"E se mudar o mundo for apenas estar aqui, se impor, não importa o quanto nos digam que não é o nosso lugar, mantendo-se íntegros mesmo quando forçados a ser falsos? Acreditando em nós mesmos, mesmo quando nos dizem que somos muito diferentes? E se todos nós nos apegarmos a isso, se nos recusarmos a ceder e obedecer, se resistirmos por tempo suficiente, quem sabe o mundo não possa mudar à nossa volta."
Ora, ora... Comecei pensando que era um filme e descobri que era uma série. A princípio a história é boa. É excelente como a ameaça do fim de tudo pode revelar o pior e o melhor das pessoas. Além disso, a narrativa é cheia de problematizações pertinentes suavemente incutidas na trama.
Tudo poderia ter sido resolvido na segunda temporada. Mas teremos uma terceira. Onde o problema agora é outro. Espero que os roteiristas saibam desenvolver bem.
Que série! Assustadoramente genial! A pesquisa histórica que compôs a narrativa é digna de prêmios! Mais um material audiovisual que pode servir excelentemente para aulas de química, física, matemática, história, arte, filosofia, pois demonstra com maestria como é importante aprendermos com o passado e tentarmos garantir algum futuro.
Minha teoria se concentra no motorista do ônibus escolar, que funciona como um "neo flautista de Hamelin" e que, diante da falta de pagamento pela retirada do mau cheiro da cidade, sequestrou os adolescentes como vingança. E no final, estão todos mortos, como na Caverna do Dragão...rs
A narrativa homérica, há mais de dois mil anos, continua fascinando a contemporaneidade. Seja pela cultura que, querendo ou não, serve como pilar do estilo de vida ocidental ou pela análise histórica de um povo que para se sobressair no Peloponeso não media sangue para tal.
A obra em questão não é grande coisa como Spartacus (série produzida pela Starz), mas tem seus pontos fortes. Sobretudo os dramas vividos por seus personagens. Foi emocionante ver o drama de Ifigênia nas telas, as tramoias dos deuses, a incompetência de Menelau e a dor de Aquiles ao perder seu parceiro e amante.
Muita coisa pode ter sido alterada por conta da famigerada licença poética. Mas isso não tirou o mérito de uma história contada incansáveis vezes. E que ficou muito interessante em forma de série.
Em suma, resta saber se teremos uma continuação a partir da saga de Enéas na fundação de Roma ou uma Odisseia baseada na volta de Odisseu para os braços de Penélope.
Séries sobre adolescentes - querendo ou não - geram algumas expectativas. Sobretudo para a maioria das pessoas que já passou - ou ainda está passando - por essa fase da vida. Contudo, a meu ver, essa série vai um pouco além dos clichês - exceto pelo final dessa temporada - esperados e traz problematizações contemporâneas pertinentes que podem suscitar excelente reflexões.
Além disso, ver Gillian Anderson - num estilo Andy Warhol pós moderno - e James Purefoy como coadjuvantes foi uma bela surpresa. Seus personagens são hilários e, mesmo de forma uma secundária, oferecem um tom cômico e sarcástico que orbita bem a narrativa central.
Além do mais, fazia tempo que eu não via o pequeno "Hugo Cabret" em ação e perceber como ele cresceu me lembrou como Cronos devora sem piedade.
Os problemas que seu personagem desenvolveu em relação à sua sexualidade, a meu ver, podem ser resolvidos - em partes - com uma boa conversa com sua mãe acerca do que - num momento de cólera - ela disse sobre sexo enquanto estava possessa ao saber da infidelidade do marido. Pois para mim, fica claro que ver o pai traindo a mãe e ouvir da mesma que sexo - sem cautela -, além de doer, pode destruir vidas, não foi bem absorvido pelo garoto.
Em suma, a narrativa é bem construída em torno do adolescente que, outrora esquecido num canto, passa a ser percebido por alguma de suas características que, num primeiro momento se mostra muito útil a terceiros, mas que, por diversas razões, não o ajuda muito. Sem deixar de mencionar as excelentes histórias secundárias que, paralelamente, demonstram como cada jovem pode carregar "demônios" diferentes e como isso pode afetar a relação que desenvolvem com aqueles com os quais convivem em casa e fora dela.
Espero que tenhamos uma segunda temporada tão bem desenvolvida quanto essa primeira.
Impressionante! O fato de terem conseguido uma atriz tão parecida para fazer a Rita jovem foi algo impressionante!
Confesso que quando ela apareceu pela primeira vez, achei que tinham feito uma maquiagem rejuvenescedora na Mille Dinesen. Mas não! A Tessa Hoder é mesmo a cara dela!
Contudo, a meu ver, essa temporada foi uma das mais previsíveis. Ou melhor.. .Não houveram as surpresas interessantes e que davam liga à trama como nas temporadas anteriores.
No século XX, a filósofa existencialista Simone de Beauvoir já alertava: "Nunca se esqueça que basta uma crise política, econômica ou religiosa para que os direitos das mulheres sejam questionados. Esses direitos não são permanentes. Você terá que manter-se vigilante durante toda a sua vida.". E é nessa atmosfera ameaçadora que "The Handmaid's Tale (2017)", série baseada na obra homônima (lançada em 1985 e traduzida no Brasil como "O Conto da Aia") da escritora canadense Margaret Atwood se desenrola.
É bem possível que a escritora canadense tenha lido alguma obra da filósofa francesa supracitada e - de certa forma - se inspirado. Pois é quase impossível - pelo menos para quem teve acesso às críticas existencialistas de Simone - ler o livro, assistir o filme e a primeira temporada da série sem se lembrar de alguns apontamentos realizados pela filósofa acerca da condição feminina numa sociedade fundamentada no patriarcalismo. Sobretudo uma sociedade baseada no que Friedrich Nietzsche conceituou como moral do rebanho.
Não é a primeira vez que Margaret Atwood tem seu livro adaptado para as telas. Em 1990, Volker Schlondorff, um premiado diretor alemão dirigiu "Die Geschichte der Dienerin", traduzido no Brasil por "A Decadência de uma Espécie".
É muito óbvio que qualquer livro adaptado para o cinema - ou para a televisão - não terá sua narrativa transportada literalmente. Até porque a literatura é uma linguagem artística muito diferente das linguagens do cinema e da televisão. E isso faz com que diretores, roteiristas e toda a equipe tenham que se virar para transformar um livro de centenas de páginas repletas de pormenores que servem para inflar a imaginação de quem lê num roteiro de noventa ou cento e vinte minutos. Uma tarefa hercúlia que poucos levam a sério por diversas questões.
Mesmo assim, é praticamente impossível não comparar uma narrativa com a outra. Sobretudo para quem leu o livro antes de ver sua imaginação ganhar rostos, vozes, paisagens e trilha sonora nas telas.
O filme de 1990 - em comparação com o livro -, mesmo com atores consagrados como Faye Dunaway e Robert Duvall, pecou em várias questões. Começando pelo figurino, que - quando não demora para chegar no que a literatura relata - é reinventado. O mesmo com lugares e detalhes importantes da imaginação de Kate - que no livro e na série se chama June - e sua relação com Moira. Sem deixar de mencionar a desordem dos fatos e o final forçado. Algo que a série respeita muito bem. Tudo isso compactado em míseros noventa minutos.
Talvez a única cena digna de nota nesse filme foi a do "Salvamento". Que, apesar de sincronizar todos os outros narrados no livro, teve uma fotografia minuciosamente simétrica e contou com atuações sensacionais! Ainda bem que a série veio para revolucionar. Pois, diferente do filme, levou o que Margaret Atwood escreveu para um outro nível. Considerando que, por ser uma série, os personagens puderam ser devidamente aprofundados durante os dez episódios.
Comparando com o livro, é possível perceber que a série usa e abusa da famigerada liberdade poética. Diferentemente do filme, a primeira temporada organizou tudo de uma forma que não estragou a história original. Muito pelo contrário! Enriqueceu grandemente! Mesmo excluindo alguns personagens e sintetizando outros.
Analisando a ordem dos acontecimentos, como a fuga da família de June (Elizabeth Moss), passando pela quantidade e pela qualidade dos flashbacks dela e dos outros personagens, e culminando no aprofundamento da perspectiva de coadjuvantes como Serena Joy (Yvonne Strahovski), Nick (Max Minghella), Luck (O T Fagbenle) e Moira (Samira Wiley). Algo que o livro não faz. Salvo em algumas lembranças da protagonista. É possível perceber como a série veio para renovar e enriquecer uma história que, apesar de ter sido lançada na segunda metade do século XX, ainda possui discussões contemporâneas.
Com isso, foi possível perceber um pouco mais sobre a trajetória de cada um dos personagens citados até o advento totalitarista que retirou todos os direitos femininos. Segregando mulheres e selecionando as férteis para servir como escravizadas sexuais. Enquanto as não férteis serviam de outras formas. Sobretudo a população em situação vulnerável. Enquanto as mulheres da elite puderam preservar alguns privilégios, como o "direito" de oprimir suas subalternas. Tudo isso sob uma hermenêutica partidária do Antigo Testamento.
A minúcias descritas no livro são excelentemente capturadas pelas câmeras. Demonstrando uma direção de fotografia cautelosa. Cada detalhe do que June observa e introjeta é demonstrado por alguns milionésimos de segundos. Proporcionando uma abertura para compreendermos a subjetividade da protagonista diante de toda a trajetória que culminaria na opressão.
O papel das esposas dos comandantes, sobretudo o de Serena Joy e o das "Tias", como Tia Lydia (Ann Dowd), novamente alude a Simone de Beauvoir quando a mesma diz: "O opressor não seria tão forte se não tivesse cúmplices entre os próprios oprimidos.". Uma estratégia com diversos precedentes que podem ser atestados se consultarmos alguns livros sobre a história humana e suas conquistas. Assim como o papel das "Marthas", que apesar da subalternidade, agem como sentinelas internas para a manutenção do poder totalitário.
Mas como todo regime de governo encabeçado por humanos demasiados humanos tem suas falhas, esse não seria diferente. Pois toda retórica e ações públicas respaldadas num idealismo nefasto travestido de salvação da humanidade, serve para acobertar a ganância por poder e controle de poucos em detrimento de muitos. Ainda mais quando esses poucos, na calada da noite, se encontram em clubes privados regados de tudo aquilo que hipocritamente combatem em público.
Em suma, a obra de Margaret Atwood não poderia ter sido relembrada em momento mais oportuno. Pois apesar de se tratar de uma utopia, possuí várias características de dominação veladas na sociedade que vivemos. O controle estatal do corpo das mulheres, a ameaça aos direitos historicamente adquiridos, a vigilância por seus pares, entre outras questões. Além do mais, a releitura dessa obra pode servir de alerta para várias ameaças que os direitos adquiridos - através de muito sangue e lutas históricas - vêm sofrendo ultimamente. Pois nessa caótica realidade onde políticos partidários dizem que mulheres não devem ter direitos e que racistas emergem de suas catacumbas morais, obras que evidenciem a importância dos direitos e que fomentem a tolerância para uma melhor convivência se mostram cada vez mais necessárias.
Sensacional! Série maravilhosa! Foram quatro temporadas recheadas de personagens históricos, narrativas interessantes, batalhas navais emocionantes, sangue, sexo, rum e centenas de diálogos pertinentes... Certamente deixará saudades... :'(
A meu ver, não é tudo aquilo que andam dizendo por aí. Fica muito claro o partidarismo da série. Apesar de uma alfinetada aqui e outra ali acerca da corrupção dentro do governo israelense, a narrativa segue o velho clichê perpetrado por Hollywood, ou seja, continua pintando os árabes como maus e primitivos enquanto qualquer outro povo que os combata são sempre retratados como bons e salvadores da democracia.
Além do mais, as atuações são precárias. Não há um personagem que consiga despertar empatia. A maioria das atuações são tão mecânicas que tive a impressão de estar assistindo a algum teste de elenco amador.
Não é possível que na Palestina e em Israel não tenham bons atores. Várias obras como "Omar (2013), "Limoeiro (2008)" e "Incêndios (2010)", entre outras deixam isso evidente.
O que me leva a crer que muitos atores e atrizes competentes não aceitaram participar dessa propaganda israelense que visa legitimar a homogeneidade de Israel em detrimento da luta palestina por reconhecimento como nação.
Sem deixar de mencionar o roteiro fragmentado. Onde várias ocorrências são tão sem noção que causam confusão. Como por exemplo:
a cena onde a garota filha do Panther é raptada muito facilmente e se machuca durante uma explosão. Aparecendo magicamente no hospital israelense. E os explosivos usados nela e no Sheikh. De onde saíram?
Entre outras incongruências...rs
Em suma, assisti os dez episódios " a pulso", pois a partir do terceiro, já não aguentava mais tanta canastrice e partidarismo. Além de tudo, não menciona coisa alguma acerca das ocupações ilegais ou sobre a raiz de todo ódio palestino que, consequentemente, gera terroristas e perdura todo terrorismo.
E essa treta? Malandro... Berringer achou que carnificina em praça pública amedrontrava... Deveria ter lido "Vigiar e Punir" do Foucault...rs Só conseguiu inflamar a revolta.
Mr. Robot (4ª Temporada)
4.6 370"E se mudar o mundo for apenas estar aqui, se impor, não importa o quanto nos digam que não é o nosso lugar, mantendo-se íntegros mesmo quando forçados a ser falsos? Acreditando em nós mesmos, mesmo quando nos dizem que somos muito diferentes? E se todos nós nos apegarmos a isso, se nos recusarmos a ceder e obedecer, se resistirmos por tempo suficiente, quem sabe o mundo não possa mudar à nossa volta."
Não poderia ter um desfecho melhor!
Orange is the New Black (7ª Temporada)
4.3 302Uma das melhoras temporadas!
As críticas ao sistema carcerário e as problematizações contemporâneas foram sensacionais! Fecharam bem!
Salvation (2ª Temporada)
3.3 17Cancelada, né... Que pena.
Salvation (1ª Temporada)
3.6 41Ora, ora...
Comecei pensando que era um filme e descobri que era uma série.
A princípio a história é boa. É excelente como a ameaça do fim de tudo pode revelar o pior e o melhor das pessoas. Além disso, a narrativa é cheia de problematizações pertinentes suavemente incutidas na trama.
Tudo poderia ter sido resolvido na segunda temporada. Mas teremos uma terceira. Onde o problema agora é outro. Espero que os roteiristas saibam desenvolver bem.
Guerras do Brasil.Doc
4.5 79Essencialmente didático!
3% (3ª Temporada)
3.7 127A história é boa, mas as atuações são sofríveis...
Chernobyl
4.7 1,4K Assista AgoraQue série! Assustadoramente genial!
A pesquisa histórica que compôs a narrativa é digna de prêmios!
Mais um material audiovisual que pode servir excelentemente para aulas de química, física, matemática, história, arte, filosofia, pois demonstra com maestria como é importante aprendermos com o passado e tentarmos garantir algum futuro.
The Rain (2ª Temporada)
3.2 134Achei que ia melhorar, piorou...rs
The Society (1ª Temporada)
3.4 195 Assista AgoraMinha teoria se concentra no motorista do ônibus escolar, que funciona como um "neo flautista de Hamelin" e que, diante da falta de pagamento pela retirada do mau cheiro da cidade, sequestrou os adolescentes como vingança. E no final, estão todos mortos, como na Caverna do Dragão...rs
Império Romano: O Senhor de Roma (2ª Temporada)
4.1 29 Assista AgoraExcelentemente didático...
Troia: A Queda de uma Cidade
3.1 55A narrativa homérica, há mais de dois mil anos, continua fascinando a contemporaneidade. Seja pela cultura que, querendo ou não, serve como pilar do estilo de vida ocidental ou pela análise histórica de um povo que para se sobressair no Peloponeso não media sangue para tal.
A obra em questão não é grande coisa como Spartacus (série produzida pela Starz), mas tem seus pontos fortes. Sobretudo os dramas vividos por seus personagens. Foi emocionante ver o drama de Ifigênia nas telas, as tramoias dos deuses, a incompetência de Menelau e a dor de Aquiles ao perder seu parceiro e amante.
Muita coisa pode ter sido alterada por conta da famigerada licença poética. Mas isso não tirou o mérito de uma história contada incansáveis vezes. E que ficou muito interessante em forma de série.
Em suma, resta saber se teremos uma continuação a partir da saga de Enéas na fundação de Roma ou uma Odisseia baseada na volta de Odisseu para os braços de Penélope.
Sex Education (1ª Temporada)
4.3 813 Assista AgoraSéries sobre adolescentes - querendo ou não - geram algumas expectativas. Sobretudo para a maioria das pessoas que já passou - ou ainda está passando - por essa fase da vida. Contudo, a meu ver, essa série vai um pouco além dos clichês - exceto pelo final dessa temporada - esperados e traz problematizações contemporâneas pertinentes que podem suscitar excelente reflexões.
Além disso, ver Gillian Anderson - num estilo Andy Warhol pós moderno - e James Purefoy como coadjuvantes foi uma bela surpresa. Seus personagens são hilários e, mesmo de forma uma secundária, oferecem um tom cômico e sarcástico que orbita bem a narrativa central.
Além do mais, fazia tempo que eu não via o pequeno "Hugo Cabret" em ação e perceber como ele cresceu me lembrou como Cronos devora sem piedade.
Os problemas que seu personagem desenvolveu em relação à sua sexualidade, a meu ver, podem ser resolvidos - em partes - com uma boa conversa com sua mãe acerca do que - num momento de cólera - ela disse sobre sexo enquanto estava possessa ao saber da infidelidade do marido. Pois para mim, fica claro que ver o pai traindo a mãe e ouvir da mesma que sexo - sem cautela -, além de doer, pode destruir vidas, não foi bem absorvido pelo garoto.
Em suma, a narrativa é bem construída em torno do adolescente que, outrora esquecido num canto, passa a ser percebido por alguma de suas características que, num primeiro momento se mostra muito útil a terceiros, mas que, por diversas razões, não o ajuda muito. Sem deixar de mencionar as excelentes histórias secundárias que, paralelamente, demonstram como cada jovem pode carregar "demônios" diferentes e como isso pode afetar a relação que desenvolvem com aqueles com os quais convivem em casa e fora dela.
Espero que tenhamos uma segunda temporada tão bem desenvolvida quanto essa primeira.
The Rain (1ª Temporada)
3.3 314 Assista AgoraFraquíssima...
A história é muito boa, mas o roteiro
é muito ruim, as atuações são péssimas
e os personagens são mal desenvolvidos.
Nem sei como farão mais uma temporada disso.
Merlí (3ª Temporada)
4.4 186Sensacional!
Uma série para rever sempre que for oportuno!
La Casa de Papel (Parte 1)
4.2 1,3K Assista AgoraUma espécie de Prison Break invertida,
com um roteiro cheio de furos, um elenco
canastrão e um orçamento apertado. Só.
Rita (4ª Temporada)
4.1 38Impressionante!
O fato de terem conseguido uma atriz tão parecida
para fazer a Rita jovem foi algo impressionante!
Confesso que quando ela apareceu pela primeira vez, achei
que tinham feito uma maquiagem rejuvenescedora na Mille Dinesen.
Mas não! A Tessa Hoder é mesmo a cara dela!
Contudo, a meu ver, essa temporada foi uma das mais
previsíveis. Ou melhor.. .Não houveram as surpresas
interessantes e que davam liga à trama como nas
temporadas anteriores.
O grande problema que afastou Rita e Lea no passado,
por exemplo, começa a ficar evidente lá pelo sexto episódio.
Sem contar o fato de que ela voltaria a lecionar e que a escola
realmente seria fechada.
Em suma, foi uma boa temporada.
Não sei se vale a pena criarem mais uma.
Mindhunter (1ª Temporada)
4.4 804 Assista AgoraA meu ver, uma série que menciona
Durkheim e Dostoiévski logo no primeiro
episódio merece uma certa atenção...
O Conto da Aia (1ª Temporada)
4.7 1,5K Assista AgoraNo século XX, a filósofa existencialista Simone de Beauvoir já alertava: "Nunca se esqueça que basta uma crise política, econômica ou religiosa para que os direitos das mulheres sejam questionados. Esses direitos não são permanentes. Você terá que manter-se vigilante durante toda a sua vida.". E é nessa atmosfera ameaçadora que "The Handmaid's Tale (2017)", série baseada na obra homônima (lançada em 1985 e traduzida no Brasil como "O Conto da Aia") da escritora canadense Margaret Atwood se desenrola.
É bem possível que a escritora canadense tenha lido alguma obra da filósofa francesa supracitada e - de certa forma - se inspirado. Pois é quase impossível - pelo menos para quem teve acesso às críticas existencialistas de Simone - ler o livro, assistir o filme e a primeira temporada da série sem se lembrar de alguns apontamentos realizados pela filósofa acerca da condição feminina numa sociedade fundamentada no patriarcalismo. Sobretudo uma sociedade baseada no que Friedrich Nietzsche conceituou como moral do rebanho.
Não é a primeira vez que Margaret Atwood tem seu livro adaptado para as telas. Em 1990, Volker Schlondorff, um premiado diretor alemão dirigiu "Die Geschichte der Dienerin", traduzido no Brasil por "A Decadência de uma Espécie".
É muito óbvio que qualquer livro adaptado para o cinema - ou para a televisão - não terá sua narrativa transportada literalmente. Até porque a literatura é uma linguagem artística muito diferente das linguagens do cinema e da televisão. E isso faz com que diretores, roteiristas e toda a equipe tenham que se virar para transformar um livro de centenas de páginas repletas de pormenores que servem para inflar a imaginação de quem lê num roteiro de noventa ou cento e vinte minutos. Uma tarefa hercúlia que poucos levam a sério por diversas questões.
Mesmo assim, é praticamente impossível não comparar uma narrativa com a outra. Sobretudo para quem leu o livro antes de ver sua imaginação ganhar rostos, vozes, paisagens e trilha sonora nas telas.
O filme de 1990 - em comparação com o livro -, mesmo com atores consagrados como Faye Dunaway e Robert Duvall, pecou em várias questões. Começando pelo figurino, que - quando não demora para chegar no que a literatura relata - é reinventado. O mesmo com lugares e detalhes importantes da imaginação de Kate - que no livro e na série se chama June - e sua relação com Moira. Sem deixar de mencionar a desordem dos fatos e o final forçado. Algo que a série respeita muito bem. Tudo isso compactado em míseros noventa minutos.
Talvez a única cena digna de nota nesse filme foi a do "Salvamento". Que, apesar de sincronizar todos os outros narrados no livro, teve uma fotografia minuciosamente simétrica e contou com atuações sensacionais! Ainda bem que a série veio para revolucionar. Pois, diferente do filme, levou o que Margaret Atwood escreveu para um outro nível. Considerando que, por ser uma série, os personagens puderam ser devidamente aprofundados durante os dez episódios.
Comparando com o livro, é possível perceber que a série usa e abusa da famigerada liberdade poética. Diferentemente do filme, a primeira temporada organizou tudo de uma forma que não estragou a história original. Muito pelo contrário! Enriqueceu grandemente! Mesmo excluindo alguns personagens e sintetizando outros.
Analisando a ordem dos acontecimentos, como a fuga da família de June (Elizabeth Moss), passando pela quantidade e pela qualidade dos flashbacks dela e dos outros personagens, e culminando no aprofundamento da perspectiva de coadjuvantes como Serena Joy (Yvonne Strahovski), Nick (Max Minghella), Luck (O T Fagbenle) e Moira (Samira Wiley). Algo que o livro não faz. Salvo em algumas lembranças da protagonista. É possível perceber como a série veio para renovar e enriquecer uma história que, apesar de ter sido lançada na segunda metade do século XX, ainda possui discussões contemporâneas.
Com isso, foi possível perceber um pouco mais sobre a trajetória de cada um dos personagens citados até o advento totalitarista que retirou todos os direitos femininos. Segregando mulheres e selecionando as férteis para servir como escravizadas sexuais. Enquanto as não férteis serviam de outras formas. Sobretudo a população em situação vulnerável. Enquanto as mulheres da elite puderam preservar alguns privilégios, como o "direito" de oprimir suas subalternas. Tudo isso sob uma hermenêutica partidária do Antigo Testamento.
A minúcias descritas no livro são excelentemente capturadas pelas câmeras. Demonstrando uma direção de fotografia cautelosa. Cada detalhe do que June observa e introjeta é demonstrado por alguns milionésimos de segundos. Proporcionando uma abertura para compreendermos a subjetividade da protagonista diante de toda a trajetória que culminaria na opressão.
O papel das esposas dos comandantes, sobretudo o de Serena Joy e o das "Tias", como Tia Lydia (Ann Dowd), novamente alude a Simone de Beauvoir quando a mesma diz: "O opressor não seria tão forte se não tivesse cúmplices entre os próprios oprimidos.". Uma estratégia com diversos precedentes que podem ser atestados se consultarmos alguns livros sobre a história humana e suas conquistas. Assim como o papel das "Marthas", que apesar da subalternidade, agem como sentinelas internas para a manutenção do poder totalitário.
Mas como todo regime de governo encabeçado por humanos demasiados humanos tem suas falhas, esse não seria diferente. Pois toda retórica e ações públicas respaldadas num idealismo nefasto travestido de salvação da humanidade, serve para acobertar a ganância por poder e controle de poucos em detrimento de muitos. Ainda mais quando esses poucos, na calada da noite, se encontram em clubes privados regados de tudo aquilo que hipocritamente combatem em público.
Em suma, a obra de Margaret Atwood não poderia ter sido relembrada em momento mais oportuno. Pois apesar de se tratar de uma utopia, possuí várias características de dominação veladas na sociedade que vivemos. O controle estatal do corpo das mulheres, a ameaça aos direitos historicamente adquiridos, a vigilância por seus pares, entre outras questões. Além do mais, a releitura dessa obra pode servir de alerta para várias ameaças que os direitos adquiridos - através de muito sangue e lutas históricas - vêm sofrendo ultimamente. Pois nessa caótica realidade onde políticos partidários dizem que mulheres não devem ter direitos e que racistas emergem de suas catacumbas morais, obras que evidenciem a importância dos direitos e que fomentem a tolerância para uma melhor convivência se mostram cada vez mais necessárias.
Black Sails (4ª Temporada)
4.4 80 Assista AgoraSensacional!
Série maravilhosa!
Foram quatro temporadas recheadas de
personagens históricos, narrativas interessantes,
batalhas navais emocionantes, sangue, sexo, rum
e centenas de diálogos pertinentes...
Certamente deixará saudades... :'(
Black Sails (4ª Temporada)
4.4 80 Assista AgoraThe Revolution has begun!
El Marginal: O Cara de Fora (1ª Temporada)
4.1 15 Assista AgoraUma série muito interessante.
Apesar do baixo orçamento, o diretor
conseguiu criar um entretenimento capaz
de discutir vários problemas sociais.
E estes vão desde a corrupção jurídica até
os problemas de reinserção social dos condenados.
Em suma, uma novidade argentina - além Darin - que
vale uma cautelosa e minuciosa atenção!
Fauda (1ª Temporada)
4.0 29 Assista AgoraA meu ver, não é tudo aquilo que andam dizendo por aí.
Fica muito claro o partidarismo da série. Apesar de uma
alfinetada aqui e outra ali acerca da corrupção dentro do
governo israelense, a narrativa segue o velho clichê
perpetrado por Hollywood, ou seja, continua pintando os
árabes como maus e primitivos enquanto qualquer outro povo
que os combata são sempre retratados como bons e
salvadores da democracia.
Além do mais, as atuações são precárias. Não há um
personagem que consiga despertar empatia. A maioria
das atuações são tão mecânicas que tive a impressão
de estar assistindo a algum teste de elenco amador.
Não é possível que na Palestina e em Israel não tenham
bons atores. Várias obras como "Omar (2013), "Limoeiro (2008)"
e "Incêndios (2010)", entre outras deixam isso evidente.
O que me leva a crer que muitos atores e atrizes competentes
não aceitaram participar dessa propaganda israelense que visa
legitimar a homogeneidade de Israel em detrimento da luta
palestina por reconhecimento como nação.
Sem deixar de mencionar o roteiro fragmentado. Onde várias
ocorrências são tão sem noção que causam confusão. Como
por exemplo:
a cena onde a garota filha do Panther é raptada
muito facilmente e se machuca durante uma explosão. Aparecendo
magicamente no hospital israelense. E os explosivos usados nela
e no Sheikh. De onde saíram?
Em suma, assisti os dez episódios " a pulso", pois a partir do
terceiro, já não aguentava mais tanta canastrice e partidarismo.
Além de tudo, não menciona coisa alguma acerca das ocupações
ilegais ou sobre a raiz de todo ódio palestino que, consequentemente,
gera terroristas e perdura todo terrorismo.
Perda de tempo.
Black Sails (4ª Temporada)
4.4 80 Assista AgoraSobre o quinto episódio...
Eita porra, Flint!
E agora? Jack Rackham tem razão!
Black Sails (4ª Temporada)
4.4 80 Assista AgoraEita porra, Barba Negra!
Osso duro de roer!
E essa treta?
Malandro...
Berringer achou que carnificina
em praça pública amedrontrava...
Deveria ter lido "Vigiar e Punir" do Foucault...rs
Só conseguiu inflamar a revolta.
O Governador que se prepare!