Eu fiquei absurdamente empolgado com o que eu acabei de assistir!
Interpretei o filme como, principalmente, um retrato de alguém que se sente profudamente abadonado. Matthews é o sujeito que não se sente como alguém que é visto e/ou admirado. Desta forma, inconscientemente, está a todo momento tentando se fazer presente. Gostaria de explicar essa minha interpretação com alguns exemplos de cena:
Primeiro, quando tem contato com a primeira mulher com que ele rivaliza, a pesquisadora, que ao ver que ela usa de sua ideia para se projetar em uma revista, recebe aquilo que ele tanto deseja: atenção Segundo, quando ele projeta na sua antiga namorada que ela estaria a fim dele e, com isso, conseguiria a atenção de sua mulher por meio do ciumes. Ou seja, dessa formaria conseguia se projetar maior, mais atrativo e mais interessante. Mais admirável.
Ora, se não por presença passiva, seja por uma presença ativa (porém violenta). O segundo ato do filme, quando se dá pelos pesadelos, também é uma forma de "estar na cabeça das pessoas". Por mais antagonico que pareça, uma vez que os seus alunos e todas as outras pessoas a quem ele tem aproximação comecem a rejeita-lo fisicamente, ele ainda está sendo "visto" em pesadelo. Porém, é aqui que está o segundo ponto do filme: um dos motivos que o Matthew não é visto, é porque ele não atua no mundo! Suas ações acabam sendo sempre de uma dimensão passiva fazendo com que, por um lado as pessoas acabam fazendo com que ele se sinta abandonado, por outro ele nunca vai ao encontro das pessoas.
Para mim, as duas faces da mesma moeda desse filme é, de um lado a sensação de abandono, do outro a incapacidade de ir ao encontro do outro. A primeira faz com Matthew e todos nós fiquemos esperando ser acolhido, a segunda, por consequência da primeira, nos deixa sempre paralisado. É um ciclo que se fecha em si mesmo tornando cada vez mais fundo essa falta que se origina todo o processo.
Uma prova disso é que o único momento que Matthew conseguiu falar de sí, da sua falta e da sua vontade de se visto foi na última cena em que ele aparece como a figura de desejo de sua esposa (com a fantasia dos "Talking Heads" e diz: "eu gostaria que isso fossre real")
Com isso, Dream Scenario é um retrato do que pode ser um sujeito que sente um sensação de abandono e que não consegue conscientiza desse desejo de ser visto. É sobre o sujeito que, por estar sempre esperando que consigam ler em seu olhar a sua tristeza, nunca acaba por se fazer presente e se projetar no mundo. E que, com isso, não apenas ele sofre, mas todos aqueles que também esperam que ele se projete. Há outros elementos nesse filme que conversam com a psicanálise, os aspectos oníricos é o mais evidente, esse sobre o "abandono" no sujeito edipiano pelo pai rivalizado é o que mais me chamou a atenção, mas há outros também interessantes.
Achei a fotografia muito boa também, a calma da direção, a atuação do Nicolas Cage absurdamente boa em retratar esses pontos propostos, o sentimento de confusão do sujeito que não se conhece, sua interpretação sempre sozinha nas cenas, perdido...
Outra cena incrível é a do Matthew com a Molly em que há uma quebra de expectativa do Matthew ideal (do sonho) e do Matthew real (o que peida e goza precocemente). Mais um elemento que acaba contrastando agressivamente e que Matthew percebe que, quando o olham e o amdmiram, não é dele, mas de um Matthew-imaginado.
Enfim, poderia ficar falando desse filme por horas, mas espero ter passado um pouco do meu entusiasmo por esse filme para que todos assistam e que ele o toquem também.
É o drama romântico da vida em estado mais ridículo. Mais banal. Mais humano. É o conflito incessante do destino e do acaso. Uma dança de desejo e do descaso.
O que eu mais gostei nesse filme foi do banal. Principalmente na figura do Hae Sung (um cara normal, sofrendo de algo mais normal ainda. Esses encontros e desencontros que acontecem ao longo do filme, onde todas as cenas que eles estão juntos, em meio ao casais, em lugares de encontros romanticos, acentuando o desencontro, é destruidor.
Como diz no filme, mas também disseram nos comentários "sempre que deixamos algo para trás, abrimos espaço para algo novo", porém, o espaço que se abre sempre vai estar alí, e mesmo que passe 12 anos, sempre saberemos que ele é real.
Se o cinema brasileiro fosse levado a sério, com investimento do governo e da sociedade, esse filme seria ainda melhor e colecionaria prêmios. Digo, sem medo, que em potencial iria mais longe que Moonlight, por exemplo. Enquanto eu assistia, consegui ter a sensação de vários outros filmes incríveis como o já citado, Pig, até a peça Hamlet, de Shakespeare. E não sinto estar exagerando, pelo contrário, talvez seja um absurdo não pensar nesses paralelos, um absurdo só possível em uma mente que subestima nossas próprias criações como brasileiros. Concordo que há diversos pontos que poderiam ser melhores trabalhados, mas imagino a dificuldade que tenha sido já fazer um filme como esse, em questão de produção mesmo, orçamentária e etc. Reitero, é um absurdo um filme como esse ser só isso, ele poderia ter sido muito mais se nossa história fosse diferente em questão ao contato que temos com o cinema e o fazer-cinema. E mesmo sendo o que é, já é tão grande quanto muita coisa grande que se entende como grande. Espero que o cinema nacional contemporâneo receba mais carinho e consiga trabalhar no seu potencial.
Achei que foi uma ótima estreia da diretora. É um filme muito corajoso por ter usado ele inteiro em plano-sequência, e pelo seu conteúdo, obviamente. Eu gosto desses filmes em que tudo acontece em um curto espaço de tempo, que o caos toma conta do acontecimento e o filtro social desaparece. Me fez lembrar de vários outros filmes que eu gosto. Estou curioso para ver os próximos filmes dela e torço para que venha se tornar uma grande diretora.
Se seu intuito ao ver um filme é se divertir, se entreter, aprender, ou qualquer outra coisa assim: Não assista. Se você não tiver um alto grau de disposição, calma e disponibilidade, não vai rolar. Se optar por assistir, é melhor que faça de noite, sem sono, sem celular, totalmente disposto para experienciar. Junto com isso se você for uma pessoa que quando criança teve medo do escuro e de ficar sozinho, com um baixo grau de tolerância pra filmes de terror, o filme será muito bom para você. No mais, é um terror experimental e sensorial bom/mediano. A proposta de imagem craquelada, câmera deslocada, ambiente único, sem atores a vista, toda essa originalidade para causar desconforto - e esse desconforto é sustentado até o final, tem seu mérito. Só não gostei de verdade dos jump scarys. Achei apelativos e desnecessários, levando em consideração o formato do filme.
Ja é uma direção mais consolidada da diretora Francesa em relação à Raw. Apesar do primeiro ato ser questionável, talvez um pouco explícito demais, também é belíssimo na sua fotografia, na sua movimentação de câmera e nas tuas atuação, sobretudo de Agathe Rousselle (Alexia). Eu, particularmente, senti falta de um papel maior de Marilier, que trouxe o mesmo nome do papel em Raw (Justine), pensei que poderia haver algum paralelo com o filme anterior, qualquer coisa. Achei que poderiam ter aproveitado mais. De qualquer forma, esse mesmo ponto de explicitação já nos mostra a mão artística da diretora somado ao toque Cronenberguiano, com cenas lonas longas, cores vibrantes e momentos de se utilizam da dança e da música pra gerar uma certa leveza. A despeito de tudo isso, há também outros temas como a relação parental, dinâmica social da mulher na vida noturna, erotismo, fetichismo, um certo absurdismo de corpo-coisa, adaptação familiar, suporte mútuo para superação de traumas, tudo isso fazendo com que não seja somente um filme explícito gratuito, como me sugeriu no começo. Ducournau é uma da nova geração com potencial, esse filme me gerou certas expectativas pros próximos que poderão vir dela.
Eu me sinto extremamente satisfeito em ter encontrado esse filme e terrivelmente ofendido com a nota do Filmow. Uma vez que ela possa desestimular outros de assistirem. O filme é lindo no sentido visual, rico em questão de camadas de personagens, possibilitando ampla interpretação e poético na medida certa em seus diálogos. Não é um filme difícil ao mesmo tempo que envolve e funciona. A montagem em questão é muito boa, ela não é necessariamente linear mas não é de todo atrapalhada. Eu passei o filme todo lembrando dos filmes do Bergman. Não é de todo igual, mas tem um cheiro do cineasta sueco, quando ele acrescenta a Europa Medieval, o medo, a morte e todos estes elementos característicos; e isso pra mim basta para separar filmes de filmes. O único elemento que não estava descendo pra mim é, justamente, o principal, o Amor. No entanto, esse é o elemento mais intragável que eu julgo e acho que aqui ele é tolerável e foge da mesmice dos filmes comuns. Enfim, é um grande filme. Me senti na obrigação desse comentário para que, se puder, influencie alguém a assistir.
O filme usa de uma boa direção e visuais artísticos para esconder o vazio que é. É ruim. Ruim, mas bonito. Chato, mas bonito; mentiroso, mas bonito. É um trabalho de brincadeira, então uma nota de brincadeira.
Já é a segunda vez que o Filmow ta adicionando filmes no meu quero ver automaticamente. Arruma isso, pelo amor de deus. Não quero ver esse negócio aqui não.
To tristão. Queria convencer vocês a assistirem o filme, mas não vai rolar. O filme tem inúmeras camadas, e a sensação de impotência e injustiça é muito forte. Você pode torcer pras coisas darem certo, mas isso só vai ser jogado na sua cara com sua insignificância.
Cara, o filme é bonito e tudo. Mas ele me passou uma sensação tão opressiva, um desencanto, que eu colocaria esse filme como um dos filmes mais cruéis que eu me lembre. Ok, é exagero. Mas eu dei Play imaginando algo totalmente encantador...
Nada novo, nada demais. Legal, mas esquecível. Alias, eu, particularmente, gosto da Saorise e ainda lembro um pouco de Brooklyn, então talvez lembre desse também. Mas é isso, é só isso. Caso esteja vendo os filme do Oscar, assista. Caso não, assista se quiser. Não que vá perder algo ou que eu diga que você estaria perdendo algo. Ta ok.
Já cansei de falar o quão bom os Coen são. Então eu digo, caso tu tenha gostado de Fargo e Onde os Fracos não tem vez, assista esse também. É tão bom quanto.
No geral, é bom. Mas não pode leva-lo tão a sério, assim como o Bone Tomehawk. Há coisas que acabam com a seriedade, tornando o filme quase uma piada sem graça, como o excesso de piada sem graça e a sonoplastia exagerada. Mas é um filme que eu recomendaria, é bom, tem um roteiro original, uma fotografia foda e uma crueldade na direção. No entanto, o Zahler é um diretor que eu aposto e tomara que logo venha algo mais sério.
Acho injusto avaliar um filme desse olhando pra questões cinematográficas. Temos tópicos aqui que não é novo pra ninguém, como racismo, violência policial, abuso de autoridade, judiciário desbalanceado, resumindo, os Estados Unidos dos anos 60 (Pra não falar da sua história toda) É um grande filme, mas é também uma grande exposição do injusto. É necessário, alguém precisa fazer esse tipo de filme e é obrigação nossa nunca esquecer.
Não posso falar aqui como um douto da Psicologia e seus afins, mas posso falar como alguém que gosta de ser desafiado pelos simbolismos do cinema. L'Amant Double é um thriller que, num primeiro momento, aparenta ser um filme inocente, tal qual sua protagonista. E aqui está o charme do filme, ele vai se desnudando, peça por peça, invertendo-se e te forçando a pensar. Tu não precisa ser um conhecedor de Freud ou da psicanálise, se for, ótimo, se não, garanto que, no mínimo, o filme te fará ter um apreço pela matéria. O filme também me fez lembrar de outros dois grandes filmes que são Persona e Nocturnal Animals.
O Homem dos Sonhos
3.5 131Eu fiquei absurdamente empolgado com o que eu acabei de assistir!
Interpretei o filme como, principalmente, um retrato de alguém que se sente profudamente abadonado. Matthews é o sujeito que não se sente como alguém que é visto e/ou admirado. Desta forma, inconscientemente, está a todo momento tentando se fazer presente. Gostaria de explicar essa minha interpretação com alguns exemplos de cena:
Primeiro, quando tem contato com a primeira mulher com que ele rivaliza, a pesquisadora, que ao ver que ela usa de sua ideia para se projetar em uma revista, recebe aquilo que ele tanto deseja: atenção
Segundo, quando ele projeta na sua antiga namorada que ela estaria a fim dele e, com isso, conseguiria a atenção de sua mulher por meio do ciumes. Ou seja, dessa formaria conseguia se projetar maior, mais atrativo e mais interessante. Mais admirável.
Ora, se não por presença passiva, seja por uma presença ativa (porém violenta). O segundo ato do filme, quando se dá pelos pesadelos, também é uma forma de "estar na cabeça das pessoas". Por mais antagonico que pareça, uma vez que os seus alunos e todas as outras pessoas a quem ele tem aproximação comecem a rejeita-lo fisicamente, ele ainda está sendo "visto" em pesadelo. Porém, é aqui que está o segundo ponto do filme: um dos motivos que o Matthew não é visto, é porque ele não atua no mundo! Suas ações acabam sendo sempre de uma dimensão passiva fazendo com que, por um lado as pessoas acabam fazendo com que ele se sinta abandonado, por outro ele nunca vai ao encontro das pessoas.
Para mim, as duas faces da mesma moeda desse filme é, de um lado a sensação de abandono, do outro a incapacidade de ir ao encontro do outro. A primeira faz com Matthew e todos nós fiquemos esperando ser acolhido, a segunda, por consequência da primeira, nos deixa sempre paralisado. É um ciclo que se fecha em si mesmo tornando cada vez mais fundo essa falta que se origina todo o processo.
Uma prova disso é que o único momento que Matthew conseguiu falar de sí, da sua falta e da sua vontade de se visto foi na última cena em que ele aparece como a figura de desejo de sua esposa (com a fantasia dos "Talking Heads" e diz: "eu gostaria que isso fossre real")
Com isso, Dream Scenario é um retrato do que pode ser um sujeito que sente um sensação de abandono e que não consegue conscientiza desse desejo de ser visto. É sobre o sujeito que, por estar sempre esperando que consigam ler em seu olhar a sua tristeza, nunca acaba por se fazer presente e se projetar no mundo. E que, com isso, não apenas ele sofre, mas todos aqueles que também esperam que ele se projete. Há outros elementos nesse filme que conversam com a psicanálise, os aspectos oníricos é o mais evidente, esse sobre o "abandono" no sujeito edipiano pelo pai rivalizado é o que mais me chamou a atenção, mas há outros também interessantes.
Achei a fotografia muito boa também, a calma da direção, a atuação do Nicolas Cage absurdamente boa em retratar esses pontos propostos, o sentimento de confusão do sujeito que não se conhece, sua interpretação sempre sozinha nas cenas, perdido...
Outra cena incrível é a do Matthew com a Molly em que há uma quebra de expectativa do Matthew ideal (do sonho) e do Matthew real (o que peida e goza precocemente). Mais um elemento que acaba contrastando agressivamente e que Matthew percebe que, quando o olham e o amdmiram, não é dele, mas de um Matthew-imaginado.
Enfim, poderia ficar falando desse filme por horas, mas espero ter passado um pouco do meu entusiasmo por esse filme para que todos assistam e que ele o toquem também.
Vidas Passadas
4.2 723 Assista AgoraÉ o drama romântico da vida em estado mais ridículo. Mais banal. Mais humano.
É o conflito incessante do destino e do acaso. Uma dança de desejo e do descaso.
O que eu mais gostei nesse filme foi do banal. Principalmente na figura do Hae Sung (um cara normal, sofrendo de algo mais normal ainda. Esses encontros e desencontros que acontecem ao longo do filme, onde todas as cenas que eles estão juntos, em meio ao casais, em lugares de encontros romanticos, acentuando o desencontro, é destruidor.
Como diz no filme, mas também disseram nos comentários "sempre que deixamos algo para trás, abrimos espaço para algo novo", porém, o espaço que se abre sempre vai estar alí, e mesmo que passe 12 anos, sempre saberemos que ele é real.
Pacificado
3.4 17 Assista AgoraSe o cinema brasileiro fosse levado a sério, com investimento do governo e da sociedade, esse filme seria ainda melhor e colecionaria prêmios. Digo, sem medo, que em potencial iria mais longe que Moonlight, por exemplo. Enquanto eu assistia, consegui ter a sensação de vários outros filmes incríveis como o já citado, Pig, até a peça Hamlet, de Shakespeare.
E não sinto estar exagerando, pelo contrário, talvez seja um absurdo não pensar nesses paralelos, um absurdo só possível em uma mente que subestima nossas próprias criações como brasileiros.
Concordo que há diversos pontos que poderiam ser melhores trabalhados, mas imagino a dificuldade que tenha sido já fazer um filme como esse, em questão de produção mesmo, orçamentária e etc.
Reitero, é um absurdo um filme como esse ser só isso, ele poderia ter sido muito mais se nossa história fosse diferente em questão ao contato que temos com o cinema e o fazer-cinema. E mesmo sendo o que é, já é tão grande quanto muita coisa grande que se entende como grande. Espero que o cinema nacional contemporâneo receba mais carinho e consiga trabalhar no seu potencial.
Soft & Quiet
3.5 242Achei que foi uma ótima estreia da diretora. É um filme muito corajoso por ter usado ele inteiro em plano-sequência, e pelo seu conteúdo, obviamente. Eu gosto desses filmes em que tudo acontece em um curto espaço de tempo, que o caos toma conta do acontecimento e o filtro social desaparece. Me fez lembrar de vários outros filmes que eu gosto. Estou curioso para ver os próximos filmes dela e torço para que venha se tornar uma grande diretora.
Skinamarink: Canção de Ninar
2.3 233 Assista AgoraSe seu intuito ao ver um filme é se divertir, se entreter, aprender, ou qualquer outra coisa assim: Não assista. Se você não tiver um alto grau de disposição, calma e disponibilidade, não vai rolar.
Se optar por assistir, é melhor que faça de noite, sem sono, sem celular, totalmente disposto para experienciar. Junto com isso se você for uma pessoa que quando criança teve medo do escuro e de ficar sozinho, com um baixo grau de tolerância pra filmes de terror, o filme será muito bom para você.
No mais, é um terror experimental e sensorial bom/mediano. A proposta de imagem craquelada, câmera deslocada, ambiente único, sem atores a vista, toda essa originalidade para causar desconforto - e esse desconforto é sustentado até o final, tem seu mérito. Só não gostei de verdade dos jump scarys. Achei apelativos e desnecessários, levando em consideração o formato do filme.
Titane
3.5 390 Assista AgoraJa é uma direção mais consolidada da diretora Francesa em relação à Raw. Apesar do primeiro ato ser questionável, talvez um pouco explícito demais, também é belíssimo na sua fotografia, na sua movimentação de câmera e nas tuas atuação, sobretudo de Agathe Rousselle (Alexia). Eu, particularmente, senti falta de um papel maior de Marilier, que trouxe o mesmo nome do papel em Raw (Justine), pensei que poderia haver algum paralelo com o filme anterior, qualquer coisa. Achei que poderiam ter aproveitado mais.
De qualquer forma, esse mesmo ponto de explicitação já nos mostra a mão artística da diretora somado ao toque Cronenberguiano, com cenas lonas longas, cores vibrantes e momentos de se utilizam da dança e da música pra gerar uma certa leveza.
A despeito de tudo isso, há também outros temas como a relação parental, dinâmica social da mulher na vida noturna, erotismo, fetichismo, um certo absurdismo de corpo-coisa, adaptação familiar, suporte mútuo para superação de traumas, tudo isso fazendo com que não seja somente um filme explícito gratuito, como me sugeriu no começo.
Ducournau é uma da nova geração com potencial, esse filme me gerou certas expectativas pros próximos que poderão vir dela.
Titane
3.5 390 Assista AgoraAerófolio...
para o meu Palio!
A Menina e o Ovo de Anjo
4.0 125Filme muito bom, mas não tem nem lutas nem carros
It: Capítulo Dois
3.4 1,5K Assista AgoraÉ incrível o que esse filme conseguiu fazer: ele demorou 2 horas pra começar e depois demorou 1 hora pra acabar...
A Freira
2.5 1,5K Assista AgoraRuim
November
3.8 78Eu me sinto extremamente satisfeito em ter encontrado esse filme e terrivelmente ofendido com a nota do Filmow. Uma vez que ela possa desestimular outros de assistirem.
O filme é lindo no sentido visual, rico em questão de camadas de personagens, possibilitando ampla interpretação e poético na medida certa em seus diálogos. Não é um filme difícil ao mesmo tempo que envolve e funciona. A montagem em questão é muito boa, ela não é necessariamente linear mas não é de todo atrapalhada.
Eu passei o filme todo lembrando dos filmes do Bergman. Não é de todo igual, mas tem um cheiro do cineasta sueco, quando ele acrescenta a Europa Medieval, o medo, a morte e todos estes elementos característicos; e isso pra mim basta para separar filmes de filmes.
O único elemento que não estava descendo pra mim é, justamente, o principal, o Amor. No entanto, esse é o elemento mais intragável que eu julgo e acho que aqui ele é tolerável e foge da mesmice dos filmes comuns.
Enfim, é um grande filme. Me senti na obrigação desse comentário para que, se puder, influencie alguém a assistir.
Kill Bill: Volume 1
4.2 2,3K Assista AgoraO filme usa de uma boa direção e visuais artísticos para esconder o vazio que é. É ruim. Ruim, mas bonito. Chato, mas bonito; mentiroso, mas bonito. É um trabalho de brincadeira, então uma nota de brincadeira.
Aquaman
3.7 1,7K Assista AgoraJá é a segunda vez que o Filmow ta adicionando filmes no meu quero ver automaticamente. Arruma isso, pelo amor de deus. Não quero ver esse negócio aqui não.
Ladrões de Bicicleta
4.4 532 Assista AgoraTo tristão. Queria convencer vocês a assistirem o filme, mas não vai rolar.
O filme tem inúmeras camadas, e a sensação de impotência e injustiça é muito forte. Você pode torcer pras coisas darem certo, mas isso só vai ser jogado na sua cara com sua insignificância.
Farrapo Humano
4.2 225 Assista AgoraÉ doloroso quando um filme fala contigo de forma sincera.
Frances Ha
4.1 1,5K Assista AgoraCara, o filme é bonito e tudo. Mas ele me passou uma sensação tão opressiva, um desencanto, que eu colocaria esse filme como um dos filmes mais cruéis que eu me lembre. Ok, é exagero. Mas eu dei Play imaginando algo totalmente encantador...
Lady Bird: A Hora de Voar
3.8 2,1K Assista AgoraNada novo, nada demais. Legal, mas esquecível. Alias, eu, particularmente, gosto da Saorise e ainda lembro um pouco de Brooklyn, então talvez lembre desse também. Mas é isso, é só isso. Caso esteja vendo os filme do Oscar, assista. Caso não, assista se quiser. Não que vá perder algo ou que eu diga que você estaria perdendo algo. Ta ok.
Terra dos Faraós
3.7 17 Assista AgoraPor que vocês escrevem a história inteira do filme na sinopse?
No Tempo das Diligências
4.1 141 Assista AgoraÉ muito bom cativar-se com personagens como o Doc e o Buck ♥
Gosto de Sangue
3.9 158 Assista AgoraJá cansei de falar o quão bom os Coen são. Então eu digo, caso tu tenha gostado de Fargo e Onde os Fracos não tem vez, assista esse também. É tão bom quanto.
Confronto no Pavilhão 99
3.7 217 Assista AgoraNo geral, é bom. Mas não pode leva-lo tão a sério, assim como o Bone Tomehawk. Há coisas que acabam com a seriedade, tornando o filme quase uma piada sem graça, como o excesso de piada sem graça e a sonoplastia exagerada.
Mas é um filme que eu recomendaria, é bom, tem um roteiro original, uma fotografia foda e uma crueldade na direção. No entanto, o Zahler é um diretor que eu aposto e tomara que logo venha algo mais sério.
A Sombra da Árvore
3.7 35 Assista AgoraPode já não ter mais a arvóre, mas também não fará mais sol nas casas.
Detroit em Rebelião
4.0 193 Assista AgoraAcho injusto avaliar um filme desse olhando pra questões cinematográficas. Temos tópicos aqui que não é novo pra ninguém, como racismo, violência policial, abuso de autoridade, judiciário desbalanceado, resumindo, os Estados Unidos dos anos 60 (Pra não falar da sua história toda)
É um grande filme, mas é também uma grande exposição do injusto. É necessário, alguém precisa fazer esse tipo de filme e é obrigação nossa nunca esquecer.
O Amante Duplo
3.3 107Não posso falar aqui como um douto da Psicologia e seus afins, mas posso falar como alguém que gosta de ser desafiado pelos simbolismos do cinema.
L'Amant Double é um thriller que, num primeiro momento, aparenta ser um filme inocente, tal qual sua protagonista. E aqui está o charme do filme, ele vai se desnudando, peça por peça, invertendo-se e te forçando a pensar.
Tu não precisa ser um conhecedor de Freud ou da psicanálise, se for, ótimo, se não, garanto que, no mínimo, o filme te fará ter um apreço pela matéria.
O filme também me fez lembrar de outros dois grandes filmes que são Persona e Nocturnal Animals.