um dos melhore filmes sobre guerra que já assisti.
Falarei pouco. A fotografia é absurdamente incrível, a caracterização é de torcer o pescoço de tão bem montada. Dá para sentir o cheiro de merda das fossas e de ferro, do sangue jorrado nos combates.
Ainda bem que o filme todo foi falado em alemão e algumas partes em francês. Isso deu uma atmosfera mais realista, se comparado aos filmes de guerras estadunidenses. Cá entre nós, tô cansado dos americanos lançarem filmes de guerra fazendo autofelação.
O longa mostra como eles erraram, como foi o fim da primeira guerra mundial, mostrando a vergonha e humilhação.
Mostra também a ingenuidade dos jovens, que vão para a guerra para morrer por nada, enquanto os que declararam essa guerra estão sentados em cadeiras de veludo, tomando chá. Aprendem no campo de batalha que a honra de ser um veterano não é nada. Eles só querem voltar para casa.
Eles ficaram anos em combate para avançar o que, uns 3 km de distância?
É um filme forte, raivoso, pesado, visceral e que vai causar todo tipo de sentimento em você. Raiva, angústia, tristeza, desespero, medo, estrangulamento, choro.
Uma sátira muito bem humorada, que escancara essa classe vomitativa que é a dos socialites.
O diretor do longa disse que o termo "triangulo da tristeza" é usado por esteticistas para apontar essa região e as marcas que surgem com o tempo se você tiver se preocupar com algo ao longo da vida, mas que pode ser corrigido com Botox em apenas 15 minutos. Só nessa parte já vem aquele sorriso de canto e o arzinho saindo pelas narinas.
O filme é dividido em 3 partes que se conectam. Na segunda, o longa junta um modelo fútil, uma influencer digital tapada, um casal de velhos que enriqueceram fabricando armamento bélico, um capitão americano marxista, um magnata russo capitalista, um bilionário carente, uma companhia de bordo avarenta, tudo dentro de um navio de luxo. Isso que falei é só metade, tem muitas outras figuras bizarras por lá.
A fotografia é muito boa, o roteiro é excelente, com muitas sacadas hilárias. As cenas são repletas de momentos de vergonha alheia, de tampar a cara com as mãos de tanto constrangimento.
A parte 03 do filme mostra a real natureza deles. Mas as partes 01 e 02 são as melhores, se quer saber o que achei.
Eu fiquei muito triste em saber que a sul-africana Charlbi Dean (Yaya - Influencer) faleceu em 29 de agosto de 2022, vítima de sepse. Claramente ela tinha um futuro brilhante e foi interrompido. O filme estreou em 28/09/2022 na França e ela já não estava mais aqui. Acredito que ocorra uma homenagem para ela durante o Oscar que vai ocorrer agora no Domingo.
O filme é excelente, você vai dar muitas gargalhadas mas não espere um final incrível. Curta cada momento que o filme proporciona e não foque no desfecho. Você vai entender quando assistir.
Entre Mulheres é um filme difícil de digerir, como almoçar uma feijoada sob um sol de 45ºC.
Não me entenda mal, o que disse acima é no melhor sentido da palavra. O filme consegue mexer com o sentimento de qualquer um que assista, principalmente (lógico) das mulheres. Aviso que pode lhe causar inúmeros gatilhos.
A fotografia é boa, caracterização e maquiagem também ficaram ótimas. O roteiro é mediano, apesar da mensagem forte que o filme carrega. É um filme um pouco arrastado pelo fato de não haver muita agitação, se não os diálogos. Uma hora ou outra você vê algo fora do celeiro e sempre é desagradável e violento.
O elenco fez um excelente trabalho, quase todas me deram raiva de tanto que gritavam umas com as outras, sendo grosseiras entre si e apenas a Greta e a Agatha davam as palavras de sabedoria e lucidez. Então podemos sentir a raiva e o desespero das mais jovens e quanto nossas senhoras idosas são tão especiais e incríveis. Como conseguem ser tão fortes mesmo em um estado físico mias frágil.
Achei avassalador a interpretação de August Winter (Melvin) que teve a linha de texto mais perturbadora do filme inteiro. Se não te causar comoção, então você já está morto e seu corpo está sendo controlado por ácaros.
A Sheila McCarthy ganhou meu coração com as histórias das potras dela. São os momentos mais doces do longa.
O Ben Wishal (August) fez uma atuação impecável. Emocionante e de tirar o fôlego, interpretando um homem sensível que apoia aquelas que estão discutindo seus futuros. me lembrou o Norman Bates do filme "Psicose" e do Winston do longa "1984".
É o primeiro filme que a Sarah Polley dirige e fez um excelente trabalho. Espero ansiosamente pelos próximos.
Sugiro que assista ao filme acompanhado para não ficar bilu tetéia.
Um filme indigesto, repulsivo e relativamente necessário.
Esperava ver um filme sobre a talentosa, brilhante e maravilhosa Norma Jeane, aka Marlyn Monroe. O que eu vi foi um filme que reduz a Marlyn a uma coisa minúscula, a um saco de pancadas e humilhação.
O filme faz uma menção tão breve quanto um arroto sobre a Norma gostar de ler muito. Inclusive tem uma parte no filme que a Marlyn diz ter se inspirado no livro de Dostoiévski, "Crime e Castigo". E só.
O que ela assistia? O que mais ela lia? O que ela ouvia? O que ela gostava de fazer?
O Rocketman, filme do Elton John, mostra como ele sofreu com a depressão, pela repressão da homossexualidade, da relação tóxica dele com o empresário, mas o filme exaltava a carreira brilhante dele. É tão difícil fazer o mesmo com a Marlyn?
E Pelo amor de Deus, eu estou assistindo o que, uma releitura de "A Serbian FIlm"? O filme só tem abuso infantil, aborto, peito, estupro, lágrimas, grito, mais porrada, mais estupro, mais aborto, mais lágrimas, peito, peito, peito.
Eu disse no inicio que o filme é relativamente necessário porquê realmente a Norma Jeane passou por tudo isso. De fato, o longa precisava causar alguma comoção, principalmente nos homens, em como uma mulher se sente diariamente. A mulher que é tratada como um pedaço de carne, objetificada, rodeada de estupradores em potencial.
Agora a parte técnica, serei breve: A fotografia do filme é boa, dou 7/10. Eu gostei dos closes exagerados e repentinos, simulando os filmes dos anos 60. O figurino ficou incrível. O roteiro não impressiona em absolutamente nada.
A Ana de Armas (Marlyn / Norma) atuou muito bem. Ela conseguiu em quase 3 horas de filme passar agonia e desespero durante todo o banho de lágrimas que ela dá. A caracterização ficou muito crível e me convenci que estava diante da Marlyn.
A Julianne Nicholson (Mãe da Norma), também fez uma baita atuação. Essa sim brilhou muito.
O Andrey Brody, que fez o segundo marido da Marlyn, também foi muito bem, como sempre. Nosso eterno "Pianista".
O mesmo vale para o Bobby Cannavale, que fez o primeiro marido da Norma. Sim, ele me deu medo e asco.
Os demais atores também me causaram nojo como assistir "A Centopeia Humana 2" e "O Albergue". Aqueles homens rústicos que só de você olhar, já consegue sentir o cheiro da nicotina e de suor catinguento.
Na minha opinião pessoal, esse filme foi uma mancha de sangue pela memória da Norma Jeane. Quando assisti ao filme, eu esperava sentir todo tipo de sentimento, excerto a que senti, que foi raiva.
Infelizmente transformaram a Marlyn Monroe em um mártir.
Talvez fosse melhor ter ido assistir ao filme do Pelé ou Cinderela Baiana.
Uma obra de peso em termos de atuação e de genialidade. É uma história densa mas que precisa ser assistido por todos.
99% do filme se passa dentro do apartamento do protagonista. A história é contada durante os dias de uma semana, abordando um professor de língua inglesa à distância em uma universidade. O mesmo está com obesidade mórbida e se recusa a fazer qualquer tratamento de saúde.
O Brendan Fraser (Charlie) entregou tudo na sua atuação. Consegue emocionar com um sorriso, com um simples "me desculpe" e até em seus diálogos enquanto está sozinho. Tudo de uma forma envolvente, cativante, amável, desesperadora e depressiva. Sim, todas as emoções possíveis.
A atriz Hong Chau (Liz) foi visceral na sua interpretação. Tudo entregue de uma forma áspera e desconfortável, por conta de suas preocupações com a saúde de Charlie e crises familiares passadas. Impecável.
A Sadie Sink (Ellie) também fez um ótimo trabalho, mostrando um ímpeto por sofrer anos com a solidão e pelo abandono. Trouxe uma energia e suspense que dá agonia e emociona.
Ty Simpkins (Thomas) também fez uma bela interpretação, querendo ajudar da forma que conseguia.
Os atores foram muito felizes no que fizeram. Você simplesmente não consegue sentir raiva de ninguém. Todos estão feridos.
A mensagem que o filme passa é de que ninguém pode salvar ninguém. Somente você pode se salvar. Você deve superar e caminhar até a luz.
O fato de A Baleia não estar concorrendo a melhor filme no Oscar 2023 é um crime inafiançável.
O filme é engraçado e explora com criatividade o tema "multiverso".
As cenas de luta são divertidas, inspiradas em Matrix, Kung Fu Hustle, nos filmes do Jackie Chan (Mr Nice Guy; Police Story) e "O Tigre e o Dragão" (cuja película a própria protagonista Michelle Yeoh é a protagonista).
Além da Michelle Yeoh (Evelyn) mandar muitíssimo bem no seu papel, o Ke Huy Quan (Waymond) prestou uma atuação belíssima! Suas mudanças de personalidade tornam tudo muito crível e permite o espectador se emocione. Só não digo que parte me fez rolar uma lágrima porquê aí já estaria dando spoiler. (OBS.: Estou entre a Yeoh e a Cate Blanchett para ganhar o Oscar 2023 de melhor atriz. O Quan eu tenho certeza que leva como melhor ator coadjuvante.)
A Jamie Lee Curtis, como esperado, fez um trabalho impecável no filme, com uma caracterização genial. Na minha opinião, ela leva o Oscar de melhor atriz coadjuvante. Infelizmente, não senti o mesmo com a atuação a Stephanie Hsu. Apenas no final que senti uma ótima evolução na sua interpretação. Talvez fosse a caracterização e eu não peguei o feeling? Quem sabe?
O filme trás uma boa lição para nós, que é enxergar as coisas boas que temos hoje. Poderíamos ser o que quiséssemos, mas não somos. Temos nossa casa, emprego, família, amigos e hobbies. Vivemos no caos que nosso mundo é. Mas podemos tirar coisas boas dela, ao invés de lamentar pelo que não fomos e que, possivelmente, somos em um universo paralelo.
Aos exigentes, não se deixem enganar se o filme parecer bobo a princípio. Ele vai ficando cada vez mais profundo com o decorrer da história.
Tár é genial e merece aplausos de pé. O filme consegue transmitir para os leigos e iniciantes sobre "sentir a música clássica" (A impressão que me foi passada).
O filme também levanta um debate sobre "separar a pessoa da obra", onde as acusações pessoais negativas podem afundar um artista cuja criações são incríveis e soterrar seus trabalhos. A pergunta que fica: Você ouviria um artista que teve atitudes ruins no foro pessoal? Além de falar sobre gênero, sexualidade e etnia dentro do meio artístico e social. O que mais me chamou a atenção foi a riqueza de citações de músicos e autores, do compositor Bach ao filósofo Schopenhauer.
Um ponto bem legal, foi dar esse ar de fidelidade ao universo da música clássica, onde a Tár está gravando um disco na "Deutsche Grammophon", que é uma importantíssima gravadora situada em Berlim e terem adicionado ao elenco a Sophie Kauer (Olga) que é uma violoncelista profissional. Você vai reparar que ela realmente está tocando nas cenas em que está com o instrumento.
Eu entendo haver críticas negativas, alegando que o filme é chato ou que não entendeu, mas eu acredito que a expectativa que causou a frustração, esperando um filme com inicio, meio e fim, como um filme regular estadunidense.
Para conseguir assistir a Tár e realmente gostar, você precisa ir de coração aberto, sem esperar nada e sem comprometimento com o relógio.
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Nada de Novo no Front
4.0 611 Assista Agoraum dos melhore filmes sobre guerra que já assisti.
Falarei pouco. A fotografia é absurdamente incrível, a caracterização é de torcer o pescoço de tão bem montada. Dá para sentir o cheiro de merda das fossas e de ferro, do sangue jorrado nos combates.
Ainda bem que o filme todo foi falado em alemão e algumas partes em francês. Isso deu uma atmosfera mais realista, se comparado aos filmes de guerras estadunidenses. Cá entre nós, tô cansado dos americanos lançarem filmes de guerra fazendo autofelação.
O longa mostra como eles erraram, como foi o fim da primeira guerra mundial, mostrando a vergonha e humilhação.
Mostra também a ingenuidade dos jovens, que vão para a guerra para morrer por nada, enquanto os que declararam essa guerra estão sentados em cadeiras de veludo, tomando chá. Aprendem no campo de batalha que a honra de ser um veterano não é nada. Eles só querem voltar para casa.
Eles ficaram anos em combate para avançar o que, uns 3 km de distância?
É um filme forte, raivoso, pesado, visceral e que vai causar todo tipo de sentimento em você. Raiva, angústia, tristeza, desespero, medo, estrangulamento, choro.
Triângulo da Tristeza
3.6 730 Assista AgoraUma sátira muito bem humorada, que escancara essa classe vomitativa que é a dos socialites.
O diretor do longa disse que o termo "triangulo da tristeza" é usado por esteticistas para apontar essa região e as marcas que surgem com o tempo se você tiver se preocupar com algo ao longo da vida, mas que pode ser corrigido com Botox em apenas 15 minutos. Só nessa parte já vem aquele sorriso de canto e o arzinho saindo pelas narinas.
O filme é dividido em 3 partes que se conectam. Na segunda, o longa junta um modelo fútil, uma influencer digital tapada, um casal de velhos que enriqueceram fabricando armamento bélico, um capitão americano marxista, um magnata russo capitalista, um bilionário carente, uma companhia de bordo avarenta, tudo dentro de um navio de luxo. Isso que falei é só metade, tem muitas outras figuras bizarras por lá.
A fotografia é muito boa, o roteiro é excelente, com muitas sacadas hilárias. As cenas são repletas de momentos de vergonha alheia, de tampar a cara com as mãos de tanto constrangimento.
A parte 03 do filme mostra a real natureza deles. Mas as partes 01 e 02 são as melhores, se quer saber o que achei.
Eu fiquei muito triste em saber que a sul-africana Charlbi Dean (Yaya - Influencer) faleceu em 29 de agosto de 2022, vítima de sepse. Claramente ela tinha um futuro brilhante e foi interrompido. O filme estreou em 28/09/2022 na França e ela já não estava mais aqui. Acredito que ocorra uma homenagem para ela durante o Oscar que vai ocorrer agora no Domingo.
O filme é excelente, você vai dar muitas gargalhadas mas não espere um final incrível. Curta cada momento que o filme proporciona e não foque no desfecho. Você vai entender quando assistir.
Entre Mulheres
3.7 262Entre Mulheres é um filme difícil de digerir, como almoçar uma feijoada sob um sol de 45ºC.
Não me entenda mal, o que disse acima é no melhor sentido da palavra. O filme consegue mexer com o sentimento de qualquer um que assista, principalmente (lógico) das mulheres. Aviso que pode lhe causar inúmeros gatilhos.
A fotografia é boa, caracterização e maquiagem também ficaram ótimas. O roteiro é mediano, apesar da mensagem forte que o filme carrega. É um filme um pouco arrastado pelo fato de não haver muita agitação, se não os diálogos. Uma hora ou outra você vê algo fora do celeiro e sempre é desagradável e violento.
O elenco fez um excelente trabalho, quase todas me deram raiva de tanto que gritavam umas com as outras, sendo grosseiras entre si e apenas a Greta e a Agatha davam as palavras de sabedoria e lucidez. Então podemos sentir a raiva e o desespero das mais jovens e quanto nossas senhoras idosas são tão especiais e incríveis. Como conseguem ser tão fortes mesmo em um estado físico mias frágil.
Achei avassalador a interpretação de August Winter (Melvin) que teve a linha de texto mais perturbadora do filme inteiro. Se não te causar comoção, então você já está morto e seu corpo está sendo controlado por ácaros.
A Sheila McCarthy ganhou meu coração com as histórias das potras dela. São os momentos mais doces do longa.
O Ben Wishal (August) fez uma atuação impecável. Emocionante e de tirar o fôlego, interpretando um homem sensível que apoia aquelas que estão discutindo seus futuros. me lembrou o Norman Bates do filme "Psicose" e do Winston do longa "1984".
É o primeiro filme que a Sarah Polley dirige e fez um excelente trabalho. Espero ansiosamente pelos próximos.
Sugiro que assista ao filme acompanhado para não ficar bilu tetéia.
Blonde
2.6 443 Assista AgoraUm filme indigesto, repulsivo e relativamente necessário.
Esperava ver um filme sobre a talentosa, brilhante e maravilhosa Norma Jeane, aka Marlyn Monroe. O que eu vi foi um filme que reduz a Marlyn a uma coisa minúscula, a um saco de pancadas e humilhação.
O filme faz uma menção tão breve quanto um arroto sobre a Norma gostar de ler muito. Inclusive tem uma parte no filme que a Marlyn diz ter se inspirado no livro de Dostoiévski, "Crime e Castigo". E só.
O que ela assistia? O que mais ela lia? O que ela ouvia? O que ela gostava de fazer?
O Rocketman, filme do Elton John, mostra como ele sofreu com a depressão, pela repressão da homossexualidade, da relação tóxica dele com o empresário, mas o filme exaltava a carreira brilhante dele. É tão difícil fazer o mesmo com a Marlyn?
E Pelo amor de Deus, eu estou assistindo o que, uma releitura de "A Serbian FIlm"? O filme só tem abuso infantil, aborto, peito, estupro, lágrimas, grito, mais porrada, mais estupro, mais aborto, mais lágrimas, peito, peito, peito.
Eu disse no inicio que o filme é relativamente necessário porquê realmente a Norma Jeane passou por tudo isso. De fato, o longa precisava causar alguma comoção, principalmente nos homens, em como uma mulher se sente diariamente. A mulher que é tratada como um pedaço de carne, objetificada, rodeada de estupradores em potencial.
Agora a parte técnica, serei breve: A fotografia do filme é boa, dou 7/10. Eu gostei dos closes exagerados e repentinos, simulando os filmes dos anos 60. O figurino ficou incrível. O roteiro não impressiona em absolutamente nada.
A Ana de Armas (Marlyn / Norma) atuou muito bem. Ela conseguiu em quase 3 horas de filme passar agonia e desespero durante todo o banho de lágrimas que ela dá. A caracterização ficou muito crível e me convenci que estava diante da Marlyn.
A Julianne Nicholson (Mãe da Norma), também fez uma baita atuação. Essa sim brilhou muito.
O Andrey Brody, que fez o segundo marido da Marlyn, também foi muito bem, como sempre. Nosso eterno "Pianista".
O mesmo vale para o Bobby Cannavale, que fez o primeiro marido da Norma. Sim, ele me deu medo e asco.
Os demais atores também me causaram nojo como assistir "A Centopeia Humana 2" e "O Albergue". Aqueles homens rústicos que só de você olhar, já consegue sentir o cheiro da nicotina e de suor catinguento.
Na minha opinião pessoal, esse filme foi uma mancha de sangue pela memória da Norma Jeane.
Quando assisti ao filme, eu esperava sentir todo tipo de sentimento, excerto a que senti, que foi raiva.
Infelizmente transformaram a Marlyn Monroe em um mártir.
Talvez fosse melhor ter ido assistir ao filme do Pelé ou Cinderela Baiana.
A Baleia
4.0 1,0K Assista AgoraUma obra de peso em termos de atuação e de genialidade. É uma história densa mas que precisa ser assistido por todos.
99% do filme se passa dentro do apartamento do protagonista. A história é contada durante os dias de uma semana, abordando um professor de língua inglesa à distância em uma universidade. O mesmo está com obesidade mórbida e se recusa a fazer qualquer tratamento de saúde.
O Brendan Fraser (Charlie) entregou tudo na sua atuação. Consegue emocionar com um sorriso, com um simples "me desculpe" e até em seus diálogos enquanto está sozinho. Tudo de uma forma envolvente, cativante, amável, desesperadora e depressiva.
Sim, todas as emoções possíveis.
A atriz Hong Chau (Liz) foi visceral na sua interpretação. Tudo entregue de uma forma áspera e desconfortável, por conta de suas preocupações com a saúde de Charlie e crises familiares passadas. Impecável.
A Sadie Sink (Ellie) também fez um ótimo trabalho, mostrando um ímpeto por sofrer anos com a solidão e pelo abandono. Trouxe uma energia e suspense que dá agonia e emociona.
Ty Simpkins (Thomas) também fez uma bela interpretação, querendo ajudar da forma que conseguia.
Os atores foram muito felizes no que fizeram.
Você simplesmente não consegue sentir raiva de ninguém. Todos estão feridos.
A mensagem que o filme passa é de que ninguém pode salvar ninguém. Somente você pode se salvar. Você deve superar e caminhar até a luz.
O fato de A Baleia não estar concorrendo a melhor filme no Oscar 2023 é um crime inafiançável.
Tudo em Todo O Lugar ao Mesmo Tempo
4.0 2,1K Assista AgoraO filme é engraçado e explora com criatividade o tema "multiverso".
As cenas de luta são divertidas, inspiradas em Matrix, Kung Fu Hustle, nos filmes do Jackie Chan (Mr Nice Guy; Police Story) e "O Tigre e o Dragão" (cuja película a própria protagonista Michelle Yeoh é a protagonista).
Além da Michelle Yeoh (Evelyn) mandar muitíssimo bem no seu papel, o Ke Huy Quan (Waymond) prestou uma atuação belíssima! Suas mudanças de personalidade tornam tudo muito crível e permite o espectador se emocione. Só não digo que parte me fez rolar uma lágrima porquê aí já estaria dando spoiler.
(OBS.: Estou entre a Yeoh e a Cate Blanchett para ganhar o Oscar 2023 de melhor atriz. O Quan eu tenho certeza que leva como melhor ator coadjuvante.)
A Jamie Lee Curtis, como esperado, fez um trabalho impecável no filme, com uma caracterização genial. Na minha opinião, ela leva o Oscar de melhor atriz coadjuvante. Infelizmente, não senti o mesmo com a atuação a Stephanie Hsu. Apenas no final que senti uma ótima evolução na sua interpretação. Talvez fosse a caracterização e eu não peguei o feeling? Quem sabe?
O filme trás uma boa lição para nós, que é enxergar as coisas boas que temos hoje. Poderíamos ser o que quiséssemos, mas não somos. Temos nossa casa, emprego, família, amigos e hobbies. Vivemos no caos que nosso mundo é. Mas podemos tirar coisas boas dela, ao invés de lamentar pelo que não fomos e que, possivelmente, somos em um universo paralelo.
Aos exigentes, não se deixem enganar se o filme parecer bobo a princípio. Ele vai ficando cada vez mais profundo com o decorrer da história.
Tár
3.8 394 Assista AgoraTár é genial e merece aplausos de pé. O filme consegue transmitir para os leigos e iniciantes sobre "sentir a música clássica" (A impressão que me foi passada).
O filme também levanta um debate sobre "separar a pessoa da obra", onde as acusações pessoais negativas podem afundar um artista cuja criações são incríveis e soterrar seus trabalhos. A pergunta que fica: Você ouviria um artista que teve atitudes ruins no foro pessoal? Além de falar sobre gênero, sexualidade e etnia dentro do meio artístico e social. O que mais me chamou a atenção foi a riqueza de citações de músicos e autores, do compositor Bach ao filósofo Schopenhauer.
Um ponto bem legal, foi dar esse ar de fidelidade ao universo da música clássica, onde a Tár está gravando um disco na "Deutsche Grammophon", que é uma importantíssima gravadora situada em Berlim e terem adicionado ao elenco a Sophie Kauer (Olga) que é uma violoncelista profissional. Você vai reparar que ela realmente está tocando nas cenas em que está com o instrumento.
Eu entendo haver críticas negativas, alegando que o filme é chato ou que não entendeu, mas eu acredito que a expectativa que causou a frustração, esperando um filme com inicio, meio e fim, como um filme regular estadunidense.
Para conseguir assistir a Tár e realmente gostar, você precisa ir de coração aberto, sem esperar nada e sem comprometimento com o relógio.