Uma verdadeira homenagem a Sir Arthur Conan Doyle, Agatha Christie e os grandes escritores de romance policial - e claro aos fãs desse gênero. Eu cresci lendo Agatha Christie, amo de paixão esse gênero de história "whodunnit", logo o trailer já me prendeu por si só. E o filme não decepciona. Mantém o espectador vidrado do começo ao fim. A revelação de como ocorreu a morte no meio do filme, ao invés de estragar a experiência, só intriga ainda mais sobre os detalhes do que ainda precisa ser descoberto. O elenco de peso só ajuda a dar mais vontade de assistir à história e Ana de Armas é uma belíssima surpresa que ajuda a dar profundidade a um papel e uma história que, por si só, poderia ser bem rasa, apesar de divertida.
O filme é um acalento. Esteticamente lembra um pouco Wes Anderson, principalmente Moonrise Kingdom, mas o roteiro tem a assinatura do Taika Waititi, com o característico humor inocente, mas inteligente, que não menospreza a audiência só por ser family-friendly.
O próprio Taika como o Hitler-amigo-imaginário está muito bom e gera alguns dos melhores momentos do filme; Scarlett Johansson está encantadora; o menininho que faz o Yorki é precioso e Roman Griffin Davis e Thomasin McKenzie são surpresas muito positivas, com atuações cativantes e cheias de nuances. O trio de Sam Rockwell, Alfie Allen e Rebel Wilson funciona muito bem e traz boa parte do humor do filme.
O começo é forte, diz a que veio, choca quem não sabia o que esperar com uma sátira do nazismo e gera curiosidade e fascínio e, do meio para o final, o filme comove, sensibiliza e fecha muito bem a história. Mas o desenvolvimento do ponto central do filme, quando Jojo descobre Elsa, se torna um pouco arrastado até realmente cativar.
Que filme ❤️ Mensagem clara, impactante e poderosa. Ótimas atuações. Roteiro e direção que criam um ritmo envolvente e de tensão ao filme, mesclam drama, suspense e comédia, além de fazer uma das coisas que eu mais amo: o uso inteligente de figuras de linguagem pra trabalhar o tema central da história. As metáforas com os insetos, a chuva e o bêbado, a antítese com as janelas e a arquitetura das duas casas, o foreshadowing do cheiro, a ironia da fetichização de gente pobre pelos ricos e a quebra de expectativa c o final.
Um dos meus favoritos de 2019 sem dúvida. Talvez o favorito
É um excelente trabalho de construção de personagem. Tanto pelo roteiro, quanto pela atuação e o trabalho de direção do Fernando Meirelles. Os papas criam dimensão com cada interpretação fictícia que o filme aplica aos fatos reais. As atuações do Anthony Hopkins e do Jonathan Pryce, principalmente, estão impecáveis. eles verdadeiramente se transformaram nos papas e ainda adicionaram esse carisma a mais. A condução da história e o ritmo do filme também se seguram do começo ao fim com bons usos de flashback.
Minha crítica maior é só que o roteiro, apesar de ter ótimos diálogos, pode ser um pouco maniqueísta às vezes. É um filme bastante autoral, no sentido que a visão do Meirelles e a admiração ao Papa Francisco como redentor da Igreja Católica ficam bem claras, mas isso não é um problema. Pelo contrário, é parte do que o cinema deveria ser. Só não é uma narrativa que apela para mim especificamente.
Atuações comoventes e delicadas da Scarlett Johansson e do Adam Driver. Também conta com diálogos muito inspirados e escritos de forma muito orgânica e natural.
Porém o restante das atuações são muito caricatas e destoam demais da sutileza do filme. Apesar dos bons diálogos, achei a condução da história um pouco forçada pra gerar conflito, indo contra parte da construção dos personagens até então.
Além disso, a história de um diretor de teatro e uma atriz de Hollywood que faturam milhões não cumpre a promessa de o cidadão comum que já se divorciou ou está em um relacionamento se ver no filme.
Eu fui esperando sei lá o que, mas definitivamente não esperava gostar tanto. Tô vendo que vai entrar na minha lista de filmes cotados para Melhor Atriz que eu acho que deveriam era levar Melhor Filme, junto com Cisne Negro, O Quarto de Jack e Garota Exemplar.
Eu tinha preconceito com a Margot Robbie, achava ela bonita e só. Ela calou minha boca. Está excepcional nesse filme, a linguagem corporal dela como Tonya, transmitindo a brutalidade rústica da personagem, está impecável. Ela dá um show. Allison Janney é outra que está perfeita, transformando uma personagem odiável em carismático (mesmo que ainda odiável). Excelentes transformações e atuações.
Falando em transformações, a maquiagem desse filme é on point. Incrível como eles envelhecem os atores, de forma muito natural e orgânica, mas transformando eles todos. Figurino e produção também está demais. Tudo berra anos 80.
O roteiro e a edição são tão acertados. Deixam o filme dinâmico, usa quebra de quarta parede de maneira eficiente, sem ficar muito exagerado. Intercalar a narração dos depoimentos com os acontecimentos também foi excelente para ditar o ritmo acelerado e intenso do filme.
Achei que o filme sobre tratar assuntos pesados com "leveza" e humor, mas sem nunca deixar parecer que os assuntos não eram pesados. Ele é bastante crítico de todos os personagens reais e deixa bem claro sua perspectiva dos acontecimentos. Os fatos reais por si só são tão absurdos que eu não sei como não tinham pensado em fazer esse filme antes.
Um dos piores filmes que já vi. É infinitamente pior que filmes conhecidos por ser ruins (tipo Sharknado) pq ele se leva a sério e é muito pedante, como se ele dissesse pra quem tá assistindo ao decorrer do filme "eu sou um excelente filme", mas na real é intragável.
Uma história bonita e importante de ser contada e espero que o filme faça muito sucesso e que várias pessoas se familiarizem com a história de Katherine, Dorothy e Mary. O elenco está sólido (o trio principal e Kevin Costner estão bem superiores ao que Kirsten Dunst e Jim Parsons entregam) e Janelle Monae surpreende. É um filme bacana. Gostoso de assistir, mas não muito marcante.
Filme incrível. Tom Ford segue ganhando meu coração <3
Com dois filmes apenas no currículo, ele já tem uma identidade muito forte de direção e roteiro, tanto no campo visual quanto temático. Ele traz todas as referências de moda do passado de estilista e isso se traduz no esquema de cores incrível que ele imprime para ajudar a criar a identidade dos personagens (como ele fez em Direito de Amar com as cores variando entre tons pasteis e cores vivas para identificar o estado de espírito do protagonista e como faz em Animais Noturnos para mostrar a depressão da personagem da Amy Adams com tons brancos e azuis, cores frias e a paixão do personagem do Jake Gyllenhaal, com cores quentes, vermelho, laranja e amarelo), além, é claro, da assinatura com todo o visual cool e figurinos maravilhosos.
O roteiro é espetacular, criando tensão a cada cena, culminando num final inesperado e que fecha bem com o tema de história. As metáforas do livro com a relação dos dois personagens principais são simples, mas interessantes e eficazes. E a construção do personagem da Amy Adams é excelente e complexa.
Parte da construção de personagem é mérito da Amy Adams, que está com uma atuação excepcional. O contraste entre a Susan do passado e a Susan do presente é tão sutil, mas faz tanta diferença. Laura Linney e Michael Shannon também estão bem, mas além de Amy, são Jake Gyllenhaal e Aaron Taylor-Johnson que se destacam. Jake com uma das melhores atuações dele, visceral e comovente e Aaron surpreendente, com uma excelente entrega e convencendo na psicopatia do personagem.
É um roubo que esse filme esteja concorrendo ao Oscar somente por ator coadjuvante, ainda mais com o Shannon que não é nem o melhor ator coadjuvante do filme (alo Taylor-Johnson). Deveria ser campeão de indicações ao invés do superestimado La La Land.
Excelente atuação de Viggo Mortensen e de TODOS os filhos dele - até mesmo os atores mirins. Que só é possível pelo belíssimo trabalho de construção de personagem do roteiro. O filme segue um formato comercial clássico de road movie, então é bem agradável e tranquilo de assistir, mas subverte totalmente o gênero com seus temas. Foi uma decisão muito interessante e acertada.
Todas as metáforas e referências visuais que o filme traz colaboram muito com a temática de quebra do sistema capitalista americano, com a violência através do videogame, o sistema público de ensino falho, o consumismo exacerbado, o moralismo religioso, etc. A fotografia também é inteira muito bonita e o figurino ajuda muito na construção de personagens e na identidade visual do filme.
A sequência que tem Sweet Child of Mine (sem spoilers) como trilha sonora é muito sensível e fecha o filme com chave de ouro.
O filme funciona bem como uma homenagem às comédias românticas da década 40 e 50, com as sequências musicais e o realismo fantástico. Além de toda à referência visual clara ao período (desde o figurino dos protagonistas aos cenários) e do tema de jazz, ainda ressuscita todo o clima sobre o homem e a mulher se provocarem, fingirem não se querer, o interesse romântico masculino inicialmente desinteressado e inacessível. Mas é isso.
O filme tem uma fotografia bonita, o uso de iluminação é muito bacana e toda a direção de arte é acertada para trazer esse saudosismo hipster que o filme traz. O filme tem duas sequências marcantes (a da dança no planetário e a do "flashback" mais pro final) e a música principal é bonita e fica na cabeça. Emma Stone está com uma atuação legal, mas Ryan Gosling está medíocre. Considerando tudo isso, o filme é bacana, legal, e completamente superestimado.
Quando eu vi a proposta, achei que o filme ia fazer reflexões sobre a indústria do entretenimento, sobre a dificuldade de se perseguir o sonho de ser artista, sobre o conflito entre ganhar dinheiro/produzir arte autoral, enfim, tem um milhão de temas relacionados ao mundo da arte que poderiam ter sido abordados. A Academia ama eles, ia justificar pq está sendo tão quitado e recebendo tantos prêmios. Taí O Artista e Birdman, nos anos mais recentes, provando isso. E apesar de não ser a coisa mais relevante da vida, são temas interessantes de se refletir sobre e que tem valor artístico como metalinguagem.
Mas não, o roteiro é muito mal construído. Flerta com esses tópicos, mas não se aprofunda em nenhum deles e desconhece o conceito de autocrítica. É raso, sem nenhum uso de comparações ou metáforas pra se discutir esses assuntos e se limita a ser uma comédia romântica - o que não é necessariamente ruim. Mas comédia romântica por comédia romântica, tem outras muito melhores. Se vc seguir na linha hipster, 500 dias com ela é superior, por exemplo. Se for por musicais, vá com Moulin Rouge - ok, que daí pode perder a parte da comédia. Essa, além de ser uma história rasa, ainda parece fora de lugar nos dias de hoje, com uma tentativa desconfortável de trazer de volta um passado que ninguém na produção do filme viveu e, portanto, está mal colocado, e que torna os personagens - principalmente Sebastian - incrivelmente pedantes.
É um filme legal tecnicamente e bem ruinzinho de conteúdo.
O filme é tecnicamente excelente. Trilha sonora impecável que constrói pra situação de medo, fotografia linda com takes de perder o fôlego e que trabalham com a imaginação e ansiedade do espectador, que fica procurando atrás dos personagens nas tomadas de câmera amplas pelo vilão anônimo e uma direção muito acertada. O vilão é, por si só, um conceito muito assustador (sua anonimidade, invencibilidade, o fator stalker).
No entanto, toda a questão de como as vítimas se colocam nessa situação é muito mal feito e diminui a qualidade do filme. Não precisava ser por meio de sexo, não precisava ter o paralelo com AIDS/DST. É possível tratar de tantos assuntos com terror (só ver Babadook e o luto, A Visita e o medo de envelhecer, ou A Bruxa e a independência feminina) e os roteiristas/produtores me escolhem falar de DSTs e com um tom que soa até bem conservador. É impossível não notar uma certa crítica atrasada à ~~promiscuidade~~, além de, aliado ao fato de termos uma protagonista feminina, soar como slutshaming.
Apesar disso tudo, ele funciona como terror. É bem melhor que a média dos filmes de terror e, sem dúvidas, entra no rol de filmes desse última leva de terror dos últimos 2 anos que vêm surpreendendo positivamente.
Eu ia fazer um comentário, mas daí li o do Madson lá embaixo e ele tirou todas as palavras da minha boca. Vou até postar de novo.
"Adorei Fassbender e diversos aspectos ténicos (como foto, montagem e trilha), mas o roteiro do Sorkin faz o filme de refém na dimensão (ou falta dela) dada a todos os personagens, e se isso afeta menos o protagonista, ele aniquila qualquer dimensão que os coadjs possam ter. Rogen repete o mesmo discurso 3 vezes, Winslet se transforma na maior escada do ano e Daniels quase vira vilão devido ao flashback mais desnecessário da temporada.
A estruturação dos atos também acabam prejudicando pela semelhança e a um dado momento não existe qualquer senso de fluidez ou sutileza, tudo está ali porque está ali e pronto (e Jobs fala disso no último ato, revelando a autoindulgência que o roteiro tem). O uso do flashback no embate Fassy vs Daniels mesmo com os atores dando a entender basicamente tudo no tempo atual é um de uma verborragia visual absurda. A cena final é brega e vai de encontro com tudo que o filme não falou do personagem até então.
Se eu jurava que era Boyle que iria cagar o filme, é muito mais culpa do próprio Sorkin do que qualquer outra pessoa aqui. Em resumo: eu acho que o filme corre bem, não cansa, tem um elenco bem dedicado, mas jamais chega perto de ser tão bom quanto ele acha que é de verdade."
Só quero deixar aqui que, seguindo as estimativas do filme baseados em Boston (6%) e aplicando no mundo todo usando os dados oficiais da Igreja Católica de 2013, são quase 25 mil padres pedófilos no mundo. Em Boston, no entanto, acabaram sendo 249 padres ao invés dos 90 previstos (6%), logo 16,6%. Aplicando em escala mundial com os números de 2013, 68.500 padres pedófilos. Claro que é só uma estimativa.
O filme tem uma fotografia linda, com várias tomadas que poderiam facilmente ser pinturas, direção de arte, maquiagem e figurino que se tornam parte da história e foram feitos com maestria e tem a Alicia Vikander, essa força da natureza. O roteiro é simples, linear, tradicional e não inventa roda, mas é bastante certeiro ao passar a história de maneira bastante sentimental, dividindo a empatia da audiência entre as duas protagonistas (tem horas que o filme parece mais sobre a Gerda que a própria Lili), O filme faz certo ao contar a história de uma personalidade histórica importante e pouco explorada, empoderando a população LGBT, principalmente trans. Também acerta ao reforçar a diferença entre gênero e sexualidade, ainda bem confusa na mente do grande público.
Agora extrapolando o aspecto técnico ou semântico do filme: É claramente um filme feito por cishéteros para cishéteros com boas intenções, diferente de Carol, por exemplo, que me pareceu muito mais um filme feito por gays para gays. Isso não é uma crítica, segue sendo um filme sensível, dramático e bem bonito, mas faz diferença na sutileza (ou falta dela) que o filme traz. Assim como a escolha do Eddie Redmayne (que estava muito bem na atuação, mas bastante "didático", por assim dizer) ao invés de uma atriz trans, que traria outros tons para o papel.
Um ótimo roteiro, contrabalanceia legal o tema pesado do filme com um humor bem consistente e as quebras da quarta parede (é difícil quebrar a quarta parede com sucesso, ainda mais fazendo isso com tantos personagens). Sabe embasar bem as explicações sobre economia de forma didática, informal e bem humorada (as sketches com Margot Robbie e Selena Gomez são de matar). Tem uma edição muito dinâmica, que dá velocidade ao filme e deixa ele mais interessante para quem está assistindo - novamente explora o humor com as músicas escolhidas, trechos da cultura pop do período em que se passa o filme e ainda usa esse formato bem fora do convencional para mostrar passagem de tempo. Ótimas atuações de Christian Bale e Steve Carell.
E o filme, apesar de ter como protagonistas oportunistas do sistema, ainda tem um enfoque que eu pensei que não teria, servindo como uma crítica ao capitalismo desenfreado, à especulação financeira e a falta de regulamentação desse setor da economia. E ainda tem gente que acredita que o capitalismo deu certo rs.
Bastante sutil e delicado. Desde as atuações cheias de detalhe das duas protagonistas até a direção que captura olhares e toques que pareceriam inocentes para um olhar distraído de forma bastante poética. Muito bonito.
Diferente, criativo. Lembra episódios de Twilight Zone ou Contos da Cripta ou algo do tipo. Roteiro bastante eficiente em te colocar no clima do filme rapidamente e movimentar a história com dinamismo e mantendo o interesse do público sobre a resolução. Poderia ter um final melhor, mas não chega a ser decepcionante ou frustrar o restante do filme.
O Iñarritu consegue deixar qualquer coisa com uma filmagem, interessante, uma fotografia bonita, uma edição dinâmica. Imagina o que ele não conseguiria fazer uma com uma boa história, não é mesmo?
O filme tem uma fotografia linda, tem sequências sensacionais e muito criativas e intensas (como da última batalha com o sangue e a água respingando na câmera, a luta contra o urso e tudo que envolvem espingardas), uma boa atuação do Tom Hardy e uma atuação bem okay do DiCaprio (desculpa, mas sim) e um roteiro que, apesar de vazio, sabe manter o espectador interessado durante as quase 3 horas de filme.
No entanto, você acaba e fica com a sensação de que não acontece nada no filme. Capturando a história, você percebe que é um conto de vingança que poderia ter sido facilmente resolvido em 30 minutos e que todo o resto é pura enrolação de belas paisagens e sofrimento do DiCaprio. História vazia de conteúdo.
Um grande filme, com uma crítica social bem forte. Ótimas atuações. Idris Elba está muito bem, mas o grande destaque pra mim é Abraham Attah, fazendo Agu. O menino é muito talentoso, sabe dar complexidade e humanidade ao personagem. Fotografia muito bonita e condizente com os momentos diferentes do filme.
E, principalmente, um roteiro muito firme, que nos apresenta por bastante tempo a vida normal de Agu e sua infância, ingenuidade, como o mundo deveria ser - crianças sendo crianças, para então nos tirar isso aos poucos. É muito dolorido ver tudo o que acontece com o protagonista - e ver isso refletido para Strika, Randy e todos os outros soldados-crianças sem nome que vemos fazendo volume no filme dos dois lados da guerra.
Pontos fortes: atuação de Carey Mulligan e a maneira como o filme encara protestos com janelas quebradas, degradação de patrimônio público e privado. É sim pacifista. Não quero ninguém batendo palma pra sufragista inglesa branca dos anos 10 destruindo janela de loja, mas criticando quando protestante negro pobre quebra janela de banco no Brasil.
Entre Facas e Segredos
4.0 1,5K Assista AgoraUma verdadeira homenagem a Sir Arthur Conan Doyle, Agatha Christie e os grandes escritores de romance policial - e claro aos fãs desse gênero. Eu cresci lendo Agatha Christie, amo de paixão esse gênero de história "whodunnit", logo o trailer já me prendeu por si só. E o filme não decepciona. Mantém o espectador vidrado do começo ao fim. A revelação de como ocorreu a morte no meio do filme, ao invés de estragar a experiência, só intriga ainda mais sobre os detalhes do que ainda precisa ser descoberto. O elenco de peso só ajuda a dar mais vontade de assistir à história e Ana de Armas é uma belíssima surpresa que ajuda a dar profundidade a um papel e uma história que, por si só, poderia ser bem rasa, apesar de divertida.
Jojo Rabbit
4.2 1,6K Assista AgoraO filme é um acalento. Esteticamente lembra um pouco Wes Anderson, principalmente Moonrise Kingdom, mas o roteiro tem a assinatura do Taika Waititi, com o característico humor inocente, mas inteligente, que não menospreza a audiência só por ser family-friendly.
O próprio Taika como o Hitler-amigo-imaginário está muito bom e gera alguns dos melhores momentos do filme; Scarlett Johansson está encantadora; o menininho que faz o Yorki é precioso e Roman Griffin Davis e Thomasin McKenzie são surpresas muito positivas, com atuações cativantes e cheias de nuances. O trio de Sam Rockwell, Alfie Allen e Rebel Wilson funciona muito bem e traz boa parte do humor do filme.
O começo é forte, diz a que veio, choca quem não sabia o que esperar com uma sátira do nazismo e gera curiosidade e fascínio e, do meio para o final, o filme comove, sensibiliza e fecha muito bem a história. Mas o desenvolvimento do ponto central do filme, quando Jojo descobre Elsa, se torna um pouco arrastado até realmente cativar.
Parasita
4.5 3,6K Assista AgoraQue filme ❤️ Mensagem clara, impactante e poderosa. Ótimas atuações. Roteiro e direção que criam um ritmo envolvente e de tensão ao filme, mesclam drama, suspense e comédia, além de fazer uma das coisas que eu mais amo: o uso inteligente de figuras de linguagem pra trabalhar o tema central da história. As metáforas com os insetos, a chuva e o bêbado, a antítese com as janelas e a arquitetura das duas casas, o foreshadowing do cheiro, a ironia da fetichização de gente pobre pelos ricos e a quebra de expectativa c o final.
Um dos meus favoritos de 2019 sem dúvida. Talvez o favorito
Dois Papas
4.1 962 Assista AgoraÉ um excelente trabalho de construção de personagem. Tanto pelo roteiro, quanto pela atuação e o trabalho de direção do Fernando Meirelles. Os papas criam dimensão com cada interpretação fictícia que o filme aplica aos fatos reais. As atuações do Anthony Hopkins e do Jonathan Pryce, principalmente, estão impecáveis. eles verdadeiramente se transformaram nos papas e ainda adicionaram esse carisma a mais. A condução da história e o ritmo do filme também se seguram do começo ao fim com bons usos de flashback.
Minha crítica maior é só que o roteiro, apesar de ter ótimos diálogos, pode ser um pouco maniqueísta às vezes. É um filme bastante autoral, no sentido que a visão do Meirelles e a admiração ao Papa Francisco como redentor da Igreja Católica ficam bem claras, mas isso não é um problema. Pelo contrário, é parte do que o cinema deveria ser. Só não é uma narrativa que apela para mim especificamente.
História de um Casamento
4.0 1,9K Assista AgoraAtuações comoventes e delicadas da Scarlett Johansson e do Adam Driver. Também conta com diálogos muito inspirados e escritos de forma muito orgânica e natural.
Porém o restante das atuações são muito caricatas e destoam demais da sutileza do filme. Apesar dos bons diálogos, achei a condução da história um pouco forçada pra gerar conflito, indo contra parte da construção dos personagens até então.
Além disso, a história de um diretor de teatro e uma atriz de Hollywood que faturam milhões não cumpre a promessa de o cidadão comum que já se divorciou ou está em um relacionamento se ver no filme.
Eu, Tonya
4.1 1,4K Assista AgoraEu fui esperando sei lá o que, mas definitivamente não esperava gostar tanto. Tô vendo que vai entrar na minha lista de filmes cotados para Melhor Atriz que eu acho que deveriam era levar Melhor Filme, junto com Cisne Negro, O Quarto de Jack e Garota Exemplar.
Eu tinha preconceito com a Margot Robbie, achava ela bonita e só. Ela calou minha boca. Está excepcional nesse filme, a linguagem corporal dela como Tonya, transmitindo a brutalidade rústica da personagem, está impecável. Ela dá um show. Allison Janney é outra que está perfeita, transformando uma personagem odiável em carismático (mesmo que ainda odiável). Excelentes transformações e atuações.
Falando em transformações, a maquiagem desse filme é on point. Incrível como eles envelhecem os atores, de forma muito natural e orgânica, mas transformando eles todos. Figurino e produção também está demais. Tudo berra anos 80.
O roteiro e a edição são tão acertados. Deixam o filme dinâmico, usa quebra de quarta parede de maneira eficiente, sem ficar muito exagerado. Intercalar a narração dos depoimentos com os acontecimentos também foi excelente para ditar o ritmo acelerado e intenso do filme.
Achei que o filme sobre tratar assuntos pesados com "leveza" e humor, mas sem nunca deixar parecer que os assuntos não eram pesados. Ele é bastante crítico de todos os personagens reais e deixa bem claro sua perspectiva dos acontecimentos. Os fatos reais por si só são tão absurdos que eu não sei como não tinham pensado em fazer esse filme antes.
Canção do Coração
3.4 56 Assista AgoraMelhor que La La Land
Meus 15 Anos
2.7 185Só aceito criticar esse aqui se também criticar comédia romântica teen americana. O formato e o nível de qualidade são os mesmos.
Nunca Diga Seu Nome
2.2 468 Assista AgoraUm dos piores filmes que já vi. É infinitamente pior que filmes conhecidos por ser ruins (tipo Sharknado) pq ele se leva a sério e é muito pedante, como se ele dissesse pra quem tá assistindo ao decorrer do filme "eu sou um excelente filme", mas na real é intragável.
Sharknado
2.0 832 Assista AgoraTão ruim, mas tão ruim, que é maravilhoso
Estrelas Além do Tempo
4.3 1,5K Assista AgoraUma história bonita e importante de ser contada e espero que o filme faça muito sucesso e que várias pessoas se familiarizem com a história de Katherine, Dorothy e Mary. O elenco está sólido (o trio principal e Kevin Costner estão bem superiores ao que Kirsten Dunst e Jim Parsons entregam) e Janelle Monae surpreende. É um filme bacana. Gostoso de assistir, mas não muito marcante.
Animais Noturnos
4.0 2,2K Assista AgoraFilme incrível. Tom Ford segue ganhando meu coração <3
Com dois filmes apenas no currículo, ele já tem uma identidade muito forte de direção e roteiro, tanto no campo visual quanto temático. Ele traz todas as referências de moda do passado de estilista e isso se traduz no esquema de cores incrível que ele imprime para ajudar a criar a identidade dos personagens (como ele fez em Direito de Amar com as cores variando entre tons pasteis e cores vivas para identificar o estado de espírito do protagonista e como faz em Animais Noturnos para mostrar a depressão da personagem da Amy Adams com tons brancos e azuis, cores frias e a paixão do personagem do Jake Gyllenhaal, com cores quentes, vermelho, laranja e amarelo), além, é claro, da assinatura com todo o visual cool e figurinos maravilhosos.
O roteiro é espetacular, criando tensão a cada cena, culminando num final inesperado e que fecha bem com o tema de história. As metáforas do livro com a relação dos dois personagens principais são simples, mas interessantes e eficazes. E a construção do personagem da Amy Adams é excelente e complexa.
Parte da construção de personagem é mérito da Amy Adams, que está com uma atuação excepcional. O contraste entre a Susan do passado e a Susan do presente é tão sutil, mas faz tanta diferença. Laura Linney e Michael Shannon também estão bem, mas além de Amy, são Jake Gyllenhaal e Aaron Taylor-Johnson que se destacam. Jake com uma das melhores atuações dele, visceral e comovente e Aaron surpreendente, com uma excelente entrega e convencendo na psicopatia do personagem.
É um roubo que esse filme esteja concorrendo ao Oscar somente por ator coadjuvante, ainda mais com o Shannon que não é nem o melhor ator coadjuvante do filme (alo Taylor-Johnson). Deveria ser campeão de indicações ao invés do superestimado La La Land.
Capitão Fantástico
4.4 2,7K Assista AgoraQue filme maravilhoso <3
Excelente atuação de Viggo Mortensen e de TODOS os filhos dele - até mesmo os atores mirins. Que só é possível pelo belíssimo trabalho de construção de personagem do roteiro. O filme segue um formato comercial clássico de road movie, então é bem agradável e tranquilo de assistir, mas subverte totalmente o gênero com seus temas. Foi uma decisão muito interessante e acertada.
Todas as metáforas e referências visuais que o filme traz colaboram muito com a temática de quebra do sistema capitalista americano, com a violência através do videogame, o sistema público de ensino falho, o consumismo exacerbado, o moralismo religioso, etc. A fotografia também é inteira muito bonita e o figurino ajuda muito na construção de personagens e na identidade visual do filme.
A sequência que tem Sweet Child of Mine (sem spoilers) como trilha sonora é muito sensível e fecha o filme com chave de ouro.
La La Land: Cantando Estações
4.1 3,6K Assista AgoraO filme funciona bem como uma homenagem às comédias românticas da década 40 e 50, com as sequências musicais e o realismo fantástico. Além de toda à referência visual clara ao período (desde o figurino dos protagonistas aos cenários) e do tema de jazz, ainda ressuscita todo o clima sobre o homem e a mulher se provocarem, fingirem não se querer, o interesse romântico masculino inicialmente desinteressado e inacessível. Mas é isso.
O filme tem uma fotografia bonita, o uso de iluminação é muito bacana e toda a direção de arte é acertada para trazer esse saudosismo hipster que o filme traz. O filme tem duas sequências marcantes (a da dança no planetário e a do "flashback" mais pro final) e a música principal é bonita e fica na cabeça. Emma Stone está com uma atuação legal, mas Ryan Gosling está medíocre. Considerando tudo isso, o filme é bacana, legal, e completamente superestimado.
Quando eu vi a proposta, achei que o filme ia fazer reflexões sobre a indústria do entretenimento, sobre a dificuldade de se perseguir o sonho de ser artista, sobre o conflito entre ganhar dinheiro/produzir arte autoral, enfim, tem um milhão de temas relacionados ao mundo da arte que poderiam ter sido abordados. A Academia ama eles, ia justificar pq está sendo tão quitado e recebendo tantos prêmios. Taí O Artista e Birdman, nos anos mais recentes, provando isso. E apesar de não ser a coisa mais relevante da vida, são temas interessantes de se refletir sobre e que tem valor artístico como metalinguagem.
Mas não, o roteiro é muito mal construído. Flerta com esses tópicos, mas não se aprofunda em nenhum deles e desconhece o conceito de autocrítica. É raso, sem nenhum uso de comparações ou metáforas pra se discutir esses assuntos e se limita a ser uma comédia romântica - o que não é necessariamente ruim. Mas comédia romântica por comédia romântica, tem outras muito melhores. Se vc seguir na linha hipster, 500 dias com ela é superior, por exemplo. Se for por musicais, vá com Moulin Rouge - ok, que daí pode perder a parte da comédia. Essa, além de ser uma história rasa, ainda parece fora de lugar nos dias de hoje, com uma tentativa desconfortável de trazer de volta um passado que ninguém na produção do filme viveu e, portanto, está mal colocado, e que torna os personagens - principalmente Sebastian - incrivelmente pedantes.
É um filme legal tecnicamente e bem ruinzinho de conteúdo.
Corrente do Mal
3.2 1,8K Assista AgoraO filme é tecnicamente excelente. Trilha sonora impecável que constrói pra situação de medo, fotografia linda com takes de perder o fôlego e que trabalham com a imaginação e ansiedade do espectador, que fica procurando atrás dos personagens nas tomadas de câmera amplas pelo vilão anônimo e uma direção muito acertada. O vilão é, por si só, um conceito muito assustador (sua anonimidade, invencibilidade, o fator stalker).
No entanto, toda a questão de como as vítimas se colocam nessa situação é muito mal feito e diminui a qualidade do filme. Não precisava ser por meio de sexo, não precisava ter o paralelo com AIDS/DST. É possível tratar de tantos assuntos com terror (só ver Babadook e o luto, A Visita e o medo de envelhecer, ou A Bruxa e a independência feminina) e os roteiristas/produtores me escolhem falar de DSTs e com um tom que soa até bem conservador. É impossível não notar uma certa crítica atrasada à ~~promiscuidade~~, além de, aliado ao fato de termos uma protagonista feminina, soar como slutshaming.
Apesar disso tudo, ele funciona como terror. É bem melhor que a média dos filmes de terror e, sem dúvidas, entra no rol de filmes desse última leva de terror dos últimos 2 anos que vêm surpreendendo positivamente.
Steve Jobs
3.5 591 Assista AgoraEu ia fazer um comentário, mas daí li o do Madson lá embaixo e ele tirou todas as palavras da minha boca. Vou até postar de novo.
"Adorei Fassbender e diversos aspectos ténicos (como foto, montagem e trilha), mas o roteiro do Sorkin faz o filme de refém na dimensão (ou falta dela) dada a todos os personagens, e se isso afeta menos o protagonista, ele aniquila qualquer dimensão que os coadjs possam ter. Rogen repete o mesmo discurso 3 vezes, Winslet se transforma na maior escada do ano e Daniels quase vira vilão devido ao flashback mais desnecessário da temporada.
A estruturação dos atos também acabam prejudicando pela semelhança e a um dado momento não existe qualquer senso de fluidez ou sutileza, tudo está ali porque está ali e pronto (e Jobs fala disso no último ato, revelando a autoindulgência que o roteiro tem). O uso do flashback no embate Fassy vs Daniels mesmo com os atores dando a entender basicamente tudo no tempo atual é um de uma verborragia visual absurda. A cena final é brega e vai de encontro com tudo que o filme não falou do personagem até então.
Se eu jurava que era Boyle que iria cagar o filme, é muito mais culpa do próprio Sorkin do que qualquer outra pessoa aqui. Em resumo: eu acho que o filme corre bem, não cansa, tem um elenco bem dedicado, mas jamais chega perto de ser tão bom quanto ele acha que é de verdade."
Spotlight - Segredos Revelados
4.1 1,7K Assista AgoraSó quero deixar aqui que, seguindo as estimativas do filme baseados em Boston (6%) e aplicando no mundo todo usando os dados oficiais da Igreja Católica de 2013, são quase 25 mil padres pedófilos no mundo. Em Boston, no entanto, acabaram sendo 249 padres ao invés dos 90 previstos (6%), logo 16,6%. Aplicando em escala mundial com os números de 2013, 68.500 padres pedófilos. Claro que é só uma estimativa.
A Garota Dinamarquesa
4.0 2,2K Assista AgoraO filme tem uma fotografia linda, com várias tomadas que poderiam facilmente ser pinturas, direção de arte, maquiagem e figurino que se tornam parte da história e foram feitos com maestria e tem a Alicia Vikander, essa força da natureza. O roteiro é simples, linear, tradicional e não inventa roda, mas é bastante certeiro ao passar a história de maneira bastante sentimental, dividindo a empatia da audiência entre as duas protagonistas (tem horas que o filme parece mais sobre a Gerda que a própria Lili), O filme faz certo ao contar a história de uma personalidade histórica importante e pouco explorada, empoderando a população LGBT, principalmente trans. Também acerta ao reforçar a diferença entre gênero e sexualidade, ainda bem confusa na mente do grande público.
Agora extrapolando o aspecto técnico ou semântico do filme: É claramente um filme feito por cishéteros para cishéteros com boas intenções, diferente de Carol, por exemplo, que me pareceu muito mais um filme feito por gays para gays. Isso não é uma crítica, segue sendo um filme sensível, dramático e bem bonito, mas faz diferença na sutileza (ou falta dela) que o filme traz. Assim como a escolha do Eddie Redmayne (que estava muito bem na atuação, mas bastante "didático", por assim dizer) ao invés de uma atriz trans, que traria outros tons para o papel.
A Grande Aposta
3.7 1,3KUm ótimo roteiro, contrabalanceia legal o tema pesado do filme com um humor bem consistente e as quebras da quarta parede (é difícil quebrar a quarta parede com sucesso, ainda mais fazendo isso com tantos personagens). Sabe embasar bem as explicações sobre economia de forma didática, informal e bem humorada (as sketches com Margot Robbie e Selena Gomez são de matar). Tem uma edição muito dinâmica, que dá velocidade ao filme e deixa ele mais interessante para quem está assistindo - novamente explora o humor com as músicas escolhidas, trechos da cultura pop do período em que se passa o filme e ainda usa esse formato bem fora do convencional para mostrar passagem de tempo. Ótimas atuações de Christian Bale e Steve Carell.
E o filme, apesar de ter como protagonistas oportunistas do sistema, ainda tem um enfoque que eu pensei que não teria, servindo como uma crítica ao capitalismo desenfreado, à especulação financeira e a falta de regulamentação desse setor da economia. E ainda tem gente que acredita que o capitalismo deu certo rs.
Carol
3.9 1,5K Assista AgoraBastante sutil e delicado. Desde as atuações cheias de detalhe das duas protagonistas até a direção que captura olhares e toques que pareceriam inocentes para um olhar distraído de forma bastante poética. Muito bonito.
Circle
3.0 683 Assista AgoraDiferente, criativo. Lembra episódios de Twilight Zone ou Contos da Cripta ou algo do tipo. Roteiro bastante eficiente em te colocar no clima do filme rapidamente e movimentar a história com dinamismo e mantendo o interesse do público sobre a resolução. Poderia ter um final melhor, mas não chega a ser decepcionante ou frustrar o restante do filme.
O Regresso
4.0 3,5K Assista AgoraO Iñarritu consegue deixar qualquer coisa com uma filmagem, interessante, uma fotografia bonita, uma edição dinâmica. Imagina o que ele não conseguiria fazer uma com uma boa história, não é mesmo?
O filme tem uma fotografia linda, tem sequências sensacionais e muito criativas e intensas (como da última batalha com o sangue e a água respingando na câmera, a luta contra o urso e tudo que envolvem espingardas), uma boa atuação do Tom Hardy e uma atuação bem okay do DiCaprio (desculpa, mas sim) e um roteiro que, apesar de vazio, sabe manter o espectador interessado durante as quase 3 horas de filme.
No entanto, você acaba e fica com a sensação de que não acontece nada no filme. Capturando a história, você percebe que é um conto de vingança que poderia ter sido facilmente resolvido em 30 minutos e que todo o resto é pura enrolação de belas paisagens e sofrimento do DiCaprio. História vazia de conteúdo.
Beasts of No Nation
4.3 831 Assista AgoraUm grande filme, com uma crítica social bem forte. Ótimas atuações. Idris Elba está muito bem, mas o grande destaque pra mim é Abraham Attah, fazendo Agu. O menino é muito talentoso, sabe dar complexidade e humanidade ao personagem. Fotografia muito bonita e condizente com os momentos diferentes do filme.
E, principalmente, um roteiro muito firme, que nos apresenta por bastante tempo a vida normal de Agu e sua infância, ingenuidade, como o mundo deveria ser - crianças sendo crianças, para então nos tirar isso aos poucos. É muito dolorido ver tudo o que acontece com o protagonista - e ver isso refletido para Strika, Randy e todos os outros soldados-crianças sem nome que vemos fazendo volume no filme dos dois lados da guerra.
As Sufragistas
4.1 778 Assista AgoraPontos fortes: atuação de Carey Mulligan e a maneira como o filme encara protestos com janelas quebradas, degradação de patrimônio público e privado. É sim pacifista. Não quero ninguém batendo palma pra sufragista inglesa branca dos anos 10 destruindo janela de loja, mas criticando quando protestante negro pobre quebra janela de banco no Brasil.