O filme aborda a história de Alice: uma linguista (com uma vida pessoal e profissional que beira a perfeição) descobrindo, aos 50 anos, sofrer de um tipo raro de Alzheimer.
Logo no início fica claro o valor que esta dá à sua carreira e o orgulho que sente pela capacidade intelectual que possui. Somos apresentados também à família de Alice. O marido workaholic; a filha mais velha: fria, distante, amarga; o filho do meio e, por fim, a filha mais nova (a "rebelde" da família).
Logo após o diagnóstico passamos a acompanhar, uma a uma, as mudanças que o avanço da doença acarretam na vida do personagem e em todos à sua volta
: o afastamento do emprego, a impossibilidade de estar sozinha, o afastamento emocional da família, o desespero.
A direção é delicada: o intuito aqui não é o melodrama e sim, a sutileza. A história é concisa, fluida, crível. Os personagens são humanos, perfeitamente plausíveis: agem como provavelmente qualquer um de nós agiríamos caso nesta situação estivéssemos. Tentam tocar a vida, cada um à sua maneira.[/spoiler] O filme é muito mais do que o retrato do dia-a-dia de uma pessoa com Alzheimer: é um filme sobre perdas, sobre os relacionamentos familiares, sobre recomeço, sobre a vida e sua inconstância, sobre a vulnerabilidade humana e, por fim, sobre o amor. E é-o tudo isso da forma mais delicada e emocionante que poderia ser.
Fotografia e trilha sonora, apesar de não inovadoras, excelentes. E a atuação de Julianne Moore: primorosa (mereceu a indicação ao Oscar).
Adaptação cinematográfica do episódio Button, Button (The Twilight Zone) que, por sua vez, foi baseado no conto homônimo de Richard Matheson. O filme começa com um teor mais filosófico ao citar Sartre
o que eram os sinais feitos por dois personagens? Quem são os empregados e patrões de Estward? Porque ocorrem os sangramentos? Há alguma razão para que as mulheres sempre apertem o botão? Se a pessoa que morre é sempre a esposa que apertou o botão anteriormente e, isso ocorre no momento em que a próxima família decide apertá-lo, a decisão da primeira controla a segunda e vice-versa?
O conto/episódio em que o filme baseia-se é, de longe, mais eficiente em termos de mexer com o psicológico.
A última frase proferida por Estward é terrível. Causa uma enxurrada de pensamentos: você passa a questionar a si próprio, sua integridade e a dos que te rodeiam. Até que ponto você, realmente, é uma boa pessoa? Qual seu preço?
O filme poderia ter explorado todas estas questões mas
O filme tenta trazer uma reflexão sobre o nosso papel no mundo e como pode ser difícil encontrá-lo, porém, apresenta argumentos totalmente rasos e clichês.
"Você fará do mundo um lugar melhor caso tenha boas atitudes" ou "você estará deixando o mundo um lugar pior caso mate um panda ou invente um novo reality show".
são primárias, toscas. A atuação da Clarice Falcão é sofrível, chega a dar "vergonha alheia". Melhora um pouco no final, como se ele tivesse finalmente encontrado seu lugar no filme; mas não chega a ser boa em nenhum momento. Num overall, a sensação é de estar assistindo à uma sketch interminável (e ruim) do Porta dos Fundos.
Há também um momento em que o filme se torna um mini-documentário, ao entrevistar pessoas na rua. Até faz algum sentido na história caso você considere este o "teste" do personagem à respeito do Jornalismo mas, foi tão mal roteirizado que passou só a sensação de estranheza mesmo.
OBS.: Assim como muitos; assisti ao filme por conta da Clarice e, por mais que não seja muito fã de comédia, reconheço a qualidade do Porta dos Fundos. Talvez isso tenha feito com que minha impressão tenha sido tão negativa: tinha muita expectativa.
Filme fantástico! Por meio de alegorias explora toda a tristeza, luto, melancolia e depressão pela qual o personagem Emilia está passando devido à morte de seu marido. Mostra a forma como isso afeta sua vida, a vida do filho e das pessoas à sua volta.
Mr. Babadook nada mais é do que a representação da depressão de Emilia. Para "vencê-lo" é preciso que ela aceite a doença e enfrente-a. "I will wager with you I will make you a bet The more you deny, the stronger I get"
"You start to change when I get in The Babadook growing right under your skin"
A única ressalva, na minha opinião, é o fato de que o filme sugere um possível envolvimento entre os personagens Emilia e Robbie, porém o último simplesmente desaparece no meio da história e não há nenhuma explicação à respeito.
As atuações são incríveis, a trilha sonora é perfeita e a fotografia complementa todo o clima pesado e sombrio da história. Um dos melhores filmes de "terror" dos últimos tempos.
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Para Sempre Alice
4.1 2,3K Assista AgoraO filme aborda a história de Alice: uma linguista (com uma vida pessoal e profissional que beira a perfeição) descobrindo, aos 50 anos, sofrer de um tipo raro de Alzheimer.
Logo no início fica claro o valor que esta dá à sua carreira e o orgulho que sente pela capacidade intelectual que possui.
Somos apresentados também à família de Alice. O marido workaholic; a filha mais velha: fria, distante, amarga; o filho do meio e, por fim, a filha mais nova (a "rebelde" da família).
Logo após o diagnóstico passamos a acompanhar, uma a uma, as mudanças que o avanço da doença acarretam na vida do personagem e em todos à sua volta
: o afastamento do emprego, a impossibilidade de estar sozinha, o afastamento emocional da família, o desespero.
A direção é delicada: o intuito aqui não é o melodrama e sim, a sutileza. A história é concisa, fluida, crível. Os personagens são humanos, perfeitamente plausíveis: agem como provavelmente qualquer um de nós agiríamos caso nesta situação estivéssemos. Tentam tocar a vida, cada um à sua maneira.[/spoiler]
O filme é muito mais do que o retrato do dia-a-dia de uma pessoa com Alzheimer: é um filme sobre perdas, sobre os relacionamentos familiares, sobre recomeço, sobre a vida e sua inconstância, sobre a vulnerabilidade humana e, por fim, sobre o amor.
E é-o tudo isso da forma mais delicada e emocionante que poderia ser.
Fotografia e trilha sonora, apesar de não inovadoras, excelentes. E a atuação de Julianne Moore: primorosa (mereceu a indicação ao Oscar).
Excelente filme!
A Caixa
2.5 2,0KAdaptação cinematográfica do episódio Button, Button (The Twilight Zone) que, por sua vez, foi baseado no conto homônimo de Richard Matheson.
O filme começa com um teor mais filosófico ao citar Sartre
("O Inferno são os Outros") levando-nos a entender que esta seria a máxima por trás da escolha dos personagens principais em apertar ou não o botão.
Na minha opinião o filme se perde
, no entanto, quando
tenta justificar o plot com base na ficção científica.
São vários os fatos que terminam sem uma explicação plausível:
o que eram os sinais feitos por dois personagens? Quem são os empregados e patrões de Estward? Porque ocorrem os sangramentos? Há alguma razão para que as mulheres sempre apertem o botão? Se a pessoa que morre é sempre a esposa que apertou o botão anteriormente e, isso ocorre no momento em que a próxima família decide apertá-lo, a decisão da primeira controla a segunda e vice-versa?
O conto/episódio em que o filme baseia-se é, de longe, mais eficiente em termos de mexer com o psicológico.
A última frase proferida por Estward é terrível. Causa uma enxurrada de pensamentos: você passa a questionar a si próprio, sua integridade e a dos que te rodeiam. Até que ponto você, realmente, é uma boa pessoa? Qual seu preço?
O filme poderia ter explorado todas estas questões mas
enveredou
pelo caminho do absurdo, da ficção científica mal roteirizada, que beira o rídiculo por diversos momentos.
À quem já assistiu, fica aqui minha sugestão: vejam o episódio e leiam o conto. São, estes últimos, infinitamente melhores.
Eu Não Faço a Menor Ideia do que eu Tô …
3.0 803O filme tenta trazer uma reflexão sobre o nosso papel no mundo e como pode ser difícil encontrá-lo, porém, apresenta argumentos totalmente rasos e clichês.
"Você fará do mundo um lugar melhor caso tenha boas atitudes" ou "você estará deixando o mundo um lugar pior caso mate um panda ou invente um novo reality show".
As tentativas de piadas
("Então você é um striper?")
A atuação da Clarice Falcão é sofrível, chega a dar "vergonha alheia". Melhora um pouco no final, como se ele tivesse finalmente encontrado seu lugar no filme; mas não chega a ser boa em nenhum momento.
Num overall, a sensação é de estar assistindo à uma sketch interminável (e ruim) do Porta dos Fundos.
Há também um momento em que o filme se torna um mini-documentário, ao entrevistar pessoas na rua. Até faz algum sentido na história caso você considere este o "teste" do personagem à respeito do Jornalismo mas, foi tão mal roteirizado que passou só a sensação de estranheza mesmo.
OBS.: Assim como muitos; assisti ao filme por conta da Clarice e, por mais que não seja muito fã de comédia, reconheço a qualidade do Porta dos Fundos.
Talvez isso tenha feito com que minha impressão tenha sido tão negativa: tinha muita expectativa.
O Babadook
3.5 2,0KFilme fantástico! Por meio de alegorias explora toda a tristeza, luto, melancolia e depressão pela qual o personagem Emilia está passando devido à morte de seu marido. Mostra a forma como isso afeta sua vida, a vida do filho e das pessoas à sua volta.
Mr. Babadook nada mais é do que a representação da depressão de Emilia. Para "vencê-lo" é preciso que ela aceite a doença e enfrente-a.
"I will wager with you I will make you a bet
The more you deny, the stronger I get"
"You start to change when I get in
The Babadook growing right under your skin"
A única ressalva, na minha opinião, é o fato de que o filme sugere um possível envolvimento entre os personagens Emilia e Robbie, porém o último simplesmente desaparece no meio da história e não há nenhuma explicação à respeito.
As atuações são incríveis, a trilha sonora é perfeita e a fotografia complementa todo o clima pesado e sombrio da história.
Um dos melhores filmes de "terror" dos últimos tempos.