Ah... Um universo tão encantador... Mas eu esperava mais. No entanto foi bom conhecer a história de como Yves Saint Laurent iniciou sua carreira na Maison Dior muito jovem, e de lá foi tentando encontrar seu espaço e identidade. A questão da bipolaridade eu não sabia também. De igual modo, um gênio da alta costura. Achei ótimo o diálogo em que é explicado que ele faz parte daquele grupo que sofre devido à alta sensibilidade e jeito inadequado de ser, mas que é o grupo de pessoas (artistas) que faz as coisas mais "vívidas" dentro da realidade em que todos têm de viver. Tornam a vida mais bela.
Puxa, como me arrependi de não ter ido assistir a esse filme no cinema em 2017! Assisti-o hoje no NetNow e gostei muito, inclusive já aguardo o capítulo 2. Mesmo sabendo se tratar de uma obra do mestre Stephen King, nunca assisti sequer a sequência dos anos 90: explico - medo de palhaços ou não ter no "Terror" um gênero do qual eu goste. Então, nesta versão, verifiquei que trata-se de um drama com aventura sobre o "Medo". Achei o filme muito bonitinho, as crianças (pré-adolescentes), muito fofos mesmo. Aqui temos um filme que se caracteriza nos parâmetros do cinema comercial de qualidade. Não é extraordinário, mas é bem feitinho. Não reparem no meu uso de diminutivos ou de adjetivos meigos, é que eu esperava uma história impossível de assistir ou deveras sinistra para quem não é fã de carteirinha do gênero, por isso, entendo porque os fãs de terror não curtiram muito. Não achei legal a tradução de "Clube dos Looser - dos perdedores" para Clube dos Otários - não precisava. O gordinho é uma fofura na conexão com a menina ruiva, que, ajuda o grupo porque ali todas as crianças têm um medo próprio, e ele se manifesta na "Coisa". O TOM NOSTÁLGICO (anos 90) está muito bem feitinho: as referências à boyband "NewKidsOnTheBlock"; a bermuda jeans justa e longa, até o joelho, da "menina" do grupo, a ruiva, etc. Eu passei a adolescência na década de 90 e vi no filme muita veracidade ali. A questão do bullying foi bem mostrada na cena em que o garoto mais velho, abusador, era na verdade "encurralado" (sofria) nas mãos do pai policial violento - até didático demais, porém bem realizado. A "red" com má fama que apenas queria fugir do pai abusivo... Olha, gostei. Aguardo o capítulo 2, que, suponho, além do reencontro da "turma dos perdedores" - corajosos, por sinal - após 27 anos, quando o "fenômeno" costuma ocorrer na cidade (o altíssimo índice de desaparecimentos de crianças-jovens,e creio q alguns adultos), talvez traga a história do Palhaço Pennywise, do circo. Já querendo saber quais atores serão escalados para interpretar aquela turminha em idade adulta no tal reencontro.
Um bom filme mesmo. Surpreendi-me! Cogito ler o livro.
Muito importante uma cinebiografia sobre um autor cuja obra principal (o único romance "O Apanhador no Campo de Centeio - e aqui envergonho-me de ainda não ter lido a obra ainda) foi motivo de tanto alvoroço no meio literário (além do episódio que envolveu o "fã" que matou John Lenon, lembram? - parece que leu e se orientava por capítulos do livro de Salinger). No mais, o que dizer de um filme que tem atores bons como Kevin Spacey (como o professor de Escrita Criativa de Salinger) e o jovem promissor Nicholas Hoult no Papel de J.D Salinger? Eu esperava atuações mais dramáticas, intensas, sobretudo do Hoult - talvez uma falha na direção?. O que entendi do filme é a situação (eterna!) do escritor que é marginalizado pela família quando decide que quer escrever, ou, ainda neste caso, de um jovem que, apoiado apenas pela mãe encontra um professor quando autorizado a cursar "Escrita Criativa" - lá, Spacey ,como o professor, dá as típicas orientações ao jovem, e o estimula, alertando-o de que se preparasse para lidar com a rejeição - de início, Salinger escrevia contos. Há um episódio chave em que Salinger amadurece quando vai à Guerra lutar na Normandia, e se agarra, naquele horror, ao processo de escrita (de criação da obra que viria a ser icônica, o Apanhador... no caso, ali, o embrião). Ao voltar para a cidade, esperava encontrar seus escritos publicados, o que em específico seu professor (Spacey) falou que tentou muito, mas não conseguiu. Segue o protagonista numa jornada de impor seu estilo de escrita, já que se diz modificado após sua experiência na Guerra. Aceitam publicá-lo no jeito que ele deseja conduzir seu estilo de escrita. Fica a questão de que o protagonista de seu livro seria no fundo ele mesmo (Salinger). Possivelmente farei outra leitura do filme após ler "O Apanhador no Campo de Centeio". Do 2o ao 3o ato do filme nota-se que Salinger sente que não voltará a ter a inocência de quando começou a escrever (antes da Guerra) e de quando desejava ser um escritor e viver disso, mesmo sabendo das dificuldades e negativas que escutaria/viveria... O romance foi muito comentado, e seu mentor inicial (Spacey) sentiu-se ressentido de não ter sido citado, alegando que ajudou o então "famoso" Salinger em seu processo no primeiro "conto". Vemos aí a eterna fogueira das vaidades do meio literário, com seus ressentimentos corriqueiros. Ainda preciso compreender melhor o que levou Salinger a se isolar e não mais publicar. Fica a dica para trocas de ideias para quem escreve aqui na comunidade "Filmow". [spoiler][/spoiler]
Gente, é um drama que traz um suspense esperado (o "protagonista" um escritor, Louis, após doze anos longe de sua problemática família reaparece para "contar" que está morrendo). No entanto, este suspense (para nós, espectadores, dentro do quadro familiar que se apresenta) de chegar o momento de Louis contar, não ocorre! É agoniante. Neste sentido há um suspense sem trégua do início ao fim
Cheguei a ter dúvidas. É como se quiséssemos o final clichê: "Você foi aí pra 'contar', por que não conta/contou, então???"
Queremos nos aliviar, e que todos ali se aliviem também!
As atuações estão dignas de honrarias para todo o elenco, e Vincent Cassel, no papel do irmão "Antoine" é o próprio surto em pessoa: truculento, grosseiro, estraga prazeres... o tipo de cara desagradável, que não sabemos se é doente ou lúcido demais... Aliás, Cassel (Antoine) tem uma cena "chave" com seu irmão "Louis" (Gaspard Ulliel - ótimo! seus silêncios e expressões nos dilaceram tanto quanto a verborragia de Cassel), quando relata ao mesmo (nesta cena achei que Louis conseguiria contar o porquê de seu retorno), verbalizando uma notícia sobre alguém do passado de Louis. Reparem esta cena (se bem que acho que quase ninguém vê esse tipo de filme e não terei com quem debater). No meu entendimento, naquele momento sutil, temos, talvez, uma possível chave (interpretação) para a partida e sumiço e novo sumiço (partida) do Louis.
Sobre a mãe, ela está aberta. A filha, Léa Seydoux - em ótima atuação - (irmã mais nova daquele núcleo) é sensível e está muito propensa a ter de volta o convívio com esse irmão que tanto contrasta com o Antoine (há uma disputa/ódio de Antoine quanto a seu irmão Louis) - com quem as mulheres da casa têm de conviver: ele é uma espécie de "ogro") - As mulheres da casa: a mãe; a filha Suzanne, sempre ofendida por Antoine como "inútil", inadequada; a cunhada (esposa de Antoine) interpretada por Marion Cotillard (Nem precisamos comentar nada, né? Baita atriz!), que representa a esposa/mulher apagada e submissa, que não sabe se defender, mas que percebe o que ocorre ao redor...
As brigas familiares foram dirigidas de forma tão realista que o desconforto aperta o nosso peito - (uma família como outra qualquer?) e os atores/personagens não parecem "maquiados". Achei realista. Os ditos que não são ditos, os silêncios que gritam, vontades reprimidas de (por parte de todos) se mostrarem, por fim, ou entenderem algo... Enfim, não é um filme fácil e fiquei surpreendida pela juventude do diretor... Como conseguiu dar conta de uma carga dramática dessa?
Não sei se recomendo para desavisados, definitivamente não é um filme comercial (uma versão comercial para este tipo de drama familiar seria o "Álbum de Família" - acho bom - com a Meryl Streep, Julia Roberts e 'grande elenco'. Aqui também temos um elenco extremamente afiado, de competência incomparável nos papeis. Estão estupendos!
A minha questão quanto a recomendar este filme é o formato/direção do mesmo e aquele final que esperamos e que nos deixa no suspense/aflição até o final da película.
Obs. Nunca haviam me falado deste filme, achei por acaso no catálogo do NetNow. Gostei. Assisti-o pelo elenco, primeiramente, e pelo gênero (drama), porém não esperava que o suspense pegasse tanto. Eu sabia que Cassel era bom ator, mas aqui ele se superou. É incrível como em filmes não tão comerciais as atuações fora de série afloram. Alguém concorda??? Isso é mérito da direção? Pois o orçamento, creio, não animaria tanto os atores. Talvez atores gostem, também, de bons textos... Daí a pulada de filmes... ora uns comerciais, ora estes filmes mais, digamos, "autorais".
Gente, é um drama que traz um suspense esperado (o "protagonista" um escritor, Louis, após doze anos longe de sua problemática família reaparece para "contar" que está morrendo). No entanto, este suspense (para nós, espectadores, dentro do quadro familiar que se apresenta) de chegar o momento de Louis contar, não ocorre! É agoniante. Neste sentido há um suspense sem trégua do início ao fim
Cheguei a ter dúvidas. É como se quiséssemos o final clichê: "Você foi aí pra 'contar', por que não conta/contou, então???"
Queremos nos aliviar, e que todos ali se aliviem também!
As atuações estão dignas de honrarias para todo o elenco, e Vincent Cassel, no papel do irmão "Antoine" é o próprio surto em pessoa: truculento, grosseiro, estraga prazeres... o tipo de cara desagradável, que não sabemos se é doente ou lúcido demais... Aliás, Cassel (Antoine) tem uma cena "chave" com seu irmão "Louis" (Gaspard Ulliel - ótimo! seus silêncios e expressões nos dilaceram tanto quanto a verborragia de Cassel), quando relata ao mesmo (nesta cena achei que Louis conseguiria contar o porquê de seu retorno), verbalizando uma notícia sobre alguém do passado de Louis. Reparem esta cena (se bem que acho que quase ninguém vê esse tipo de filme e não terei com quem debater). No meu entendimento, naquele momento sutil, temos, talvez, uma possível chave (interpretação) para a partida e sumiço e novo sumiço (partida) do Louis.
Sobre a mãe, ela está aberta. A filha, Léa Seydoux - em ótima atuação - (irmã mais nova daquele núcleo) é sensível e está muito propensa a ter de volta o convívio com esse irmão que tanto contrasta com o Antoine (há uma disputa/ódio de Antoine quanto a seu irmão Louis) - com quem as mulheres da casa têm de conviver: ele é uma espécie de "ogro") - As mulheres da casa: a mãe; a filha Suzanne, sempre ofendida por Antoine como "inútil", inadequada; a cunhada (esposa de Antoine) interpretada por Marion Cotillard (Nem precisamos comentar nada, né? Baita atriz!), que representa a esposa/mulher apagada e submissa, que não sabe se defender, mas que percebe o que ocorre ao redor...
As brigas familiares foram dirigidas de forma tão realista que o desconforto aperta o nosso peito - (uma família como outra qualquer?) e os atores/personagens não parecem "maquiados". Achei realista. Os ditos que não são ditos, os silêncios que gritam, vontades reprimidas de (por parte de todos) se mostrarem, por fim, ou entenderem algo... Enfim, não é um filme fácil e fiquei surpreendida pela juventude do diretor... Como conseguiu dar conta de uma carga dramática dessa?
Não sei se recomendo para desavisados, definitivamente não é um filme comercial (uma versão comercial para este tipo de drama familiar seria o "Álbum de Família" - acho bom - com a Meryl Streep, Julia Roberts e 'grande elenco'. Aqui também temos um elenco extremamente afiado, de competência incomparável nos papeis. Estão estupendos!
A minha questão quanto a recomendar este filme é o formato/direção do mesmo e aquele final que esperamos e que nos deixa no suspense/aflição até o final da película.
Obs. Nunca haviam me falado deste filme, achei por acaso no catálogo do NetNow. Gostei. Assisti-o pelo elenco, primeiramente, e pelo gênero (drama), porém não esperava que o suspense pegasse tanto. Eu sabia que Cassel era bom ator, mas aqui ele se superou. É incrível como em filmes não tão comerciais as atuações fora de série afloram. Alguém concorda??? Isso é mérito da direção? Pois o orçamento, creio, não animaria tanto os atores. Talvez atores gostem, também, de bons textos... Daí a pulada de filmes... ora uns comerciais, ora estes filmes mais, digamos, "autorais".
(Re)Avaliando novamente: se você não entende dos dramas da vida real, você não terá comiseração nem apreciação catártica com esse filme. Há dramas/tragédias assim ocorrendo diariamente. Cinema não pode ser tão e somente entretenimento. Um excelente drama. Premiações merecidas.
Revi e revi, prestando atenção não somente no desempenho fenomenal do James McAvoy (por que nenhuma indicação ou menção???), mas sobretudo no roteiro. Há detalhes muito interessantes que ficcionalizam a psicologia de uma forma digna. É o definitivo retorno do Shyamalan! Está no meu top 10 de Melhores Filmes de 2017! Comercial? Sim! Pero no mucho. Tem muitas qualidades. Revejam e perceberão os detalhes!!!!
Estou impressionadíssima com as interpretações do (meu - rsrs) magnífico Michael Fassbender (ele ganhará um Oscar se continuar neste gênero - mas faz muitos filmes comerciais $$$) e da Alicia Vikander (atual esposa do ator e vencedora do Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante por "A Garota Dinamarquesa". O filme é um drama clássico, sem "overactings", e eu não assistia algo tão delicado esteticamente e dramaticamente desde "O Paciente Inglês". Não sei como o filme passou "despercebido" tendo uma interpretação tão delicada e contundente do Fassbender. Um filme no qual a catarse pode ocorrer (o que artisticamente é bom), dependendo do espectador. Trata-se de "dilemas" de um casal isolado em uma Ilha/Farol que encontra uma bebê. O marido em vez de "relatar", como responsável do Farol, o desaparecimento da criança encontrada em um barco junto ao pai morto e uma outra criança morta, ele toma para si a dor da esposa (Vikander) - uma vez que eles já tentavam, sem sucesso, ter seus filhos biológicos. Após 5 anos a história se inverte pois, é início dos anos XX no filme, e finalmente sabemos a origem e a busca da mãe biológica da menina. Música belíssima, drama sobre consequências, assumir culpa por outras pessoas para poupá-las (por amor) e de entrega e abandonos também por amor. Você se comove porque todas as personagens são pessoas boas. É lindo. Amei. Mas me tocou demais. Não sei se terei condições de assistir novamente, apesar da beleza estupenda e ver a segunda melhor interpretação do Fassbender após "Shame" - aliás, ambas são fora de série.
Geralmente não gosto do Clooney atuando, mas aqui gostei. Faz o apresentador de um programa de TV sobre investimentos em ações que se dá mal ao vivo, junto a um "proleta" indignado porque perdeu seu investimento nas ações recomendadas: o jovem proleta entra ao vivo com "bomba", "arma" e querendo respostas, justiça. O "espetáculo midiático" se instaura e logo percebemos que poucos de nós todos entendemos das "escabrosas transações econômicas" deste nosso caótico e decadente mundo. Gostei.
Roteiro fabuloso, interessante, pitoresco... O cinema argentino dando aquele baile na gente, mas vamos lá... Temos em "O Cidadão Ilustre" uma "anti ode" à figura do artista/intelectual por ele mesmo. Vimos aqui mensagens do artista consagrado fugindo da fama e dos programas que lhe seriam e se lhe foram impostos. O filme trabalha muito bem a questão da fama, das premiações, do processo de criação literária, da reclusão/manias/excentricidades do indivíduo consagrado - bem como a fragilidade do mesmo , além da "universalidade" de temas em uma obra, bem como a fusão desses variados temas com pessoas da "vida real" - "que a posteriori tornar-se-iam/ão fictícias". A cidade de "Salas" me fez pensar num poema do Drummond sobre sua pequena cidade de Itabira, como sendo apenas uma imagem num quadrinho de parede... mas como dói! Filme ótimo. Simples, honesto e inteligente.
Demorei para assistir, achando que se tratava de uma paródia de filme de herói (eu estava muito enganada!), mas é um filme sobre um homem e seus filhos, que vivem fora do status quo capitalista. e, depois de uma dada situação, precisam encarar a sociedade da qual resolveram (na verdade os pais das crianças e adolescentes) viver longe. Adorei o Viggo Mortensen no papel principal, e a cena em que ele dá uma "certa notícia" aos filhos foi bastante comovente para mim. O legal desse filme é não pesar a mão nem para um lado, nem para o outro. Reparamos as falhas em nosso sistema social, e também verificamos falhas e fragilidades ideológicas e práticas no modo vivido por aquela família. Destaque para a cena (em termos de reflexão mesmo) em que Mortensen confronta os conhecimentos dos sobrinhos (que frequentam a escola) com os de seus próprios filhos. A cena sobre o livro Lolita também é muito boa. Gostei.
Ontem passou novamente em um dos canais Telecine. Revi. Sabe, descobri que realmente gosto bastante desse filme. Produção de época, com ótima ambientação, conta a história de um jovem cuja pobreza, da qual anseia desesperadamente não mais fazer parte, não é apenas material, e sim moral. Esse jovemn e belo homem é interpretado por um ótimo Robert Pattinson (dele eu também gosto! #após saga Crepúsculo, lógico) que deixa bem clara suas intenções e motivações. O elenco é primoroso. As mulheres não passam de "escadas" para o ingresso do "Bel Ami" para a alta sociedade. Não se enganem: o filme não é fútil, apesar de tratar de um meio assim.
Este filme de 2017 encontra-se no catálogo da Netflix. Acabei de assisti-lo. Apesar do conjunto de "bizarrices", sabemos que o aspecto reflexivo da obra é bem verossímil. Um filme sobre "excluídos" pela aparência ou por preferências/gostos. Um filme de seres humanos tentando sobreviver (ou viver) ainda que suas condições dificultem uma vida "normal". Criativo, necessário, mas difícil de ver - mesmo com a paleta de cores (interessante) que "suaviza" a temática geral. No entanto, um bom filme, sim. Nos tira da zona de conforto. Há incômodo, mas não gratuito.
Uma tragicomédia até bastante sensível... "Bem-vindos a meu mundo" (Welcome to me) nos traz uma protagonista com problemas psiquiátricos imersa no caos que é sua própria vida, e que, por incrível que pareça, ganha na loteria! Assim é Alice, que, sem medicações e sem freios, cria um programa de televisão com parte da grana que recebeu do prêmio. Aparentemente, se olharmos sem empatia, não notaremos camadas na personagem, no entanto elas ali estão: temos uma mulher que perdeu a profissão, ficou internada por um tempo, recebia pensão do governo e ... fazia terapia e era medicada - e tinha, sim, sonhos e dores de relações interpessoais destruídas ou não concretizadas, devido a seu transtorno de personalidade tão pouco elucidado. Do pouco entorno social, tinha a melhor amiga, que sabia da história de vida e perrengues de Alice - e que também demandou "ser olhada", afinal, como ela mesma coloca, em uma cena, não era só Alice que sofria ou que tinha extrema sensibilidade. Subtramas e outros temas podem ser analisados, como a ambição desmedida (no caso de executivos de tv) que "aceitam" a ideia de Alice sem pensar em consequências. Quase uma fábula, "Welcome to me" não é um filme comercial, mas é, a seu modo, reflexivo sem ser pedante - longe disso.
Assisti no cinema, do contrário, não teria conseguido, pois (e essa é uma questão pessoal) o cinema do Denis Villeneuve ainda não me toca profundamente. Considero o Blude Runner de Ridley Scott, sem sombra de dúvidas, melhor, embora a tecnologia atual tenha colaborado com Villeneuve. A cinematografia é impecável, e mantém o clima pesado e distópico do primeiro filme. As dúvidas permanecem, e a interpretação apática de protagonistas também. Refiro-me aqui a Ryan Gosling e Harrison Ford. No primeiro filme tínhamos o Rutger Hauer como um replicante ativo e com grandes insights psicológicos e filosóficos. Não estou certa, mas a trilha sonora aqui é do Vangelis? Penso que não é, e senti falta da "trilha" - apesar de no terceiro ato do filme ela se mostrar um pouco. Quem viu o primeiro Blade Runner sabe o quanto a música de Vangelis é integrante à narrativa, faz parte da alma do filme. Contemplativo, mas pouco denso.
Vladimir Brichta: Espetacular. Filme sensacional, com ritmo que não cansa o espectador. Eu fui criança na época do programa do Bozo e adorei esse filme: você ri e se emociona também. Acabei de assistir no cinema. Vale muito apenas. Cinematografia de alta qualidade e interpretação frenética. História boa. "Bingo - O Rei das Manhãs" - Adorei. "Gretchen, vc está namorando o "Bingo" (Bozo)?
Gostei muito. Shyamalan "volta" e retorna à boa mão. James McAvoy atuando MUITO bem mesmo.
[spoiler][/spoiler] "Os problemáticos são mais evoluídos", diz a "BESTA" em um momento de redenção e de poupar sua vítima, na tomada em que ambos se percebem problemáticos.
É interessante o fato de um filme de Ficção Científica não ter os clichês de lutas/bombardeios, e, ao contrário, ser mais poético. Mas ficam algumas dúvidas: a questão do presente, futuro, passado; o que fez o físico ali, além de ser o futuro pai da outra filhinha dela, ou seria o pai da menina que morreu, a do início do filme? Será que dormi, durante, a ponto de ter perdido algum "ponto"? As criaturas alienígenas nos ajudam há três mil anos, e apareceram para que nós o ajudássemos daqui a 3 mil anos - no futuro? Como? Fazendo o quê? Penso que não entendi, não alcancei. Busquei algumas interpretações aqui, e todos falam da beleza e poesia do filme... Até aí, ok. Quem quiser ampliar opiniões, à vontade.
É pior do que o primeiro, apesar de ter o que pediram (algumas cenas mais 'quentes'). Foi-se o tempo de filmes comerciais com casais que tinham grande química e diretores que trabalhavam com ousadia a sensualidade: a exemplo, o "9 1/2 Semanas de Amor". "50 Tons Mais Escuros" foi um filme ao qual tentei assistir no cinema para diversão apenas, mas nem para isso serviu, apesar da beleza do casal protagonista (principalmente Jamie Dornan). Assisti ao primeiro na tv, e não achei tão ruim. Achei que iria melhorar no segundo... Conheço, por leitura, a trilogia, e, sabe-se, é romance bem vanilla mesmo. Eu deveria ter assistido à cinebiografia "Jackie".
A fotografia escarlate prenuncia que sob o aparente gelo daquelas personagens há líquido turvo. Agnes está morrendo lentamente e suas duas irmãs, Karin e Maria, estão com ela para ampará-la. Anna, a empregada da casa consegue maior êxito na missão, embora as 4 mulheres ali estejam desmoronando, e cada uma delas nos é apresentada com fortes insights e seus dramas pessoais. Achei forte, talvez o mais dos que já vi dele. É um filme sobre mulheres que aborda um tema central de caráter universal/atemporal: a morte. Destaque para o desfecho no qual os homens, de modo frio, tocam a corrente que embala a todos ali - "vamos partilhar, foi tudo "bem", nem houve histeria": Anna é descartada do convívio burguês/familiar. Já não era mais necessária. Recomendo apenas para os "fortes". Chega a doer um pouco. Bergman era um cineasta bastante sensível. O simbólico de certas cenas, bem como enquadramento e o jogo dos vermelhos são pungentes.
Meu Pai
4.4 1,2K Assista AgoraObra prima. uma das melhores atuações do últimos tempos. Anthony Hopkins supera-se.
High Life: Uma Nova Vida
3.1 175 Assista AgoraParado. Perda de tempo total.
Yves Saint Laurent
3.5 175 Assista AgoraAh... Um universo tão encantador... Mas eu esperava mais. No entanto foi bom conhecer a história de como Yves Saint Laurent iniciou sua carreira na Maison Dior muito jovem, e de lá foi tentando encontrar seu espaço e identidade. A questão da bipolaridade eu não sabia também. De igual modo, um gênio da alta costura. Achei ótimo o diálogo em que é explicado que ele faz parte daquele grupo que sofre devido à alta sensibilidade e jeito inadequado de ser, mas que é o grupo de pessoas (artistas) que faz as coisas mais "vívidas" dentro da realidade em que todos têm de viver. Tornam a vida mais bela.
It: A Coisa
3.9 3,0K Assista AgoraPuxa, como me arrependi de não ter ido assistir a esse filme no cinema em 2017! Assisti-o hoje no NetNow e gostei muito, inclusive já aguardo o capítulo 2. Mesmo sabendo se tratar de uma obra do mestre Stephen King, nunca assisti sequer a sequência dos anos 90: explico - medo de palhaços ou não ter no "Terror" um gênero do qual eu goste. Então, nesta versão, verifiquei que trata-se de um drama com aventura sobre o "Medo". Achei o filme muito bonitinho, as crianças (pré-adolescentes), muito fofos mesmo. Aqui temos um filme que se caracteriza nos parâmetros do cinema comercial de qualidade. Não é extraordinário, mas é bem feitinho. Não reparem no meu uso de diminutivos ou de adjetivos meigos, é que eu esperava uma história impossível de assistir ou deveras sinistra para quem não é fã de carteirinha do gênero, por isso, entendo porque os fãs de terror não curtiram muito. Não achei legal a tradução de "Clube dos Looser - dos perdedores" para Clube dos Otários - não precisava. O gordinho é uma fofura na conexão com a menina ruiva, que, ajuda o grupo porque ali todas as crianças têm um medo próprio, e ele se manifesta na "Coisa". O TOM NOSTÁLGICO (anos 90) está muito bem feitinho: as referências à boyband "NewKidsOnTheBlock"; a bermuda jeans justa e longa, até o joelho, da "menina" do grupo, a ruiva, etc. Eu passei a adolescência na década de 90 e vi no filme muita veracidade ali. A questão do bullying foi bem mostrada na cena em que o garoto mais velho, abusador, era na verdade "encurralado" (sofria) nas mãos do pai policial violento - até didático demais, porém bem realizado. A "red" com má fama que apenas queria fugir do pai abusivo...
Olha, gostei. Aguardo o capítulo 2, que, suponho, além do reencontro da "turma dos perdedores" - corajosos, por sinal - após 27 anos, quando o "fenômeno" costuma ocorrer na cidade (o altíssimo índice de desaparecimentos de crianças-jovens,e creio q alguns adultos), talvez traga a história do Palhaço Pennywise, do circo. Já querendo saber quais atores serão escalados para interpretar aquela turminha em idade adulta no tal reencontro.
Um bom filme mesmo. Surpreendi-me! Cogito ler o livro.
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O Rebelde no Campo de Centeio: A Vida de J.D. …
3.4 16 Assista AgoraMuito importante uma cinebiografia sobre um autor cuja obra principal (o único romance "O Apanhador no Campo de Centeio - e aqui envergonho-me de ainda não ter lido a obra ainda) foi motivo de tanto alvoroço no meio literário (além do episódio que envolveu o "fã" que matou John Lenon, lembram? - parece que leu e se orientava por capítulos do livro de Salinger). No mais, o que dizer de um filme que tem atores bons como Kevin Spacey (como o professor de Escrita Criativa de Salinger) e o jovem promissor Nicholas Hoult no Papel de J.D Salinger? Eu esperava atuações mais dramáticas, intensas, sobretudo do Hoult - talvez uma falha na direção?. O que entendi do filme é a situação (eterna!) do escritor que é marginalizado pela família quando decide que quer escrever, ou, ainda neste caso, de um jovem que, apoiado apenas pela mãe encontra um professor quando autorizado a cursar "Escrita Criativa" - lá, Spacey ,como o professor, dá as típicas orientações ao jovem, e o estimula, alertando-o de que se preparasse para lidar com a rejeição - de início, Salinger escrevia contos. Há um episódio chave em que Salinger amadurece quando vai à Guerra lutar na Normandia, e se agarra, naquele horror, ao processo de escrita (de criação da obra que viria a ser icônica, o Apanhador... no caso, ali, o embrião). Ao voltar para a cidade, esperava encontrar seus escritos publicados, o que em específico seu professor (Spacey) falou que tentou muito, mas não conseguiu. Segue o protagonista numa jornada de impor seu estilo de escrita, já que se diz modificado após sua experiência na Guerra. Aceitam publicá-lo no jeito que ele deseja conduzir seu estilo de escrita. Fica a questão de que o protagonista de seu livro seria no fundo ele mesmo (Salinger). Possivelmente farei outra leitura do filme após ler "O Apanhador no Campo de Centeio". Do 2o ao 3o ato do filme nota-se que Salinger sente que não voltará a ter a inocência de quando começou a escrever (antes da Guerra) e de quando desejava ser um escritor e viver disso, mesmo sabendo das dificuldades e negativas que escutaria/viveria... O romance foi muito comentado, e seu mentor inicial (Spacey) sentiu-se ressentido de não ter sido citado, alegando que ajudou o então "famoso" Salinger em seu processo no primeiro "conto". Vemos aí a eterna fogueira das vaidades do meio literário, com seus ressentimentos corriqueiros. Ainda preciso compreender melhor o que levou Salinger a se isolar e não mais publicar. Fica a dica para trocas de ideias para quem escreve aqui na comunidade "Filmow". [spoiler][/spoiler]
É Apenas o Fim do Mundo
3.5 302 Assista AgoraGente, é um drama que traz um suspense esperado (o "protagonista" um escritor, Louis, após doze anos longe de sua problemática família reaparece para "contar" que está morrendo). No entanto, este suspense (para nós, espectadores, dentro do quadro familiar que se apresenta) de chegar o momento de Louis contar, não ocorre! É agoniante. Neste sentido há um suspense sem trégua do início ao fim
Cheguei a ter dúvidas. É como se quiséssemos o final clichê: "Você foi aí pra 'contar', por que não conta/contou, então???"
Queremos nos aliviar, e que todos ali se aliviem também!
As atuações estão dignas de honrarias para todo o elenco, e Vincent Cassel, no papel do irmão "Antoine" é o próprio surto em pessoa: truculento, grosseiro, estraga prazeres... o tipo de cara desagradável, que não sabemos se é doente ou lúcido demais... Aliás, Cassel (Antoine) tem uma cena "chave" com seu irmão "Louis" (Gaspard Ulliel - ótimo! seus silêncios e expressões nos dilaceram tanto quanto a verborragia de Cassel), quando relata ao mesmo (nesta cena achei que Louis conseguiria contar o porquê de seu retorno), verbalizando uma notícia sobre alguém do passado de Louis. Reparem esta cena (se bem que acho que quase ninguém vê esse tipo de filme e não terei com quem debater). No meu entendimento, naquele momento sutil, temos, talvez, uma possível chave (interpretação) para a partida e sumiço e novo sumiço (partida) do Louis.
Sobre a mãe, ela está aberta. A filha, Léa Seydoux - em ótima atuação - (irmã mais nova daquele núcleo) é sensível e está muito propensa a ter de volta o convívio com esse irmão que tanto contrasta com o Antoine (há uma disputa/ódio de Antoine quanto a seu irmão Louis) - com quem as mulheres da casa têm de conviver: ele é uma espécie de "ogro") - As mulheres da casa: a mãe; a filha Suzanne, sempre ofendida por Antoine como "inútil", inadequada; a cunhada (esposa de Antoine) interpretada por Marion Cotillard (Nem precisamos comentar nada, né? Baita atriz!), que representa a esposa/mulher apagada e submissa, que não sabe se defender, mas que percebe o que ocorre ao redor...
As brigas familiares foram dirigidas de forma tão realista que o desconforto aperta o nosso peito - (uma família como outra qualquer?) e os atores/personagens não parecem "maquiados". Achei realista. Os ditos que não são ditos, os silêncios que gritam, vontades reprimidas de (por parte de todos) se mostrarem, por fim, ou entenderem algo... Enfim, não é um filme fácil e fiquei surpreendida pela juventude do diretor... Como conseguiu dar conta de uma carga dramática dessa?
Não sei se recomendo para desavisados, definitivamente não é um filme comercial (uma versão comercial para este tipo de drama familiar seria o "Álbum de Família" - acho bom - com a Meryl Streep, Julia Roberts e 'grande elenco'. Aqui também temos um elenco extremamente afiado, de competência incomparável nos papeis. Estão estupendos!
A minha questão quanto a recomendar este filme é o formato/direção do mesmo e aquele final que esperamos e que nos deixa no suspense/aflição até o final da película.
Obs. Nunca haviam me falado deste filme, achei por acaso no catálogo do NetNow. Gostei. Assisti-o pelo elenco, primeiramente, e pelo gênero (drama), porém não esperava que o suspense pegasse tanto. Eu sabia que Cassel era bom ator, mas aqui ele se superou. É incrível como em filmes não tão comerciais as atuações fora de série afloram. Alguém concorda??? Isso é mérito da direção? Pois o orçamento, creio, não animaria tanto os atores. Talvez atores gostem, também, de bons textos... Daí a pulada de filmes... ora uns comerciais, ora estes filmes mais, digamos, "autorais".
É Apenas o Fim do Mundo
3.5 302 Assista AgoraGente, é um drama que traz um suspense esperado (o "protagonista" um escritor, Louis, após doze anos longe de sua problemática família reaparece para "contar" que está morrendo). No entanto, este suspense (para nós, espectadores, dentro do quadro familiar que se apresenta) de chegar o momento de Louis contar, não ocorre! É agoniante. Neste sentido há um suspense sem trégua do início ao fim
Cheguei a ter dúvidas. É como se quiséssemos o final clichê: "Você foi aí pra 'contar', por que não conta/contou, então???"
Queremos nos aliviar, e que todos ali se aliviem também!
As atuações estão dignas de honrarias para todo o elenco, e Vincent Cassel, no papel do irmão "Antoine" é o próprio surto em pessoa: truculento, grosseiro, estraga prazeres... o tipo de cara desagradável, que não sabemos se é doente ou lúcido demais... Aliás, Cassel (Antoine) tem uma cena "chave" com seu irmão "Louis" (Gaspard Ulliel - ótimo! seus silêncios e expressões nos dilaceram tanto quanto a verborragia de Cassel), quando relata ao mesmo (nesta cena achei que Louis conseguiria contar o porquê de seu retorno), verbalizando uma notícia sobre alguém do passado de Louis. Reparem esta cena (se bem que acho que quase ninguém vê esse tipo de filme e não terei com quem debater). No meu entendimento, naquele momento sutil, temos, talvez, uma possível chave (interpretação) para a partida e sumiço e novo sumiço (partida) do Louis.
Sobre a mãe, ela está aberta. A filha, Léa Seydoux - em ótima atuação - (irmã mais nova daquele núcleo) é sensível e está muito propensa a ter de volta o convívio com esse irmão que tanto contrasta com o Antoine (há uma disputa/ódio de Antoine quanto a seu irmão Louis) - com quem as mulheres da casa têm de conviver: ele é uma espécie de "ogro") - As mulheres da casa: a mãe; a filha Suzanne, sempre ofendida por Antoine como "inútil", inadequada; a cunhada (esposa de Antoine) interpretada por Marion Cotillard (Nem precisamos comentar nada, né? Baita atriz!), que representa a esposa/mulher apagada e submissa, que não sabe se defender, mas que percebe o que ocorre ao redor...
As brigas familiares foram dirigidas de forma tão realista que o desconforto aperta o nosso peito - (uma família como outra qualquer?) e os atores/personagens não parecem "maquiados". Achei realista. Os ditos que não são ditos, os silêncios que gritam, vontades reprimidas de (por parte de todos) se mostrarem, por fim, ou entenderem algo... Enfim, não é um filme fácil e fiquei surpreendida pela juventude do diretor... Como conseguiu dar conta de uma carga dramática dessa?
Não sei se recomendo para desavisados, definitivamente não é um filme comercial (uma versão comercial para este tipo de drama familiar seria o "Álbum de Família" - acho bom - com a Meryl Streep, Julia Roberts e 'grande elenco'. Aqui também temos um elenco extremamente afiado, de competência incomparável nos papeis. Estão estupendos!
A minha questão quanto a recomendar este filme é o formato/direção do mesmo e aquele final que esperamos e que nos deixa no suspense/aflição até o final da película.
Obs. Nunca haviam me falado deste filme, achei por acaso no catálogo do NetNow. Gostei. Assisti-o pelo elenco, primeiramente, e pelo gênero (drama), porém não esperava que o suspense pegasse tanto. Eu sabia que Cassel era bom ator, mas aqui ele se superou. É incrível como em filmes não tão comerciais as atuações fora de série afloram. Alguém concorda??? Isso é mérito da direção? Pois o orçamento, creio, não animaria tanto os atores. Talvez atores gostem, também, de bons textos... Daí a pulada de filmes... ora uns comerciais, ora estes filmes mais, digamos, "autorais".
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Manchester à Beira-Mar
3.8 1,4K Assista Agora(Re)Avaliando novamente: se você não entende dos dramas da vida real, você não terá comiseração nem apreciação catártica com esse filme. Há dramas/tragédias assim ocorrendo diariamente. Cinema não pode ser tão e somente entretenimento.
Um excelente drama. Premiações merecidas.
Fragmentado
3.9 2,9K Assista AgoraRevi e revi, prestando atenção não somente no desempenho fenomenal do James McAvoy (por que nenhuma indicação ou menção???), mas sobretudo no roteiro. Há detalhes muito interessantes que ficcionalizam a psicologia de uma forma digna. É o definitivo retorno do Shyamalan! Está no meu top 10 de Melhores Filmes de 2017! Comercial? Sim! Pero no mucho. Tem muitas qualidades. Revejam e perceberão os detalhes!!!!
A Luz Entre Oceanos
3.8 357 Assista AgoraEstou impressionadíssima com as interpretações do (meu - rsrs) magnífico Michael Fassbender (ele ganhará um Oscar se continuar neste gênero - mas faz muitos filmes comerciais $$$) e da Alicia Vikander (atual esposa do ator e vencedora do Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante por "A Garota Dinamarquesa". O filme é um drama clássico, sem "overactings", e eu não assistia algo tão delicado esteticamente e dramaticamente desde "O Paciente Inglês". Não sei como o filme passou "despercebido" tendo uma interpretação tão delicada e contundente do Fassbender. Um filme no qual a catarse pode ocorrer (o que artisticamente é bom), dependendo do espectador. Trata-se de "dilemas" de um casal isolado em uma Ilha/Farol que encontra uma bebê. O marido em vez de "relatar", como responsável do Farol, o desaparecimento da criança encontrada em um barco junto ao pai morto e uma outra criança morta, ele toma para si a dor da esposa (Vikander) - uma vez que eles já tentavam, sem sucesso, ter seus filhos biológicos. Após 5 anos a história se inverte pois, é início dos anos XX no filme, e finalmente sabemos a origem e a busca da mãe biológica da menina. Música belíssima, drama sobre consequências, assumir culpa por outras pessoas para poupá-las (por amor) e de entrega e abandonos também por amor. Você se comove porque todas as personagens são pessoas boas. É lindo. Amei. Mas me tocou demais. Não sei se terei condições de assistir novamente, apesar da beleza estupenda e ver a segunda melhor interpretação do Fassbender após "Shame" - aliás, ambas são fora de série.
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O Estranho que Nós Amamos
3.2 615 Assista AgoraGostei. Quero ver o de 1971.
Nesta versão, homem se insinua para três mulheres. A situação fica bem ruim para ele. rsrs
Jogo do Dinheiro
3.4 400 Assista AgoraGeralmente não gosto do Clooney atuando, mas aqui gostei. Faz o apresentador de um programa de TV sobre investimentos em ações que se dá mal ao vivo, junto a um "proleta" indignado porque perdeu seu investimento nas ações recomendadas: o jovem proleta entra ao vivo com "bomba", "arma" e querendo respostas, justiça. O "espetáculo midiático" se instaura e logo percebemos que poucos de nós todos entendemos das "escabrosas transações econômicas" deste nosso caótico e decadente mundo. Gostei.
O Cidadão Ilustre
4.0 198 Assista AgoraRoteiro fabuloso, interessante, pitoresco... O cinema argentino dando aquele baile na gente, mas vamos lá... Temos em "O Cidadão Ilustre" uma "anti ode" à figura do artista/intelectual por ele mesmo. Vimos aqui mensagens do artista consagrado fugindo da fama e dos programas que lhe seriam e se lhe foram impostos. O filme trabalha muito bem a questão da fama, das premiações, do processo de criação literária, da reclusão/manias/excentricidades do indivíduo consagrado - bem como a fragilidade do mesmo , além da "universalidade" de temas em uma obra, bem como a fusão desses variados temas com pessoas da "vida real" - "que a posteriori tornar-se-iam/ão fictícias". A cidade de "Salas" me fez pensar num poema do Drummond sobre sua pequena cidade de Itabira, como sendo apenas uma imagem num quadrinho de parede... mas como dói!
Filme ótimo. Simples, honesto e inteligente.
Capitão Fantástico
4.4 2,7K Assista AgoraDemorei para assistir, achando que se tratava de uma paródia de filme de herói (eu estava muito enganada!), mas é um filme sobre um homem e seus filhos, que vivem fora do status quo capitalista. e, depois de uma dada situação, precisam encarar a sociedade da qual resolveram (na verdade os pais das crianças e adolescentes) viver longe. Adorei o Viggo Mortensen no papel principal, e a cena em que ele dá uma "certa notícia" aos filhos foi bastante comovente para mim. O legal desse filme é não pesar a mão nem para um lado, nem para o outro. Reparamos as falhas em nosso sistema social, e também verificamos falhas e fragilidades ideológicas e práticas no modo vivido por aquela família. Destaque para a cena (em termos de reflexão mesmo) em que Mortensen confronta os conhecimentos dos sobrinhos (que frequentam a escola) com os de seus próprios filhos. A cena sobre o livro Lolita também é muito boa. Gostei.
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Bel Ami - O Sedutor
2.6 454Ontem passou novamente em um dos canais Telecine. Revi. Sabe, descobri que realmente gosto bastante desse filme. Produção de época, com ótima ambientação, conta a história de um jovem cuja pobreza, da qual anseia desesperadamente não mais fazer parte, não é apenas material, e sim moral. Esse jovemn e belo homem é interpretado por um ótimo Robert Pattinson (dele eu também gosto! #após saga Crepúsculo, lógico) que deixa bem clara suas intenções e motivações. O elenco é primoroso. As mulheres não passam de "escadas" para o ingresso do "Bel Ami" para a alta sociedade. Não se enganem: o filme não é fútil, apesar de tratar de um meio assim.
Peles
3.4 590 Assista AgoraEste filme de 2017 encontra-se no catálogo da Netflix. Acabei de assisti-lo. Apesar do conjunto de "bizarrices", sabemos que o aspecto reflexivo da obra é bem verossímil. Um filme sobre "excluídos" pela aparência ou por preferências/gostos. Um filme de seres humanos tentando sobreviver (ou viver) ainda que suas condições dificultem uma vida "normal". Criativo, necessário, mas difícil de ver - mesmo com a paleta de cores (interessante) que "suaviza" a temática geral. No entanto, um bom filme, sim. Nos tira da zona de conforto. Há incômodo, mas não gratuito.
Bem-vindos ao Meu Mundo
3.0 105 Assista AgoraUma tragicomédia até bastante sensível... "Bem-vindos a meu mundo" (Welcome to me) nos traz uma protagonista com problemas psiquiátricos imersa no caos que é sua própria vida, e que, por incrível que pareça, ganha na loteria! Assim é Alice, que, sem medicações e sem freios, cria um programa de televisão com parte da grana que recebeu do prêmio. Aparentemente, se olharmos sem empatia, não notaremos camadas na personagem, no entanto elas ali estão: temos uma mulher que perdeu a profissão, ficou internada por um tempo, recebia pensão do governo e ... fazia terapia e era medicada - e tinha, sim, sonhos e dores de relações interpessoais destruídas ou não concretizadas, devido a seu transtorno de personalidade tão pouco elucidado. Do pouco entorno social, tinha a melhor amiga, que sabia da história de vida e perrengues de Alice - e que também demandou "ser olhada", afinal, como ela mesma coloca, em uma cena, não era só Alice que sofria ou que tinha extrema sensibilidade.
Subtramas e outros temas podem ser analisados, como a ambição desmedida (no caso de executivos de tv) que "aceitam" a ideia de Alice sem pensar em consequências.
Quase uma fábula, "Welcome to me" não é um filme comercial, mas é, a seu modo, reflexivo sem ser pedante - longe disso.
Blade Runner 2049
4.0 1,7K Assista AgoraAssisti no cinema, do contrário, não teria conseguido, pois (e essa é uma questão pessoal) o cinema do Denis Villeneuve ainda não me toca profundamente. Considero o Blude Runner de Ridley Scott, sem sombra de dúvidas, melhor, embora a tecnologia atual tenha colaborado com Villeneuve. A cinematografia é impecável, e mantém o clima pesado e distópico do primeiro filme. As dúvidas permanecem, e a interpretação apática de protagonistas também. Refiro-me aqui a Ryan Gosling e Harrison Ford. No primeiro filme tínhamos o Rutger Hauer como um replicante ativo e com grandes insights psicológicos e filosóficos. Não estou certa, mas a trilha sonora aqui é do Vangelis? Penso que não é, e senti falta da "trilha" - apesar de no terceiro ato do filme ela se mostrar um pouco. Quem viu o primeiro Blade Runner sabe o quanto a música de Vangelis é integrante à narrativa, faz parte da alma do filme. Contemplativo, mas pouco denso.
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Bingo - O Rei das Manhãs
4.1 1,1K Assista AgoraVladimir Brichta: Espetacular. Filme sensacional, com ritmo que não cansa o espectador. Eu fui criança na época do programa do Bozo e adorei esse filme: você ri e se emociona também. Acabei de assistir no cinema. Vale muito apenas. Cinematografia de alta qualidade e interpretação frenética. História boa. "Bingo - O Rei das Manhãs" - Adorei.
"Gretchen, vc está namorando o "Bingo" (Bozo)?
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Okja
4.0 1,3K Assista AgoraNossa, achei muito chato, cheio de clichês e visualmente pavoroso. O animal é fake demais.
Fragmentado
3.9 2,9K Assista AgoraGostei muito. Shyamalan "volta" e retorna à boa mão. James McAvoy atuando MUITO bem mesmo.
[spoiler][/spoiler] "Os problemáticos são mais evoluídos", diz a "BESTA" em um momento de redenção e de poupar sua vítima, na tomada em que ambos se percebem problemáticos.
Filmaço!
A Chegada
4.2 3,4K Assista AgoraÉ interessante o fato de um filme de Ficção Científica não ter os clichês de lutas/bombardeios, e, ao contrário, ser mais poético. Mas ficam algumas dúvidas: a questão do presente, futuro, passado; o que fez o físico ali, além de ser o futuro pai da outra filhinha dela, ou seria o pai da menina que morreu, a do início do filme? Será que dormi, durante, a ponto de ter perdido algum "ponto"? As criaturas alienígenas nos ajudam há três mil anos, e apareceram para que nós o ajudássemos daqui a 3 mil anos - no futuro? Como? Fazendo o quê? Penso que não entendi, não alcancei. Busquei algumas interpretações aqui, e todos falam da beleza e poesia do filme... Até aí, ok. Quem quiser ampliar opiniões, à vontade.
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Cinquenta Tons Mais Escuros
2.5 763 Assista AgoraÉ pior do que o primeiro, apesar de ter o que pediram (algumas cenas mais 'quentes'). Foi-se o tempo de filmes comerciais com casais que tinham grande química e diretores que trabalhavam com ousadia a sensualidade: a exemplo, o "9 1/2 Semanas de Amor". "50 Tons Mais Escuros" foi um filme ao qual tentei assistir no cinema para diversão apenas, mas nem para isso serviu, apesar da beleza do casal protagonista (principalmente Jamie Dornan). Assisti ao primeiro na tv, e não achei tão ruim. Achei que iria melhorar no segundo... Conheço, por leitura, a trilogia, e, sabe-se, é romance bem vanilla mesmo. Eu deveria ter assistido à cinebiografia "Jackie".
Gritos e Sussurros
4.3 472"Gritos e Sussurros" - 1972 / Ingmar Bergman.
A fotografia escarlate prenuncia que sob o aparente gelo daquelas personagens há líquido turvo. Agnes está morrendo lentamente e suas duas irmãs, Karin e Maria, estão com ela para ampará-la. Anna, a empregada da casa consegue maior êxito na missão, embora as 4 mulheres ali estejam desmoronando, e cada uma delas nos é apresentada com fortes insights e seus dramas pessoais. Achei forte, talvez o mais dos que já vi dele. É um filme sobre mulheres que aborda um tema central de caráter universal/atemporal: a morte. Destaque para o desfecho no qual os homens, de modo frio, tocam a corrente que embala a todos ali - "vamos partilhar, foi tudo "bem", nem houve histeria": Anna é descartada do convívio burguês/familiar. Já não era mais necessária.
Recomendo apenas para os "fortes". Chega a doer um pouco. Bergman era um cineasta bastante sensível. O simbólico de certas cenas, bem como enquadramento e o jogo dos vermelhos são pungentes.
(Tatiana Russo de Campos) 28-01-17