Para mim, não importa tanto se foi ou não fiel ao texto bíblico, levando em conta que é uma adaptação. Se alguém quer o registro bíblico, melhor ler a Torah. A crítica que eu faço e que, em geral, afeta filmes de temática épica/bíblica sediados no contexto do Oriente Médio, é a falta de pesquisa histórica/social daqueles povos. Em regra, os discursos são totalmente ocidentais, cartesianos, romantizados, com valores politizados do nosso tempo. É claro que se assim não fosse, o filme não alcançaria seu público alvo que são ocidentais, cartesianos, românticos e politizados. Por isso gostei tanto da adaptação de Scorsese à história de Cristo (o polêmico 'A Última Tentação de Cristo'), que parece que foi mais acurado nessa pesquisa de como são e se expressam os povos semitas.
Fora isso, achei impressionantes as cenas e a dinâmica das 10 pragas. É um banquete para os olhos e para a mente.
Um filme repleto de leveza, delicadeza e melancolia. Num tempo bastante bucólico e com uma maravilhosa fotografia e ótima trilha sonora. Um trabalho feito com muito capricho.
Há roteiros para o cinema que conseguem passar a alma do livro, ainda que não com todos os detalhes que um livro permite. Mas, esse roteiro parece que jogou as páginas do livro pra cima e pegou aleatoriamente as folhas que foram caindo e, assim, escreveu-se o roteiro. Achei sofrível, sem liga, sem linha.
Woody Allen "se faz de louco pra poder passar", um olhar desatento e parece que o filme é mais uma comédia com humor duvidoso, mas as críticas sociais que ele traz são sensacionais. As tonalidades da cidade (maravilhosa fotografia) se refletem nos discursos pastéis das personagens, que na verdade estão rompendo conceitos formados e passando por dilemas. Adultério, reputação, oportunidade, fama e várias questões humanas e relacionais são tratadas com leveza, mas sem passarem desapercebidas.
Uma das coisas que mais gostei neste filme foi a trilha sonora. Por sua nostalgia, simplicidade e por realmente cativar. A maioria são canções de meados pro fim do século XIX. São em seu estilo original, bem western mesmo, apesar de várias configurarem o repertório de romantismo de igreja, clássico do Sul dos EUA.
A música tema do filme, que tem diversas variações é Descansando no Poder de Deus (Leaning on the Everlasting Arms), canção que muito cantada nas igrejas Batistas, Metodistas, Presbiterianas, etc. Na hora dos créditos essa canção é interpretada pela cantora country do Arkansas, Iris DeMent, que é a única música cantada da trilha sonora. Outra canção da trilha sonora é uma das mais conhecidas do cancioneiro evangélico a Em Jesus Amigo Temos (What a friend we have in Jesus), bela canção cristã, emblema do período já comentado.
Há várias outras como Achei um grande amigo e tantas mais que pra maioria dos que viram acredito não ter feito tanto sentido como pra mim. Quanto ao roteiro do filme em si, também fiquei muito satisfeito. Trata-se de uma história com um ironia e humor, protagonizado por uma garota bravia e protetora da honra de seu pai. Com o desenrolar da trama valores como a amizade, a convivência e a aceitação do próximo são bem evidenciados.
Ao final, percebemos quão fugaz é a vida e como é importante aproveitar os momentos bons da vida enquanto eles estão acontecendo e não viver esperando um final feliz - algo que, quando muito superestimado, pode não chegar. Por fim, fica o incentivo para que vocês assistam, tanto os que amam westerns como eu, como aqueles que sabem que terão boas lembranças com as canções ou fortalecerão sua convicção nos bons valores que o filme ensina.
Nunca se viu uma abordagem tão diferente e original dos últimos dias de Cristo antes da morte. Na verdade este filme não narra os últimos dias, mas sim o último dia, começando com a oração no Gêtsemani e se desenrolando conforme o evangelho.
Não é aquele clássico roteiro com os fatos na sequência correta. Há diversos flash-backs, que no filme é Jesus se lembrando de vários momentos de sua vida, inclusive um momento descontraído com sua mãe, enfatizando seu lado humano.
Outra coisa fantástica do filme são os idiomas usados. O povo judeu em geral, inclusive Cristo, fala em aramaico; o quórum sacerdotal fala hebraico e os romanos, evidentemente, falam latim. É curioso que quando Jesus conversa com Pilatos ele fala em latim, mostrando o seu lado divino, afinal, como uma pessoa comum do povo judeu saberia a nobre língua latina?
Há uma série de novidades que este filme traz, dentre elas a perturbação e consequente suicídio de Judas Escariotes, a devassidão da corte de Herodes, além de cenas altamente fortes e doloridas.
Eu não sei se esta história tem algum conceito do realismo fantástico, mas ela acontece mais ou menos nos mesmos moldes dessa corrente. Os quatro irmãos estão retirados se protegendo da II Guerra Mundial, porém, acredito que pelo enclausuramento eles acabam descobrindo um mundo fantasioso do outro lado de um velho guarda-roupa. Além disso, a história é muito rica e cheia de conceitos cristãos - para aqueles que tiverem mais sensibilidade.
A sensibilidade das cores, das falas e da trilha sonora fazem desse filme algo encantador. Eu senti uma profunda empatia e proximidade com toda a trama. Consegui sentir bastante introspecção e perceber muita humanidade e realidade nesse filme.
Minha mente ficou em colapso ao ver este filme. O ponto de vista pode fazer alguém são ou louco, mas também uma vez declarado louco por uma coletividade, é muito difícil convencer a sociedade de que se não está louco.
Fantástico o filme. Excelente a persistência e o amor de uma mãe, além do engajamento na sociedade em busca de uma polícia mais justa e eficiente. A comunidade cristã muito atuante é outro exemplo de sucesso do que foi a sociedade americana nos anos 1920/30
Êxodo: Deuses e Reis
3.1 1,2K Assista AgoraPara mim, não importa tanto se foi ou não fiel ao texto bíblico, levando em conta que é uma adaptação. Se alguém quer o registro bíblico, melhor ler a Torah.
A crítica que eu faço e que, em geral, afeta filmes de temática épica/bíblica sediados no contexto do Oriente Médio, é a falta de pesquisa histórica/social daqueles povos. Em regra, os discursos são totalmente ocidentais, cartesianos, romantizados, com valores politizados do nosso tempo.
É claro que se assim não fosse, o filme não alcançaria seu público alvo que são ocidentais, cartesianos, românticos e politizados.
Por isso gostei tanto da adaptação de Scorsese à história de Cristo (o polêmico 'A Última Tentação de Cristo'), que parece que foi mais acurado nessa pesquisa de como são e se expressam os povos semitas.
Fora isso, achei impressionantes as cenas e a dinâmica das 10 pragas. É um banquete para os olhos e para a mente.
A Câmara Escura
4.4 6Um filme repleto de leveza, delicadeza e melancolia. Num tempo bastante bucólico e com uma maravilhosa fotografia e ótima trilha sonora. Um trabalho feito com muito capricho.
A Vida Secreta de Walter Mitty
3.8 2,0K Assista Agoraum filme bom em geral, mas vários detalhes poderiam ter sido aparados, a trama não perderia nada sem eles
(tubarão, esqui no asfalto...)
Budapeste
3.1 224Há roteiros para o cinema que conseguem passar a alma do livro, ainda que não com todos os detalhes que um livro permite.
Mas, esse roteiro parece que jogou as páginas do livro pra cima e pegou aleatoriamente as folhas que foram caindo e, assim, escreveu-se o roteiro.
Achei sofrível, sem liga, sem linha.
Para Roma Com Amor
3.4 1,3K Assista AgoraWoody Allen "se faz de louco pra poder passar", um olhar desatento e parece que o filme é mais uma comédia com humor duvidoso, mas as críticas sociais que ele traz são sensacionais. As tonalidades da cidade (maravilhosa fotografia) se refletem nos discursos pastéis das personagens, que na verdade estão rompendo conceitos formados e passando por dilemas. Adultério, reputação, oportunidade, fama e várias questões humanas e relacionais são tratadas com leveza, mas sem passarem desapercebidas.
Bravura Indômita
3.9 1,4K Assista AgoraUma das coisas que mais gostei neste filme foi a trilha sonora. Por sua nostalgia, simplicidade e por realmente cativar. A maioria são canções de meados pro fim do século XIX. São em seu estilo original, bem western mesmo, apesar de várias configurarem o repertório de romantismo de igreja, clássico do Sul dos EUA.
A música tema do filme, que tem diversas variações é Descansando no Poder de Deus (Leaning on the Everlasting Arms), canção que muito cantada nas igrejas Batistas, Metodistas, Presbiterianas, etc. Na hora dos créditos essa canção é interpretada pela cantora country do Arkansas, Iris DeMent, que é a única música cantada da trilha sonora. Outra canção da trilha sonora é uma das mais conhecidas do cancioneiro evangélico a Em Jesus Amigo Temos (What a friend we have in Jesus), bela canção cristã, emblema do período já comentado.
Há várias outras como Achei um grande amigo e tantas mais que pra maioria dos que viram acredito não ter feito tanto sentido como pra mim.
Quanto ao roteiro do filme em si, também fiquei muito satisfeito. Trata-se de uma história com um ironia e humor, protagonizado por uma garota bravia e protetora da honra de seu pai. Com o desenrolar da trama valores como a amizade, a convivência e a aceitação do próximo são bem evidenciados.
Ao final, percebemos quão fugaz é a vida e como é importante aproveitar os momentos bons da vida enquanto eles estão acontecendo e não viver esperando um final feliz - algo que, quando muito superestimado, pode não chegar. Por fim, fica o incentivo para que vocês assistam, tanto os que amam westerns como eu, como aqueles que sabem que terão boas lembranças com as canções ou fortalecerão sua convicção nos bons valores que o filme ensina.
A Paixão de Cristo
3.7 1,2K Assista AgoraNunca se viu uma abordagem tão diferente e original dos últimos dias de Cristo antes da morte. Na verdade este filme não narra os últimos dias, mas sim o último dia, começando com a oração no Gêtsemani e se desenrolando conforme o evangelho.
Não é aquele clássico roteiro com os fatos na sequência correta. Há diversos flash-backs, que no filme é Jesus se lembrando de vários momentos de sua vida, inclusive um momento descontraído com sua mãe, enfatizando seu lado humano.
Outra coisa fantástica do filme são os idiomas usados. O povo judeu em geral, inclusive Cristo, fala em aramaico; o quórum sacerdotal fala hebraico e os romanos, evidentemente, falam latim. É curioso que quando Jesus conversa com Pilatos ele fala em latim, mostrando o seu lado divino, afinal, como uma pessoa comum do povo judeu saberia a nobre língua latina?
Há uma série de novidades que este filme traz, dentre elas a perturbação e consequente suicídio de Judas Escariotes, a devassidão da corte de Herodes, além de cenas altamente fortes e doloridas.
As Crônicas de Nárnia: O Leão, a Feiticeira e o …
3.8 1,2K Assista AgoraEu não sei se esta história tem algum conceito do realismo fantástico, mas ela acontece mais ou menos nos mesmos moldes dessa corrente. Os quatro irmãos estão retirados se protegendo da II Guerra Mundial, porém, acredito que pelo enclausuramento eles acabam descobrindo um mundo fantasioso do outro lado de um velho guarda-roupa. Além disso, a história é muito rica e cheia de conceitos cristãos - para aqueles que tiverem mais sensibilidade.
Ela
4.2 5,8K Assista AgoraA sensibilidade das cores, das falas e da trilha sonora fazem desse filme algo encantador. Eu senti uma profunda empatia e proximidade com toda a trama.
Consegui sentir bastante introspecção e perceber muita humanidade e realidade nesse filme.
Habemus Papam
3.6 194 Assista Agoraadorei a parte q toca Mercedes Sosa, la Negra
Réquiem para um Sonho
4.3 4,4K Assista AgoraPesado, frio, asqueroso e perturbador, mas incrivelmente brilhante.
Ilha do Medo
4.2 4,0K Assista AgoraMinha mente ficou em colapso ao ver este filme. O ponto de vista pode fazer alguém são ou louco, mas também uma vez declarado louco por uma coletividade, é muito difícil convencer a sociedade de que se não está louco.
A Troca
4.0 1,6K Assista AgoraFantástico o filme. Excelente a persistência e o amor de uma mãe, além do engajamento na sociedade em busca de uma polícia mais justa e eficiente. A comunidade cristã muito atuante é outro exemplo de sucesso do que foi a sociedade americana nos anos 1920/30
A Origem
4.4 5,9K Assista AgoraO melhor do século, tanto em roteiro, trilha sonora, efeitos especiais...
Duplex
3.2 806 Assista AgoraAchei muito engraçado. Um dos poucos filmes com Ben Stiller que eu tolerei assistir, ou não achei péssimo.