Um daqueles documentários que você pega pra assistir na Netflix e acaba te surpreendendo. Muito interessante e bem explicativo, além de tudo, mostra a beleza de Borgonha em todas as estações do ano.
Muito antes do Bill Gates e Steve Jobs, existiu Alan Turing e o cara não teve a vida que merecia. De forma muito simplificada, dá pra dizer que ele ajudou vencer a guerra e inventou o primeiro computador, e é isso que o filme faz, ele simplifica as coisas. A grande injustiça é ele ter sido condenado por ser homossexual (que era ilegal na Inglaterra na época), esse aspecto do filme é tratado com uma forma bem reservada, conservadora, tanto o conflito interno que deve ter sido pra ele manter esse segredo, como a sexualidade dele em si, o diretor Morten Tyldum toca nesses temas sem se arriscar muito, não é digno de indicação ao Oscar que ele recebeu. Exite uma melancolia, uma leveza, mas o filme opta por ser uma celebração das conquistas do Turing e não uma tragédia, e a vida dele foi bastante trágica. O filme toma várias liberdades, altera fatos históricos, insere conflitos desnecessários e isso acabou deixando a produção um pouco desajeitada e narrativamente simplificada demais. O Benedict Cumberbatch tá excepcional, ele sim mereceu a indicação ao Oscar, ele convence totalmente como homem brilhante, excêntrico, a personalidade dele é muito interessante, ele é quase indiferente á guerra, ele tá mais preocupado em conseguir montar o seu computador do que no conflito que está acontecendo, pelo menos essa é a impressão inicial que passa. O filme opta por criar um clima mais cômico do que talvez necessário, muitas vezes abre mão da seriedade dramática da história pra levar um pouco mais pro lado de entretenimento e isso não é necessariamente uma coisa positiva. Destaque para o ator Alex Lawther que fez o Alan mais jovem, esse garoto é muito bom. Tecnicamente o filme é adequado, bem fotografado, reconstrução de época boa, trilha sonora funciona, mas não tem nenhum aspecto totalmente memorável, você não pensar pós assistir o filme ''NOSSA, QUE FOTOGRAFIA DE TIRAR O FÔLEGO'', é tudo muito bonito, tudo muito funcional. A história interessante e o elenco elevam uma produção feita a base de escolhas conservadoras demais e o resultado é um bom filme. É um filme digno de Oscar? hm... não sei não, mas é um bom filme.
Só não vai gostar desse filme, quem não gosta do Tim Maia. Grande Tião da Marmita! A porralouquice do estilo do Tim Maia, seu humor e uma infinidade de piadas com "a sua mãe", só por isso já vale assistir. Não achei pretensioso e artificial, achei genuinamente divertido. O Babu e o Robson estão ótimos, é incrível a semelhança de ambos ao Tim Maia. É importante lembrar da Mallu Magalhães, cantou lindamente em um trechinho. Terminei de assistir o filme querendo chapar e com certeza, escutar e ler mais sobre o Tim Maia.
Quando a gente fala sobre vício, normalmente as pessoas pensam em alcoolismo e drogas, mas o Lars nos mostra que vício em sexo pode ser um dos mais destrutivos de todos. O roteiro (tanto do Vol. 1 quanto ao do 2) é muito bem pensado e escrito, o diálogo entre a Joe e o Seligman continua interessante de acompanhar. Em termos de história a principal diferença é que o vol. 1 era sobre a ascensão sexual da Joe, já o vol. 2 é sobre a degradação dela, essa é uma das coisas que faz com que o vol. 2 seja muito mais incômodo que o primeiro, a Joe jovem que é muito mais evidente no primeiro filme, tem um apetite sexual explorativo e sem ressentimentos e a Joe desse filme é cheia de conflitos, culpa, então é uma linha mais obscura de seguir, principalmente quando entra o personagem K, eis que o filme mostra pra valer como o vício ao sexo é uma coisa séria e pode destruir famílias da mesma maneira como o alcoolismo ou um vício em crack. Lars sabe mexer muito bem com a emoção do espectador, por sorte, ele sabe dosar isso com humor, deboche. Quem fala que Ninfomaníaca é um filme pornográfico não sabe sobre o que está falando, tem muitas cenas de sexo, muitas cenas de nudez, frontal, masculino e feminino, mas nada que deixe o espectador ''hmm, legaaal'', é um estudo sobre a sexualidade, então a reação do espectador muito dificilmente vai ser prazerosa. Um elemento que achei interessante que já havia percebido no primeiro filme e se fortalece aqui, é o fato do filme não ter um local e nem uma data específica, quando a Joe ta no beco do começo do vol. 1, não há nenhum barulho urbano, não há barulho de carro ou de pessoas passando. Esse filme é um pouco mais intenso que o vol. 1, mais pessimista, mas ele se sustenta muito bem até os 40min. finais, é quando entra a personagem P que o filme começa a desandar, não vou dar detalhes sobre a relação dela com a Joe, mas parece que está lá pra dar um sadismo emocional pra trama que não era necessário. A conclusão do filme também é bem pouco satisfatória, eu gosto quando o filme acaba meio que do nada, a pessoa ta olhando uma paisagem e de repente corta, the end, eu gosto disso, e o filme teve três oportunidades pra fazer isso, o filme opta por um final muito mais discursivo, ele fica um pouco desengonçado, indulgente, moralizante, acaba desdenhando os dois protagonistas e de certa forma também o público. Não é o melhor trabalho do Lars, mas é curiosamente um dos mais acessíveis dele, é bem mais difícil por exemplo assistir Anticristo do que Ninfomaníaca
12 anos pra finalizar um filme, DOZE ANOS, eu teria enlouquecido. Vi muita gente comentando que o filme é ruim porque não tem história, e é claro que o filme tem história, a ''falta de história'' é a história. O filme é como a vida, é uma série de momentos triviais, você não pode ter um foco de trama específico, se você fizer isso, acaba perdendo a amplitude que o filme quer passar pro espectador. É impossível não se identificar com um elemento do filme, a primeira mudança de cidade, o primeiro dia em uma escola nova, o primeiro amor, alcoolismo, drogas, disputa pela atenção de um pai ausente, amor, rejeição, bullying, o filme é cheio de momentos assim, você vai se pegar pensando ''cara, eu vivi isso''. Um dos melhores roteiros que já vi. Os atores estão MUITO naturais, principalmente o Ethan Hawke. Quando Mason se forma, você sente orgulho dele, é uma sensação muito engraçada, você sentir orgulho de um personagem do cinema, mas você acompanha ele desde criança, então você acaba se sentindo meio que um parente dele. A última cena do filme é cortada no momento perfeito, eu adoro quando isso acontece, você ta lá assistindo, já absorveu o filme, ta gostando demais, ai você pensa ''ok, podia acabar.... agora'' dai entra uma música e uma tela preta com o nome do diretor e você fica aliviadíssimo. Um filme que te absorve em um tamanho gigantesco.
Totalmente MIND-BLOWING!! Preciso assistir mais uma vez pra ter uma opinião que não seja apenas "PUTA QUE PARIU, QUE FILME, QUE HISTÓRIA, QUE DIREÇÃO!" e a Rosamund Pike, DEFINITIVAMENTE, merece um Oscar.
A Year in Burgundy
4.0 3Um daqueles documentários que você pega pra assistir na Netflix e acaba te surpreendendo. Muito interessante e bem explicativo, além de tudo, mostra a beleza de Borgonha em todas as estações do ano.
O Jogo da Imitação
4.3 3,0K Assista AgoraMuito antes do Bill Gates e Steve Jobs, existiu Alan Turing e o cara não teve a vida que merecia. De forma muito simplificada, dá pra dizer que ele ajudou vencer a guerra e inventou o primeiro computador, e é isso que o filme faz, ele simplifica as coisas. A grande injustiça é ele ter sido condenado por ser homossexual (que era ilegal na Inglaterra na época), esse aspecto do filme é tratado com uma forma bem reservada, conservadora, tanto o conflito interno que deve ter sido pra ele manter esse segredo, como a sexualidade dele em si, o diretor Morten Tyldum toca nesses temas sem se arriscar muito, não é digno de indicação ao Oscar que ele recebeu. Exite uma melancolia, uma leveza, mas o filme opta por ser uma celebração das conquistas do Turing e não uma tragédia, e a vida dele foi bastante trágica. O filme toma várias liberdades, altera fatos históricos, insere conflitos desnecessários e isso acabou deixando a produção um pouco desajeitada e narrativamente simplificada demais. O Benedict Cumberbatch tá excepcional, ele sim mereceu a indicação ao Oscar, ele convence totalmente como homem brilhante, excêntrico, a personalidade dele é muito interessante, ele é quase indiferente á guerra, ele tá mais preocupado em conseguir montar o seu computador do que no conflito que está acontecendo, pelo menos essa é a impressão inicial que passa. O filme opta por criar um clima mais cômico do que talvez necessário, muitas vezes abre mão da seriedade dramática da história pra levar um pouco mais pro lado de entretenimento e isso não é necessariamente uma coisa positiva. Destaque para o ator Alex Lawther que fez o Alan mais jovem, esse garoto é muito bom. Tecnicamente o filme é adequado, bem fotografado, reconstrução de época boa, trilha sonora funciona, mas não tem nenhum aspecto totalmente memorável, você não pensar pós assistir o filme ''NOSSA, QUE FOTOGRAFIA DE TIRAR O FÔLEGO'', é tudo muito bonito, tudo muito funcional. A história interessante e o elenco elevam uma produção feita a base de escolhas conservadoras demais e o resultado é um bom filme. É um filme digno de Oscar? hm... não sei não, mas é um bom filme.
Tim Maia - Não Há Nada Igual
3.6 593 Assista AgoraSó não vai gostar desse filme, quem não gosta do Tim Maia. Grande Tião da Marmita! A porralouquice do estilo do Tim Maia, seu humor e uma infinidade de piadas com "a sua mãe", só por isso já vale assistir. Não achei pretensioso e artificial, achei genuinamente divertido. O Babu e o Robson estão ótimos, é incrível a semelhança de ambos ao Tim Maia. É importante lembrar da Mallu Magalhães, cantou lindamente em um trechinho. Terminei de assistir o filme querendo chapar e com certeza, escutar e ler mais sobre o Tim Maia.
Ninfomaníaca: Volume 2
3.6 1,6K Assista AgoraQuando a gente fala sobre vício, normalmente as pessoas pensam em alcoolismo e drogas, mas o Lars nos mostra que vício em sexo pode ser um dos mais destrutivos de todos. O roteiro (tanto do Vol. 1 quanto ao do 2) é muito bem pensado e escrito, o diálogo entre a Joe e o Seligman continua interessante de acompanhar. Em termos de história a principal diferença é que o vol. 1 era sobre a ascensão sexual da Joe, já o vol. 2 é sobre a degradação dela, essa é uma das coisas que faz com que o vol. 2 seja muito mais incômodo que o primeiro, a Joe jovem que é muito mais evidente no primeiro filme, tem um apetite sexual explorativo e sem ressentimentos e a Joe desse filme é cheia de conflitos, culpa, então é uma linha mais obscura de seguir, principalmente quando entra o personagem K, eis que o filme mostra pra valer como o vício ao sexo é uma coisa séria e pode destruir famílias da mesma maneira como o alcoolismo ou um vício em crack. Lars sabe mexer muito bem com a emoção do espectador, por sorte, ele sabe dosar isso com humor, deboche. Quem fala que Ninfomaníaca é um filme pornográfico não sabe sobre o que está falando, tem muitas cenas de sexo, muitas cenas de nudez, frontal, masculino e feminino, mas nada que deixe o espectador ''hmm, legaaal'', é um estudo sobre a sexualidade, então a reação do espectador muito dificilmente vai ser prazerosa. Um elemento que achei interessante que já havia percebido no primeiro filme e se fortalece aqui, é o fato do filme não ter um local e nem uma data específica, quando a Joe ta no beco do começo do vol. 1, não há nenhum barulho urbano, não há barulho de carro ou de pessoas passando. Esse filme é um pouco mais intenso que o vol. 1, mais pessimista, mas ele se sustenta muito bem até os 40min. finais, é quando entra a personagem P que o filme começa a desandar, não vou dar detalhes sobre a relação dela com a Joe, mas parece que está lá pra dar um sadismo emocional pra trama que não era necessário. A conclusão do filme também é bem pouco satisfatória, eu gosto quando o filme acaba meio que do nada, a pessoa ta olhando uma paisagem e de repente corta, the end, eu gosto disso, e o filme teve três oportunidades pra fazer isso, o filme opta por um final muito mais discursivo, ele fica um pouco desengonçado, indulgente, moralizante, acaba desdenhando os dois protagonistas e de certa forma também o público. Não é o melhor trabalho do Lars, mas é curiosamente um dos mais acessíveis dele, é bem mais difícil por exemplo assistir Anticristo do que Ninfomaníaca
Boyhood: Da Infância à Juventude
4.0 3,7K Assista Agora12 anos pra finalizar um filme, DOZE ANOS, eu teria enlouquecido. Vi muita gente comentando que o filme é ruim porque não tem história, e é claro que o filme tem história, a ''falta de história'' é a história. O filme é como a vida, é uma série de momentos triviais, você não pode ter um foco de trama específico, se você fizer isso, acaba perdendo a amplitude que o filme quer passar pro espectador. É impossível não se identificar com um elemento do filme, a primeira mudança de cidade, o primeiro dia em uma escola nova, o primeiro amor, alcoolismo, drogas, disputa pela atenção de um pai ausente, amor, rejeição, bullying, o filme é cheio de momentos assim, você vai se pegar pensando ''cara, eu vivi isso''. Um dos melhores roteiros que já vi. Os atores estão MUITO naturais, principalmente o Ethan Hawke. Quando Mason se forma, você sente orgulho dele, é uma sensação muito engraçada, você sentir orgulho de um personagem do cinema, mas você acompanha ele desde criança, então você acaba se sentindo meio que um parente dele. A última cena do filme é cortada no momento perfeito, eu adoro quando isso acontece, você ta lá assistindo, já absorveu o filme, ta gostando demais, ai você pensa ''ok, podia acabar.... agora'' dai entra uma música e uma tela preta com o nome do diretor e você fica aliviadíssimo. Um filme que te absorve em um tamanho gigantesco.
Garota Exemplar
4.2 5,0K Assista AgoraTotalmente MIND-BLOWING!! Preciso assistir mais uma vez pra ter uma opinião que não seja apenas "PUTA QUE PARIU, QUE FILME, QUE HISTÓRIA, QUE DIREÇÃO!" e a Rosamund Pike, DEFINITIVAMENTE, merece um Oscar.
Antes do Amanhecer
4.3 1,9K Assista Agora''I like to feel his eyes on me when I look away'' <3
Antes do Pôr-do-Sol
4.2 1,5K Assista AgoraLevei um soco de amor bem no peito após assistir.
O Espetacular Homem-Aranha 2: A Ameaça de Electro
3.5 2,6K Assista AgoraVisualmente o filme é muito bom, já em história... ... ... ... ... ... ...
Julho Sangrento
3.2 96 Assista AgoraMichael C. Hall tu é destruidor mesmo, viu.
Guardiões da Galáxia
4.1 3,8K Assista AgoraI AM GROOT!
RoboCop
3.3 2,0K Assista AgoraSou mais o de 87.
Sob a Pele
3.2 1,4K Assista AgoraTrip.
Cada um Tem a Gêmea que Merece
2.4 1,9K Assista AgoraAl Pacino e Johnny Depp, como vocês tiveram coragem de fazer esse filme?