Me entristece muito essa tendência de abandono das animações 2D e Goro Miyazaki não inspira muita confiança, porém a verdade é esse filme me surpreendeu positivamente. A Aya é uma protagonista muito carismática, consegue levar o filme nas costas, e a interação dela com os demais personagens funciona muito bem. Há diversos momentos engraçadinhos e no geral é uma animação leve e divertida, então confesso que gostei. MAS é um filme com muitos defeitos. Há muito texto repetido, falta "show, don't tell", as interminaveis conversas da Aya com ela mesma demonstram falta de habilidade do roteirista e há uma inegavel falta de conteúdo e de um arco narrativo mais convincente. Aya e a Bruxa não demonstra a elegancia que esperamos da Ghibli, mas deixando expectativas e preconceitos de lado, essa não é uma experiência negativa.
A palavra que define Kataputali é decepção. Esse filme tinha tanto potencial, mas comete tantos erros bobos que comprometem a experiência. Esse longa tem muita personalidade, principalmente no departamento visual, mas o diretor demonstrou falta de habilidade na filmagem de certas cenas, além de bom senso em não cortar excessos. Falta de ritmo e previsibilidade (principalmente em relação aos jump scares) são alguns de seus grandes defeitos. É um filme que se estiver de fácil acesso até vale a pena conferir. Caso contrário, não compensa o esforço. A melhor coisa de Kataputali é o poster mesmo.
Surpreendente. Estava procurando um terror barato pra dar umas risadas e acabei assistindo um filme genuinamente bom. Apesar dos efeitos toscos e de uns cortes abruptos, "Mo" é bastante refinado. Ele tem planos bem trabalhados, um roteiro simples, mas funcional e a arte, ainda que limitada em vários aspectos, consegue ser deslumbrante em diversos momentos. A identidade visual consegue ser o ponto alto da obra. Este é um excelente filme B.
Um filme ambicioso, mas que infelizmente deixa a desejar. Sinto que apesar de atingir quase quatro horas de duração, o Ultimo Imperador é raso. Ele arranha muitos aspectos diferentes da vida do protagonista, mas sem focar em nenhum em específico. Objetivos políticos, conflitos internos, relacionamentos, crescimento e etc, estão representados no filme e ainda assim não sinto que conheci o personagem Pu Yi tanto quanto deveria. As vezes tinha a sensação de estar vendo vários filmes diferentes, sobre a mesma pessoa. Ou ainda, uma reedição de uma mini série para um longa-metragem. É uma ótima aula de história, mas como cinema, não alcança todo o potencial que tinha ou que acharam que tivesse. Mas se eu disser que achei ruim, estaria mentindo. É um filme que vale a pena ser visto, mas, com certeza, não é uma obra obrigatória
Um excelente trabalho de caracterização de personagens. Com poucos minutos na tela você já entende as personalidades deles, mas termina o filme e você se sente como se não tivesse visto o suficiente. Poderia facilmente ter sequências. Uma boa comédia pra passar o tempo.
Estava muito animado para assistir Jumbo. A proposta do filme é bastante inusitada e se mostrava promissora. E realmente, há muitas ideias boas aqui, mas infelizmente o filme peca no principal: fazer a gente acreditar no relacionamento de Jeanne com Jumbo.
Primeiro erro nesse aspecto é na criação de uma personalidade para o Jumbo. O filme ainda se permite abraçar alguns elementos "mágicos" (Que é discutível se é um fenômeno fantástico ou ilusões da protagonista), porém ainda assim há pouco esforço em tornar Jumbo "alguém" único.
Em nenhum momento é sequer trabalhado o que Jeanne vê de tão especial no Jumbo em particular. Creio que poderiam ter colocado qualquer outra atração do parque, que não faria qualquer diferença. E o que mais me surpreende nisso, é que o mais difícil, que era estabelecer um contato dela com o brinquedo, foi feito (Inclusive gosto bastante deles se comunicarem pelas luzes). Mas o principal, que seria aprofundar ou desenvolver o relacionamento, foi basicamente pulado por completo.
E isso atrapalha muito, pois não acreditando nesse relacionamento, fica complicado ficar do lado da protagonista. A partir do momento que ela decide apresentar "o namorado" pra mãe até o final, ela parece uma pessoa completamente fora de si (Chegando a ser violenta em alguns momentos).
Creio que o plano era deixar ambígua a possibilidade dela estar louca ou não. Porém me parece que erraram a mão ao tentar equilibrar essas possibilidades. Se tem algo que esse filme não deixa duvidas é sobre a falta de sanidade da Jeanne. Pra mim, mesmo se Jumbo tem realmente uma consciência, ainda mantenho que ela não é uma pessoa mentalmente saudável.
Coloco até em dúvida se o foco do filme era discutir relacionamentos não tradicionais ou saúde psicológica. Contudo, no final tanto faz, porque ele não faz bem nem um nem outro.
Mas ainda é um filme que funciona de forma básica e como disse, tem boas ideias. Se tivessem realmente explorado melhor a conexão da protagonista com o Jumbo, poderia ser um filme fantástico. Contudo, o que temos realmente é uma pilha de potencial desperdiçado.
"História do Oculto" foi realmente uma experiência inesperada. Segue um estilo de terror que admiro muito, que é se apoiar na construção da atmosfera, em vez de depender de jump scares.
Sempre tenho um pé atrás com filmes modernos que são em preto e branco, pois geralmente não há motivos para essa escolha estética além do desejo do diretor de soar pedante. Mas tanto o uso das cores, quanto a escolha do formato de tela (4:3, Formato antigo das televisões) não é gratuito e é muito bem utilizado.
No final, a mensagem que eu interpreto do filme é a crítica social sobre como as elites econômicas e políticas não se importam em vender nossos futuros e crianças para obter vantagens pessoais. Além de como é quase impossível de sequer revelar a dimensão dessas questões ao público já que a mídia pertencer à essas mesmas elites.
Infelizmente, nem tudo é perfeito e "História do Oculto" tem alguns problemas notáveis. O maior deles é o modo como as informações são liberadas. É um filme muito denso. Tudo o que é dito, tem relevância. Mas em um filme onde há pouca ação e muito dialogo, pode ser bastante trabalhoso lidar com tanta informações de uma vez. Logo na primeira cena já somos bombardeados com o ancora do programa resumindo o contexto político. Não há um momento de inserção para os espectadores se prepararem. Além disso, a maioria dos personagens são apresentados em um espaço muito curto de tempo e em uma história em que o cerne são pessoas falando sobre outras pessoas, não saber o nome dos personagens é um problema grande. Com toda certeza, perdi muitos detalhes pois até o final ainda estava tentando me situar entre os nomes.
Por ter esse pequeno problema de infodump, "História do Oculto" é um filme que com toda certeza se beneficiaria ao ser assistido uma segunda vez. Contudo, definitivamente não impede de apreciar o filme logo no primeiro contato.
Fui assistir esperando um filme de terror e acabou sendo uma comédia. É uma história muito simples, mas faz tudo o que pretende fazer com competência. Não sei se o humor daqui funciona pra todos. Não é algo muito escrachado. As piadas são bem pontuais, mas me divertiram bastante.
Mas que decepção. Esperava assistir uma peça iconica da história do cinema e... encontrei isso! Adoraria poder usar os clichês de "ah! É um filme antigo" ou pelo menos um "hum...envelheceu mal. Mas é um bom filme pra época", mas genuinamente não posso. Até pros padrões da época é um filme ruim. Tanto Nosferatu e Fausto, ambos de Murnau, são mais antigos que este e provam que os erros de Dracula não são as limitações técnicas da época, mas sim a falta de esmero dos realizadores. O roteiro usa e abusa de elipses pra lá de generosas e a única tentativa de causar algum suspense vem da interpretação de Bela Lugosi (que é simplesmente um Temer em slow motion). Mas a minha grande crítica fica pra decupagem e montagem, que além de repetitiva, é pouco imaginativa. Claramente foi colocado pouquíssimo cuidado aqui. Filme feito nas coxas pro estudio ganhar uma graninha rápida. Dracula é só mais uma produção preguiçosa, cujo único valor é sua (inexplicável) importância iconografica.
Tenho assistido alguns filmes de romance filipinos ultimamente e esse foi de longe o pior deles.
Para Sa Hopeless Romantic é uma comédia romântica extremamente medíocre. E nem digo medíocre no sentido de mediano, mas no sentido de que pra ser ruim precisa melhorar consideravelmente. Não tem um pingo de criatividade nessa história. Quem escreveu esse roteiro tem tanta noção de narrativa quanto a personagem da Becca: nenhuma. A história dentro da história não é apenas irrelevante, como é indescritivelmente desinteressante. Quem pensou nisso não se deu o mínimo de trabalho. Simplesmente pegou um punhado de clichês baratos e amarrou eles juntos porcamente. O único proposito dessas sequências é pra ser uma ilustração óbvia e redundante da vida amorosa da protagonista. Pule todas essas cenas e você não perde absolutamente nada, pois elas tem zero influência no decorrer da história principal.
Já sobre a trama principal, ela é melhor construída do que a narrativa estrelada pela Julia Barretto, mas isso não significa nada, pois ainda é uma história terrivelmente enfadonha com personagens pouco carismáticos. E falando em carisma, não dá pra não mencionar o Nikko. Vendo outros filmes com o James Reid já dá pra notar que apesar dele não ser um exímio ator, ele é razoável e não compromete. Mas aqui, nesse filme, ele faz um excelente papel de peixe morto. Não vi essa química toda que estão mencionando. Inclusive, ver ele contracenando com a Nadine Lustre só piora a imagem dele. Mesmo esse não sendo a melhor atuação da vida dela, é inegável como ela tem um alcance dramático muito superior ao dele. Sorte que a atriz que interpretou a Faye conseguiu a façanha de ser ainda pior.
Pra não dizerem que só estou falando mal, reconheço que a ideia de se comunicarem através das carteiras foi muito boa. Mas fora isso, não tem nada a se ver aqui que você já não tenha visto à exaustão em milhares de outras histórias por ai.
Resumindo, a menos que você seja fã dos atores desse filme, não recomendo investir seu tempo aqui. Se é a sua primeira vez procurando um romance filipino, recomendo ir atrás de filmes da Antoinette Jadaone.
É provavelmente o filme sobre vingança mais bobo que eu ja assisti, mas como ele é divertido. Há problemas claros de motivação, mistérios revelados muito cedo, bem previsivel e cortes estranhos. Mas ainda assim, assisti um filme charmoso que com certeza valeu o tempo investido.
Animação linda e um jeito interessante de observar um elemento cultural estrangeiro com um olhar ocidental moderno sem soar arrogante.
Porém, apesar de ser o ponto principal do filme, as partes onde a Sita canta blues são uma tortura.
Interessante usar um estilo musical do ocidente para contar uma história oriental, porém por melhores q sejam as canções, não funcionou tão bem, tanto musicalmente quanto estilicamente. As melhores partes musicais são exatamente as que não são os blues da Sita. Meu grande problema com essas partes é que é quase como se a história parasse nelas. Mas não! A história continua. Apenas muuuuuito lentamente. Isso cria um contraste negativo com o resto do filme, já que nas demais partes o ritmo é bem acelerado e dinamico, mudando tanto a arte quanto a narrativa, mas quando o blues entra, a história perde toda a fluidez. E nem digo isso apenas por causa das músicas, mas também pela animação que é o estilo mais feio de todo o filme. Dá a impressão de ser uma animaçãozinha feita em flash, com uns designs não muito inspirados, além de ser bastante repetitiva.
Infelizmente, essas cenas são quase metade do filme. Estava muito mais interessado nas outras seções, mas essas passavam voando e em pouco tempo voltavamos ao blues interminavel, que eram basicamente fillers.
Ainda assim foi um filme gostoso de assistir, mas que poderia ter sido ainda mais agradavel de se ver se fosse mais balanceado
Não sei bem o que dizer, mas acho dificil ver esse filme como um acerto do Kaufman. Não vejo nada aqui que ele já não tenha feito com mais competência em outro filme. Mesmo antes de entrar nas fragmentações mentais e temporais caracteristicas dele, ele falha em pegar minha atenção e de fato me importar com o que ele tem a mostrar. Teve momentos bons, mas a experiencia como um todo foi pouco estimulante. Acho provavel que com o tempo meus sentimentos em relação à esse filme venha a melhorar, mas no momento coloco ele na prateleira de "medianos"
Definitivamente não é dos melhores filmes do Woody Allen. Tem uma premissa ok, com um bom potencial, mas que não vai muito longe por apresentar um roteiro mediocre. O filme peca muito em só ter personagens burrinhos e apelar para conveniências quando necessário (e convenhamos que o Woody allen não estava muito inspirado ao escrever aqueles dialogos). Não é um filme horrível, mas não é algo que eu recomendaria para ninguém.
Confesso que estou muito confuso. Não consigo enxergar o que esse filme tem de especial. Ignorando toda e qualquer questão social problemática que esse filme retrata (e são muitas alias), não vejo muito valor em "...E o Vento levou" como obra cinematográfica. A história não é ruim e me parece muito plausível que ela funcione como livro. Mas como filme, só vejo uma terrível adaptação. Ele não possui 4h por necessidade, mas por falta de foco e megalomania. Claramente tentou abraçar tudo o que o livro oferecia em vez de dosar as prioridades, diluindo (o que eu imagino que seja) a mensagem principal à um reles detalhe na enorme lista de acontecimentos, muitos dos quais são redundantes. Penso que seria possivel reeditar esse filme para menos de 3h, sem perder nada de relevante. A única explicação para seu sucesso que me vem a mente é que há planos extremamente bem filmados e esteticamente bonitos. Como espetáculo creio que tenha funcionado muitíssimo bem na época, da mesma forma que Avatar funcionou alguns anos atrás. Mas acho que esses são os poucos pontos que consigo dar a esse filme. Se você gostar desse filme e tiver pontos para me fazer mudar de ideia, por favor me elucide, pois pela minha experiencia "...e o vento levou" não passa de uma obra cujo tempo levou praticamente toda a sua qualidade
Ruim? Ruim. Porém é um ruim engraçado. É incrível ver um filme tão desesperado em fazer fanservice que esquece de realmente aplicar aquilo que fez a franquia ser um sucesso. Me diverti bastante. Ri em diversas partes.
Definitivamente não é o filme mais inovador da Pixar. Basicamente tentaram fazer um road movie com inspirações claras de filmes de aventura dos anos 80 e fizeram isso muito bem. É uma delicia de assistir e deixa um quentinho no coração.
Aya e a Bruxa
2.7 81Me entristece muito essa tendência de abandono das animações 2D e Goro Miyazaki não inspira muita confiança, porém a verdade é esse filme me surpreendeu positivamente. A Aya é uma protagonista muito carismática, consegue levar o filme nas costas, e a interação dela com os demais personagens funciona muito bem. Há diversos momentos engraçadinhos e no geral é uma animação leve e divertida, então confesso que gostei. MAS é um filme com muitos defeitos.
Há muito texto repetido, falta "show, don't tell", as interminaveis conversas da Aya com ela mesma demonstram falta de habilidade do roteirista e há uma inegavel falta de conteúdo e de um arco narrativo mais convincente. Aya e a Bruxa não demonstra a elegancia que esperamos da Ghibli, mas deixando expectativas e preconceitos de lado, essa não é uma experiência negativa.
Aniquilação
3.4 1,6K Assista AgoraMuitos conceitos visuais legais desperdiçados em uma histórinha banal e um roteiro mediocre.
Um Crime Para Dois
3.2 215 Assista AgoraUm filminho esforçado, mas não muito bem executado.
Pete Davidson: Alive from New York
3.0 7 Assista AgoraPoucos comediantes fazem transições de piadas tão mal quanto o Pete.
Duna: Parte 1
3.8 1,6K Assista AgoraMelhor que a versão do Lynch? Muito melhor. Mas, infelizmente, ainda assim é só mais um blockbuster sem personalidade.
Kataputali
2.8 1A palavra que define Kataputali é decepção. Esse filme tinha tanto potencial, mas comete tantos erros bobos que comprometem a experiência. Esse longa tem muita personalidade, principalmente no departamento visual, mas o diretor demonstrou falta de habilidade na filmagem de certas cenas, além de bom senso em não cortar excessos. Falta de ritmo e previsibilidade (principalmente em relação aos jump scares) são alguns de seus grandes defeitos.
É um filme que se estiver de fácil acesso até vale a pena conferir. Caso contrário, não compensa o esforço. A melhor coisa de Kataputali é o poster mesmo.
A Casa da Noite Eterna
3.6 108O filme onde o fantasma é exorcizado na base do bullying
The Boxer's Omen
3.6 27Surpreendente.
Estava procurando um terror barato pra dar umas risadas e acabei assistindo um filme genuinamente bom.
Apesar dos efeitos toscos e de uns cortes abruptos, "Mo" é bastante refinado. Ele tem planos bem trabalhados, um roteiro simples, mas funcional e a arte, ainda que limitada em vários aspectos, consegue ser deslumbrante em diversos momentos. A identidade visual consegue ser o ponto alto da obra.
Este é um excelente filme B.
O Último Imperador
3.8 159 Assista AgoraUm filme ambicioso, mas que infelizmente deixa a desejar.
Sinto que apesar de atingir quase quatro horas de duração, o Ultimo Imperador é raso. Ele arranha muitos aspectos diferentes da vida do protagonista, mas sem focar em nenhum em específico. Objetivos políticos, conflitos internos, relacionamentos, crescimento e etc, estão representados no filme e ainda assim não sinto que conheci o personagem Pu Yi tanto quanto deveria.
As vezes tinha a sensação de estar vendo vários filmes diferentes, sobre a mesma pessoa. Ou ainda, uma reedição de uma mini série para um longa-metragem.
É uma ótima aula de história, mas como cinema, não alcança todo o potencial que tinha ou que acharam que tivesse.
Mas se eu disser que achei ruim, estaria mentindo. É um filme que vale a pena ser visto, mas, com certeza, não é uma obra obrigatória
Querida, Você Não Vai Acreditar
3.3 8Um excelente trabalho de caracterização de personagens. Com poucos minutos na tela você já entende as personalidades deles, mas termina o filme e você se sente como se não tivesse visto o suficiente. Poderia facilmente ter sequências.
Uma boa comédia pra passar o tempo.
Jumbo
3.2 13Estava muito animado para assistir Jumbo. A proposta do filme é bastante inusitada e se mostrava promissora.
E realmente, há muitas ideias boas aqui, mas infelizmente o filme peca no principal: fazer a gente acreditar no relacionamento de Jeanne com Jumbo.
Primeiro erro nesse aspecto é na criação de uma personalidade para o Jumbo. O filme ainda se permite abraçar alguns elementos "mágicos" (Que é discutível se é um fenômeno fantástico ou ilusões da protagonista), porém ainda assim há pouco esforço em tornar Jumbo "alguém" único.
Em nenhum momento é sequer trabalhado o que Jeanne vê de tão especial no Jumbo em particular. Creio que poderiam ter colocado qualquer outra atração do parque, que não faria qualquer diferença. E o que mais me surpreende nisso, é que o mais difícil, que era estabelecer um contato dela com o brinquedo, foi feito (Inclusive gosto bastante deles se comunicarem pelas luzes). Mas o principal, que seria aprofundar ou desenvolver o relacionamento, foi basicamente pulado por completo.
E isso atrapalha muito, pois não acreditando nesse relacionamento, fica complicado ficar do lado da protagonista. A partir do momento que ela decide apresentar "o namorado" pra mãe até o final, ela parece uma pessoa completamente fora de si (Chegando a ser violenta em alguns momentos).
Creio que o plano era deixar ambígua a possibilidade dela estar louca ou não. Porém me parece que erraram a mão ao tentar equilibrar essas possibilidades. Se tem algo que esse filme não deixa duvidas é sobre a falta de sanidade da Jeanne. Pra mim, mesmo se Jumbo tem realmente uma consciência, ainda mantenho que ela não é uma pessoa mentalmente saudável.
Coloco até em dúvida se o foco do filme era discutir relacionamentos não tradicionais ou saúde psicológica. Contudo, no final tanto faz, porque ele não faz bem nem um nem outro.
Mas ainda é um filme que funciona de forma básica e como disse, tem boas ideias. Se tivessem realmente explorado melhor a conexão da protagonista com o Jumbo, poderia ser um filme fantástico. Contudo, o que temos realmente é uma pilha de potencial desperdiçado.
História do Oculto
3.5 42 Assista Agora"História do Oculto" foi realmente uma experiência inesperada.
Segue um estilo de terror que admiro muito, que é se apoiar na construção da atmosfera, em vez de depender de jump scares.
Sempre tenho um pé atrás com filmes modernos que são em preto e branco, pois geralmente não há motivos para essa escolha estética além do desejo do diretor de soar pedante. Mas tanto o uso das cores, quanto a escolha do formato de tela (4:3, Formato antigo das televisões) não é gratuito e é muito bem utilizado.
No final, a mensagem que eu interpreto do filme é a crítica social sobre como as elites econômicas e políticas não se importam em vender nossos futuros e crianças para obter vantagens pessoais. Além de como é quase impossível de sequer revelar a dimensão dessas questões ao público já que a mídia pertencer à essas mesmas elites.
Infelizmente, nem tudo é perfeito e "História do Oculto" tem alguns problemas notáveis. O maior deles é o modo como as informações são liberadas.
É um filme muito denso. Tudo o que é dito, tem relevância. Mas em um filme onde há pouca ação e muito dialogo, pode ser bastante trabalhoso lidar com tanta informações de uma vez. Logo na primeira cena já somos bombardeados com o ancora do programa resumindo o contexto político. Não há um momento de inserção para os espectadores se prepararem. Além disso, a maioria dos personagens são apresentados em um espaço muito curto de tempo e em uma história em que o cerne são pessoas falando sobre outras pessoas, não saber o nome dos personagens é um problema grande. Com toda certeza, perdi muitos detalhes pois até o final ainda estava tentando me situar entre os nomes.
Por ter esse pequeno problema de infodump, "História do Oculto" é um filme que com toda certeza se beneficiaria ao ser assistido uma segunda vez. Contudo, definitivamente não impede de apreciar o filme logo no primeiro contato.
Dancing Mary
3.1 2Fui assistir esperando um filme de terror e acabou sendo uma comédia. É uma história muito simples, mas faz tudo o que pretende fazer com competência. Não sei se o humor daqui funciona pra todos. Não é algo muito escrachado. As piadas são bem pontuais, mas me divertiram bastante.
Drácula
3.9 295 Assista AgoraMas que decepção. Esperava assistir uma peça iconica da história do cinema e... encontrei isso!
Adoraria poder usar os clichês de "ah! É um filme antigo" ou pelo menos um "hum...envelheceu mal. Mas é um bom filme pra época", mas genuinamente não posso. Até pros padrões da época é um filme ruim. Tanto Nosferatu e Fausto, ambos de Murnau, são mais antigos que este e provam que os erros de Dracula não são as limitações técnicas da época, mas sim a falta de esmero dos realizadores.
O roteiro usa e abusa de elipses pra lá de generosas e a única tentativa de causar algum suspense vem da interpretação de Bela Lugosi (que é simplesmente um Temer em slow motion). Mas a minha grande crítica fica pra decupagem e montagem, que além de repetitiva, é pouco imaginativa. Claramente foi colocado pouquíssimo cuidado aqui. Filme feito nas coxas pro estudio ganhar uma graninha rápida.
Dracula é só mais uma produção preguiçosa, cujo único valor é sua (inexplicável) importância iconografica.
Para sa Hopeless Romantic
3.2 4Tenho assistido alguns filmes de romance filipinos ultimamente e esse foi de longe o pior deles.
Para Sa Hopeless Romantic é uma comédia romântica extremamente medíocre. E nem digo medíocre no sentido de mediano, mas no sentido de que pra ser ruim precisa melhorar consideravelmente. Não tem um pingo de criatividade nessa história. Quem escreveu esse roteiro tem tanta noção de narrativa quanto a personagem da Becca: nenhuma. A história dentro da história não é apenas irrelevante, como é indescritivelmente desinteressante. Quem pensou nisso não se deu o mínimo de trabalho. Simplesmente pegou um punhado de clichês baratos e amarrou eles juntos porcamente. O único proposito dessas sequências é pra ser uma ilustração óbvia e redundante da vida amorosa da protagonista. Pule todas essas cenas e você não perde absolutamente nada, pois elas tem zero influência no decorrer da história principal.
Já sobre a trama principal, ela é melhor construída do que a narrativa estrelada pela Julia Barretto, mas isso não significa nada, pois ainda é uma história terrivelmente enfadonha com personagens pouco carismáticos. E falando em carisma, não dá pra não mencionar o Nikko. Vendo outros filmes com o James Reid já dá pra notar que apesar dele não ser um exímio ator, ele é razoável e não compromete. Mas aqui, nesse filme, ele faz um excelente papel de peixe morto. Não vi essa química toda que estão mencionando. Inclusive, ver ele contracenando com a Nadine Lustre só piora a imagem dele. Mesmo esse não sendo a melhor atuação da vida dela, é inegável como ela tem um alcance dramático muito superior ao dele. Sorte que a atriz que interpretou a Faye conseguiu a façanha de ser ainda pior.
Pra não dizerem que só estou falando mal, reconheço que a ideia de se comunicarem através das carteiras foi muito boa. Mas fora isso, não tem nada a se ver aqui que você já não tenha visto à exaustão em milhares de outras histórias por ai.
Resumindo, a menos que você seja fã dos atores desse filme, não recomendo investir seu tempo aqui. Se é a sua primeira vez procurando um romance filipino, recomendo ir atrás de filmes da Antoinette Jadaone.
O Abominável Dr. Phibes
4.0 126É provavelmente o filme sobre vingança mais bobo que eu ja assisti, mas como ele é divertido.
Há problemas claros de motivação, mistérios revelados muito cedo, bem previsivel e cortes estranhos. Mas ainda assim, assisti um filme charmoso que com certeza valeu o tempo investido.
John Carter: Entre Dois Mundos
3.2 1,6K Assista AgoraNão é ruim como eu achei que seria,mas pensa em um filme mediocre.
Sita Sings The Blues
4.0 12 Assista AgoraAnimação linda e um jeito interessante de observar um elemento cultural estrangeiro com um olhar ocidental moderno sem soar arrogante.
Porém, apesar de ser o ponto principal do filme, as partes onde a Sita canta blues são uma tortura.
Interessante usar um estilo musical do ocidente para contar uma história oriental, porém por melhores q sejam as canções, não funcionou tão bem, tanto musicalmente quanto estilicamente. As melhores partes musicais são exatamente as que não são os blues da Sita.
Meu grande problema com essas partes é que é quase como se a história parasse nelas. Mas não! A história continua. Apenas muuuuuito lentamente. Isso cria um contraste negativo com o resto do filme, já que nas demais partes o ritmo é bem acelerado e dinamico, mudando tanto a arte quanto a narrativa, mas quando o blues entra, a história perde toda a fluidez. E nem digo isso apenas por causa das músicas, mas também pela animação que é o estilo mais feio de todo o filme. Dá a impressão de ser uma animaçãozinha feita em flash, com uns designs não muito inspirados, além de ser bastante repetitiva.
Infelizmente, essas cenas são quase metade do filme. Estava muito mais interessado nas outras seções, mas essas passavam voando e em pouco tempo voltavamos ao blues interminavel, que eram basicamente fillers.
Ainda assim foi um filme gostoso de assistir, mas que poderia ter sido ainda mais agradavel de se ver se fosse mais balanceado
Estou Pensando em Acabar com Tudo
3.1 1,0K Assista AgoraNão sei bem o que dizer, mas acho dificil ver esse filme como um acerto do Kaufman. Não vejo nada aqui que ele já não tenha feito com mais competência em outro filme.
Mesmo antes de entrar nas fragmentações mentais e temporais caracteristicas dele, ele falha em pegar minha atenção e de fato me importar com o que ele tem a mostrar. Teve momentos bons, mas a experiencia como um todo foi pouco estimulante. Acho provavel que com o tempo meus sentimentos em relação à esse filme venha a melhorar, mas no momento coloco ele na prateleira de "medianos"
Scoop - O Grande Furo
3.4 386 Assista AgoraDefinitivamente não é dos melhores filmes do Woody Allen. Tem uma premissa ok, com um bom potencial, mas que não vai muito longe por apresentar um roteiro mediocre. O filme peca muito em só ter personagens burrinhos e apelar para conveniências quando necessário (e convenhamos que o Woody allen não estava muito inspirado ao escrever aqueles dialogos). Não é um filme horrível, mas não é algo que eu recomendaria para ninguém.
Ben-Hur
4.3 547 Assista AgoraEsse filme mostra como perdemos certas coisas com tecnologia. Incrivel
...E o Vento Levou
4.3 1,4K Assista AgoraConfesso que estou muito confuso. Não consigo enxergar o que esse filme tem de especial.
Ignorando toda e qualquer questão social problemática que esse filme retrata (e são muitas alias), não vejo muito valor em "...E o Vento levou" como obra cinematográfica.
A história não é ruim e me parece muito plausível que ela funcione como livro. Mas como filme, só vejo uma terrível adaptação. Ele não possui 4h por necessidade, mas por falta de foco e megalomania. Claramente tentou abraçar tudo o que o livro oferecia em vez de dosar as prioridades, diluindo (o que eu imagino que seja) a mensagem principal à um reles detalhe na enorme lista de acontecimentos, muitos dos quais são redundantes. Penso que seria possivel reeditar esse filme para menos de 3h, sem perder nada de relevante.
A única explicação para seu sucesso que me vem a mente é que há planos extremamente bem filmados e esteticamente bonitos. Como espetáculo creio que tenha funcionado muitíssimo bem na época, da mesma forma que Avatar funcionou alguns anos atrás. Mas acho que esses são os poucos pontos que consigo dar a esse filme.
Se você gostar desse filme e tiver pontos para me fazer mudar de ideia, por favor me elucide, pois pela minha experiencia "...e o vento levou" não passa de uma obra cujo tempo levou praticamente toda a sua qualidade
Star Wars, Episódio IX: A Ascensão Skywalker
3.2 1,3K Assista AgoraRuim? Ruim. Porém é um ruim engraçado. É incrível ver um filme tão desesperado em fazer fanservice que esquece de realmente aplicar aquilo que fez a franquia ser um sucesso.
Me diverti bastante. Ri em diversas partes.
Dois Irmãos: Uma Jornada Fantástica
3.9 662 Assista AgoraDefinitivamente não é o filme mais inovador da Pixar. Basicamente tentaram fazer um road movie com inspirações claras de filmes de aventura dos anos 80 e fizeram isso muito bem. É uma delicia de assistir e deixa um quentinho no coração.