é a televisão desde o seu acontecimento.
Black Mirror (3ª Temporada)
4.5 1,3K Assista AgoraEra de se se esperar que a Netflix manteria o nível de Black Mirror, só isso bastaria para a temporada já valer a pena. Entretanto, a série conseguiu subir ainda mais de patamar. Até então, tínhamos um retrato escatólogo sobre como o mal uso da tecnologia pode nos afetar - este ponto poderia ser ilustrado em vários episódios onde a sociedade se tornou não só dependente, mas escrava da tecnologia. Essas críticas são muito bem vindas, porém, nem Black Mirror está salva da necessidade patológica de sermos surpreendidos, de algo novo. Para que isso não aconteça, os roteiristas precisam se superar a cada episódio. Bom, eles conseguiram e com maestria.
Escolhi falar do episódio 3x4 - San Junipero, o episódio que mais mexeu comigo.
Contém Spoilers!
O melhor, mais humano e reflexivo episódio de Black Mirror
É aquele tipo de episódio que desafia até a própria série. Mexeram com a mente de todo mundo e nos deixaram apavorados com o futuro. Mal-estar em doses cavalares, mas sem cair no repetitivo. Em 'San Junipero', nos é oferecido o benefício da dúvida. Afinal, é o episódio mais subjetivo e aberto da série.
Pode representar o avanço máximo da ciência em detrimento da religião, mas não é uma exaltação à ciência. Brincam de Deus e com o questionamento que vem assolando o homem desde o princípio dos tempos: Existe vida após a morte? Mas, apesar disso, é o episódio mais sentimental e bíblico da série.
A ideia de um paraíso artificial poderia mudar todo o curso natural da humanidade?
Até os céticos ficariam balançados com a possibilidade e, ironicamente, se você não acredita em nada e escolhe repousar eternamente em um paraíso artificial; bom, suas definições de convicções foram atualizadas.
Entretanto, a genialidade do episódio não para por aí. Em uma espécie de terapia à base de nostalgia, idosos que já estão perto da morte têm a chance de conhecer San Junipero. A principio parece ser um lugar de libertação, onde as pessoas vivem a melhor das épocas - jovens no auge do vigor físico e da beleza, dançando, se divertindo, jogando fliperama... Acontece que, San Junipero é apenas um lugar de passagem. Onde é possível apenas 'turistar' ou ser permanente.
Seu tempo é curto, afinal você está morrendo. É preciso escolher entre a sedutora proposta de viver sem dor (física) e sem as demais preocupações de uma vida terrena ou optar pelo desconhecido onde, sei lá, você poderia reencontrar seus entes queridos.
O homem com o poder de escolher o que fazer depois da morte. Quais as implicações que isso poderia causar? É através da história de amor entre Yorkie e Kelly que, de forma brilhante, Black Mirror nos proporciona sua mais ambiciosa e profunda reflexão.
Para isso acontecer, foi preciso recorrer para o sentimento, uma bela história de amor entre uma garota introvertida e uma mulher bem resolvida. O tempo é o elemento chave para isso. No começo era meio vago o porquê da Kelly ficar tão aflita e preocupada em se divertir. Com o desenrolar do episódio, o tempo vai se afunilando e fazendo com que fiquemos ainda mais envolvidos com as duas.
É quase que imprescindível que fiquemos pelo menos um pouco envolvidos. Se você está achando que Black Mirror não está sendo Black Mirror e tem preconceito com romances, é bem provável que você irá odiar este episódio.
Com o final, você entende as motivações das duas e as consequências de suas escolhas. A Kelly abdicou da esperança de encontrar sua família e a Yorkie finalmente se libertou.Obviamente, para a Yorkie a escolha foi mais fácil, ela sofreu com a repressão dos seus pais e viveu a maior parte da sua vida em estado vegetativo - fruto de um acidente provocado por essa repressão.
San Junipero representa a chance de finalmente viver. Ela nunca tinha dançado nem feito coisas banais, como sexo. Imaginem um futuro onde as pessoas que estão nesta terrível condição possam ter este tipo de escolha? É bastante esperançoso, não?
Já a Kelly, teve um relacionamento de 49 anos e uma filha. Ao optar por San Junipero ela trairia seu marido, este que não conseguiria viver sabendo que sua filha não estaria lá.
Agora está por conta do espectador refletir sobre tudo que foi apresentado.
Será que o final é feliz mesmo? A ambiguidade do final mais o amor entre as duas, mostra que Black Mirror mesmo não chocando consegue ser brilhante.
O conceito simbólico de céu e inferno pode ser representado pelos diferentes ambientes de San Junipero, o que nos remete ao personagem do fliperama. Um rapaz que está sempre ali, na boate, talvez em busca de um grande amor. Será ele um turista ou um permanente?
A boate é um lugar meio termo, um lugar de passagem onde você pode encontrar o amor ou a decepção. Quagmire é o lugar de aflição onde as pessoas estão procurando sentir algo.
San Junipero pode proporcionar uma linda história de amor ou um eterno mergulho sem volta na solidão, arrependimento e desespero.
Twin Peaks (2ª Temporada)
4.2 299James Hurley é o pior personagem de todos os tempos envolvendo Tv e cinema.
The Knick (1ª Temporada)
4.5 144 Assista AgoraThe Knick estreia no mundo das séries entregando uma temporada primorosa. A série tem o mérito de explorar muito bem os seus personagens, mas muito bem mesmo. Interligando incom questões sociais e, um contexto histórico perfeitamente aplicado. A produção incrível e as técnicas de filmagem do Soderbergh, são mais um trunfo. Além disso, todo esse contexto histórico, desperta curiosidade, fazendo de The Knick uma série inspiradora. Vemos a história sendo construída. O avanço da medicina, os avanços e desavanços da sociedade. Tudo isso sem medo de chocar.
O personagem principal é arrogante, viciado e brilhante. Ainda bem que o Clive Owen aceitou o desafio de encarar a Tv.
Master of None (1ª Temporada)
4.2 247 Assista AgoraAziz Ansari estrela e produz a própria série
bota a mãe e o pai pra trabalhar nela e, pega a Claire Danes em um dos episódios.
Parece o Clint Eastwood em seus filmes, haha,
The Leftovers (2ª Temporada)
4.5 422 Assista AgoraA metáfora usada no ultimo episódio foi muito boa.
Quando o Kevin morre, ele só precisava fazer uma simples tarefa para poder ressuscitar, que era cantar. Entretanto, não é tão fácil quanto parece. As vezes precisamos nos desprender totalmente das amarras e simplesmente cantar.
Rectify (1ª Temporada)
4.3 83Sensacional, Daniel Holden é um dos personagens mais carismáticos que eu já vi na tv.
Essa série é um achado.
BoJack Horseman (1ª Temporada)
4.3 286 Assista Agorawhaaaaaaaaaaaaaaaaaat, get out of here!
Sense8 (1ª Temporada)
4.4 2,1K Assista AgoraDepois de uma série de cenas bem bestinhas e algumas estupidas mesmo, tipo a fuga de bicicleta; eu resolvi não dar continuidade. Sense8 mistura alguns momentos tensos com outros bem apelativos e bestas. Em alguns momentos nem parecia série da Netflix, mas sim de algum canal adolescente onde o diretor obrigatoriamente deve agradar o seu público alvo. Fazer uma série como essa não é fácil, por isso não vou meter porrada nos Wachowski.
Mad Men (7ª Temporada)
4.6 387 Assista AgoraEu tô angustiado, meu coração tá apertado. Série como essa não se vê mais por aí.
Eu comparo Mad Men com os road movies que eu tanto prezo.
Os personagens estão sempre à procura de autoconhecimento, se descobrindo e não necessariamente precisam de uma estrada e um possante para isso.
É claro que nós meros expectadores não fugimos dessa sina, essa procura é constante. Don Draper é um dos personagens mais marcantes da Tv e não estamos tão distante dele como pensamos.
O exemplo do Leonard, na belíssima cena onde o Don o abraça. Ah, que cena! É a minha favorita de toda a série. Ele é um cara que mesmo depois de ter se casado, ter tido filhos e ter construído uma vida razoavelmente boa, não aprendeu o que é amor. Leonard se sente invisível aos olhos das outras pessoas, incluindo sua própria família. Quando ele resolve desabafar num retiro espiritual hippie, vem um dos momentos mais brilhantes de toda a série a meu ver.
''Sonhei que estava em uma prateleira de uma geladeira. Alguém fecha a porta a luz apaga e sei que todos estão lá fora comendo. Então eles abrem a porta e você os vê sorrindo. Eles estão felizes por verem você, mas talvez não estejam olhando para você... E talvez não peguem você... Então a porta se fecha de novo. A luz apaga. ''
Peraí, mas esse sou eu! essa foi minha reação ao ver a cena. Com o Don acontece algo parecido. Mesmo sendo um cara reconhecido e desejado por todas as mulheres e o Leonard seja apenas um cara comum, que sempre passa despercebido, quando ele fala como se sente usando a metáfora da prateleira, a empatia é instantânea.
Para essas ultimas cenas cabem muitas interpretações, não podíamos esperar menos de Matthew Weiner que foi bastante relevante em The Sopranos. Dois finais geniais, que baita diretor.
Demolidor (1ª Temporada)
4.4 1,5K Assista Agora"The world around us is preoccupied with celebrity weddings and cat videos"
The Office (4ª Temporada)
4.5 232Temporada sensacional
The Wire (5ª Temporada)
4.6 113"Let's say goodnight to everybody. Goodnight moon. Goodnight stars. Goodnight po-pos. Goodnight fiends. Goodnight hoppers. Goodnight hustlers. Goodnight scammers. Goodnight to everybody. Goodnight to one and all."
Black Mirror: White Christmas
4.5 452Black Mirror deveria ser algo educacional.
Mad Men (7ª Temporada)
4.6 387 Assista AgoraAcredito que todos os eps ''históricos'' de Mad Men merecem um 10. Todos com uma riqueza de detalhes impressionante, onde dificilmente veremos em outra série.
A cena final não surpreende quem vem acompanhando o trabalho do Weiner. Só mais sete agora, o que me deixa muito triste.
Mad Men (6ª Temporada)
4.5 165 Assista AgoraMelhor temporada com certa facilidade.
Arrested Development (1ª Temporada)
4.3 213 Assista AgoraPlots do Gob e Tobias quase me mataram engasgado.
NÃO comam assistindo as 3 primeiras temps de AD
Black Mirror (2ª Temporada)
4.4 753 Assista AgoraIncrível como o conceito de vários episódios daria um belo roteiro hollywoodiano.
Essa 3 temporada tem que sair.
Família Soprano (1ª Temporada)
4.5 256 Assista AgoraDepois de ter terminado ''Isabella'', pensei: Que porra é essa que eu estou assistindo aqui? isso em 2013... Quem viu na época acho que não captou tamanha revolução que foi essa série.
Família Soprano (5ª Temporada)
4.7 124Que temporada! Só perde pra sexta por motivos óbvios. Long Term Parking é uma obra prima sem precedentes na tv. Grande GanDeusfini.
Spartacus: A Guerra dos Condenados (3ª Temporada)
4.5 637 Assista AgoraSdds
Game of Thrones (4ª Temporada)
4.6 1,5K Assista AgoraPuta merda! e só foi o segundo episódio.
Eu particularmente sou fã do personagem, o mais engraçado é que ficamos torcendo pra que a tortura psicológica do Joffrey tivesse fim, mas terminou com um desfecho tão surpreendente quanto o do Red Wedding. Cena tecnicamente e artisticamente perfeita!
Aprende aí globo como se faz casamentos.